31 de maio de 2020

FÉ e ESPERANÇA


O poeta  popular, no caso Léo Russo, anima nosso domingo e levanta nosso astral com um belo samba, composto com seu parceiro Léo Peres.

Assistam e ouçam clicando na imagem abaixo:




Acompanhem a letra inspirada:

Quando Tudo Isso Passar
Leo Russo

Quando isso tudo passar
Vai ter maratona de roda de samba
Quando isso tudo passar
Eu quero abraçar o meu povo e cantar
Quando isso tudo passar
Minha gente não perca a fé, a esperança
Quando isso tudo passar
A gente se encontra na mesa de um bar

Eu quero beber com meus amigos em Vila Isabel
Uma roda por dia
De Copacabana à Padre Miguel
Matar a saudade
Mangueira, Salgueiro, Império, Portela
Ficar agarradinho pela madrugada sambando com ela

29 de maio de 2020

O palavrão bem empregado


A divulgação do vídeo de uma reunião do presidente com ministros e alguns outros dirigentes de bancos públicos, trouxe a tona uma questão relevante.

Quando cabem e quando são inoportunos e censuráveis os palavrões? Desprezo a liturgia do cargo, falta de postura de estadista, no caso da malsinada reunião.

Em certos momentos, à boca pequena, numa conversa com interlocutor com o qual se tenha intimidade, o palavrão pode ser a melhor alternativa para dar a exata medida do que se pretende relatar, elogiar ou criticar.

Por exemplo, se quero dar a medida correta do quanto acho burro e despreparado o presidente, o que seria mais claro e preciso do que dizer que ele é burro p'rá caralho?

Se quero elogiar um amigo por uma atitude não muito digna, mas extremamente aceitável - como por exemplo ter comido a empregada da casa de um amigo comum -  nada como sublinhar o elogio com  o qualificativo: "você é muito filho da puta".

Observe que neste contexto não há ofensa a genitora, não há reprimenda, o que vem à luz é um quase elogio, um cumprimento. É ou não é?

Chico Anysio tem um show, ou parte de um, dedicado ao emprego do palavrão, do palavrão bem empregado.

Num certo momento, ao exemplificar com a situação de dizer como um camarada mora longe, ele explica:
"Se você diz que o cara mora na puta que o pariu, já se sabe que é longe. Todavia, se você diz que o cara mora na casa do caralho aí então é que o sujeito mora longe mesmo.

E arremata, com sua graça inigualável: à puta que o pariu você pode ir a pé, é perto; já para ir a casa do caralho tem pegar uma Kombi.

Mas ouça e veja, via YouTube, que tem mais graça:





Notas:
1. Nunca proferi um palavrão em conversa com cliente;
2. Nunca disse um palavrão diante de meus filhos enquanto eram menores de idade;
3, Aqui no blog evito muito o uso do palavrão em respeito as damas e pessoas que têm pruridos a flor da pele.
4. Hoje é exceção porque eles são o tema da postagem.

25 de maio de 2020

De volta à távola


Aos poucos as pessoas vão chegando e se enturmando. Neste momento provoco aos que já se acomodaram em torno da távola com uma situação hipotética.

Ocorreu-me porque há anos, num curso denominado "Psico-higiene no trabalho", fase de treinamento para executivos de uma multinacional, a psicóloga colocou-nos (eram 9 participantes) a seguinte indagação: se não fosse o que é, profissional e funcionalmente, que atividade ou profissão gostaria de exercer?

Perguntei, na minha vez,  se poderia responder duas atividades e fui autorizado. Então declinei livreiro e antiquário, ou seja, gostaria de ter uma livraria ou uma loja de antiguidades.

E ai, Carlinhos, quanto a você? E você, caro Riva?
Maria Cecilia, Ana Maria, Kayla e Alessandra já pensaram sobre o assunto?

Refletores, reflexos, reflexões


Muita gente não resiste aos holofotes, aos microfones e câmeras.

E esta pandemia tem propiciado o surgimento de "especialistas" que têm conselhos e sugestões sobre tudo. Todo mundo dá pitaco. Tem opinião e achismo para todos os gostos.

