O padre pedófilo de Niterói/São Gonçalo, remete-me a dois escritores que admiro:
Eça de Queirós e Nelson Rodrigues.
O Eça por causa do titulo de uma de suas mais conhecidas
obras: “O crime do padre Amaro”. No caso real, o padre se chama Emilson.
E o Nelson porque nas
crônicas que escrevia sob o titulo de “A vida como ele é”, jamais conseguiu
chegar nem perto do caso do padre Emilson, que vem a tona, com ingredientes que
causam repugnância, asco.
É uma história de vilania sem vítimas inocentes, onde todos
são culpados, em maior ou menor grau.
Ora, uma das mulheres que teriam sido estupradas, e que era
afilhada do tarado, iniciou a vida sexual bastante cedo, em princípio seduzida
pelo vigário. Mas depois acostumou e aceitou passivamente, seja por causa dos
presentes que recebeu (moto, carro, etc), seja por que gostou da coisa.
A afilhada não tem antecedentes criminais, mas um ex-namorado
sim, já tendo sido preso. A malandra levou anos para denunciar o caso,
explorando a situação o quanto pode.
O pai dela, um safado pior do que o padre pedófilo e
estuprador, tentou extorquir dinheiro
dele utilizando imagens que mostram o sacerdote
em pleno ato sexual com adolescente de 15 anos.
Uma outra filha deste chantagista, agora com 9 anos, teria
sido abusada sexualmente desde os 7 anos.
É irmã da primeira que foi seduzida pelo
padre, mas só por parte dele, pai.
Teve uma outra menor que aceitou participar de uma armação,
com vistas a gravação de um vídeo para incriminar o pároco.
Bem, esta narrativa surrealista pode não estar absolutamente
correta porque não costumo acompanhar estes casos da crônica policial.
Mas mencionei o caso apenas por causa do papel do advogado
que o padre contratou. Diz o advogado do diabo, embora travestido de padre, que ele foi seduzido pela
menor, “porque a carne é fraca”. De vitimas as estupradas virarão sedutoras
imorais que não respeitam nem o intermediário de Deus aqui na Terra.
Esta história está tão mal alinhavada quanto a do outro
advogado de São Paulo, que fez das tripas coração, um enorme esforço, com uma história
fantasiosa para incriminar seu cliente. Isso mesmo, seu próprio cliente, afirmando
não ter dúvidas de que ele é culpado pelo acidente fatal com o sinalizador
marítimo lá na Bolívia.
Esses advogados são umas figuras patéticas, ou não são?
E o lema deste padre deve ser "ajoelhou tem que rezar".
E o lema deste padre deve ser "ajoelhou tem que rezar".