30 de setembro de 2022

Non est judicium sine judicio

 

Pouco mais ou menos o seguinte: não há sentença sem julgamento.

É duro ter que aceitar, mais julgamento popular só tem valor num conselho de sentença, quando nos casos de crimes dolosos contra a vida, é um júri composto por cidadãos que decide.

Ora, por mais que esteja envolvido em casos de corrupção, e parece que existem indícios, e até provas robustas, Lula não está sentenciado, pois teve seus julgamentos, em todas as instâncias, anulados.

Ora, se anulados, não existem julgamentos.

Não estou afirmando como advogado (seria leviandade pois nada entendo da área criminal), mas sim como cidadão bem informado. 

Lula não foi inocentado, pois seus julgamentos foram invalidados. Logo, também não é culpado.

Poderiam tê-lo apanhado sem truques, conchavos (entre magistrado e membros do ministério público), tramas, açodamentos e paixões. Mas preferiram o açoite verbal e moral, e a exposição pública.

Não existe bom ladrão. Nem Dimas e nem Robin Wood, teriam sido.

Mas trapaça no julgamento ninguém pode aceitar. Fiquem no julgamento ético, moral, mas não o rotulem de condenado judicialmente.

Se ele vencer amanhã, quem sabe? Deve ser empossado e governar.

Notas:

O outro é considerado um ser abjeto. 

https://www.estadao.com.br/politica/joaquim-barbosa-diz-que-bolsonaro-e-ser-humano-abjeto/

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2022/09/video-joaquim-barbosa-diz-que-bolsonaro-nao-e-um-homem-serio.shtml

https://valor.globo.com/politica/eleicoes-2022/noticia/2022/09/27/em-vdeo-de-apoio-a-lula-joaquim-barbosa-diz-que-bolsonaro-visto-como-ser-abjeto.ghtml


28 de setembro de 2022

Mudou o local de votação

 

Mudaram, na calada da noite, meu local de votação. Se não entro no site do TSE, ficaria sem saber.

Minha seção ficava na Faculdade de Economia, onde comparecia para o dever do voto durante anos.

Terei que ir ao Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, que sucedeu à Escola Normal de Niterói.

Pinçada no Google. Podem não ser de Niterói,
mas o uniforme é o mesmo
Chamava-se escola normal poque formava as "normalistas", moçoilas, basicamente, que ficavam habilitadas a lecionar para as crianças do ensino primário.

Acho que a foto não é de normalistas de Niterói
                                                

Com suas saias azuis e blusas brancas, vestais (?) eram alvo dos gaviões dos demais colégios da cidade. O curso normal equivalia ao secundário.

As opções, superados o primário e o ginasial, eram os cursos científico, o curso clássico, o curso normal e o técnico em contabilidade, condição para ingresso no ensino superior.

Optei pelo científico quando deveria ter optado pelo clássico, mais adequado para quem faria ciências sociais, no 3º grau.

Namorei e casei com uma normalista de Cachoeiro de Itapemirim.

Nem eu conheci assim ... e nem você.

 Trecho da praia da Flechas, em 1910, na chamada curva da Itapuca.



As duas fotos subsequentes, retratam a Praia de Icarahy (grafia antiga) em priscas eras. Em meados do século XIX a praia era um grande areal que se estendia desde o mar até as imediações da atual Rua Santa Rosa, coberto de pitangueiras, cajueiros, cactos e demais vegetação típica de restinga.
Vegetação original de restinga e não o arremedo criado recentemente pela prefeitura.




Várzea da Moças, abaixo, é um bairro bimunicipal, ocupando pequenas partes das cidades de Niterói e São Gonçalo, pois fica na divisa. Foi, no passado, uma imensa fazenda de produção de grãos de café. O proprietário era pai de seis senhoritas. Daí o nome que se oficializou.

Várzea das Moças

Conheci uma imensa fazenda da família Matarazzo, de nome Amália, em São Paulo, a sede ficava no município de Santa Rosa do Viterbo e ocupava, ainda, áreas de três outros municípios limítrofes. 

Eram comuns, em Niterói e São Gonçalo, muitas fazendas que se estendiam por grandes áreas. Época de grandes latifúndios, e de alguns grileiros.




27 de setembro de 2022

Caminhada matinal no calçadão

Meu foco hoje foi o estado de abandono em que se encontra o antigo, e há vários anos fechado,  cinema Icaraí.

Há algum tempo transferido para a UFF, em parceria com a PMN, para sediar a orquestra sinfônica da Universidade, continua como sempre esteve desde que fechou como sala de exibição cinematográfica.

