31 de janeiro de 2017

Nelson Rodrigues, definitivo

"Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem. O grito, a ênfase, o gesto, o punho cerrado, estão com os idiotas de ambos os sexos.

Até o século XIX o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar um cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os "melhores" pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele.

Deve-se a Marx o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da onipotência numérica. E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas.

Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: — ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina."



Nota do editor: Nelson Rodrigues é até hoje o maior (melhor) dramaturgo brasileiro. Certamente incompreendido, polêmico e irreverente. Pervertido, obsceno e até tarado são adjetivos atribuídos a ele (tsk tsk tsk). Emérito frasista, dono de  agudeza por vezes chocante. Li tudo ou quase tudo dele, e assisti no teatro algumas montagens, assim como no cinema alguns roteiros baseados em sua obra. Acompanhei nos jornais suas crônicas esportivas.

30 de janeiro de 2017

Australian Open 2017


Muita gente, eu no meio, achava que Serena Williams estava na descendente em sua vitoriosa carreira. Com efeito no ano passado ela deu uma oscilada e parecia ter perdido o vigor e o entusiasmo. Perdeu inclusive o primeiro lugar no ranking.



Todavia, inicia o ano de 2017 conquistando o hepta no Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada, reconquistando o primeiro posto no ranking, que liderou por muito tempo.

Demonstrando que ainda tem muita lenha para queimar, e que a perda da velocidade que tinha aos 20 anos, é compensada  agora aos 35 com potência nos saques (que ainda mantém) e o aperfeiçoamento técnico.



Sua irmã mais velha, Venus, com quem disputou a final neste último sábado, valorizou em muito a vitória e o título feminino do torneio.

Já no masculino, ontem,  depois de um intervalo no qual tivemos a ascensão de Novak Djokovic e Andy Murray, voltaram a uma final os adversários tradicionais Roger Federer e Rafael Nadal.


Novak Djokovic campeão em  Melburn 2016

Andy Murray campeão em Wimbledom 2016
De um lado o refinamento técnico; de outro o desempenho suado, vigoroso, aguerrido.


Rafael Nadal, o explosivo

Roger Federer, o técnico
Mal comparando, ou não, é como no futebol assistir de um lado, no Barcelona, o absolutamente hábil, de técnica inata, Lionel Messi, e de outro defendendo o Real Madrid, o Cristiano Ronaldo, com seu excelente preparo físico, fruto de muito trabalho, que lhe rendem velocidade, força física e impulsão impressionante, além, claro, de certa habilidade com a bola.


















Claro que Messi seria o Feder e Nadal o Cristiano Ronaldo.

Tanto no tênis onde eles se alternam nas vitórias, quanto no futebol onde se revezam na artilharia, Federer, Nadal, Messi e Cristiano Ronaldo, escrevem definitivamente seus nomes na história dos esportes que praticam.

Assim, nesta edição do Aberto da Austrália o troféu na disputa masculina  coube a Roger Federer. 

O resultado de 3X2 bem demonstra o que foi o jogo: duro, muito bem disputado, com alternâncias no domínio. Um encontro aguardado com muita ansiedade e que não acontecia há 5 anos.

O que mais me chamou a atenção foi o respeito mútuo. Ao final, nas palavras proferidas em seguida a entrega dos troféus, ambos reconheceram os méritos do adversário. Comportaram-se como campeões.

Bonito ver a postura dos contendores, como bonito foi o jogo.

28 de janeiro de 2017

Esta é uma boa parábola ?


Na metade de uma aula em uma universidade, um dos alunos, inesperadamente perguntou ao professor:

- você sabe como se capturam os porcos selvagens?



O professor achou que era uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem respondeu que não era uma piada, e com seriedade começou sua dissertação:

- você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e puxando um pouco de milho no chão.

Os porcos vêm diariamente a comer o milho de grátis.



Quando se acostumam a vir diariamente, você constrói uma cerca ao lado do local onde eles se acostumaram a vir. Quando se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho e você constrói outro lado da cerca...


