Os jogos olímpicos de Londres nos tiraram da rotina diária, diminuíram nossa produtividade, passamos mais tempo diante das telas de TV, torcendo, nos surpreendendo, nos decepcionando (muito) e vibrando um pouco.
A partir de hoje, acabada a festa, o show, registrados os recordes, distribuídas as medalhas, ouvidas as explicações e justificativas, enxugadas as lágrimas, é hora de voltar ao batente em tempo integral e recuperar o tempo perdido (ou ganho), se o caso.
O quadro de medalhas abaixo permite uma série de análises e observações de cunho político, cultural e esportivo. Países que têm tradição numa ou outra modalidade desportiva e confirmaram. Outros que tendo dominado durante bom tempo um certo esporte agora decepcionaram. Potências emergentes e decadentes.
De minha parte louvo o desempenho da Grã-Bretanha. Fez um papel bonito como anfitriã, classificando-se em honroso 3º lugar.
Louvável, também, o desempenho da Russia, antiga forte potência desportiva e que mesmo depois do esfacelamento do União Soviética obteve resultado expressivo ficando em 4º lugar na classificação geral. Vale observar que somadas as medalhas obtidas por antigas repúblicas que ficaram independentes, como Cazaquistão, Bielorussia e Ucrânia, teriam suplantado a China.
A China, por sinal, além de potência econômica, desde as olimpíadas disputadas em seu solo, na cidade de Pequim, há 4 anos, vem se revelando, também, uma potência no campo dos esportes.
Cuba está entre os casos de forças decadentes. Economia falida, que sem o apoio e o dinheiro da antiga União Soviética não consegue mais manter seus atletas em alto nível. Inclusive no boxe onde se destacavam.
A Coreia do Sul deu banho na Coreia do Norte, no geral e nos ouros. O que isto prova?
Nós jamais conquistamos tantas medalhas no cômputo geral, mesmo considerando que melhoramos muito pouco. Mas como dizia um empresário que conheci, uma unidade de produção e venda a mais num mês representa crescimento.
A Jamaica manteve uma tradição, iniciada há poucos anos, de ser imbatível nas provas de velocidade de curta distância e sem barreiras. Ainda não dominam as técnica de ultrapassar os obstáculos, sem perda de rendimento. Os americanos dominam por completo a técnica.
Nas longas distância, só dá africano e pelo visto assim será por longo tempo, a julgar pela atenção que é dada por eles a este tipo de modalidade.
Ficou consignado que, pelo menos nestes jogos olímpicos, os desempenhos da antiga Iugoslávia deveriam ser creditados aos croatas. Sérvios, montenegrinos e os outros novos países resultantes das lutas por independência, depois que o Tito morreu, muito pouco ou nada realizaram.
Bem, numa análise perfunctória é isso aí.
Vejamos:
Quadro de medalhas completo ouro prata bronze total total
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1
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46
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29
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29
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104
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2
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38
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27
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22
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87
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3
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29
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17
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19
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65
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4
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24
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25
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33
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82
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5
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13
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8
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7
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28
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6
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11
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19
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14
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44
| |
7
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11
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11
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12
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34
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8
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8
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9
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11
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28
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9
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8
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4
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5
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17
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10
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7
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16
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12
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35
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11
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7
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14
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17
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38
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12
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7
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1
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5
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13
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13
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6
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6
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8
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20
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14
|
6
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5
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9
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20
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15
|
5
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3
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6
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14
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16
|
5
|
3
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5
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13
| |
17
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4
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5
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3
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12
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18
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4
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4
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4
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12
| |
19
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4
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3
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3
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10
| |
20
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4
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0
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2
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6
| |
21
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3
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10
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4
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17
| |
22
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3
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5
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9
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17
| |
23
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3
|
5
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5
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13
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24
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3
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2
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1
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6
| |
25
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3
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1
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3
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7
| |
26
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3
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1
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2
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6
| |
27
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2
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5
|
2
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9
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28
|
2
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4
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5
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11
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29
|
2
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4
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3
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9
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30
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2
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2
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6
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10
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No post anterior homenagem aos brasileiros e brasileiras que honraram as camisas, sungas e quimonos.
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