31 de janeiro de 2014

Na vida nada é imutável


Quando fiz o AVC, em 2010, a causa identificada foi hipertensão arterial. Com efeito eu era pilhado, ligado em 220 W, despejando adrenalina no sangue o tempo todo, com o estresse em níveis elevadíssimos.

E tudo sem controle natural ou artificial. Ou seja, comia sem restrições em relação ao sal e as gorduras. E não tomava medicamento.

Extremamente ansioso, queria resolver todos os meus problemas pessoais e profissionais todo dia, e ficava frustrado quando não conseguia.

Resumo da ópera: vinte e um de pressão e interrupção momentânea do fluxo sanguíneo. Como sou um protegido dos astros, dos santos e  dos orixás, sai com pequenas sequelas,  regressíveis,  na base da fisioterapia e vontade. Segundo o médico, chamuscou mas não queimou.

Agora vejam só a recomendação do cardiologista para o qual fui encaminhado pelo neurologista: baixar o colesterol (com medicamento), fazer uma dieta alimentar e me exercitar. A pressão teria que ficar, sob controle, na faixa default de 12X8.

Pois bem. Há poucas semanas uma matéria científica, tornada pública pela imprensa, dava conta de que para certos indivíduos, dependendo da faixa etária, do histórico familiar, e outras variáveis menores, é tolerável que a pressão arterial oscile em torno dos 13 ou 14, na alta.

Olha eu enquadrado na faixa de segurança, escapando do grupo de risco. Quem sabe sem remédio.

Mas isto é confiável? Até quando? 

O até quando é fundamental, posto que ao longo da minha vida já aprendi e tive que esquecer muitas coisas. Nada, ou muita pouca coisa, tem sido imutável.

Desde as calmarias que trouxeram Cabral ao nosso costado marítimo, que, sabe-se agora, era um desculpa esfarrapada, passando pela célula ser a menor porção de matéria, como afirmava meu professor Elias, de ciências naturais, no início da década de 1950. Agora até o átomo é fissurado.

A professora de Geografia também não escapa ilesa, porquanto me ensinava que o pico da Bandeira era o ponto mais elevado do território brasileiro.

No campo religioso aprendi e tive que desaprender, para voltar a aprender diferente, a oração do Pai Nosso, a mais importante na minha opinião  de ateu não praticante. Era assim, num determinado trecho: “ perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”.

Juro, eu era coroinha e era assim que eu rezava. Eu e todo mundo na igreja. Não sei exatamente  a quantas centenas de anos depois alguém resolveu mudar o texto. São Jorge foi cassado e reabilitado. E já não é preciso confessar os pecados e guardar jejum até o recebimento da hóstia, como quando fiz a primeira comunhão.  Confessei no sábado, à tarde, e fiquei sem comer até o domingo pela manhã, quando da  comunhão.

Hoje acho uma coisa bizarra contar a um padre os pecados (?) e receber penitência (absolvição) em troca de umas orações.

Outra coisa que aprendi e agora acho risível - e olha que aprendi na escola, que cobrava para me ensinar -  é que a face oculta da lua é diferente  da visível. Ensinavam que a face voltada para o planeta Terra era plana e a outra, no lado oposto, era ovalada.

Isto, inclusive, foi motivo de gracejos e piadinhas maldosas, porque um colunista social da época, escreveu em sua coluna que a Av. Atlântica era como a lua, só tinha um lado.

O que ele pretendia passar  é que apenas um lado da avenida famosa tem prédios e numeração, pois do outro lado está o oceano.

Voltando ao mundo acadêmico, à ciência, fico matutando como hoje estão os conceitos da lactose e da cafeína. Já foram enaltecidas e açoitadas como substâncias nocivas e perigosas. Não sei se estão reabilitadas.  Em outras palavras, o tradicional café com leite das tardes de minha infância fizeram mal ? E minha mãe, coitada, achava que estava cuidando de meu crescimento saudável. E estava me envenenando?

Afinal o ovo faz mal? O colesterol do ovo é perigoso para  a saúde?  Hoje não sei porque não li os jornais.

E assim vamos vivendo e aprendendo. E desaprendendo compulsoriamente em muitos casos.

29 de janeiro de 2014

Bola dentro nº 2


O goal, deste feita, é do senador Aécio Neves. Ele nunca me pareceu um paspalho como o Roberto Dinamite, mas estava carente de boas iniciativas.

É sabido que o PT vem tratando, ao longo dos últimos anos, o programa Bolsa Família como sua galinha dos ovos de ouro. Seja assustando aos menos favorecidos (nordestinos principalmente) com boatos de que se o PSDB ganhar as eleições extinguirá o programa, seja propalando  ad nauseam,  que são os pais do maior programa de alcance social (na verdade foi ampliação de programas já existentes).