São coisas inimagináveis, mas que não escapam ao meu espírito criativo. Vou-lhes dar exemplos:

Um especialista em cães com "síndrome down", é convidado para um debate sobre os riscos destes cães saírem de casa sem máscara.

"Existem muitas cadelas vadias, sedentas de amor e carinho, no cio, dispostas a desobedecer ao distanciamento social recomendado e dar  uma copulada."

Recomenda o tal especialista que o seu cão deverá usar camisinha, mesmo que destas caseiras, feitas com bola de soprar (bexigas para os paulistas), se tiver que sair de casa. E arremata todo senhor de si, que é preciso que os cães com down fiquem em casa, se possível.

O entrevistador pondera que a entrevista é sobre coronavírus e não sobre AIDS.  O especialista diz que se refere ao sexo oral e que o corona se transmite pela boca. AH!!! 

Noutro canal o especialista em mico-leão-de-cara-dourada, espécie em extinção, manifesta preocupação com a possível embriagues de alguns dos indivíduos da espécie, e explica. As pessoas estão visitando a reserva onde estão confinados, para fins reprodutivos os citados símios, e passam tanto álcool em gel nas mãos que os macacos estão desprezando as bananas e lambendo as cascas.

Soluções recomendadas: ou não vá até a reserva ou se tiver mesmo que ir (leve comprovação para poder transitar pela rodovia), for inevitável, apenas lave as mãos com água e sabão antes de pegar as bananas que oferecerá aos bichinhos.

Ignore a placa "não dê alimentos aos animais". Ela está em local errado. Deveria estar em praça repleta de pombos.

Em priscas eras, quando fiz os cursos primário e ginasial, havia uma matéria chamada "Ciências naturais". 

Havia então, não sei se persiste porque na ciência tudo muda, uma teoria de que alguns seres unicelulares eram difíceis de classificar, porque tanto poderiam estar na cadeia dos vegetais quanto dos animais.

Não sei porque mas esta lembrança me remeteu ao presidente. A explicação é simples. Antes de desenvolver meu  raciocínio devo admitir que ele já alcançou, na cadeia evolutiva, o status de uma ameba. Portanto não há que confundi-lo com um vegetal, digamos urtiga. Causa coceiras, mas por outras razoes.

Acompanhem-me. Nenhuma cidade do mundo seria capaz de atender a um só tempo toda a sua população se ficassem contaminados com um vírus. Vamos além, não teriam como atender metade de sua população, em lugar nenhum do planeta. Quer tornar mais significativa nossa assertiva? Nenhuma cidade na Terra teria infraestrutura de atendimento simultâneo de um terço de seus habitantes.

Faltariam hospitais, leitos de UTI, respiradores, tomógrafos, profissionais de saúde, EPIs para tais profissionais, faltaria tudo.

Estamos enfrentando um vírus com elevado nível de letalidade e grande velocidade de propagação. Não dispomos de vacinas e tampouco de medicamentos de eficácia cientificamente comprovada para curar a doença.

Qual a solução lógica, razoável, inteligente, para diminuir o nível de infestação? Reduzir o convívio entre as pessoas. Pelo menos reduziremos a velocidade da contaminação.

O distanciamento, como barreira para contágio permite que um menor número de infectados tenha necessidade de atendimento nos hospitais disponíveis.

Em palavras simples, temos que tentar colocar o número de contaminados, necessitando de tratamento, dentro do esquema de atendimento montado.

Estão denominando o esforço como  achatamento da curva de progressão. Não vamos diminuir muito a número de contaminados, mas vamos conseguir que não fiquemos todos ao mesmo tempo infectados.

Se o processo de recuperação de quem pegou o vírus estiver no mesmo ritmo de novos casos da doença, somado ao fato de que novos hospitais, provisórios ou não, estão em fase de construção, e mais  a celeridade na  compra de equipamentos, chegará o momento em que haverá capacidade instalada de atendimento a tantos quantos contraiam a Covid-19. Assim, podendo ser possível atender aos infectados adequadamente, certamente a letalidade cairá a níveis normais de epidemias de síndrome respiratória.