Eles voltam a acostumar-se e voltam a comer. Você vai pouco a pouco até instalar os quatro lados do cercado em torno dos porcos, no final instala uma porta no último lado. Os porcos já estão habituados ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. É aí quando você fecha o portão e captura a todo o grupo.

Simples assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles começam a correr em círculos dentro da cerca, mas já estão sujeitos. Depois, começam a comer o milho fácil e gratuito. Ficam tão acostumados a isso que esquecem como caçar por si mesmos, e por isso aceitam a escravidão; mais ainda, mostram-se gratos com os seus captores e por gerações vão felizes ao matadouro.


O jovem comentou com o professor que era exatamente isso que eu via acontecer no seu país, no seu estado, em sua cidade, no seu povo.

Onde governos ditatoriais, escondidos sob o manto "Democrático", Lhes esteve jogando milho gratuito pelo tempo suficiente para alcançar a mansidão sistemática.

Cada novo " Governo Salvador " disfarçando em programas de ajuda suas esmolas, dá dinheiro, missões, planos, remissão, leis de " Protecção ", Subsídios para qualquer coisa, expropriações indevidas, programas de "Bem-estar social", Festas, feiras ou festivais, uniformes, úteis, transporte "Grátis", G R A T I S!

Toda essa gratuidade que nos oferecem os governantes e cheia de felicidade para um povo acostumado com as migalhas do milho fácil e gratuito, roubam-nos a capacidade de ser críticos pensantes e pessoas empreendedoras.

No entanto, claro que nada nos saiu de graça. "Não existe almoço grátis".

Notas do editor:
1) Recebi por e-mail, e o remetente pinçou no Facebook. O autor do texto (???) pediu compartilhamento.
2) Publicado ipsis litteris.
3) Faça sua analogia.

26 de janeiro de 2017

No meu tempo e outras expressões

Para referir um caso antigo, uma história vivida, uma cena presenciada, um costume ultrapassado, costumava dizer que “no meu tempo era diferente”, e iniciava a narrativa.

Um dia, nas caminhadas pelo calçadão, meu filho ponderou, “mas seu tempo é este agora, você está aqui, vivendo este momento”.

Deixei ficar. Agora evito falar “no meu tempo”, assim como evito a expressão “via de regra” desde que alguém observou que via de regra é vagina. Agora, se o desfecho é previsível, o caso é comum ou banal, prefiro dizer que “no mais das vezes, ou habitualmente”.

No terreno das palavras o que me surpreende é como consegui viver mais de 50 anos sem saber da existência, fazer uso, ou conhecer o significado de bullying, tsunami e cimeira.

Tsunami
Com efeito estas e algumas outras palavras foram agregadas ao meu vocabulário não faz muito tempo. Como pude viver sem elas tantos anos?

No campo dos modismos, como não poderia deixar de ser, tudo é passageiro. Portanto, há esperança de que as abomináveis mochilas saiam de moda. Como é que nós, nascidos no século passado, durante a segunda grande guerra, pudemos viver tantos anos sem mochila? Sim, claro, elas eram encontráveis no mercado e as usávamos eventualmente para pequenas viagens.


Quando surgiram as “pochetes” até aderi porque o maço de cigarro, a caixa de fósforos, as chaves e os documentos ficavam volumosos nas calças muito apertadas então usadas. A calça era apertada até os joelhos, mas daí para baixo alargava e virava boca de sino. Ufa! Que bom que passou.


A mochila substituiu a pochete. Como o cartucho de áudio (ao lado) substituiu o vinil, para logo em seguida ser substituído pela fita cassete, que por sua vez um dia saiu de moda com a chegada dos CDs. Estes estão com os dias contados. Quem ainda compra CD? O barato de agora é playlist.




Quando comecei a trabalhar o office-boy da empresa perdia um tempão na fila para fazer fotocópia de documentos. Em geral nos cartórios. Aí surgiu o meio reprográfico, de vida curta, chamado thermofax que, com o advento da copiadora xerox sumiu do mercado.


