31 de dezembro de 2017

Política & Judiciário

Não queria mais tratar de política aqui no blog. Por puro nojo. Para evitar náuseas, engulho.

Também não pretendia, igualmente, falar do Judiciário, mas não me contenho no momento em que este poder da República ganha as manchetes diárias. Observo que não há uma só voz dissonante, equilibrada, sensata, que tenha disposição para enfrentar o delicado tema das mordomias e vantagens 

Nenhum dos juízes, desembargadores e ministros das cortes superiores se pejam de desfrutar de privilégios indefensáveis, fora do alcance dos demais trabalhadores, sejam públicos, sejam da atividade privada.

Nem Sergio Moro e nem Marcelo Bretas, juízes que merecidamente, até onde é possível avaliar sem conviver nos bastidores, ganharam notoriedade juntamente com o respeito e apreço da população, serão capazes de mexer no vespeiro.

Será que ninguém ousará suscitar que alguns dos privilégios conferidos aos magistrados chegam a ser indecentes? Como agiria o STF, por exemplo, se fossem submetidos a seu julgamento, os indecorosos dois períodos anuais de férias, além dos recessos, elevada remuneração que é parâmetro no serviço público, mordomias absurdas como auxílio moradia e alimentação, automóveis, e muitos etceteras?

Eles metem o bedelho julgando todo e qualquer assunto que lhes cheguem às mãos*. 

Mas cortar na própria carne, equiparando-se aos cidadãos que constituem os mais de duzentos milhões, menos onze, que não gozam destes privilégios, nem pensar. As onze cabeças coroadas, raposas felpudas, que podem até errar**, não têm a dignidade de rever os privilégios com os quais são diferenciados dos mortais comuns, sem qualquer justificativa aceitável.

Desde que, claro, não se aceite como justificativa aquela risível  explicação dada por ex-ministro do STF, indicado por Itamar Franco: "Juiz pensa o tempo todo, por isso precisa de dois períodos de férias".

Como eu e você pensamos intermitentemente, só temos direito a um período anual de repouso.

É tão bisonha, tão esdrúxula a justificativa de Mauricio Corrêa, que é desmoralizada por grande número de magistrados que preferem traduzir em pecúnia a vantagem de poder desfrutar de dois períodos de férias.

Ou seja, muitos, muitos mesmo, vendem suas férias, pouco se lixando que precisariam, por razões biológicas, de mais descanso do que eu e você.

O privilégio é de caráter econômico, não de saúde mental.

Que me perdoem os muitos amigos que estão ou estiveram na magistratura, mas é estarrecedor, indefensável, receber auxílio moradia, entre outras benesses concedidas no Judiciário.

Notas:
* Não se enganem aqueles que assistem sessões plenárias do STF,  e se impressionam com alentados votos proferidos pelos ministros da corte. No mais das vezes são resultado de pesquisas e estudos realizados por suas assessorias, compostas de magistrados de boa cultura jurídica. Ou seja, não se trata de trabalho necessariamente pessoal, individual.

** 
Podem até errar, no dizer de Rui Barbosa, que atribuiu ao STF o direito de errar por último.

30 de dezembro de 2017

Burrice ou comprometimento?

Num momento de suma importância, quando se discute a reforma da previdência e o governo de Temer precisa de apoio, credibilidade e respeito, ele enfia os pés pelas mãos.

Provocou um enorme desgaste, uma enxurrada de críticas.

Dizer que lhe falta despreparo político seria um absurdo; dizer que ele é burro seria injustiça, resta-me creditar a compromissos inconfessáveis, no nojento jogo de interesses, troca de favores,

Os dois vespeiros nos quais o governo meteu as mãos - repito, de forma intempestiva, açodada - renderam-lhe derrotas na esfera do Judiciário. E derrotas para mulheres. 

A primeira, que resultou na revogação da malsinada portaria que alterava critérios de fiscalização do chamado trabalho análogo ao de escravo, foi-lhe imposta pela ministra Rosa Weber, que suspendeu os efeitos da aludida norma. 