Isso só é possível com o distanciamento social o isolamento. Todos os habitantes do planeta, de todas as etnias, de todas as crenças religiosas, de todos (?) os sexos, sabem disto, aceitam isto. 

Menos um ser tão perigoso quanto o corona, que acha que todos devemos ir para as ruas, para nossos locais de trabalho.

E tem mais. Se o sistema de saúde entrar em colapso, o número de mortes por outras causas, em razão da incapacidade de atendimento, também aumentará muito: infartos, acidentes vasculares, etc.

Proponho a denúncia dele a tribunal internacional como autor de crime contra a humanidade.

24 de maio de 2020

VOCABULÁRIO 2020


Nos meses de março, abril e maio de 2020, as palavras, expressões e locuções mais utilizadas foram e são ainda:

pandemia
coronavírus
máscara
distanciamento social
vacina
água e sabão
isolamento
álcool em gel
Fora Bozo!
lockdown
Fora Bolsonaro!
cloroquina
ciência e medicina
solidariedade
gratidão
auxílio emergencial
inadimplência
Força capitão!
cadastramento
Tâmo junto capitão!
Facista!!!
doação
curva achatada
Fique em casa!
Vai passar!


19 de maio de 2020

O Pub da Berê continua a atender em sua távola, em novo local


Aqui estamos, em instalações provisórias, mas com a mesma equipe, para bem atender aos amigos/clientes.

Riva e Ana Maria conversavam sobre séries da NetFlix.

A Maria Cecília e a Incógnita estão na casa.

Carlinhos e Carrano acabavam de degustar um Sancerre, tinto, a pedido do Carlinhos, feitos a partir das castas Pinot Noir e Gamay, embora saibamos que os clássicos da região vinícola sejam os Sauvignon Blanc.

Mas é claro que o tintos satisfazem aos paladares e narizes mais exigentes.


O que restou


Restou-nos o bom-humor. Manifestado em memes, vídeos, charges e piadas.

Sábado, assistindo ao jogo entre Borussia e Schalk, pela Bundesliga, pareceu-me que também os alemãs não perdem oportunidade de fazer troça, gracejo, chiste, blague, quando a oportunidade se lhes oferece.

Num fato inusitado, durante a partida, o diretor de TV (imagino) determinou o direcionamento da câmera para o placar que estampava, àquela altura, a vitória contundente da equipe da casa, o Borussia Dortmund, sobre o visitante Schalk 04.




                                                    4 : 0
                                

Sabem por que? Porque o nome do perdedor,  completo, é Schalk 04.

Dilma, coitada, continua lembrada por suas  clássicas trapalhadas verbais:



Circulam, ainda, na rede mundial:




O curto vídeo a seguir é muito  inspirado, muito bem bolado. Clique sobre a imagem para assistir:



18 de maio de 2020

Campeonato alemão


No sábado passado reiniciou o campeonato alemão de futebol (Bundesliga). Entre as grandes ligas mundiais foi a primeira a voltar a ser disputada.

Com um protocolo cheio de restrições, algumas bizarras porque sabemos todos que é inócua. Ora , fica proibida a comemoração dos gols com abraços, e fica também suspenso o cumprimento antes da partida com as equipes perfiladas como habitual.

Bastaram alguns minutos de jogo e a marcação do primeiro escanteio para percebermos que a proibição do contato é inútil. O agarra-agarra continua geral.

Assisti a duas partidas uma no sábado e outra no domingo, envolvendo nas duas os dois líderes da competição: Bayern de Munique e Borussia Dortmund.

Os estádios vazios nos remetem aos jogos de várzea, sem público (ou muito pouco) quando se ouve claramente o que falam os jogadores em campo:
- Dá, dá!
- É nossa!
- Sai!
- Olha o ladrão!
- Fui na bola!

E coisas do gênero. Fica muito estranho. 

No início das partidas, a impressão que tive é que seriam jogos semelhantes aos que ocorrem nos finais de temporada, beneficentes, com a presença de veteranos, onde há espaço para dominar a bola e pensar no que fazer.Tudo calmo e tranquilo. Mas logo se vê que faltava apenas esquentar um pouco os ânimos.