Nada se fazia, profissionalmente, sem precisar “tirar uma xerox”. Era para instruir um processo, ou preservar o original, ou para duplicar documentos, enfim, a cópia xerox era fundamental em nossa vidas. Embora durante anos, séculos, a humanidade tenha vivido sem ela. Os monges copistas agradeciam aos céus por ninguém haver inventado o sistema de reprodução.

Se você tiver curiosidade para conhecer a evolução dos sistemas de reprodução, das copiadoras, acesse o link a seguir. A explicação é bem didática e ilustrada.


Não sei como concluir esta postagem. Vim lincando (ou linkando) os assuntos e vim parar aqui.

Nota do editor: o post estava publicado quando o Paulo Bouhid alertou que a grafia de tsunami estava errada, fazendo uma blague, um chiste, uma pilhéria. Se você acessou antes da 8:00 horas deve ter percebido o equívoco, a não ser que seja um distraído como eu.

25 de janeiro de 2017

O quarto poder





Em 1824, portanto durante o período  imperial, o Brasil teve uma Constituição, redigida sob encomenda e que nos foi outorgada.

Nela estavam previstos quatro poderes. Além dos três tradicionais, ou seja, executivo, legislativo e judiciário, havia o moderador, privativo do imperador - Pedro I - e que lhe dava amplos e irrestritos poderes sobre os demais. Ou quase isso.

O poder moderador foi abolido, a monarquia derrubada num golpe militar, que ninguém questiona e foi proclamada a república.

Na esteira da pregação de Aristóteles, passando por Montesquieu, o Brasil consagrou o princípio da separação dos poderes, o clássico tripartite em vigor até recentemente.

O leitor mais atento indagará, por que até recentemente? Temos uma nova Constituição e eu não sei?

Não é nada disso. É que de uns tempos a esta parte, poderes informalmente constituídos, compartilham com as esferas do Estado a gestão de parcelas do território de várias cidades.

Quem manda nas comunidades dominadas pelo tráfico de drogas? São os chefes do tráfico. Ninguém entra ou sai se não estiver munido de salvo-conduto concedido pelo traficante da vez. E as regras em vigor nestas áreas também são estabelecidas pelos comandos vermelhos da vida.

Até mesmo julgamentos eles fazem, sem direito de defesa para a vítima, que pode acabar incinerada num forno no alto do morro.

As rebeliões em vários presídios Brasil afora, deixam à mostra a existência do poder dos meliantes, dos bandidos, dos marginais em geral.


Eles têm um poder tão grande (imposto com violência e $$$$) que conseguem cooptar diretores de prisões, agentes penitenciários e dizem algumas línguas até mesmo juízes e desembargadores.

Pelo andar da carruagem, não demora o poder moderador que existiu no Brasil-Império, que se sobrepunha aos demais constituídos, será exercido pelo chefe nacional do tráfico, um Pablo Escobar tupiniquim, não importando de que local ele o exerça, inclusive de um presídio onde jamais será molestado. 


24 de janeiro de 2017

Ao Jeffrei Tappes com muito carinho

Todos nós aqui no blog andávamos saudosos dos textos da Alessandra, sempre impregnados de sentimentos: amor, saudade, lealdade.

Chegou ao meu laptop, de forma clandestina, um texto dela publicado em outro sitio, que veicula saudade, amor e dor, em forma de homenagem  a um primo que deixou a vida terrena, muito jovem, e está agora em outro plano.

Pedi licença, e Alessandra autorizou a publicação:




De: Alessandra



                                                              
                                                                                         
                                   Para: Jeffrei                                              
                                                              
                                                             






"Ao meu querido primo Jeffrei Tappes.

Cada ente querido que parte, leva consigo um pedaço da gente. Entre choros, dores, a sensação de que fizemos pouco, falamos quase nada ou esquecemos que poderíamos ter dito, feito, ouvido algo mais, fica perambulando na mente como passos arrastando os chinelos pela madrugada afora.

Hoje, dia em que tu completas um dia na morada nova primo, é o dia que pontualmente trocávamos mensagens de carinho por ser nosso dia...e convicta que tu fez o teu melhor, deixou marcas positivas, chorou, doeu, se realizou, comemorou, torceu, venceu. Venceu a batalha que lhe foi permitida, dançou a música predileta, guerreou como verdadeiro guerreiro que é. 