A portaria que não era da presidência, mas era endossada pelo governo Temer, foi um tiro n'água.  Ontem (29/12/17) foi publicada uma outra que corrige o erro, e na prática revoga a anterior,  

A segunda e mais vexaminosa, com maior repercussão negativa no meio político, na imprensa e junto à população, foi o decreto de indulto de Natal, que favoreceria seus apaniguados alcançados pela Lava-Jato. Sentenciados por prática de crimes de colarinho branco seriam favorecidos.

Entretanto a ministra Cármem Lúcia, em decisão monocrática, em sede de liminar, revogou parcialmente a norma baixado pelo presidente da República.

Se Temer não desistir, logo, logo, da amplitude deste indulto irá amargar grande derrota no colegiado, no início de fevereiro, quando o ministro Barroso irá submeter ao plenário o mérito da questão.

Ele ainda deu o azar do presidente do Peru, em ato idêntico em matéria de risco político, e palas mesmas razões de busca de apoio no parlamento, ter concedido indulto ao ex-presidente Fujimori, o que colocou o tema nos noticiários televisivos e jornalísticos.

Três mulheres impuseram acachapantes derrotas a Temer: as ministras Rosa Weber e  Cármem Lúcia,  e a procuradora-geral Raquel Dodge, sobre quem recaiam sérias suspeitas de ser aliada do presidente.


Raquel Dodge agiu rapidamente, nos limites de suas atribuições e recorreu ao STF intentando uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, contra o "insulto de natal" baixado por Temer. E Cármem Lúcia não vacilou em revogar parcialmente o ato presidencial, em decisão liminar que deverá ser referendada pelo pleno, no mês de fevereiro. Opinião minha.

É o emponderamento feminino cantado em prosa e verso nos últimos meses.





Fraudes, trapaças, golpes, e outras espertezas

Não é necessário ser vítima de estelionato, conto do vigário, trapaça ou fraude para aprender a ficar alerta, sempre desconfiando.

É balela de jurisconsultos, filósofos e poetas  que devemos confiar nas pessoas até prova em contrário. Não é conveniente aguardar prova em contrário, é mais prudente agir ao contrário, ou seja, desconfiando antes.

Lembro o que disse certa feita um experiente sargento do 3º RI, onde prestei serviço militar na primeira fase. Havia um posto de sentinela no alto do morro. Um local sem iluminação e no meio do mato.

Antes que perguntem por que um posto de guarda em tal local, já antecipo que era por causa dos chiqueiros onde eram criados e engordados os porcos que iriam para a panela. Os chiqueiros eram lá.

O conselho do sargento foi que detectando algum movimento suspeito, o sentinela deveria primeiro atirar e depois então indagar: quem vem lá?

Mas vamos aos casos que circunstancialmente presenciei ou om os quais convivi. Num 31 de dezembro, mais precisamente num dia primeiro do ano, pois já eram decorridas quase duas horas do novo dia, deixei cair as chaves do apartamento no fosso do elevador.

Retornamos (eu, minha mulher e dois filhos pequenos) ao automóvel e sai a cata de um chaveiro para poder abrir a porta de casa. Havia um, eu sabia, na Rua Barão do Amazonas. Ele morava no imóvel, que era uma daquelas casas antigas, construída em terreno de pouca frente, mas uma boa medida de frente aos fundos.

Bati na velha porta de madeira, uma, duas vezes, e nada. Nervoso, irritado e ansioso, passei a espancar a porta. Até que uma voz no interior da casa perguntou quem era.

Falei que era uma emergência. Perguntou onde eu morava. Respondi acrescentando que duas crianças estavam dormindo no carro.

Finalmente abriu parcialmente a porta e espreitou a rua. Pediu 10 minutos e voltou com uma bolsa com ferramentas e chaves virgens.

Durante o trajeto até o Ingá, onde morava, informou que todo o cuidado era pouco, por isso a demora no atender, especialmente na madrugada.

E relatou o caso de um colega, também chaveiro, que inadvertidamente foi atender um pedido e depois de aberta a porta da tal residência, ficou sabendo que se tratava de um assalto.

Sabendo que os moradores estavam em viagem, o ladrão dramatizou a perda das chaves, passando-se pelo proprietário.