Para jogadores que vinham de parados há bastante tempo até que apresentaram boas condições físicas.

O futebol alemão não é nenhuma Brastemp, mas é melhor do que nada. Deu para prender a atenção.

17 de maio de 2020

Li, ouvi e assisti


Que Bolsonaro, mudando de opinião, abandonando discurso de campanha, está aderindo à velha política, representada pelo centrão, grupo de parlamentares fisiologistas, que têm preço e que pouco se importam com quem está no poder, desde que possam compartilhar.

É o toma lá e dá cá, tão condenado em discurso. É o dando que se recebe demonizado pelo candidato impostor.

Alguns cargos já começam a ser ocupados por indicação de deputados que integram o tal do centrão. Por enquanto de escalões inferiores, mas como eles têm garganta profunda não demora e ganharão ministério.

Cadê a meritocracia, cadê a atuação técnica do quadro ministerial?

Hoje, surpreso, li que Carlos Marun, uma especie de pit bull do ex-presidente Temer foi reconduzido ao cargo de conselheiro na Itaipu Binacional. Uma boquinha e tanto para agradar ao centrão.

Lembram deles?

Pasmo, incrédulo, perplexo, vejo Roberto Jefferson como defensor ferrenho de Bolsonaro. Por que será? Aí tem coisa.

De arma em punho
Bolsonaro, ou como ele mesmo admitiu não faz muito tempo numa naquelas conversas com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada também é conhecido como Bozo, abandona a liturgia do cargo e se expressa com palavrões, é mal-educado e agressivo.


Para meu desgosto pessoal virou um farsante, mentiroso e covarde ao anunciar que faria um churrasco para trinta pessoas, e retroceder em face de críticas de vários setores, alegando que era um evento fake. 

Pegadinha, se fosse, sem graça e desrespeitosa para com a imprensa que era o seu alvo rancoroso.
   
Ele mudou radicalmente, por isso alardeio  que também mudei e o abomino  e rejeito pelo conjunto da obra que tem levado a cabo ultimamente.

Admiro-me que generais com folha exemplar de serviços, carreira e distinções no Exército, fiquem subordinados, por ditames constitucionais, a um ex-capitão medíocre em sua fase militar.

Aceitar cargos fora das funções a eles destinadas já foi um erro, e permanecer dando respaldo a este personagem que tem distúrbios mentais capazes de indicar sua interdição judicial aí já é  indesculpável.

Deveriam chama-lo de lado num canto e sussurrar que ele deve tomar tenência ou ficará pendurado com a broxa na mão porque irão retirar sua escada.



Imagens pinçadas na internet, via Google.

16 de maio de 2020

Não deu certo, mas obrigado a todos


A ideia pareceu-me boa. Num pub virtual  pessoas que se conhecem, amigas ou ainda não, reuniriam-se para uma conversa informal, descontraída.


Detalhes de gostos, idiossincrasias, experiências pessoais e passagens da vida que se não segredos a serem guardados a sete chaves, apenas não eram explicitados gratuitamente, sem motivo ou razão, poderiam nos aproximar um pouco mais (sempre é possível, assim como é possível também afastar de vez), e obrigar-nos a reflexões sobre aspectos sobre os quais não havíamos nos debruçado.

Não deu certo, mas paciência. Boas intenções também por vezes ficam nas intenções pois não se revelam boas.

Agradeço ao Carlinhos, a Ana Maria e ao Riva haverem embarcado na canoa. E aos que contatei e esperava ter como convidados também externo agradecimentos.

O jogo, a brincadeira, teria que ser interessante, divertida e enriquecedora para todos, e não uma obrigação, um enfado.

Mudando de assunto mas ficando nos pubs, verifico por leituras que os londrinos atravessam um momento difícil.

Parte da cultura britânica e de interesse turístico, os pubs terão que se adaptar a uma nova realidade.

O distanciamento social, por exemplo, vai provocar quebra na atmosfera, no clima que reina naqueles ambientes que são basicamente de interação.