Desejo com todo o meu coração felicidades na nova morada! Muita luz, muitos novos ensinamentos e uma colheita repleta dos frutos que plantaste ao longo dos seus 42 anos de vida terrena.

Obrigada primo. Obrigada por deixar em mim as doces lembranças da nossa adolescência lá em São Paulo, junto com Claudia Tappes nos memoráveis bares da vida. Nunca vou me esquecer de ti me pedindo em casamento numa noite (bem pouco sóbrio..rsrs) e no dia seguinte mal olhava na minha cara (todo envergonhado)...

Essas maravilhosas lembranças serão embaladas ao som de Metálica, Nirvana, Ozzy Osborne, Iron, U2 Queen...ih.. Um arsenal de sons divididos por entre as ruas de SP...

A ti querido primo Jeffrei Tappes, fica todo meu carinho, assim como para teus amigos e familiares. (Ana Lia Tappes e Rafael Tappes)."


22 de janeiro de 2017

Hippopotamus e outros bichos

Noutro dia comentei sobre a abertura de uma filial do "Blue Note", tradicional clube de jazz de Nove Iorque, no próximo mês junho, no Rio de Janeiro.

Agora leio que no mês de março será reaberta, depois de longos anos fechada, a boate, ou o nightclub, ou, melhor ainda, o clube Hippopotamus, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Não será, como não era quando inaugurada no final dos anos 1970, para “o bico” de qualquer um. A previsão é de que apenas 3.000 sócios, ao custo anual de R$ 6.000,00 terão acesso às dependências da casa, que terá pista de dança e restaurante. Claro que convidados dos sócios poderão entrar.

No que me concerne, as únicas casas com nomes de bichos que frequentei até hoje, foram os restaurantes “O Gato que Ri”, em São Paulo, e a “Toca da Traíra”, em São José dos Campos-SP. E a “Churrascaria Boi na Brasa”, onde mesmo?

“O Gato que Ri”, localizado no Largo do Arouche, em São Paulo, era um restaurante popular, que mantinha no cardápio muitos pratos de massas. Além dos preços serem bem palatáveis ainda tinha a opção de meia-porção, ou seja, alguns pratos eram servidos com metade da quantidade do prato normal.


Se o preço já era razoável, a meia-porção era acessível ao meu bolso. Eu morava em hotel e meus custos precisavam ser controlados, inclusive para poder quase todas as semanas pegar a Dutra e vir para Niterói.

Foram treze meses nesta gincana. Só então foi possível levar toda a família para a terra da garoa.

A “Toca da Traíra”, que conheci em São José dos Campos, onde também morei e trabalhei, agora é uma franquia – salvo engano – e tem casas em vários locais.

A vantagem é que lá se pode comer o gostoso peixe sem as espinhas, que são o grande problema deste habitante dos rios.

Bem, a esta churrascaria fui uma vez e nem lembro se em Itaboraí, Maricá ou São Gonçalo. Faz tempo.


Como se vê não frequentei locais com nome de animais selvagens. Minto, e me corrijo, Estive numa casa, em Porto Alegre, na década de 1980, onde havia carne em abundância, mas não para degustar pela via oral. O nome não era de animal dócil, mas de existência duvidosa. Certamente lendária e mitológica: Dragão Verde. 

Imagens obtidas via Google. 

21 de janeiro de 2017

COMENTANDO generalidades 2

SÃO TOMÉ - só acredito vendo

Ela diz ter piercing nos seios.

http://ego.globo.com/famosos/noticia/2017/01/paris-jackson-dispensa-sutia-e-revela-piercing-nos-seios.html






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GRANDES DÚVIDAS DO HOMEM






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ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA





Uma mistura de influências de estilos arquitetônicos: bizantina, Gaudí, Niemeyer, seu Zé, Cavaleiros Templários e Rubão da Construção. Uma obra incompreendida, a frente de seu tempo. Percebo um viés de art noveau.