Dois dias depois ficou sabendo pelos jornais que facilitara a tarefa de assaltantes abrindo a porta sem barulho e sem emprego de força.

Segundo o relator do caso, o chaveiro que me atendia, seu colega foi ao distrito policial onde registrado o assalto, porque a policia não tinha nenhuma pista dos ladrões. Foi prestar informações para facilitar as investigações e, claro, livrar logo sua cara.

Um outro caso ocorreu na banca de jornais que existia (ainda esta lá, mas sem funcionamento), na esquina da quadra da rua onde moro.

Quando me aproximava para comprar o jornal, o jornaleiro estava acabando de atender um sujeito, informando que lamentava não ter troco pois acabara de abrir a banca e não vendera coisa alguma.

Quando o tal elemento se afastou um pouco o jornaleiro disse para mim que se fosse eu com uma cédula de R$ 50,00 ele daria o troco, mas não aquele sujeito, que nunca vira, e logo cedo, queria comprar dois pacotinhos de figurinhas (em moda na época).

Ele deduziu que se tratava de assalto. Se ele revela ter dinheiro na gaveta para fazer o troco, ficaria sem seu rico dinheirinho.

Não sei se foi um excesso de zelo do jornaleiro, mas “gato escaldado de água fria tem medo”.

São muitos os perigos desta vida, já disse o poeta. 

29 de dezembro de 2017

Danuza Leão e o STF


Imagem obtida via Google
Danuza Leão não é de se jogar fora. E não me refiro aos dotes físicos. Explico. Agora aos 84 anos de idade, nem ela e nem nenhuma outra mulher ainda se mantém  desejável, uma pin up, uma  musa.

E não é só por esta razão que não aludo aos atributos físicos, que ela com absoluta certeza teve, embora não os exibisse por aí, assim sem mais nem menos.

Mas a julgar pelo prestígio e fama dos joelhos de sua irmã igualmente famosa e talentosa, a cantora Nara Leão, Danuza deveria ter belas pernas.

Sobre os joelhos da Nara, os mais jovens e os desavisados deverão ler a matéria que está no link abaixo:

Danuza não é de se jogar fora (descartável) pelo intelecto, pelo charme e por suas múltiplas e bem-sucedidas atividades.

Jornalista, escritora, cronista, modelo de passarela e, por que não, atriz (atuou em “Terra em Transe”), ainda faz sucesso pelo traquejo social, pela  cultura geral, pelo texto objetivo e bem articulado, por se manter atualizada e atenta aos acontecimentos do dia-a-dia.

Toda esta digressão, que objetiva em rápidas pinceladas informar para quem não a conhece (existe alguém?) de quem estou a falar termina aqui.

Porque quero tratar especificamente de uma crônica de sua lavra, publicada na revista "ela", encartada na edição de domingo, dia 17 de dezembro de 2017.

Na supracitada crônica, bem-humorada, perspicaz e crítica, ela faz um perfil dos ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal.

É possível identificar um ou membro do colegiado da mais alta corte de Justiça do país, mas nem todos. Como são onze os ministros, ela compara o conjunto como um time de futebol, inobstante a presença de duas mulheres. Seria um time misto, digamos assim.

Gostar ou não gostar da apreciação, concordar ou não com sua opinião, aqui não vem ao caso. O ponto, para mim, é que os integrantes daquela colenda corte deveriam, intramuros, estabelecer um pacto de deixarem um pouco de lado suas vaidades, serem  parcimoniosos na demonstração de conhecimentos de legislações de outros países, comedidos na utilização de expressões em outros idiomas, em suma, manifestarem-se numa linguagem menos rebuscada, cheias de juridiquês, e tautológicas, e sim mais inteligíveis para o cidadão comum.

De minha parte, uma das razões que me fazem assistir, vez ou outra, as sessões plenárias, são exatamente o que Danuza critica e eu aqui endosso. Seria aconselhável que usassem uma linguagem mais simples e objetiva.

