Como regulamentar? Como controlar?
Se demorar poderá ser tarde?
Haverá risco de extinção?
Proibir a liberação de novas ferramentas de IA ao domínio público, até que seja regulamentado seu uso a nível planetário será possível?
Os algoritmos já são passado?
Daniel Becker, em sua coluna em "O Globo" (11.06.23) escreve qu o algoritmo é uma forma "primitiva" de IA e ainda assim é capaz de gerar crises nas redes sociais, como gerado tem.
Estou voltando ao assunto inteligência artificial, por causa de matéria que li no site Migalhas (de conteúdo jurídico), que noticiou uma decisão judicial de repercussão porque envolve a poderosa Microsoft, que possui no Bing uma ferramenta similar ao ChatGPT. (link ao final).
A seguir trecho da matéria e da decisão:
"A Microsoft deve remover de sua plataforma de busca, o Bing, que utiliza inteligência artificial, informação que imputa a um médico a autoria de delitos envolvendo assédio sexual, os quais, em verdade, ele investiga. Assim determinou o juiz de Direito Jayter Cortez Junior, da 7ª vara Cível de Bauru/SP, ao deferir liminar.
Segundo ata notarial juntada ao processo, a ferramenta de inteligência artificial, alterando a realidade fática, apresentou em sua pesquisa informação inverídica de que o autor seria investigado por crime de assédio sexual em seu ofício de médico. Na realidade, o médico atua na apuração de tais fatos, frente ao CRM, como conselheiro.
Assim, o médico ingressou com ação contra a Microsoft, afirmando que sua ferramenta de busca não se limita a coletar e reproduzir informações, mas altera equivocadamente informação lançada em matéria jornalística.
Justiça manda ferramenta de busca que usa inteligência artificial excluir informação falsa sobre médico.
Recentemente, a Microsoft lançou o "Novo Bing", no qual o usuário pode experimentar a pesquisa usando tecnologia de inteligência artificial, segundo a descrição da própria plataforma. De acordo com a empresa, a ferramenta é capaz de "obter respostas resumidas", "criar e redigir" e-mails, histórias, e até um plano de refeições. A mudança foi desenvolvida em parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT, e tem funcionalidades semelhantes.
Decisão judicial
Ao analisar o pedido, o juiz considerou patente o risco de demora, por se tratar de grande plataforma, de alcance mundial e utilizada em larga escala, que está a apresentar dados falsos e graves, que atentam contra a honra e dignidade do autor, e que têm sido visualizados por terceiros.
Sendo assim, deferiu liminar para que a ré, em 48 horas, promova a remoção de pesquisa da informação que imputa ao médico a autoria dos delitos que, na verdade, investiga. Em caso de desobediência, foi fixada multa de R$ 5 mil, limitada a R$ 250 mil.
(O escritório Bagagli e Moreno Advocacia atua pelo médico.
Processo: 1014335-85.2023.8.26.0071)
LINKS relacionados:
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https://www.migalhas.com.br/quentes/388333/justica-manda-chatgpt-excluir-acusacao-falsa-de-assedio-contra-medico?U=CTA31A8A19E6D8D4FF6AE473D9EECF4C&utm_source=informativo_click&utm_medium=3916&utm_campaign=3916
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