30 de maio de 2025

Técnicos que deixaram marcas

Uma coisa pode-se afirmar sem medo de errar: Fernando Diniz criou uma marca, um imagem que todos reconhecem.

Comentaristas, técnicos adversários (principalmente estes), torcedores, todo mundo do futebol, no Brasil, fala do "dinizismo".

Pouco importa se o conceito original é dele, o fato é que aqui ele consagrou o estilo de jogo.

Tal como Flávio Costa, nas décadas de 40 e 50 do século passado, o fez com o WM, que não era criação dele, mas importado da Inglaterra. E foi difundido entre nós.

Ainda aqui no Brasil, Zezé Moreira, então no Fluminense, adotou o sistema "marcação por zona" com relativo resultado. Era um esquema defensivista.

Com curta trajetória Claudio Coutinho inovou adotando denominações rebuscadas para jogadas tradicionais, como ponto futuro e overlapping.


Michels
No exterior fez sucesso, com repercussão internacional, o sistema de Linus Mitchels, denominado de "laranja mecânica", adotado na Holanda.



Gusztáv Sebes, ficou famoso,  por ter revolucionado o futebol húngaro e por ter sido o técnico da lendária equipe que ficou conhecida como "Mágicos Magiares", em 1954. Levou-me ao Maracanã para ver Flamengo X Honvéd, base da seleção, com Pukas.


Busto de Wenger no Emirates
Pepe Guardiola consagrou, no  Barcelona, a tática do tiki-taka. Nada muito diferente do que Arsène Wenger adotou no Arsenal durante 22 anos, e se parece com o estilo do Diniz, de priorizar a posse da bola.


Alex Ferguson que dirigiu o Manchester United por 27 anos, foi provavelmente o coach mais longevo em ligas importantes.


Outros técnicos, folclóricos, com vocabulário popular, tiveram seus momentos, sem que possamos rotular seus padrões de jogo, como por exemplo: Gentil Cardoso e Joel Santana.

Conquistar títulos, mesmo Copa do Mundo, não faz  nenhum técnico parecer criativo, inovador, revolucionário.

Que o digam Vicente Feola e Aymoré Moreira. Os elencos de que dispunham ganhavam os jogos.

Feola
Aymoré



Eis o ranking dos técnicos mais vitoriosos da história do futebol, com conquistas através de clubes e seleções nacionais:

10) Arsene Wenger - 21 títulos
9) Ottmar Hitzfeld - 26 títulos
8) José Mourinho - 26 títulos
7) Luiz Felipe Scolari - 27 títulos
6) Carlo Ancelotti – 31 títulos
5) Valeriy Lobanovskyi - 33 títulos
4) Jock Stein - 36 títulos
3) Mircea Lucescu - 38 títulos
2) Pep Guardiola - 40 títulos
1) Sir Alex Ferguson - 50 títulos

2 comentários:

RIVA disse...

Em minha trajetória de torcedor de futebol, o único treinador que me deixou impressionado (e mesmo assim por pouco tempo) foi RINUS MICHELS, que comandou a Holanda na Copa de 1974. Simplesmente inovador, ousado, simplista.

Jorge Carrano disse...

Linus Mitchels está citado no post. Realmente inventivo, inovador no conceito.
Segundo ouvi, com tradução, em antiga entrevista, ele disse que nem sempre era possível adotar o sistema.
Dependeria de jogadores INTELIGENTES.