A redução da capacidade, recomendada pelas autoridades sanitárias elevará os custos, sem contar que pelo menos no curto e médio prazos o número de frequentadores - inclusive turistas - irá diminuir.


Os ônibus double-deker, vermelhos, as cabines telefônicas, também vermelhas, e em especial os pubs eram atrações londrinas. Os pubs e os ônibus de dois andares também em boa parte da Grã-Bretanha.


Vida que segue. Como sentenciou o Paulo Alberto Monteiro de Barros "viver é acumular perdas".

15 de maio de 2020

Outro convidado ilustre no anexo privé


Riva é um dos casos de cliente que vira amigo pelas afinidades, empatia ou ... pelas diferenças. 

Ele  gosta e tem tatuagens, sou careta, jamais faria uma tatuagem. Ele usa cabelos longos, meus cabelos, os que  ainda restam, são cortados curtos. Ele anda de motoca, nunca andei de moto (nem como carona). Ele gosta muito de New York,  prefiro Londres. Ele aprecia destilados (whisky), eu fermentados (vinho e cerveja). Ele gosta de biografias, gênero literário que menos aprecio. Ele é da área de exatas - engenheiro, eu da área de humanas - advogado. Ele é tricolor, eu torço pelo Vasco, como aliás sua esposa Isa.

UFA!!!

Mas ambos gostamos de leitura, amamos as nossas esposas e filhos, gostamos de viajar, gostamos de futebol (inclusive como praticantes aposentados) e  somos responsáveis em nossas atividades profissionais.

Dito isto, como ele acaba de chegar peço ao James que sirva um Johnnie Walker e peça ao Carlson que bote para rodar o Led Zeppelin.

Como prefere sua bebi da, Riva? "Cowboy" ou "on the rocks" ou ainda "sour" ? Alguma outra coisa como veículo? Soda, água de coco? Como quer que o James sirva?

Riva, não perguntarei porque o apelido, mas você chutava forte mesmo como o famoso jogador tricampeão do mundo?

14 de maio de 2020

Outra visita no anexo do pub



Ontem recebi um amigo de mais de sessenta anos; a convidada de hoje conheço há mais tempo, mais de setenta e cinco anos.

E já me penitencio porque acabei declinando a idade dela. Mas ela não se incomoda com isso, acho eu, já vamos saber.

Ana Maria é minha irmã caçula, está aposentada, morando em Teresópolis, mas já morou até, com perdão da má palavra, em Catanduva.

E aí, Ana Maria, como é o processo de envelhecimento? Dói? Recordar é mesmo viver?

12 de maio de 2020

Anexo privé do Pub da Berê


Estarei trazendo a este anexo, para sentar em minha mesa, redecorada, alguns dos frequentadores do pub e convidados especiais, para trocarmos ideias.


Inicio pelo mais idoso, amigo de mais de sessenta anos, desde os bancos secundaristas, no Liceu Nilo Peçanha, em Niterói, que por sinal estampa a capa de um dos livros sobre a mesa, de autoria do juiz de direito aposentado Carlos Augusto Lopes Filho, para mim desde sempre Carlinhos, que me dá o prazer desta conversa:

Começo com amenidades; acompanha-me na Guinness ou prefere outra bebida?

Carlinhos, dois músicos estão com seus respectivos instrumentos, representados por bonecos de resina, sobre nossa mesa. Você prefere os de sopro ou os de cordas? Se pretendesse ser um bom instrumentista (se não é), qual escolheria?

6 de maio de 2020

Mesas reservadas no Pub da Berê




Vamos ver se dá certo. 

O jogo é o seguinte: ambiente virtual do Pub da Berê.

Com ilustrações - fotos - vamos colocando as mesas e/ou balcão. Assim como faço com esta primeira. Vejam que faz 25 anos que não bebo destilados, desde 1995 quando retornei de São Paulo, onde trabalhava e residia.


Aqui receberei amigos e convidados especiais: tem instrumentistas, bebida, e Cds de jazz; e acrescentarei algo mais.
Por que então o whisky na mesa que arrumei, se não bebo destilados? Para receber, virtualmente, amigos convidados, como o Riva, por exemplo.