Assisti bons filmes e namorei um pouco neste outrora tradicional cinema, que fica defronte à Praça Getúlio Varga, em Icaraí.

Praça Getúlio Vargas
A destinação, se fosse implementada, seria ótima, mas a UFF não tem verba nem para manter suas atividades curriculares, que dirá recuperar um prédio tão depredado e tão castigado pela ação do tempo sem manutenção.





A maré estava bem baixa, hoje, de sorte que era possível ver o entorno das pedras de Itapuca e do Índio.








Quando já retornava para casa, observei que as placas indicativas das ruas Presidente Prudente e Paulo Alves, tinha uma delas solta, pendurada,  prestes a cair. Faltou close na foto, para melhor definição.


No centro da foto



Bem no cetro da foto



25 de setembro de 2022

Até que enfim ...

 

A secretaria de obras e o departamento  de engenharia da prefeitura não sabia que o ferro exposto à maresia, tende a oxidar rapidamente.

Por isso, ignorância,  colocaram um guarda-corpos feito com este metal ao longo da Praia da Flexas e trecho da Praia de Icaraí.

Aqui no blog comentamos isto, alertando que a ferrugem estava atacando o gradil e diminuindo sua resistência.

As imagens abaixo, assim como outras já publicadas, revelam o quando a corrosão levou ao estado em que se encontra a necessária proteção.

A ferrugem atacou todo gurda-corpo e algumas barras cilíndricas horizontais quebraram ou foram arrancadas de tão frágeis ficaram.

As sapatas que que sustentam o gradil racharam em face da dilatação da  ferragem pela ação da oxidação,  e já não seguram as barras.









Finalmente, alguém acordou e resolveu substituir o material empregado e fazê-lo em fibra de vidro, que suponho eu, leigo e ignorante no assunto,  ser  mais adequado.

Vejam fotos do canteiro de obras.







24 de setembro de 2022

AVISO AOS NAVEGANTES

Manchete  antiga do programa radiofônico oficial e  obrigatório do passado, é o que está no título.

Embora o "navegantes",  na época, tivesse outro sentido, o fato que internautas "navegam" na rede mundial, o que torna adequado o uso.

De hoje em diante não abordarei e nem permitirei que abordem assuntos políticos neste espaço.

Isto é para valer, não publicarei comentários políticos.

Jogo, mulher e bebida, estão liberados.


Lembram da piada? Ganhador de uma fortuna na loteria, ficou na miséria após torrar sua fortuna. Indagado como isto aconteceu respondeu: gastei tudo com mulher, bebida e jogo ... o resto desperdicei.

Conta-gotas II

PAZUELLO

Sabem aquele que só obedece? Desde que um mande. Ou seja, o próprio "pau mandado" a que se refere o adágio? O gordinho preferido do Jair? Protegido por sigilo de 100 anos?

É candidato a deputado federal 😄😄😄.

O Rio de Janeiro estará representado na câmara por uma pessoa obediente. Ou subserviente? 


PUTIN, TRUMP e BOLSONARO

Pessoas execráveis, que em diferentes idiomas e localizados em diferentes continentes são nocivos para a humanidade. E se relacionam muito bem, como não poderia deixar de ser.

Os  evangélicos dizem que "Deus é fiel". Fiel a quem ou a quê?


VOTO CONSCIENTE (pela garantia das instituições).

Eu e minha mulher, desobrigados, iremos às urnas.

Se eu detesto Bolsonaro, ela, apenas por instinto feminino, vai às raias do desprezo por ele.

Só não digo que iremos sem convicção e consciência em conflito, sobre que nome sufragar porque uma certeza nós temos: JAMAIS VOTAREMOS, de novo,  no Messias.


ANUIDADE DA OAB

É grande a inadimplência de advogados quanto a anuidade.

A coisa ficou tão grave que a entidade criou planos de parcelamento, em até setenta e duas vezes, ou descontos, para que os profissionais fiquem quite.


CUSTAS JUDICIAIS

Artigos da Lei Estadual nº 9.507, de 08.12.2021, foram julgados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.  As custas judiciais no Estado são abusivas e inibidoras do acesso ao Judiciário.

Ainda bem que foi imposto um freio ao exagero, inclusive porque o Judiciário é lento e desrespeitoso, com os processos caminhando a passos curtíssimos, como tartarugas paraplégicas.

Justiça lenta é INJUSTIÇA.

