15 de janeiro de 2014

MERCADOS

Uma das coisas que mais me agradam, quando em viagem, principalmente para o exterior, é conhecer os mercados locais.

Gosto de ver a variedade de frutas e legumes, a qualidade do que está à venda, as que são típicas do país ou região, enfim conhecer um pouquinho dos hábitos alimentares do povo.

Até porque acho lindo uma vasca ou tabuleiro  cheia de frutas, verduras ou legumes. A variedade de cores e formas. E os temperos? Aquele cheirinho e o visual fazem bem a alma.

O último que visitei, agora em Montevideo, de mercado mesmo no momento guarda somente o nome. O Mercado del Puerto se transformou num ótimo polo gastronômico, oferecendo aos visitantes, em sua maioria turistas, várias opções de restaurantes.



O blogueiro, numa lateral do prédio do mercado do porto. As bicas ao lado são de água potável, as primeiras da cidade


Interior do Mercado del Puerto, Ciudad Vieja, Montevidéo
Os cardápios pouco variam, mas os preços sim. Lado a lado, alguns praticam  preços bem diferentes para o mesmo prato. É preciso um certo cuidado na seleção, e recomendo não ter o preço como único parâmetro.

El Fogon, centro de Montevideo (Rua San Jose)
Bem, todos sabem que o forte no Uruguai é a carne bovina (melhor do que a argentina), e a parrillada, espécie de churrasco, seu prato mais típico. Fazem na lenha, não utilizando carvão, em todos os restaurantes que conheci. Peçam sem os miúdos, se não gostarem destes.

A parrillada é oferecida em quase todos os restaurantes, mas existem casas que são mais especializadas, digamos assim.

Braseiro de parrillada
 
O mercado de Santiago, no Chile, é muito interessante e na parte gastronômica me agradaram os pratos de peixes e frutos do mar.



Entrada do mercado, em Santiago (Chile), num dia chuvoso


O interior do mercado em Santiago
Em Budapeste (mercado) os restaurantes ficam no mezanino. Aliás, como poderia ter escrito mezzanino, em italiano, lembro que as bandeiras da Hungria e da Itália se parecem por causa das cores que são as mesmas. A diferença está na posição das faixas. Numa são verticais e na outra horizontais.

Fachada do mercado em Budapeste


Interior do mercado de Budapeste (Hungria), visto do mezanino


Wanda fingindo comprar frutas, em Budapeste

 
Vinho para sobremesa
Estou para falar do Tokaji, vinho tradicional produzido na Hungria, e que comporei neste marcado. Mas para falar de vinhos aguardarei outra oportunidade, para comentar também os Cabernês do Chile, os Tannats do Uruguai e os Malbecs da Argentina.

 

Antes de encerrar este post, não posso deixar de fazer justiça aos mercados paulistas.  Quando lá residi, frequentava o da Lapa, mas existem outros. É incrível a variedade de produtos vegetais, mas também de frios, queijos e laticínios em geral. Tudo de ótima qualidade e bom preço.

Nota do blogueiro: impossível para os comuns dos mortais, como eu e minha mulher, se comunicar em húngaro.

10 comentários:

Riva disse...

Eu conheço bem o de São Paulo, muito bom e muito bonito internamente. Uma loucura para fazer compras de temperos, molhos, bacalhau, vinhos, azeites,etc, e com excelentes bares e restaurantes.

O de Florianópolis é bem mais modesto, mas é bom também, e bem conservado e bonito.

O de Salvador é um horror ! Até a parte de restaurantes, na sobreloja, não causa boa impressão.

A lamentar minha querida cidade de Niterói não ter o seu, apesar de ter os bonitos espaços para tal, e bem localizados. Um virou Supermercado Guanabara, outro Estação da Cantareira para eventos eventuais.

Sds !

Jorge Carrano disse...

Caro Riva,
Vejo que você, assim como eu, é chegado a mercados.
Niterói já teve o seu, na Av. Feliciano Sodré. Foi fechado e mais tarde o local se transformou em depósito judicial (bens penhorados). Agora o depósito foi fechado e o prédio abandonado. O local, atualmente, não se prestaria a abrigar um mercado nos termos em que estamos colocando.
E o do Rio, na Praça XV, espaço hoje ocupado pelo restaurante Albamar, era bem legal. Eram 4 as torres, como a atualmente ocupada pelo restaurante (muito bom)e um espaço térreo entre elas. Pena acabar.

Freddy disse...

Não sou frequentador de mercados, minha experiência é pequena na área. Dos citados eu conheci o de Santiago. Apesar de frequentar há bastante tempo Sampa, nunca tive curiosidade e o de Floripa passei ao largo.
Na verdade, o único mercado do qual fui um frequentador assíduo foi o Viktualien Markt em Munique, pois o local das aulas ficava a 2 ou 3 quarteirões dele. É um mercado aberto, não é fechado como os mostrados nas fotos. No entanto o acervo de produtos alemães e estrangeiros, frescos ou industrializados, era (dizem que ainda é) absurdamente variado!
<:o)
Freddy

Riva disse...

Já que o tópico pode ser internacional, o que até hoje me deixou de queixo caído foi o da Filadélfia.

Demaisssss !!

Jorge Carrano disse...

Não conheço, Riva.
O primo Rick, há muito tempo, me prometeu um post sobre Filadélfia, mas ele não cumpriu e anda meio arredio.

Helga Maria disse...

Também aprecio os mercados. Este é um tema que foge do lugar comum.
Achei! Achei meu comentário que gerou mal-entendidos. Foi no post sobre Lagos Andinos (http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/08/lagos-andinos-atraves-de-fotos.html)
Estou arrependida, o blog é bem legal.
Helga

Jorge Carrano disse...

O mercado de peixe, na Praça XV, do outro lado do mercado municipal de frutas e legumes (onde está o Albamar), também era bem grande e oferecia uma enorme variedade de pescados e frutos do mar.

Freddy disse...

A única lembrança que tenho do Mercado de Peixe da Praça XV remonta à minha infância, quando a gente era obrigado a fazer a travessia de balsa para passear no Rio.
Mal a gente desembarcava na Praça XV, minha mãe realizava um ritual que começava com uma ordem jocosa: "- Tampem os narizes!". A gente segurava a respiração enquanto papai acelerava o Ford 41, depois o Simca Chambord 60, e quando a gente passava de certo ponto ela liberavam alegre: "- Pronto, podemos respirar, chegamos ao Rio!"
Abraços
Freddy

Jorge Carrano disse...

Freddy,.
Com efeito o cheiro no Mercado de Peixe era muito forte. Pessoas mais sensíveis poderiam ficar incomodadas. Eu gostava de ir com meu pai, que vez ou outra atravessava a baia, na barca da Cantareira, apenas para comprar um robalo, uma garoupa, ou um namorado, e camarões que eram a paixão dele.
Numa menor intensidade (porque menor)o cheiro do Mercado São Pedro, na Ponta D'Areia, também é bem característico.

Jorge Carrano disse...

Volto ao passado, muitos anos, para comentar dois mercados que conheci, lá em priscas eras, e que na época me fascinaram:
Ver-o-Peso, em Belém-PA, e Modelo, em Salvador-BA.
Como será que andam?