Pois muito bem, a ideia e iniciativa do Aécio, com uma cajadada mata os coelhos da cartola do PT.

Ele apresentou, na semana passada, um projeto de lei que transforma o  Bolsa Família em programa do Estado e não de um governo, não dependendo sua manutenção de decisão do poder executivo.

Com isso deixará os parlamentares da chamada base aliada de calça justa. Se não aprovarem o projeto, serão apontados ao eleitorado como contrários à efetivação do programa. E se aprovado poderá ser explorado pelo PSDB que foi o  partido e seu candidato que asseguraram, com lei, que o auxílio tem que ser mantido entre as políticas públicas de assistência social e erradicação da pobreza.

Pouco importa se será discutido e votado no congresso antes das eleições. O que importa é que projeto está lá e depende, para sua aprovação,  unicamente, dos deputados e senadores, inclusive os que apoiam o governo. Como disse alguém, a vacina está criada, os boatos contra a oposição que pretenderia acabar com o programa não irão virar epidemia.

O PT terá que arranjar outra munição, que não o boato de que a oposição acabará com o Bolsa  Família, como fez com o Serra, por exemplo, que teve que se explicar, e sem êxito, muitas vezes sobre a manutenção do programa.

Goal de placa, bola dentro,  do senador mineiro que, além do mais, tem mais carisma do que o Serra. Não, não seria o candidato de meu sonhos, mas para ver o PT fora do governo voto nele, assim como apoio o Eurico Miranda contra o Dinamite.
Corrupção e incompetência, de mãos dadas, é dose para mamute.
Reconsiderarei minha decisão de não mais votar, desde que não estou obrigado, e irei às urnas sufragar o nome do Aécio Neves que teve, ou alguém de sua equipe, uma ideia genial.

Merkel, Thatcher e Rousseff

Angela Merkel:

"Deutschland, ein gutes Beispiel!"

Esta semana a chanceler da Alemanha, Angela Merkel a governante mais poderosa da Europa e uma das líderes mais influentes do mundo fechou um acordo para que seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU) e seu partido irmão União Social-Cristã (CSU), do Estado da Baviera, governasse em coligação com os tradicionais adversários do Partido Social-Democrata (SPD).

Merkel terá uma maioria esmagadora: num Parlamento de 631 deputados, como o Bundestag alemão, terá uma bancada de 503.

E sabem como se procedeu a aliança com os social-democratas?

Merkel NÃO aparelhou o governo com os sindicalistas aliados do SPD para agradar os novos aliados.

Merkel NÃO loteou cargos de confiança no governo entre os partidos dacoligação.

Merkel NÃO prometeu destinar emendas parlamentares para que os deputados da coligação distribuam verbas em fontes luminosas e ginásios de esportes em suas regiões de origem.

Merkel NÃO decidiu rechear as seríssimas e rigorosas agências reguladoras do governoalemão em áreas como telecomunicações, transportes terrestres, aviação e energia  com cupinchas dos aliados, nomeados (como ocorre no Brasil) por sua ideologia ou militância, e não por sua competência.


Merkel NÃO resolveu aumentar os atuais 14 Ministérios existentes para abrigar políticos.

Merkel, é claro, NÃO acertou qualquer mensalão para atrair deputados para a base de apoio de seu governo.

Merkel, em suma NÃO FEZ NADA do que se costuma fazer no Brasil do lulopetismo, em nome desse monstro invisível chamado governabilidade, que justifica todo tipo de atropelo ao bom senso, à meritocracia e à moralidade pública.

O que fez a firme chanceler alemã, há oito anos e três eleições no poder, para fechar uma coligação que vai permitir que governe tranquilamente por todo seu mandato de quatro anos?
Merkel fez o que se faz nos governos decentes de países sérios e, como escreveu há algum tempo a revista britânica The Economist, a chanceler vem conduzindo um governo sério, num país sério onde a palavra sério quer dizer exatamente isto: discutiu, durante um mês, em que medidas para o bem da Alemanha democratas-cristão e social-democratas que divergem em inúmeros pontos e concordam em outros.

Os pontos sobre os quais ambos concordam foram a ponte para o acerto político. Mas, em se tratando de um país sério, esses pontos foram esmiuçados em um sólido documento de 170 páginas contendo o programa que o governo de coalizão entre dois grupos adversários executará.