A piada não é minha, recebi pronta.


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VILA PEREIRA CARNEIRO


Em 1923
Fui vizinho, na década de 1940, quando minha família morava  na Rua São Diogo, no bairro Ponta D'Areia.

Já não era tão bucólica, mas ainda assim muito agradável para morar. Fui coroinha da igreja lá existente.






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GOODBYE OBAMA

Bela homenagem à mulher, companheira, confidente, cúmplice, parceira de 25 anos.

Do alto de meus 52 anos de casamento, sei que suas palavras foram sinceras, pois percebe-se pela entonação, pela emoção, pelos seus olhos.





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FILOSOFIA DE BOTEQUIM




20 de janeiro de 2017

The holidays are over

Hoje terminam as férias dos advogados que, assim como eu, exercem a profissão de forma autônoma e individualmente. Sem parceiros, sócios ou cúmplices.

Na verdade, o que termina não são férias, e sim a suspensão da contagem de prazos e designação de audiências. Ou seja, a partir de segunda-feira voltam a fluir os prazos processuais e poderá haver marcação de audiências.

Logo, este será o último final de semana de, como direi, vagabundagem?

Paletó e gravata, nem pensar. O uso obrigatório esta suspenso durante o verão. Alias que verão, hein?!

Muito se fala sobre aquecimento global. Inclusive algumas vozes dissonantes afirmam que o fenômeno é natural, ocorre desde que o mundo é mundo e o homem muito pouco tem a ver com o problema.

E que problema meus caros. Se o aquecimento global pode ser questionado, quanto ao da cidade de  Niterói dato e assino embaixo reconhecendo a firma em tabelionato de notas.

Segunda-feira, além do fim das férias dos rábulas, dos causídicos e assemelhados, terá início o circo dos horrores. E não me refiro apenas ao início do governo Trump. Ou será tramp?


Falo de matança, com decapitação, nos presídios brasileiros? Falo de ações do Estado Islâmico, também decapitando prisioneiros? Não, refiro-me a volta do grande irmão.  Não, não o do Orwell. Aquele outro ... aquele.



Depois, início do campeonato carioca e o carnaval.

Portela - 2015
O governo informa que a reação na economia terá início no último trimestre do ano. Quem viver verá. Espero que seja verdade, pois estou aperando no modo econômico há mais de um ano.

19 de janeiro de 2017

Está demais ... mesmo!


Recebi, de Jacy de Souza Mendonça, via e-mail, um texto que começa assim :



"Divulgação horripilante de decapitações públicas nas lutas do Oriente Médio; cidades arrasadas e populações dizimadas; afogamento em massa de emigrantes no mar Mediterrâneo; aviões lotados de inocentes derrubados como demonstração de poder; massacre horripilante nos presídios brasileiros motivado por superlotação das celas e competição entre traficantes de droga; assassinatos coletivos com tiros distribuídos a esmo em cinemas e escolas; aviadores suicidas destruindo edifícios para matar quem estiver lá dentro; explosões em locais com grande aglomeração de pessoas; pai que mata esposa, filho e se suicida; esposa que encomenda do amante a morte de seu marido; homens, mulheres e crianças bomba; veículos projetados sobre multidão distraída, casas comerciais e escritórios; arrastões de bandidos contra motoristas de veículos automotores parados em estradas congestionadas; atiradores aterrorizantes disparando contra o povo; assaltantes usando armas de fogo impiedosamente contra motoristas indefesos... chega! Isso é apenas um pouco da teratológica fotografia do mundo atual."

Lembrei do post do Riva, em:
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2017/01/esta-demais.html


O que fazer? Cartas para a redação.

Notícias do Espaço Dharma Bhumi

Cris, coordenadora do Espaço, respondendo a uma consulta sobre o que a ioga pode fazer a respeito de solidão, respondeu:

Quanto ao aspecto solidão, podemos ajudar também, porque temos sempre eventos no Espaço. Para te dar uma ideia, tem uma mãe de aluna que às vezes passa lá só para ficar de papo comigo. Temos um evento bem legal chamado "Yoga com Pipoca", que é um cineminha (e pipoca!) com algum filme que tenha a ver com espiritualidade, yoga, budismo etc e que o pessoal se amarra. Ou seja, pelo menos umas duas vezes por mês vai rolar alguma coisa legal "extra-aula". 