23 de setembro de 2022

O espermatozoide manco

A velha piada veio-me à lembrança não sei poque. Ou sei. Talvez, provavelmente pelo fato de achar que  algumas criaturas  deveriam ter tido o  destino que os punheteiros dão ao seu esperma.

A piada, muito boa, é assim:

Constava que um esperma manco vivia triste macambuzio, frustrado, pois na corrida para fecundar era sempre atropelado pelos outros, mais ágeis, e não conseguia atingir o alvo.

Queria porque queria gerar um ser humano mas não conseguia.

Alguns dos outros, compadecidos, resolveram ajudá-lo e combinaram empurra-lo no exato momento em que deixariam o canal da uretra.

E assim o fizeram. Só que no  momento aprazado o manco gritou em alto e bom som: PARA! PARA! Para porque é punheta.

Se fizermos uma adaptação na piada, substituindo o manco por um imbecil, incapaz até de discernir o que era uma masturbação, diferenciando-a de um ato sexual completo, heterossexual,  com ativo e passiva, teremos a explicação para tantos imbecis e terraplanistas  povoando o planeta.

22 de setembro de 2022

Minhas frustrações e arrependimentos

 

Não, nunca cogitei, sequer sonhei, em aprender a tocar piano.

Sem desmerecer os clássicos, sejam as peças compostas, sejam seus autores ou executores, e o Brasil tem alguns festejados concertistas, foi o  jazz que me acendeu a vontade de aprender a executar piano.

Os responsáveis, muitos, são McCoy Tyner, Bill Evans, Oscar Peterson, Earl Hines, Ahmad Jamal, Duke Ellington, Teddy Wilson, Tommy Flanagan, Ramsey Lewis, Thelonious Monk,  e vários outros. Todos presentes em CDs e outras mídias em minha estante.

Na infância, se tivesse tido este desejo seria  surreal porque minha família era de posses modestíssimas. O  máximo que conseguiria seria provocar em meus pais alguma tristeza e dor por não poderem me propiciar alcançar tal vontade.

Sem nenhuma ordem cronológica de relevância, seria esta uma das minhas frustações.

Outra, mais significativa e doída, foi não ter dado ao estudo do latim a importância que teria em minha  vida, não só profissional.

Corria, a boca pequena, nos corredores das escolas e até em alguns lares, que se tratava de língua morta, portanto inútil. Santa ignorância.

Agora, atingida a idade da razão, invejava o João Ubaldo Ribeiro por dominar não só o latim, como também o grego.

Duas erradas concepções do passado: homens (meninos) tocarem piano era coisa de viado. Meu amigo Ney Gonçalves era tido não como de educação esmerada, como justo e correto, mas efeminado. A outra era que estudar o latim era perda de tempo.

Não ter viajado para o Oriente, quando talvez pudesse, também me trás certo arrependimento. A cultura oriental é foco de meu interesse e respeito. O valor da honra e a reverência e respeito aos mais idosos, são princípios básicos.

O rol de arrependimentos é imenso e não para de crescer. Por casos como o da eleição de Bolsonaro, em 2018,  para a qual contribuí juro que de boa-fé.

Nunca votei no PT ou em Lula, mas o que fazer agora? Não comparecer (nem um, nem outro?) poderá gerar um arrependimento que levarei para o túmulo, sem sublima-lo. Não daria nem para racionalizar.

Arrependo-me de ter sido relapso nos bancos escolares secundaristas. Envolvido em política estudantil, como presidente do Grêmio do Liceu Nilo Peçanha, por dois mandatos,  e Diretor da FESN (Federação dos Estudantes Secundários de Niterói) por três anos.

E, porque não confessar, preguiça, falta de foco.

Perdi dois preciosos anos de formação e aprendizado formal. As causas defendidas eram justas e de alcance social, como por exemplo o combate aos arbitrários aumentos das anuidades escolares; a concessão de passes para transporte público dos estudantes (que pagavam tarifa diferenciada), e até lutas pelo preços dos ingressos nos cinemas.

A mais visível destas atividades extra classe, na época dos "tubarões do ensino" foi a ocupação, pelos estudantes, do Ginásio Jairo Malafaia, na Rua Gavião Peixoto, por causa da mensalidade considerada exorbitante.

A causa foi abraçada, também, por dirigentes da UFE (entidade dos universitários), tendo a frente Claudio Moacyr de Azevedo. Vide matéria da época em http://memoria.bn.br/pdf/386030/per386030_1961_00630.pdf 

Mas estas experiências resultaram em perdas, ou sem proveito prático,  porque não ingressei na política séria, na vida pública, como o fizeram o citado Claudio Moacyr de Azevedo, que veio a se eleger deputado e prefeito de Macaé, e João Kiffer Neto, deputado, por exemplo.