As 170 páginas preveem, com detalhes, como se darão as melhoras no sistema de previdência social, em quais projetos serão aplicados os investimentos adicionais na área de educação e pesquisa científica, o que deve ser feito para aperfeiçoar e ampliar os sistemas de transportes (rodovias, as já fabulosas autobahns, e ferrovias), o estabelecimento por lei, a partir de 2015, de um salário mínimo (8,5 euros ou  27 reais  por hora, o que significa algo como 4.320 reais mensais).

Não existe salário mínimo legal na Alemanha, só os valores estabelecidos em acordos entre sindicatos de patrões e de trabalhadores e até os requisitos exigidos para que aos cidadãos alemães seja possibilitado algo até agora inexistente, a dupla cidadania.


Detalhe importante: o documento inclui o compromisso férreo de não se aumentar impostos durante os próximos 4 anos.

Enquanto isso, num grande país (melhor dizer 'país grande') do Hemisfério Sul, que tem 39 ministros e 20 mil cargos de confiança loteados entre cupinchas dos partidos do governo a corrupção corre solta e sua frágil democracia vislumbra dias próximos de autoritarismo socialista ou quebradeira que dá no mesmo.

MARGARETH THATCHER:

"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros".

 
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade".


"Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber".

"O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém".

"Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação".


Dilma Rousseff:

"Poste" de Lula, por sua vez um apedeuta metido a estadista.


Notas do blogueiro: 
1) O comentário sobre as alianças na Alemanha recebi por e-mail; as frases de Thatecher estão na internet. O comentário sobre Dilma é meu mesmo.

2)  Deutschland, ein gutes Beispiel! "A Alemanha é um bom exemplo!" Seria esta a tradução? Peço socorro ao Freddy, nosso amigo e colaborador, que morou na Alemanha.


28 de janeiro de 2014

BOLA DENTRO

Eu acho, e já disse aqui inúmeras vezes, que o Roberto Dinamite é pior do que um relógio parado.

Um relógio parado pelo menos em dois momentos durante o dia fica certo. O Roberto nunca está certo.

Vai ser incompetente assim ... bem longe de São Januário.

Mas parece que agora vai botar uma bola dentro, lembrando os tempos de goleador.

Em resumo, o Vasco está negociando o espaço em sua camisa, que ficou livre com a rescisão do contrato, feita de forma unilateral pela Nissan.

Se conseguissem como nova patrocinadora uma outra montadora de automóveis seria ótimo. Olha só que frase de propaganda: “Faça como o Vasco, troque seu Nissan por um ............”.
  
O Vasco irá ajudar alguns torcedores que compraram carros da Nissan, a trocarem de marca.

Leiam trecho da entrevista do vice-presidente de marketing do Vasco: 
"A atitude deles não foi correta com a gente, nem com a torcida. Teve torcedor que mandou e-mail pra gente que tinha acabado de comprar um carro da Nissan. Faz o que agora com isso? Foram tantas coisas juntas que a gente nem deu foco nisso. A gente também não quis armar briga com a Nissan, mas não foi legal. Já tem uma montadora muito perto da gente, que quer entrar no clube, ainda não posso te falar o nome. A gente até já acertou com eles que se eles entrarem vão ajudar esses torcedores a trocarem de carro", afirmou o novo vice-presidente.
"Pelo menos quem comprou e reclamou com a gente, a nossa ideia é ajudar essas pessoas. Ajudar a vender e comprar o da outra com mega desconto. muitos deles acham que foi uma covardia o que eles fizeram com a gente". 
A íntegra da entrevista está em 
http://www.espn.com.br/noticia/385115_depois-de-saida-da-nissan-marketing-do-vasco-quer-ajudar-torcedor-a-trocar-de-carro 

 
Roberto e os incompetentes da Nissan, na assinatura do contrato


Nota do blogueiro: a frase que sugeri no texto, plagiei de uma propaganda feita pela Ford, quando comprou a Wyllis, no Brasil. A frase de propaganda do automóvel Aero Wyllis passou a ser "faça como a Ford, compre Wyllis". Achei genial na época.

Se a prática é adotada com animais domésticos... por que não?


Ultimamente tenho recebido muitas mensagens que veiculam criticas ao governo. Certamente por conta de cartas que eu mesmo escrevo e envio para redação de jornais. Esta chegou por e-mail, e contém uma sugestão que já me passou pela cabeça e provavelmente pela de alguns dos leitores.