A conversa sobre temas variados e aleatórios, pode começar pelo Brad Pitt, querendo as mulheres presentes. Nós, certamente, iremos execra-lo: tem mau hálito, é veado, pau pequeno, estas coisas ...

Bem, o Riva, a Ana Maria, a Kayla, o Carlinhos, a Alessandra, em suma quem quiser aparecer, envia anexada em e-mail sua própria mesa, ou não. Não será obrigatório. Será possível compartilhar uma existente.

Mas idealmente teríamos umas três, pelo menos, para não ficar intimista demais. Muito minimalista.

A conversa será desenvolvida nos comentários. 

Quem sentar comigo, ouvirá que Pelé, o rei, afirmou que ele não foi torcedor do Vasco ... ele é.

"Foi" do Santos, onde atuou por muitos anos. 

Depois podemos mudar de assunto enveredando por literatura, cinema,  música, qualquer outro.

Vamos ver se dá certo? Enviem comentários e, se o caso, foto com sua mesa.

Vamos manter esta postagem como a de entrada no blog pelo menos por uns dez dias, a título experimental, OK?

Há 20 anos eu podia estar num pub londrino autêntico, centenário, com minha mulher, bebendo uma Guinness ...




RESERVAS DE MESAS:



Reservada para Riva


Ana Maria Carrano


Mesa do Carlos Lopes Filho




Mesa sugerida por frequentadores para melhor confraternização e conversas mais abrangentes.


BALCÃO - Quem não puder/quiser ocupar uma mesa poderá sentar-se no balcão.





DECORAÇÃO DO AMBIENTE: Recebemos colaboração do Carlos Lopes Filho para decoração do ambiente. São telas alusivas a locais que lhe são muito caros: prédio do Liceu Nilo Peçanha, em Niterói e uma tomada de Paris.





Óleo sobre tela, fachada do Liceu Nilo Peçanha, em Niterói
Oswaldo Luiz Tavares Loureiro


TRILHA DO PUB:




Escolha da Ana Maria, abaixo.


Escolha do Riva, para a playlist, abaixo:



Escolha da Maria Cecilia, uma ótima pedida abaixo:




Carlos Lopes Filho escolheu Noel Rosa (a interpretação da Ligia França foi opção do DJ do pub)





Notas:
1) Imagens de rótulos whisky, vinho e cerveja, obtidas na rede mundial;
2) As mesas foram decoradas por seus ocupantes, com objetos que lhes são caros;
3) Imagem do manager e sua mulher em pub londrino, no ano 2000;
4) Foto do balcão: "The World End", pub com música, localizado na 174 Candem High Street, no bairro Candem Town, em Londres, Inglaterra.

5 de maio de 2020

Não fui eu quem mudou




Continuo querendo uma política econômica de modelo liberal; continuo querendo menos estado na economia; continuo , mas o governo Bolsonaro, sem participação da área econômica de seu governo, aprovou e incentivou a gestação do um programa chamado “Pró-Brasil” que vai no sentido diametralmente oposto, ou seja, o governo investir  are participar mais ativamente na economia (vide em https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2020/4/programa-pro-brasil-22-abr-versao-imprensa-1.pdf ; continuo querendo o fim do balcão de negócios com o legislativo, mas o governo se aproxima do chamado “centrão” grupo fisiologista e deletério da Câmara dos Deputados trocando apoio por cargos (e as nomeações já começaram); continuo querendo o enxugamento da máquina pública; continuo querendo a valorização do mérito; continuo querendo menos Brasília e mais Brasil, o que significa mais dinheiro na ponta, seja, nos Estados e, principalmente, nos municípios, onde vivemos e temos carências; continuo querendo um país laico, com liberdade de credo e respeito a todas as correntes religiosas; continuo querendo combate sem trégua à corrupção, que drena os recursos que faltam para  educação, saúde e segurança publica;

A lista acima, em breves pinceladas, era a agenda do candidato Bolsonaro. E fiquei seduzido, pois soava como música aos meus ouvidos e funcionava como colírio para meus olhos. Fui ingênuo, reconheço.