Minha sugestão seria no sentido de que em seus alentados votos escritos, que serão juntados aos autos, utilizem e demonstrem todo o saber jurídico, na linguagem rebuscada se lhes aprouver, mas diante das câmeras, na transmissão das sessões plenárias falassem mais simplesmente e mais claramente, de sorte a que pessoas como a Danuza Leão e muitas outras menos aparelhadas intelectualmente possam entender.

Exibicionismo, mise-en-scène, dramatização, não combinam com a finalidade e alta responsabilidade da corte magna.



Nesta composição atual, para muita gente de opinião respeitável e respeitada, faltam a alguns integrantes uma das duas - ou até mesmo as duas em conjunto - condições para o exercício da função judicante de última instância: a ilibada conduta e o notável saber jurídico.

26 de dezembro de 2017

DELATORES ou TRAIDORES

Classifiquem como queiram: delatores ou traidores?  Para alguns até heróis.

As menções não guardam cronologia e muito menos importância. Shuffle. Randômico.

Irmão entrega irmão. Refiro-me a Pedro Collor, lembram?


https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/a-entrevista-que-pedro-concedeu-a-veja-ha-20-anos-e-que-esta-na-raiz-do-odio-que-fernando-collor-tem-da-revista/


Um dos inconfidentes entrega o movimento. O português Joaquim Silvério dos Reis é seguramente um dos responsáveis por Tiradentes acabar na forca.

https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/04/21/interna_gerais,863893/joaquim-silverio-dos-reis-o-primeiro-delator-a-mudar-a-historia.shtml


Esse é bíblico, e tinha um preço ajustado: trinta dinheiros. Como Silvério dos Reis, também era membro da patota.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Judas_Iscariotes



Este foi audacioso, entregou a Cosa Nostra, a Máfia Siciliana. Fora preso aqui no Brasil, em São Paulo, e delatou a organização criminosa para uma espécie de Lava-Jato italiana.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tommaso_Buscetta




Esse outro, vendo que não havia salvação e que estava por ser derrotado o poderoso exército nazista, resolveu, por conta própria, negociar rendição.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Himmler





Esse não livrou a cara do pai adotivo, como Pedro não livrou o irmão Fernando Collor. Mas Brutus foi além, ajudou a assassinar o poderoso Cesar.


22 de dezembro de 2017

Chico Buarque é viado?

Segundo depoimento dele mesmo, há um consenso quanto a isso.
Alguém aí já comeu o Chico? Cartas para a redação.

Por via das dúvidas vou aguardar as próximas portas de armários que serão abertas dentro em breve. Vai que ele está lançando um balão de ensaio só para ver a receptividade.

Esta notícia está na página 2, de O Globo, edição de domingo, dia 17 de dezembro de 2017, na coluna de “Frases da Semana”. Podem conferir.

A propósito, a frase desta citada coluna que mais me chamou a atenção foi a que teria sido proferida por  Lula em reunião com sua militância (condições idênticas a de trabalho escravo): “Vou brigar até as últimas consequências”.

Não sei se ele falou assim mesmo, com a concordância correta, ou se o editor da coluna deu uma corrigida. Há alguns anos teria perpetrado: “... últimas consequência.”

O que me deixa aflito é o significado e a extensão dessa ameaça. O que ele pretende se for mantida a sentença condenatória de primeiro grau?

Vai matar o Moro? Vai se matar? Quais seriam, deus do céu, as últimas consequências?

Cartas para a redação.

Tirem as crianças da sala porque vou falar de coisas indecentes. Por exemplo.

Gilmar Mendes acha que Adriana Ancelmo é essencial em casa, para cuidar dos filhos. De minha parte acho que ela é um péssimo exemplo para os filhos, os dela e os de todos nós que não estamos obrigados ao uso de tornozeleira eletrônica.

Influência maligna mesmo que adote o lema “faça o que digo, mas não faça o que faço” tão em voga nos anos cinquenta.

Quanto mais afastados da mãe estiverem as crianças, maiores serão as chances de se tornarem adultos dignos, honrados, responsáveis.
E tem mais. Se esta falácia foi usada para livra-la da cadeia, porque não livrar as outras trinta e duas mil mulheres presidiárias que cumprem pena longe de suas proles?

