Por
Ricardo W Carrano
Greenville - SC - USA
As Coreias estão tecnicamente em guerra desde 1950. Em 1953 houve um cessar fogo que perdura até hoje, quando foi estabelecida um zona desmilitarizada entre as duas fronteiras. Por lá a Guerra Fria não acabou e sempre, ao longo das décadas, existiu tensão com maior ou menor intensidade, e no momento vive-se um período de grande tensão, dadas as ameaças do ditador norte-coreano - caso à parte, de menino mimado que adora basquete americano e a Disney).
O problema é que com o aumento desta "tensão" a que me refiro e movimentações militares intensas, minha opinião pessoal é que o teatro de operações fica exposto a possibilidade de um confronto acidental, ou seja um dos lados fazer algum tipo de disparo mesmo não intencional que poderia levar a situação a um confronto em maior escala. Isso não é uma coisa impossível ou mesmo incomum para quem conhece história militar.
Nos dias atuais com extenso monitoramento eletrônico da inteligencia militar propiciado por drones (lembram do post?), satélites e hacking, me parece razoável acreditar que os norte-coreanos não teriam um dispositivo (missel, drone) capaz de atingir o território continental americano, no máximo como alguns especulam o Havai (que continua a ter
a mesma importância militar de 70 anos atrás) e ilhas do Pacífico como por exemplo Guam que é território americano.
Continuando, para o território americano ser atingido, então a costa do Pacifico seria obviamente o objetivo, mas para tanto, e como a inteligencia entende, os norte-corenaos teriam que fazer tal disparo atraves de navios ou submarinos que teriam que se aproximar do Havai ou mesmo do continente o suficiente para então provavelmente provocar algum tipo de reação inevitável, mas este tipo de movimentação não aconteceu, ao menos ainda. Devido a estas conclusões estarem sendo bem aceitas, não há então uma expectativa de perigo iminente no território continental dos EUA.
A região mais exposta a possibilidade de conflito é a própria zona demilitarizada, o território sul-coreano, e o Japão, estes sim dentro de um possível ou estimado raio de ação dos norte-coreanos.
Existem aproximadamente 30.000 militares americanos estacionados na Coreia do Sul e também existe um reforço das defesas com deslocamentos de navios, sistemas anti-míssil e aviões de combate para a área, onde a Coreia do Sul e o Japão são aliados dos EUA, portanto, tornando inevitável um envolvimento dos EUA no caso de a Coreia do Norte atacar um destes países.
Para esta semana (isso tudo tem sido noticiado na imprensa) é esperado algum tipo de teste nuclear ou de lançamento de mísseis por parte da Coreia do Norte, o que vai certamente aumentar a tensão.
Outra questão interessante vai ser observar a posição dos chineses aos quais também por minha opinão pessoal não teriam interesse em iniciar conflito com seu principal parceiro comercial, no momento, e podem portanto ser um espécie de contraponto nesta questão, ou pressionar o ditador norte coreano (ainda que nos bastidores) a ficar apenas falando demais como já está fazendo, mas não tomar efetivamente nenhuma decisão que inicie um conflito as custas de sua própria cabeça.
Bem, vamos então observar o desenrolar deste jogo perigoso nos próximos dias/semanas.
10 comentários:
Segundo o cientista politico americano David Maxwell, conforme li em VEJA, a bomba dos coreanos do norte é estacionária, logo, explodindo, será no quintal dele.
Parece que a estratégia do arremedo de ditador é fazer barulho para ser paparicado e ganhar carregamentos de arroz em troca de se aquietar.
A conferir.
A opinião do cientista político bate com a do Ricardo. Tomara que ambos estejam certos.
Abraços
Eu não descarto o início de beligerância leve (não nuclear) entre as duas Coreias sob supervisão rigorosa das grandes potências.
Para elas, é bom. Movimenta sua indústria bélica, que anda precisando de uma guerrinha para rodar o estoque e se desfazer de itens já meio obsoletos. Os EUA adoram isso. Às vezes se dá mal, como no Vietnam, mas garanto que uns mísseis pra lá e pra cá vão voar, para testar a precisão dos sistemas de defesa, coisa e tal.
Imagino que a China seja o player de maior peso nesse jogo. Tem divergências históricas com o Japão e não será inteligente acirrar ânimos, mesmo que por tabela, via norte-coreanos.
Aguardemos...
Freddy
Que bom te rever, Ricardo.Quanto quanto ao tema em pauta, ouvi um cometarista dizer que esse rompante foi decorrente de manobras de guerra efetuadas pelo vizinho do sul juntamente com os EEUU.Consideraram uma provocação. Se for verdade, lhes pergunto : precisavam fazer essa exibição na janela do jovem ditador?
Eu tb concordo que a ao menos no momento a maior possibilidade e' de algo localizado, ou na propria Peninsula coreana, na mesma area hoje desmilitarizada em que este conflito se iniciou em 1950. E' o local de mais tenso vigiado e de maior movimentacao militar no momento. Quanto aos chineses eles poderao "tolerar" o enfrentamento entre as Coreias mas se este for "minimo" ou longe de sua fornteira, tal como foi em 1950.Abracao, Rick.
USA e China são bons parceiros comerciais. Business is business.
Segundo o especialista em conflitos que atende pela alcunha de Riva Marques, a intenção nítida do menino mimado é conseguir ....arroz, tendo em vista que a população de lá está passando fome.
Revisitem a tragicômica Guerra das Malvinas ... exatamente a mesma estratégia ...cooptar a simpatia da população em torno de um só, ser arrasado pontualmente, levantar os braços rapidamente se rendendo e pedindo ajuda internacional.
Abrs,
Uma diferença é que os argentinos usavam tacape com arco e flecha, adquirindo da França alguns Exocets. O menino lá na Coreia do Norte pretende brincar com uns mísseis atômicos...
=8-( Freddy
Freddy, como o Carrano frisou, esses "mísseis" vão explodir no quintal dele !!! kkkkkkkkkkkkk
Parece que atualmente, em 2017, a situação mudou, os coreanos do norte evoluíram tecnologicamente, e há um risco concreto de que o celerado que comanda o país dê início a uma tragédia nuclear.
Do outro lado temos o risco Trump.
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