Ainda bem, se analisado por outro ângulo.

21 de setembro de 2022

Viação Itapemirim

 

Foi um choque  quando Wanda me informou sobre a decretação da falência da Viação Itapemirim, em data de hoje.

https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/justica-de-sp-decreta-falencia-da-itapemirim-afundada-em-dividas-trabalhistas-e-tributarias/

Esta empresa que operava sob outro nome, tendo iniciado atividade com um velho ônibus "jardineira" ligando pequenas cidades do interior do Espírito Santo, foi fundada, quando a frota já era de 16 ônibus, com sede na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, em 1953.

Cresceu e se transformou em uma das maiores do ramo de transporte terrestre de passageiros e cargas no Brasil e na América Latina, estendendo mais tarde atividades para o mercado aéreo.

Um gigante deste porte não pode simplesmente fechar as portas e encerrar atividade. Impensável.

De longe, não sendo mais sequer usuário de sua frota, como fui durante muito tempo, correndo o risco de ser leviano, atribuo a falência da gigantesca empresa  à morte de seu fundador, Camilo Cola, veterano de guerra que faleceu no ano passado aos 97 anos de idade.

Tive o "prazer" de levar um pito dele, pessoalmente, na sede da empresa. E resumo porque. A Itapemirim já era sólida e em franca expansão, quando Camilo Cola se aproximou politicamente de Roberto Silveira, jovem político que governava o Estado do Rio, que tinha ambições para voos mais altos na política nacional. E que chances tinha, exclamo.

Um acidente com um helicóptero interrompeu sua carreira e sua vida.

Deu-se que a causa da reprimenda  foi o fato de alguns estudantes termos recebido, como cortesia, por conta da ligação do Camilo Cola  com Roberto Silveira (o que dá nome a avenida em Icaraí) e o  DER/RJ no governo deste, algumas passagens de Niterói para Cacheiro.

E nós, os estudantes beneficiados com a cortesia, não dormimos ... e nem os demais passageiros. Que reclamaram formalmente,  com toda razão.

Nós passamos todo  o tempo da viagem cantando, contando piadas numa algazarra infernal.

Porque era o representante da federação dos estudantes, beneficiária das passagens, fui chamado por ele, que deveria autorizar a liberação de nossa volta.

Fui a sede da Itapemirim, onde ele me passou a descompostura por não termos sabido nos comportar, provocando reclamações e queixas de outros passageiros. Mas liberou nossa volta de graça.

Quando me casei a família de Wanda e interferência de uma vizinha dele quando ele morava na Rua 25 de Março, em Cachoeiro de Itapemirim, conseguiram por empréstimo, por duas noites, a citada casa onde morou  com dona Inez, sua esposa, e agora desocupada, casa esta onde dormiram alguns parentes meus que foram do Rio de Janeiro para meu matrimônio.

Roupas de cama e banho foram conseguidas por empréstimo da família de Wanda.

Camilo Cola e a empresa que fundou, e fez crescer, foram, de certo modo, figurantes na minha fase de namoro, noivado e casamento. Foi por conta da malsinada viagem que conheci minha mulher, consumando o início do namoro.

Sinto, de verdade, o falência da Viação Itapemirim, em cujos ônibus viajei (pagando - rsrsrs) por quatro anos período de namoro e noivado na cidade capixaba.


Primeiros socorros

 

Lição de primeiros socorros, de solidariedade, de amor e persistência.


Clique sobre a imagem e assista. 

Enquanto isso o capitão desdenha da vacina, afinal ele  não é  coveiro e pouco se lhe dava que muitas pessoas estivessem morrendo.

Onde está o senso de "humanidade"? Na ave irracional ou no negacionista insensível?


Neste outro vídeo abaixo, o filho de uma amiga exibe um beija-flor que feriu um olho ao colidir com o vidro de sua casa na Bahia.

Veja como está dócil o pássaro, em geral arisco. Alimentado, hidratado e acarinhado, quando se sentiu seguro bateu asas e voou.



20 de setembro de 2022

VEREGONHA EM ESCALA MUNDIAL

 

Vejam estas projeções no prédio da ONU. Não foram produzidas por militantes políticos e sim por instituições sérias, respeitáveis.