Esse Gilmar, para quem não se lembra, é o mesmo ministro que em decisão monocrática, no mês de agosto, concedeu habeas corpus para o “empresário” do ramo de transportes conhecido como “Rei dos Ônibus”, Jacob Barata Filho. Agora, por decisão da 2ª Turma do STF, integrada por Gilmar, Jacob está em liberdade.

Encerro esta postagem com uma confissão: integrava a legião de brasileiros que imaginava que Paulo Maluf jamais iria para a cadeia. Erramos.

E Lula? Vai ou não vai?




20 de dezembro de 2017

Não perca em Teresópolis

Se você reside na região serrana do Estado do Rio de Janeiro, ou por lá tem casa de férias e veraneio,  ou pretende passar um final de semana em Teresópolis, uma das cidades da região, vou dar uma dica imperdível 

Acaba de ser inaugurado o "Canto do Artesanato", no Shopping Comary.

Ocupa a loja nº 236, no segundo piso. O Shopping fica na Praça Higino da Silveira, conhecida como "Praça da Feirinha".

Você vai se encantar com a variedade e originalidade das peças a venda, por preços muito módicos.

Se está em dúvida sobre o que comprar para seu amigo secreto ou precisa de elementos decorativos alusivos ao Natal para sua casa, ou quer trazer de lembrança da cidade para a amiga, dá um pulo até lá.

As fotos abaixo, são uma pequena mostra do que está em exposição e venda.



E tem mais, quem procurar pela Alessandra, nossa confrade aqui do blog, além de conhecer pessoalmente uma pessoa agradável, culta e inteligente, ainda vai ganhar um desconto especial, nas peças que ela mesma faz.



E quem sabe através dela também conseguir desconto nas peças das outras artesãs. Elas dirão que tudo está muito barato (o que é verdade), e por isso não podem dar desconto. Mas não custa tentar.

19 de dezembro de 2017

OMBUDSMAN, AUTOVISTORIA, SAC, OUVIDOR

Estão abertas as inscrições para preenchimento das vagas nas funções do título, aqui no blog.

Claro que precisa ser inteligente, ter boa cultura geral, muito senso de humor, escrever corretamente a língua culta, mas ser capaz de interpretar o que dizem frequentadores do Twitter.

A autovistoria deverá partir do primeiro dos posts publicados, de sorte a avaliar o que está fora de contexto, ou conceitos que precisam ser reforçados ou eventualmente reformados.

O serviço de atendimento ao leitor, consumidor de conteúdo, tem que dar atenção ao solicitado, mas ser suficientemente parcial e explicar que não é possível rever nossa posição em relação a Lula, Dilma e PT como quadrilha, ou aceitar conquistas do time da urubuzada.

O profissional que assumir a ouvidoria terá que ser muito criterioso, pois pretendo uma seleção bem feita de elogios, aplausos e agradecimentos pelos momentos de entretenimento, pelas úteis informações que aqui obtiveram, e pelo enriquecimento cultural.

O ombudsman terá o cargo de nome pomposo, para impressionar o leitor, mas na verdade ele será o responsável pelo SAC (serviço de atendimento ao consumidor).

Alerto que exigirei do candidato uma perfeita pronúncia do nome do cargo: ombudsman. Treinem bem antes do teste e verifiquem na Wikipédia o significado.

Certifique-se sobre a grafia de auto-vistoria. Pela norma atual em vigor, acho que se escreve sem hífen.

A remuneração destes profissionais será idêntica a do Paulo, nosso revisor, por questões legais sobre equiparação salarial. No caso aqui o de equiparação a quanto não pagamos a uns e a outros. Ou seja, todos não recebem o mesmo valor. Não cometemos injustiças.

Estou pensando em contratar um copy desk (copidesque), mas isto ficará para o próximo ano, pois estou com déficit orçamentário.

Preciso combater a pirataria que está drenando nossos recursos. 

17 de dezembro de 2017

Flamengo deixou o Vasco com o pau na mão

Vice, de novo!
Segundo vice do ano.
Urubuzada acumula vices.
Sem cheirinho, nova derrota.
Flamengo entregou para não dar moleza para o Vasco.
Elenco caro e ruim.
Flamengo entrega o ouro ao bandido no fim do filme.