Agora sou acusado de haver mudado de lado. Pior ainda, sou acusado de pusilânime, sem vontade, sem firmeza de atitude, alguém que se deixou contaminar pelas informações parciais de uma imprensa aparelhada que só critica o governo.


Em suma fui emprenhado pelos ouvidos pela imprensa nefasta, na opinião de pessoas que prezo.

A imprensa está aparelhada? Pode ser, como estão as Universidades públicas e o mundo acadêmico.

No entanto o que vejo (nos telejornais) é um presidente que atenta contra a democracia, participando e incentivando a ação de milícias que lhe são fieis, em atos hostis aos outros poderes da República.

Vejo um presidente que participa de atos onde as pessoas se aglomeram em flagrante desrespeito as recomendações das autoridades sanitárias.

Vejo um presidente que não usa um lenço para limpar seu nariz, fazendo-o no braço (porcalhão), ao tempo em que estende a mão para apoiadores.

NÃO MUDEI. Meus princípios permanecem inabaláveis. Meus desejos estão no mesmo norte, mas provavelmente não os verei concretizados com este timoneiro arbitrário, irresponsável e delirante que está no leme.

Não foi para isto que fui as ruas empunhando cartazes contra o PT e tudo que os petistas representavam. 

4 de maio de 2020

É dando que se recebe





Aplicada na esfera política esta frase de cunho religioso ganha conotação de barganha, de negociata.

Bolsonaro durante sua campanha pregava a fim deste tipo de prática deletéria. Alardeava que sob seu governo não haveria balcão de negócios.

Os cargos seriam preenchidos por critérios técnicos, de competência e habilidades.

Quem não se entusiasmaria? Se ainda por cima tais promessas representavam o enfrentamento da política mesquinha, implantada pelo PT nos últimos anos, e a ameaça de transformação do Brasil numa república sindicalista.

O saque do PT, apoiado pelos pequenos partidos fisiologistas aos cofres das empresas públicas, foi uma prática trágica na história mais recente do país, que ademais era acompanhada de incompetência e despreparo.

Estas siglas de aluguel, cujos membros integram o baixo clero, no linguajar depreciativo dos meios jornalísticos, compõem e são conhecidas também como “centrão”.

Ali está o covil mais nojento do Congresso Nacional.

Alguns nomes conhecidos da política nacional, figuras manjadas, quase todos respondendo a inquéritos e/ou processos, por um cardápio bem diversificado de delitos, quase todos envolvendo a coisa pública, em suma, no frigir dos ovos, o nosso dinheiro.

Procurem na rede informações sobre a vida pregressa de Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto, Arthur Lira, Gilberto Kassab et caterva.

É com este “centrão”, com estes personagens, que Bolsonaro está negociando atualmente. E não só por motivos políticos de apoio para seus projetos, senão também por motivos nada republicanos de defesa de seus interesses pessoais.

Desde que foi eleito rejeitou o partido que lhe albergou propiciando a candidatura; demitiu ministros por intrigas de bastidores; brigou com apoiadores de primeira hora; apregoa que tem a caneta cheia e a usará sempre que pretender; em face da pandemia que assola e preocupa o mundo recomenda posturas destituídas de embasamento acadêmico, em sentido contrário ao que o resto do mundo civilizado prega e adota; tem como objetivo central de seu governo a reeleição; é grosseiro, mal educado e ignorante; mente e distorce fatos; revelou-se em suma, ao fim e ao cabo, um ser repugnante, abominável, desprezível.

Com absoluta certeza existem outros brasileiros igualmente antissocialistas, patriotas e democráticos capazes de conduzir nossos destinos com mais equilíbrio emocional, mais discernimento e bom senso, mais cultura e inteligência.

Bolsonaro tem direito de professar uma religião como eu tenho o direito de não ter nenhuma. O que não pode é dar cunho religioso, num país laico, às decisões do Supremo Tribunal Federal designando ministro “tremendamente evangélico” como virtude maior.