Deu no Globo - Niterói:



Nota do editor: está no prelo uma entrevista com a coordenadora do Espaço. Publicaremos em breve.

18 de janeiro de 2017

COMENTANDO generalidades

Lava-Jato

Recebi um e-mail com o título "FORA MORO! Levei um susto. Mas a explicação veio logo a seguir. É que como o juiz titular  da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba,  Sergio Moro, sairia de férias agora em janeiro, a expectativa é que ele viesse a ser substituído, no período, pela juíza Gabriela Hardt.


Mas ficamos todos frustrados porque  a MM. Juíza, competente magistrada e atleta diletante, também estaria de férias no mesmo período.


A magistrada cuidando do corpo e da mente
Nada contra o Dr. Moro, que vem conduzindo muito bem o processo, mas foi uma peninha, não? Teríamos a doutora Gabriela sob os refletores com mais frequência nos telejornais. Com todo respeito.

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Zoando a urubuzada

Lembram do cheirinho do hepta? Refresquem a memória utilizando o link abaixo.
http://blogfuterock.com.br/2016/11/20/cheirinho-de-hepta-zoeira-com-o-flamengo-na-internet-nao-para-veja-os-melhores-memes/

Pois é, agora estão eliminando torcedores do bonde sem freio e se continuar assim perderão a liderança no ranking de maior torcida do país. Eis o que circula no Facebook:
"Se continuar esta matança nos presídios, em breve a torcida do FRAmengo será menor do que a da Portuguesa".

Lembram do ridículo uniforme ? Se fosse o Olaria, tudo bem.



Mas o maior vexame, na voz do Luiz Penido, foi o que está no link a seguir. Leiam a matéria e ouçam a narração empolgada, o estardalhaço do locutor, que decretou a vitória do time da urubuzada antes da hora e depois ficou com o mico:

http://sportv.globo.com/site/programas/redacao-sportv/noticia/2014/11/redacao-am-gol-do-fla-faz-narrador-comemorar-vaga-e-dizer-e-finalista.html


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CANNABIS SEM FUMACÊ

Conheço gente que está achando que a esclerose múltipla, ao fim e ao cabo, não chegará a ser uma tragédia, desde que possa fazer uso do Mevatyl.

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JAZZ DA MELHOR QUALIDADE




É o que se deve esperar do Blue Note, em sua filial a ser inaugurada no Rio.

O tradicionalíssimo clube de jazz de New York terá na zona sul da cidade, provavelmente a partir de junho, a primeira filial na América Latina. 



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JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO

Enquanto era só o blogueiro neste acanhado espaço virtual a denunciar a situação calamitosa em que se encontra o Judiciário do Estado, não repercutia, não reverberava. Mas agora com a OAB levantando bandeira, pode ser que tenhamos algum resultado. É esperar para ver.


Revista "Tribuna do advogado" dez.2016/jan.2017/ nº 562
Ah! Tem o seguinte, as custas são mesmo escorchantes, mas este não é o único problema. Se pagássemos custas elevadas mas os processos tivessem uma tramitação célere ainda vá lá. 

Mas os processos caminham como tartarugas paraplégicas.

17 de janeiro de 2017

A prefeitura de Niterói é uma piada

De mau gosto!



Acompanhem esta narrativa e me ajudem a encontrar um adjetivo para qualificar  a Prefeitura Municipal de Niterói  (PMN).

Em junho de 2015 comprei uma sala comercial. Com escritura lavrada e registro imobiliário feito no cartório competente, fui até a PMN para requerer o mudança de titularidade para fins, principalmente, do IPTU.

Disseram-me ser necessário preencher um formulário fazendo o requerimento e juntando vários documentos pessoais, e a escritura de aquisição.

Assim fiz. Preenchi o formulário, anexei os documentos exigidos. Virou um processo administrativo, que tomou o nº 030017043/2015. Que já está arquivado, por haver atingido o objetivo.