Todos estes títulos poderiam ser usados. O escolhido por mim exige reflexão. Foi melhor assim do que  termos um orgasmo propiciado pelo adversário histórico? 

O que é mais valioso? A derrota do rubro-negro ou ir direto para a fase de grupos da Libertadores?


Também fiquei tentado a titular "A Rede Globo sífu". Tal a preferência, o engajamento, o protecionismo que a emissora confere ao time da Gávea.

Mas deixarei a cargo do querido leitor a escolha ou até a sugestão de outro titulo não listado.

O primeiro da lista é meio óbvio, nada original. Faz-me lembrar do Jorge Perlingeiro, que diz que “torcer pelo Flamengo é falta de imaginação”.

Vamos combinar que foi pífia a temporada do Flamengo neste ano de 2017. Levando em conta o custo do elenco que montou, cuja folha salarial está na faixa de 10 milhões mensais.

Sexto lugar no Campeonato Brasileiro, com a mesma pontuação do Vasco.

Eliminado sumariamente na disputa da Libertadores da América, e até da Primeira Liga, entidade que ajudou a criar, mas que nasceu morta.

E dois vices: Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.

Imagem colhida na internet

O ano que termina nos próximos dias não foi bom para a mulambada, nos domínios do futebol. 

Por falar na torcida do Flamengo, você viram as cenas que protagonizaram antes, durante e depois da partida de futebol?

Lamentáveis, não!?

Selvageria em estado puro. Mas se vocês acham que as torcidas do time dos urubus são compostas apenas por baderneiros e vândalos, estão muito enganados. 

São integradas, também, por saqueadores de lojas comerciais, assaltantes e ladrões. As imagens de um carro parado e cercado por membros da quadrilha que se abriga sob o manto rubro-negro, são surreais. Roubavam descaradamente, sem cerimônia, alguns pertences dos ocupantes do veículo. 

E vai ficar por isso mesmo.

O Flamengo não teve competência para vencer o jogo no gramado e  sua torcida não teve escrúpulos, decência e dignidade, após o fracasso.

O Independiente deu um nó tático na urubuzada, e mostrou, além da disposição, do empenho, boa habilidade  e qualidade técnica.

É duro torcer para argentinos? É! Mas convenhamos, é muito pior torcer para este clube que não se envergonha da torcida que tem.

Os dirigentes acham a sua torcida o maior patrimônio do clube.

Se fizessem uma depuração, excluindo bandidos de todos os matizes, marginais, malfeitores, ladrões e assaltantes, sobraria um número de aficionados menor do que os que torcem pelo América: caberiam numa Kombi.


Nota do autor: acessem https://extra.globo.com/esporte/gilmar-ferreira/voce-argentino-22194417.html

15 de dezembro de 2017

O mais perfeito dos anéis


Por
Alessandra Tappes




Você conhece o efeito de um anel descascado? Sabe seus malefícios?

Pois vou lhes explicar os benefícios, porque de coisas más, estamos saturados.

Porque não é ouro nem prata. É bijuteria mesmo que se agregam aos meus dedos. É o passo leve do dia a dia que compõe meu caminho, é o vento leve que balança as folhas das árvores, é o sorriso de um desconhecido para aquecer a alma...é a lembrança da conversa anterior que embalam as noites de sono.

Endereço físico: Praça Baltazar Silveira, s/n. Várzea, Teresópolis, Rj. Endereço do cidadão da cidade: Coração de Teresópolis. Praça da Igreja Santa Teresa (Santa Teresa de Ávila, a padroeira da cidade). Bem ali rodeadas de árvores que dançam com o vento, ao seu lado as velas que choram com seus aflitos, bandeirolas que assoviam alto, com seus bancos para seus ilustres curiosos, solitários e amistosos visitantes. Bancos lotados disputam lugares entre uma pipoca sendo devorada pela senhora e uma moça com seu gatinho para adoção. A árvore decorada para o Natal tem a fisionomia das pessoas que por ali circulam: simplicidade, sem muito enfeites, sem muita firula.