Não pode indicar um filho que sabe fazer hambúrgueres embaixador junto ao país mais adiantado do mundo. O mesmo filho que afirmou que para fechar o STF bastariam um cabo e um soldado. Bem democrata o ex-futuro embaixador do Brasil nos EEUU.

Não pode nomear diretor da Polícia Federal que lhe permita acesso a inquéritos sigilosos, mister se algumas destas investigações envolvem parentes e amigos.

Apoiarei alguém que não tenha como slogan “Brasil acima de todos e filhos acima de tudo”.

3 de maio de 2020

Magnífico texto, na forma e conteúdo






Não faz muito tempo era comum ancorarem  em nossas caixas se entrada de meios eletrônicos textos atribuídos a João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Verissimo e Arnaldo Jabor - mais a estes do que a outros ilustres escritores e jornalistas - e que não obstante por vezes guardarem semelhanças com seus estilos, não eram da lavra dos festejados cronistas nomeados.

Tais textos apócrifos, alguns dos quais até interessantes, bem escritos, bem-humorados por vezes, não poderiam ser classificados como plágios. Tinham autoria desconhecida, e graças a tenologia cibernética propagavam-se velozmente por compartilhamento.

Mas porque estes anônimos se valiam de nomes conhecidos do grande público para divulgação de seus trabalhos literários? A reposta é simples, ou parece ser simples. Porque não dispunham de canais para veiculação de seus escritos.

Concedo ainda aos mesmos autores anônimos, o benefício da dúvida relativamente à reverência, tentativa de homenagem. Melhor que julga-los plagiadores, invejosos ou frustrados.

Ontem entrou em meu smartphone, via Whatsapp, um belo texto, impregnado de considerações aforísticas que nos levam à reflexão.

Leiam e vejam se concordam comigo. O autor (a) não usou nome alheio; entrou e reproduzo aqui como apócrifo:

"O dia em que a máscara nos mostrou 😷😷


Em minha última ida ao supermercado fui recepcionada com uma borrifada de álcool gel nas mãos, antes de me infiltrar pelos vários corredores onde se encontravam outros mascarados como eu.

Quem diria? Sorri por baixo do tecido branco. Quem diria que nossas faces, algum dia, seriam representadas apenas pelos olhos? Quem seria capaz de apostar que chegaríamos ao ponto de ter que decodificar o sorriso (ou o mau humor) das pessoas que encontramos por aí, através dos olhares?

Enquanto selecionava produtos e enchia o carrinho de compras, fui me dando conta das vantagens de usar máscara, além da prevenção ao coronavirus.

Nunca fomos tão iguais, andando nos supermercados , nas ruas, em qualquer lugar. De repente o feio e o bonito, desapareceram por trás de um paninho mágico. De uma hora para outra ficou desnecessário e inconveniente usar maquiagem, porque a única coisa que temos a exibir são os olhos que, por sensatez, dispensam a moda exagerada dos cílios postiços.

Como um uniforme facial, independente da cor ou estampa, a máscara unificou as pessoas. E, ao mesmo tempo, induz a olhar para frente sem muito interesse no que este ou aquela está vestindo ou calçando. Se é rico ou pobre, elegante ou cafona, novo ou velho...a máscara encobriu estes aspectos da hierarquia social.

Tenho a impressão de que se num daqueles corredores houvesse alguém usando pijama e pantufas, ninguém acharia estranho desde que estivesse de máscara.

A máscara nos trouxe o verdadeiro sentido de igualdade que se apresenta no momento de vulnerabilidade. Todos podemos adoecer e morrer do mesmo jeito, e ainda que alguns achem que por serem mais jovens, fortes, atléticos, estão protegidos, não são capazes de se arriscar e descobrir que estavam equivocados. Pela primeira vez, os que ousam infringir a nova lei da normalidade não são considerados ousados ou revolucionários, mas sim desprovidos de inteligência.

Por muito tempo se ouvirá dizer que um vírus surgiu na Terra e tirou tudo do lugar. Mas eu gosto de pensar que um dia na Terra um simples pedaço de pano colocou o mundo inteiro no mesmo lugar.

Simplesmente assim 😷"