"A Folha de SP, hoje, publica carta minha, onde ironizo os “baluartes” dos direitos humanos. Agora, com o morticínio de presos no Maranhão, jornalistas e intelectuais “engajados” escrevem e opinam copiosamente sobre a questão carcerária e os direitos fundamentais. São como urubus, não podem ver uma carniça.
Quando eu era juiz da infância e juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.
Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à corregedoria de justiça e até à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução. Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz.
Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me “honraram” mais com suas visitas e ... os menores ficaram presos.
É assim que funciona a “esquerda caviar”.
Abs.
xxxxxxx"

Folha de São Paulo, 10 de janeiro de 2014, Painel do Leitor
“Direitos  humanos
“Tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Janio de Freitas, à ministra Maria do Rosário e a outros tantos admiráveis defensores dos direitos humanos no Brasil. Criemos o programa social "Adote um Preso". Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda.
“ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador (Belo Horizonte, MG)”.

                                 

27 de janeiro de 2014

Museu de Arte Contemporânea


O Museu da Arte Contemporânea pode ser definido com um antigo adágio popular de origem portuguesa: “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”.

Moro à cômoda pouca distância do MAC, em Niterói. Se as peças em exposição fossem interessantes seria excelente. Mas, cá para nós, o conteúdo é muito chinfrim. Sei que arte é arte, e nem sempre é possível entender. Mas sei também que certas obras tocam meus sentimentos, minhas emoções. Outras causam irritação.

Foi assim também com a minha primeira bienal, em São Paulo. Algumas das chamadas “instalações” eram tão bizarras, desinteressantes e ininteligíveis que não via a hora de acabar o périplo pelas dependências, no Ibirapuera, e ir para casa. Ou tomar um sorvete para refrescar a cabeça.

O MAC tem um desenho arquitetônico que chama a atenção. Não por outra razão a imagem corre o mundo. E dezenas, centenas de turistas, do Brasil e do exterior acorrem diariamente ao local, na subida da  Boa Viagem, para fotografar o prédio. Só fotografar o prédio, que lembra uma nave espacial.

Boglueiro posando de turista, há três anos
Por fora é atraente, por dentro... deixa p’ra lá, com todo respeito aos artistas que tiveram o privilégio de ter obras selecionadas para o acervo do museu.

Falei de imagem e aproveito para manifestar meu desagrado com a mudança do símbolo da cidade, que estampava desde minha infância os postais e documentos oficiais. Refiro-me à Pedra do Índio, ali bem próxima ao museu. Não aprovo a ideia de substituir a pedra, esculpida pela natureza, que desde sempre foi símbolo representativo da cidade, por uma obra construída pelas mãos humanas, mesmo que o projeto seja de um Niemeyer.

Inclusive porque o índio tem muito a ver com nossa história. A pedra, atualmente, perdeu um pouco da aparência de um índio visto de perfil, por causa da ação do tempo, ventos, sol e chuva. Mas está lá, soberana, perto da outra não menos famosa (para nós, da cidade) pedra de Itapuca.

Finalizo  este posto sobre o MAC, com outra crítica ao seu interior, mas desta vez ao subsolo, onde funciona o bistrô.

De bistrô pouco tem o espaço. Em quase nada lembra os famosos parisienses. Não é  aconchegante, intimo. Tem, é verdade, uma bela vista para a baia da Guanabara. Mas é grande e espaçoso. Tem uma coisa que é igual aos de Paris: o preço.

26 de janeiro de 2014

Papa Francisco


"Os croissants mornos do Papa 

É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos.

A sala de refeições da Casa Santa Marta, outrora com pouco movimento, agora está sempre cheia. As mesas raramente têm lugares livres desde que Francisco optou por viver na famosa casa de hóspedes do Vaticano. É que entre os comensais está o próprio Papa. Ao lado do refeitório principal há uma sala reservada para convidados especiais, mas, na maioria dos casos, Francisco prefere tomar as refeições na sala grande, junto dos outros hóspedes.

A mesa do Papa é sempre a mesma e está colocada a um canto da sala, mas já aconteceu o sucessor de Pedro sentar-se de surpresa num lugar vago de outras mesas, conversando de surpresa e animadamente com os outros comensais. O serviço, tipicamente italiano, inclui primeiro e segundo pratos, mas – tal como os outros hóspedes - Francisco levanta-se para ir ao "buffet" servir-se de salada e outros acompanhamentos e, sempre que passa entre as mesas, não resiste e mete conversa com quem está sentado.

Quem vive na Casa Santa Marta garante que o clima é muito cordial e bem-disposto. Mas os homens da segurança têm agora mais dores de cabeça, porque a rotina não encaixa no "estilo Bergoglio" e, por isso, nunca se sabe o que pode acontecer.