Seguindo o caminho que me leva para qualquer lugar aprazível ao sair da praça, sigo em troca do anel recém comprado, porém descascado.

Encontro uma vendedora pronta a escutar minha paixão por livros. Do nada surgiu o assunto. Ela, comovida com minha busca por um livro que li na adolescência, mareja seus olhos de lágrimas ao escutar com detalhes a riqueza sobre o livro. Disse que carregará consigo os conselhos sábios de Helene Hanff. Também os carrego...Assim como o livro. Ficamos quase meia hora falando de livros e nem em livraria eu estava.

Ao lado do Doces Húngaros, famosa na cidade por seus doces e salgados mas perderam lugar para a péssima qualidade no atendimento temos o Café SanTelmo que  sofreu uma reforma para melhor agradar minhas vistas. Mesas rusticas e aconchegantes para dois, sofás confortáveis para seis. Várias tribos pairam ali. Eu ainda não.

Sigo em frente sentindo o prazer em desfilar naquele pequeno percurso, quando sou abordada por outra vendedora muito simpática que me convida para entrar em sua loja. Sou calorosamente despedida com um abraço, esses de amigo, de alisar costas, de afagar choro contido. Uma relação de cliente e vendedor que só se tem em cidade pequena.

Temperatura agradável se fez na cidade. Sem chuva. Na frente do Mundo Verde (casa de produtos naturais), faz-se de morada dois cães de rua já recolhidos em suas caixas com cobertas. Ao lado direito, ainda na entrada do Mundo Verde, mas sem prejudicar a clientela, encontra-se dois potes limpos de água e ração. Ali eles dormem sem se importarem com o barulho da rua, a lista de compra de Natal da filha com mãe, a pressa desajeitada do menino para a corrida pelo ônibus.

6 badaladas. Fico sem saber como perpetuar aquele som em mim. Passa um filme na minha cabeça quando eu escuto e tento memorizar cada detalhe: o gatinho a ser doado pela menina tímida, as bandeirolas que enfeitam a frente da igreja e que assoviam, o sorriso simpático das pessoas que passam por mim, os pombos voando...

Ainda no caminho de casa, me detenho em mais uma vitrine. Entro por curiosidade e ganho novamente o prazer da conversa jogada fora, a ponto de distrair e esquecer um mimo que ganhei de minhas crianças especiais. Cerca de 30 metros adiante, dou conta da falta de meu presente, um vasinho de suculentas, e, ao me virar para retornar à loja, esbarro com “Daiana” a vendedora que nada me vendeu, mas que num gesto de generosidade e um sorriso encantador, devolve meu presente. Pura satisfação em seu olhar.

Ah praça abençoada! Feita de sabores e aromas. De faces e cores. De pessoas simples e descuidadas também. Com guardas multando quem para nas duas únicas vagas de deficientes. Feita com a melhor torta de Limão as sextas e sábados, do jogo de cartas dos aposentados. Dos meninos que matam aula e por ali ficam papeando. Praça de encontros, praça de pombos, praça de praça. Praça de Teresópolis. A melhor.


Volto para casa feliz, muito encantada pela vida, o sonho a alegria me dá, por aqui me encontrar.

 O anel? Foi trocado... e se descascar novamente, volto com o maior prazer a trocar...
  

13 de dezembro de 2017

THE CROWN


Apaixonado pela série televisiva “Downton Abbey”,  estava meio reticente quando fui informado de que a Netflix estava produzindo uma nova série, intitulada “The Crown” tendo como pano de fundo a família real  britânica.














A produção da série “Downton Abbey” é tão refinada, tão caprichada, que temia me decepcionar com uma produção menos requintada em “The Crown”. Afinal a Netflix não tinha consolidada experiência em produção (que eu saiba).

Outra preocupação era o elenco. Alguns personagens de “Downton Abbey” são inesquecíveis, porque são interpretados de maneira soberba por atores e atrizes excelentes, como Maggie Smith, que faz a condessa Violet Crawley.


Meus temores eram infundados. O elenco de "The Crown” também é muito afinado, e algumas caracaterizaçõies e interpretações são fantásticas, como por exemplo o Winston Churchill  criado pelo ator John  Lithgow.