No início do ano de 2016, para minha agradável surpresa recebi o carnê do IPTU já em meu nome. Pensei com meus botões: caramba a prefeitura melhorou administrativamente.

Entretanto, ao receber o carnê deste ano de 2017, qual não foi minha surpresa, e desta afeita desagradável, de verificar que está em nome da antiga proprietária.

Fui até a Secretaria da Fazenda Municipal para saber o que houve. A funcionária me informa que teria que pagar uma taxa para desarquivar o processo para que pudessem analisar o que aconteceu.

A história vai adiante e está longe de ser esclarecida. Todavia o aqui contado dá uma ideia das dificuldades que terei ainda que enfrentar para resolver o problema que eles criaram. Por incompetência, desorganização, desídia de algum funcionário, ou, não descarto, má-fé.

Criar dificuldades para vender facilidades é uma prática  por vezes adotada no serviço público. Lamentavelmente.

Socorro!!!  Alguém aí conhece o prefeito, o subprefeito, o secretário de fazenda, o assessor de imprensa, o chefe do protocolo ou a funcionária que me disse para desarquivar o processo?

Processo este que foi concluído haja vista o carnê de 2016.

16 de janeiro de 2017

Para alguém ganhar ... alguém tem que perder?

Tem que ser assim?

No poker não tem jeito. Se eu ganho alguém está perdendo. No jogo de sinuca a mesma coisa.



Se você compra alguma coisa no vendedor ambulante, conhecido como camelô, pode ter a ilusão de estar ganhando. Mas com certeza tem gente perdendo. A receita federal e a fazenda estadual, porque poderá ser mercadoria contrabandeada. E não há taxação tributária.

Se perdem as fazendas públicas, seja a federal, sejam as estaduais ou municipais perdemos todos. Inclusive os que ganharam com a sonegação, com a fraude, com o contrabando.

Se não é contrabando, a chance de ser fruto de roubo é grande. E aí perde o importador ou o atacadista. A seguradora se a mercadoria transportada estava segurada.

Se o caminhou tombou na estrada e como num passe de mágica surgiram várias pessoas para saquear a mercadoria derramada no asfalto e mesmo a que ainda está na carroceria. Alguém, no fim da linha, fica com o prejuízo.


Houve os que ganharam, mas houve os que perderam.

Se você ganha sozinho na Loto, milhares perderam seus ricos dinheirinhos apostando e sonhando. Mesmo quando o prêmio é rateado entre vários acertadores, muitos perderam.

Para Trump ganhar a Hillary teve que perder. 

A gente se acostuma ao desejo de ganhar desde pequenininho. Na bola de gude à vera. Tanto no jogo de "beú" quanto no de "búlica". Era bom ganhar os olhinhos (bolas novinhas compradas pelos outros meninos, perdedores). Mas os meninos menos hábeis perdiam.


Ganhar cafezinho no jogo de balofa – ou porrinha – implicava  em que o perdedor iria pagar.


Eram poucas as vagas no exame para ingresso na Escola de Cadetes do Ar, em 1955. Conquistei uma. Mas quando fui eliminado no exame médico (discromatopsia), algum outro candidato aprovado com média menor e que ficaria eliminado entrou na minha vaga.


Perdi e ele ganhou.


Há casos convencionados como de ganho para todos e outros igualmente estabelecidos como verdade absoluta pela sociedade, em que todos perdem.

Casos em que todos perdem. Numa separação do casal, por exemplo. Perdem os pais, os filhos, os amigos.

E há casos em que todos ganham. Como por exemplo, com os benefícios sociais concedidos por empresas aos seus empregados.

São coisas que ouvimos e repetimos e podem não ser verdade. Analisados os casos com mais profundidade, encontraremos vencedores e perdedores.

Nas separações ganham os advogados, os tabeliães. 

A Netflix foi um ganho para muita gente, já para os donos de locadoras de vídeos foi uma grande perda.

Aqui e agora, ganhei um leitor: você. Você perdeu seu tempo.