Há dias, durante o pequeno-almoço, o Papa não estava na sua mesa habitual, nem em qualquer outro lado. Começou a gerar-se uma grande agitação, com vários homens de fato escuro e agentes de segurança enervados a passar revista a toda a casa. Onde estava o Papa? Por onde se teria metido? Toda a gente foi interrogada, a casa passada a pente fino, mas nada!
Depois de uns valentes minutos de angústia, descobriram-no finalmente. Bergoglio caminhava pelo jardim, com passada decidida e um saco de papel na mão. Quando finalmente os homens da segurança lhe falaram do susto devido à sua ausência inesperada, Francisco riu-se e explicou que ia ao mosteiro Mater Ecclesia, onde vive Bento XVI, levar-lhe uns croissants mornos, "acabadinhos de fazer, como ele gosta".

É assim este Papa: terno e atencioso com todos. E tão depressa leva bolos quentes ao seu vizinho Ratzinger, como não hesita em pegar no telefone e dar os parabéns aos seus amigos e, se não atendem, deixa afectuosos recados no voicemail do telemóvel.
Dedica mais horas a saudar, abraçar e beijar pessoas de todas as idades do que a falar e a ler discursos. Preocupa-se sobretudo com o lado humano e concreto das pessoas com quem se cruza, ao ponto de ter pedido à mãe de um bebé acabado de beijar que lhe pusesse um chapéu porque tinha a cabeça muito quente, ou ainda, no caso de um outro pequenino que chorava com fome, devolveu-o à mãe para ela amamentar o bebé, mesmo ali, na Praça de São Pedro! E como é um Papa "todo-o-terreno", tão preocupado com o quotidiano da vida terrena quanto o é com a vida eterna e salvação de cada um, a misericórdia é talvez a sua palavra preferida, porque remete para a esperança e alegria.

Se pudesse, Francisco gostaria de abraçar todos, "com amor e ternura como fazem as mães" – tal como explicou numa entrevista, arqueando os braços como se segurasse um bebé – porque "é assim que deve ser a Igreja: dar carinho, cuidar e abraçar". E não é este também o melhor retrato de Francisco?"

 

Recebi este texto, gostei e, curioso, fui ao Google para saber mais a respeito. Está publicado em  http://rr.sapo.pt/opiniao_detalhe.aspx?fid=96&did=132866&rdt=1

É de autoria da jornalista portuguesa Aura Miguel. Na wikipedia, encontrei sobre ela:

Aura Miguel (Mem Martins) é uma jornalista portuguesa. É a única portuguesa acreditada na Sala de Imprensa da Santa Sé.
 
Aura Miguel é licenciada em Direito pela Universidade Católica e tem uma pós-graduação em Ciências da Informação. Jornalista desde 1982, colaborou nos jornais A Tarde e Semanário. Desde 1985, é editora de assuntos religiosos na Rádio Renascença.

Como jornalista da Rádio Renascença, tem efectuado a cobertura jornalística ao lado dos Papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco ao longo de mais de 75 viagens apostólicas. Sendo a única vaticanista (nome dado aos jornalistas que acompanham as notícias sobre o Vaticano) portuguesa acreditada na Sala de Imprensa da Santa Sé, acompanha regularmente os Papas nas suas viagens apostólicas. Integra habitualmente a comitiva de jornalistas que viaja a bordo do avião papal e é a única jornalista portuguesa a ter este privilégio. Em 2002, ainda durante o pontificado de João Paulo II, foi escolhida entre os 14 jornalistas convidados pelo Papa para escrever uma das 14 estações da Via Sacra de Sexta-Feira Santa, presidida pelo Sumo Pontífice no Coliseu de Roma.

Somos ludibriados sem reação

Recebo uma média de 25/30 e-mails por dia. Os que passam pelos filtros. A maioria versa sobre assuntos profissionais. Muitos tratam de assuntos políticos e outros de generalidades.
 
Ou seja, leio todos e, o mais das vezes, respondo. Quando cabe resposta.
 
Este abaixo chegou ontem. Certamente o texto não é de quem me mandou. O remetente deve ter achado interessante e repassou para mim.
 
Sendo  o tema bastante oportuno, publico aqui como colaboração no processo de divulgação de o quanto somos tolos, ingênuos e acomodados. Leiam a seguir:
 
"Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g, ao preço de R$ 1,99.Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em embalagens que variam de 3 g a 10 g. Cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$ 663,33 pelo kg do produto.
 
Será que uma especiaria vale tudo isso? Agora, com mais este exemplo abaixo de produtos vendidos em pequenas porções, fico com a sensação que as indústrias se utilizam "espertamente" desse procedimento para desorientar o consumidor, que perde totalmente a percepção real do valor que está pagando pelos produtos.
 