Estou na segunda temporada, no episódio nº 6.


Nesta temporada o casal real discute a relação, que passou por uma crise; O Reino Unido se envolve numa guerra contra o Egito por causa do controle sobre o Canal de Suez; e são trazidos à luz, como só pode acontecer em países civilizados, a traição (aliou-se a Hitler) do Duque de Windsor, ex-rei Eduardo VIII, que abdicou ao trono por uma mulher que além de ser plebeia, era americana e divorciada.


Jorge  VI, seu irmão e pai de Elizabeth II, atual monarca, o sucedeu no trono. E criou o ducado de Windsor, referente a cidade onde existe o castelo de mesmo nome e que pertence ha séculos à família real britânica, para dar ao irmão uma certa dignidade, embora tendo que viver fora das fronteiras do Reino Unido.



Não pela suposta traição, cuja descoberta e conhecimento ficou restrita a um grupo muito pequeno, mas pelo casamento condenável pelos padrões da nobreza.

O mais fascinante - para mim – é poder assistir a dramatização de fatos históricos que acompanhei pela imprensa e noticiário de rádio.

Nomes como os de Gamal Abdel Nasser, Winston Churchill, Harold Macmillan, Duque de Windsor, Duque de Edimburgo (Philip, marido de Elizabeth II) e o pregador Billy Graham.

Se você, assim como eu, já é setentão, também tem estes nomes  - e fatos históricos - como muito familiares. A série em questão nos mostra bastidores e dramas pessoais de personagens reais (alguns no duplo sentido), como é o caso da princesa Margaret, irmã da Elizabeth II. 

12 de dezembro de 2017

NOVO ANO VEM AÍ ... tomemos cuidado

Acabo de ganhar uma Agenda de Compromissos e um  Calendário de Mesa referentes ao próximo ano. Presenteados pela NOCE - Administradora de Condomínios.

Antigamente desejávamos aos amigos e parentes um PRÓSPERO ANO NOVO. Agora já nem pretendemos tanto, contentamo-nos com um PRÓXIMO ANO. Espero usar a agenda até o dia 31 de dezembro de 2018.

Com efeito, se tivermos um próximo ano já estará de bom tamanho, levando-se em conta que dois lunáticos têm armas capazes de destruição de boa parte do planeta. Trump e Kim Jong-un.


E o EI (Estado Islâmico) ataca em todos os cantos do mundo, causando mortes e destruição.

Isso sem considerar, aqui no Brasil, em especial na região metropolitana do Rio de Janeiro, um risco que chamam de “bala perdida”. Que, infelizmente, em geral “acha” inocente.

Em matéria de destruição e morte, não podemos nos esquecer de falar da mãe Natureza, que nos encanta com belezas inesquecíveis e fenômenos que encantam aos olhos e fazem bem à alma, como um pôr de sol ou um arco-iris.



Mas detém o poder de criar tornados e tsunamis. E de atiçar vulcões; e  provocar raios, que incendeiam florestas; e produz temporais que rompem barreiras e represas inundando e até destruindo cidades pequenas. E eleva (ela natureza) os níveis de rios que mais caudalosos destroem pontes e deixam submersas comunidades ribeirinhas.

Podemos estar, por acaso ou não, em qualquer parte onde ocorrem atentados. Em Londres ou Paris, fazendo turismo. Podemos estar transitando pela Linha Vermelha e uma daquelas balas que estão sem rumo, porque atiradas a esmo, encontra nosso veículo e, dentro dele, nossa cabeça.

Pessimismo? Maus pensamentos atraem coisas ruins?

Não sou pessimista até a página cinco, e acredito que um amuleto nos protege do mal. Assim como o galinho de arruda nos livra do mau-olhado.

A síntese é que ao desejar um PRÓXIMO ano estou formulando  para o amigo um voto de que tenha vida e saúde.

Com vida e saúde sobreviveremos a governos petistas, títulos da urubuzada, aos 7X1, ao programa do Faustão, e combateremos os cabrais, os gilmares, os renans, lulas e os demais seres do mal que contaminam o espectro jurídico-político.