Acho que todos os fabricantes e comerciantes, deveriam ser obrigados por lei (mais uma?) a estamparem em locais visíveis, os valores em kg, em metro, em litro e etc. de todas e quaisquer mercadorias com embalagens inferiores aos seus padrões de referências. Entendo que todo consumidor tem o sagrado direito de ter a percepção correta e transparente do valor cobrado pelos fabricantes e comerciantes em seus produtos.
 
VEJAM O ABSURDO: Você sabe o que custa quase R$ 13.575,00 o litro ? Resposta: TINTA DE IMPRESSORA! VOCÊ JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO? Veja o que estão fazendo conosco. Já nos acostumamos aos roubos e furtos, e ninguém reclama mais. Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, as matriciais domésticas foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade das novas impressoras. Aí, veio a "Grande Sacada" dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora.
 
O lhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos. VEJA ESTE EXEMPLO: Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00.. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$ 130,00. Daí, você vende a sua impressora seminova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido). Junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica.
 
Os fabricantes fingem que nem é com eles; dizem que é caro por ser "tecnologia de ponta". Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço). Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por mililitro. Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por mililitro, R$ 1,29.
 
Acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta! A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.Fazendo as contas: R$ 75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00
Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida.
 
Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:

- 300 gr de OURO;
- 3 TVs de Plasma de 42';
- 1 UNO Mille 2003;
- 45 impressoras que utilizam este cartucho;
- 4 notebooks;
- 8 Micros Intel com 256 MB.


Ou seja, um assalto !Está indignado? Então, repasse este e-mail adiante.
 
Nota do blogueiro/editor: não repassei o e-mail, mas publico aqui com o mesmo objetivo: divulgar.

25 de janeiro de 2014

As tartarugas ainda estão lá; até quando?


Elas agora estão  mais exibidas. Ao contrário do que acontecia antes, quando só mostravam a cabeça e parte do pescoço, agora  já deixam à mostra o casco, acima da superfície da água, por alguns breves momentos.

São no mínimo três, e a julgar pelo tempo em que habitam aquele pequeno trecho da praia, estão bem adaptadas .

As tainhas também continuam dando seus saltos, voando sobre as pequenas ondas do mar. No mesmo local, entre as pedras do Índio (que foi o símbolo da cidade por muitos anos) e Itapuca, mais próximo a esta última.

Na semana passada um fato  me preocupou. Um barco ancorado exatamente próximo às pedras que pontificam no local, além das duas afamadas que citei. Fora do barco dois homens munidos de instrumentos metálicos raspavam as pedras, inclusive um pouco a baixo da superfície, para delas retirar os  mexilhões que crescem grudados, juntamente com algas marinhas.

Esta rapinagem deletéria é feita há muitos anos ali nas imediações da Pedra de Itapuca.  Antigamente enchiam latas (daquelas grandes), com os mexilhões já retirados das conchas, acendiam uma fogueira na pequena faixa de areia defronte à pedra mencionada,  e cozinhavam ali mesmo.

Empestiavam tudo, seja com a fumaça, que invadia os apartamentos defronte, e deixavam no local pilhas de cascas (conchas) dos moluscos, o que provocava, também, um odor muito desagradável quando o sol as secava.

O pessoal da Clin levava um tempão para retirar as conchas dos mexilhões antes que o mar, na subida da maré, as levasse para além do local, despejando-as, muitas vezes, já nas areias de Icarai.

Soube que alguns influentes prpopreitários do imóveis defronte conseguiram junto as autoridades competentes que a prática de cozinhar ali fosse proibida. Realmente tanto o cheiro, quanto a fumaceira eram muito desagradáveis. Mesmo para ao caminhantes no calçadão, como eu.

Mas na semana passada ali estavam os dois homens colhendo os molusco e atirando-os, aos punhados, grudados uns aos outros pelas algas, para dentro do barco.

Fiquei matutando, com meus botões, nos limites de minha ignorância, que efeito aquela aretirada dos mexilhões teria sobre as condições de vida das tartarugas. É exatamemte naquele trecho de mar, junto aos pequenos recifes naturais que elas encontram condições ideias e fizeram  dele seu habitat .

Não acho que a desculpa de que aqueles homens e todos os outros que faziam a retirada pedratória dos moluscos precisam sobreviver, justifique fazer vista grossa e deixa-los acabar com o ambiente que abriga peixes e outros seres marinhos, inclusive as poucas mas sempre presentes garças que também ali encontram seu alimento.

Quem já viu as pilhas de restos de mexilhões e algas fedorentas que deixam na minúscula faixa de areia, na Itapuca,  sabem do que estou falando.

Na Galizia, nas cidades de Vigo e A Coruña, estes moluscos e muitos outros são cultivados em veradadeiras fazendas, num sistema muito simples, que utiliza grossas cordas que ficam submersas e onde nascem e se desenvolvem os moluscos.
Torre de Hercules, em A Coruña, único farol romano ainda em funcionamento
Aliás que duas belas cidades portuárias. Vigo tem o porto pesqueiro mais importante da Europa, sendo reponsável pelo abastecimento de peixes e frutos dao mar de quase todo o continente.

Monumento em Vigo
Não sei se a reirada dos mexilhões acabará com as tartarugas. Se eles são fundamentasis na composição do meio-ambiente necessário à vida dos quelônios, mas me assusta pensar que ficarei privado de poder assistir, sentado (ali existem bancos, no alargamento da calçada),  à emersão e mergulho das tartarugas agora mais exibidas do que nunca.



O blogueiro e sua mulher, em La Corunha  (A Corunã, na forma galega) na época em que podiam viajar para a Europa.



Notas do editor/blogueiro:
1)  Consta que alguns importantes banqueiros do jogo do bicho adquiriram apartamentos nos prédios bem defronte à pedra de Itapuca, que foram praticamente os últimos construídos na orla. Junto a divida das parais de Icaraí e Flexas (sic). E eles steriam conseguiram proibir as fogueiras ali.

2) As viagens para a Europa ficaram, senão impossíveis, muito difíceis, por vários fatore$. Fatore$ financeiro$ e de pereparo físico para enfrentar longas viagens na classe econômica. Eu e Wanda já passamos dos setenta.

3) Sobre o mesmo tema, vejam o post  http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/02/caminhada-na-praia-com-pombos-e.html  (copy and paste)
 

24 de janeiro de 2014

Orwell e Google

Não mais de que dez dias, desde de meu regresso do Uruguai, foram necessários para que eu recebesse, aqui em casa, material promocional de uma certa "Transeuropa", da qual jamais ouvira falar, embora o folder mencione que existe há 50 anos.
 
Oferecem-me o passeio que fiz, apenas incluindo hospedagem no Conrad, que só conheci, mas dele não desfrutei.
 
O que ocorreu?  Estive em Punta del Este, e paguei despesas com o American Express Card, o que foi suficiente para que meus dados cadastrais, repassados (vendidos, na certa) para a tal Transeuropa, levaram-na a enviar-me ofertas de programas, como abaixo:
 

 

 
O Google Chrome, programa que utilizo profissionalmente, no escritório, sempre tenta adiantar, adivinhar, o que pretendo, complementando, por exemplo, no campo próprio, o número do processo que estou pesquisando no site do TJRJ. Basta que digite dois algarismos e o programa já sugere os demais, basta que eu clique.
 
Da mesma sorte no envio de e-mails, se a mensagem é endereçada  para alguém de meu mailing, o navegador sugere a inclusão de outros  nomes para os quais, em outras oportunidades, copiei  uma mesma mensagem.
 
O Freddy, aqui do blog, tem uma birra danada com o Google, com o qual vive as turras.
 
Quando li "1984", já nem me lembro quando, mas certamente antes do ano que dá titulo ao famoso e discutido livro de George Orwell, achei meio fantasiosa e absurda a ideia do Big Brother concebido pelo autor.
 
Agora tenho que conviver com o Grande Irmão, que atende pelo nome de Google e sabe tudo da minha vida.
 
A piada abaixo, muito criativa, traduz uma realidade de nosso dia-dia. Recebi sem indicação do autor, dai porque não dou o crédito devido a quem se deu ao trabalho de criar uma historinha absolutamente verossímil, embora ficcional.

PIZZARIA GOOGLE 

- Pizzaria Google, boa noite! 

- De onde falam? 

- Pizzaria Google, senhor. Qual é o seu pedido? 

- Mas este telefone não era da Pizzaria do... 

- Sim senhor, mas a Google comprou a Pizzaria e agora sua pizza é mais completa. 

- OK. Você pode anotar o meu pedido, por favor? 

- Pois não. O Senhor vai querer a de sempre? 

- A de sempre? Você me conhece? 

- Temos um identificador de chamadas em nosso banco de dados, senhor. Pelo que temos registrado aqui, nas últimas 53 vezes que ligou, o senhor pediu meia quatro queijos e meia calabresa. 

- Puxa, eu nem tinha notado! Vou querer esta mesmo... 

- Senhor, posso dar uma sugestão? 

- Claro que sim. Tem alguma pizza nova no cardápio? 

- Não senhor. Nosso cardápio é bem completo, mas eu gostaria de sugerir-lhe meia ricota, meia rúcula. 

- Ricota ??? Rúcula ??? Você ficou louco? Eu odeio estas coisas. 

- Mas, senhor, faz bem para a sua saúde. Além disso, seu colesterol não anda bom... 

- Como você sabe? 

- Nossa Pizzaria tem o banco de dados mais completo do planeta. Nós temos o banco de dados do laboratório em que o senhor faz exames também. Cruzamos seu número de telefone com seu nome e temos o resultado dos seus exames de colesterol. Achamos que uma pizza de rúcula e ricota seria melhor para sua saúde. 

- Eu não quero pizza de queijo sem gosto e nem pizza de salada. Por isso tomo meu remédio para colesterol e como o que eu quiser... 

- Senhor, me desculpe, mas acho que o senhor não tem tomado seu remédio ultimamente. 

- Como sabe? Vocês estão me vigiando o tempo todo? 

- Temos o banco de dados das farmácias da cidade. A última vez que o senhor comprou seu remédio para Colesterol faz 3 meses. A caixa tem 30 comprimidos. 

- Porra! É verdade. Como vocês sabem disto? 

- Pelo seu cartão de crédito... 

- Como?!?!? 

- O senhor tem o hábito de comprar remédios em uma farmácia que lhe dá desconto se pagar com cartão de crédito da loja. E ainda parcela em 3 vezes sem acréscimo... Nós temos o banco de dados de gastos com cartão na farmácia. Há 2 meses o senhor não compra nada lá, mas continua usando seu cartão de crédito em outras lojas, 
o que significa que não o perdeu, apenas deixou de comprar remédios. 

- E eu não posso ter pago em dinheiro? Agora te peguei... 

- O senhor não deve ter pago em dinheiro, pois faz saques semanais de R$ 250,00 para sua empregada doméstica. 
Não sobra dinheiro para comprar remédios. O restante o senhor paga com cartão de débito. 

- Como você sabe que eu tenho empregada e quanto ela ganha? 

- O senhor paga o INSS dela mensalmente com um DARF. Pelo valor do recolhimento dá para concluir que ela ganha R$ 1.000,00 por mês. Nós temos o banco de dados dos Bancos também. E pelo seu CPF... 

- ORA, VÁ SE DANAR ! 

- Sim, senhor, me desculpe, mas está tudo em minha tela. Tenho o dever de ajudá-lo. Acho, inclusive, que o senhor deveria remarcar a consulta que o senhor faltou com seu médico, levar os exames que fez no mês passado e pedir uma nova receita do remédio. 

- Por que você não vai à m...??? 

- Desculpe-me novamente, senhor. 

- ESTOU FARTO DESTAS DESCULPAS. ESTOU FARTO DA INTERNET, DE COMPUTADORES, DO SÉCULO XXI, DA FALTA DE PRIVACIDADE, DOS BANCOS DE DADOS E DESTE PAÍS... 

- Mas senhor... 

- CALE-SE! VOU ME MUDAR DESTE PAÍS PARA BEM LONGE. VOU PARA AS ILHAS FIJI OU ALGUM LUGAR QUE NÃO TENHA INTERNET, TELEFONE, COMPUTADORES E GENTE ME VIGIANDO O TEMPO TODO... 

- Sim, senhor... entendo perfeitamente. 

- É ISTO MESMO! VOU ARRUMAR MINHAS MALAS AGORA E AMANHÃ MESMO VOU SUMIR DESTA CIDADE. 

- Entendo... 

- VOU USAR MEU CARTÃO DE CRÉDITO PELA ÚLTIMA VEZ E COMPRAR UMA PASSAGEM SÓ DE IDA PARA ALGUM LUGAR BEM LONGE DE VOCÊ !!! 

- Perfeitamente... 

- E QUERO QUE VOCÊ ME ESQUEÇA! 

- Farei isto, senhor... (silêncio de 1 minuto) 

- O senhor está aí, ainda? 

- SIM, POR QUE? ESTOU PLANEJANDO MINHA VIAGEM... E PODE CANCELAR A MINHA PIZZA. 

- Perfeitamente. Está cancelada. (mais um minuto de silêncio) 

- Só mais uma coisa, senhor... 

- O QUE É, AGORA? 

- Devo lhe informar uma coisa importante... 

- FALA, DROGA! 
- O seu passaporte está vencido... 



NOTA DO BLOGUEIRO: Não estou sugerindo ou recomendando a Transeuro, apenas comentando o seu oportunismo. Quando é o caso, minha operadora é a Queensberry