Não deixe de assistir ao vídeo abaixo, selecionando o link e colando-o na barra de seu navegador.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/20/antes-de-discurso-projecoes-contra-bolsonaro-sao-exibidas-em-predio-da-onu.ghtml

O cara é um sem noção. Elege locais inadequados e momentos inoportunos para fazer campanha e, pior, MENTINDO DESCARADAMENTE.

O discurso na ONU foi em festival de mentiras, de fake news, de números estatísticos forjados na cabeça dele.

Fez da varanda de nosso embaixador em Londres, um palanque para ameaçar com um golpe caso perca no primeiro turno.

Preparemo-nos pois ele perderá.

Lula se transformou em delito de menor poder ofensivo. Caso de juizado de pequenas causas.




CONTA-GOTAS

 

No Migalhas

(https://www.migalhas.com.br/)

Lula: Inocente x absolvido?

Chegando perto das eleições, o presidente Bolsonaro tenta colar na propaganda eleitoral uma retórica para dizer que Lula não é inocente porque não foi absolvido. Como estamos aqui num ambiente de doutas pessoas jurídicas, independentemente das preferências políticas, é fácil esclarecer que todos - enquanto vigorar a presunção de inocência - todos são inocentes até prova em contrário. Não fosse assim, seria o mesmo que dizer que se você, leitora, não foi devidamente processada e, ao final, absolvida, não seria inocente. Vê-se, às escâncaras, a falha no silogismo. 

Bruno Salles Ribeiro, recorda que, do ponto de vista jurídico e à luz do princípio da presunção de inocência, a absolvição não tem mais força do que qualquer outra forma de encerramento do processo sem condenação.


Excerto

N'O SENSACIONALISTA, segundo caderno de "O Globo", edição de 18.09.2022

É imperdível a leitura semanal do "Sensacionalista" veiculado nas edições dominicais d'O Globo.

Vejam esta manchete, por exemplo:

"Bolsonaro vai a Londres para o funeral de sua candidatura"

Outra: "Rejeição de Bolsonaro é tão grande que nem telemarketing liga mais para ele"

😆😆😆


FLAMENGO

Vai ficar no cheirinho no Campeonato Brasileiro de 2022.


CERIMONIAL E PROTOCOLO

Pompa e circunstância, nos funerais de Elizabeth II.

Quem sabe faz, que não sabe aplaude, se emociona, chora ou fica com inveja.

Inveja tenho mesmo.

E muita vergonha, como brasileiro, pelo comportamento desrespeitoso do Bozo, em face do luto dos britânicos, fazendo campanha política para uma claque postada diante da casa do embaixador.

Causou constrangimento e tumulto, enfurecendo os ingleses.

 


What shame !!!

18 de setembro de 2022

Teimosia ou persistência

 

Foi impressão minha ou depois da derrota do Fluminense para  o Corinthians, quando foi muito criticado por jogar arriscadamente com saída de bola com toques,  com jogadores que não têm habilidade para tal, o Diniz não só manteve como ainda se expôs mais ainda,  arriscando ao extremo no jogo contra o Flamengo, com a equipe trocando passes curtos no interior e nas laterais da grande área.

Teimosia burra, coragem, persistência por confiança ou falta de juízo?

E ainda voltou a colocar em campo um ex-jogador em atividade. Felipe Melo é um "fio desencapado", um "pau com formiga" como diria o comentarista flamenguista assumido, no tocante à violência, ao excesso de vigor, e além de tudo não joga mais o pouco futebol que possuía no passado.

O fluminense jogou uma boa partida, faz um bom campeonato e revelou um muito bom volante, porque habilidoso, o André.

Nino, o citado André e Cano, que já esteve lá, queria no meu time. Alias Cano, que para muitos é apenas um artilheiro, um matador de um só toque, mas acho que ele é muito habilidoso, tem técnica aprimorada. Além de jogar para o time, com muita entrega em campo.

A boa notícia é que com os resultados de hoje o Flamengo parece ter dado adeus a esse título do brasileiro. A má notícia é que tudo leva a crer que o timeco do  Palmeiras deverá ficar com a taça.

Um minuto de aplausos

Um minuto, cravado, de aplausos são mais eloquentes do que um minuto de silêncio, pelo manos para o homenageado.

E foi assim, com aplausos, que o público, de pé no estádio do Brentford, hoje, homenageou Elizabeth II, aos setenta minutos de jogo.

Salientei o "cravado", porque no Brasil muito raramente o minuto de silêncio tem esta duração. A impaciência, a falta de sentimento que deveria estar aflorado no momento, fazem da homenagem uma coisa chata. Desconectada.

Cristalizou numa frase o cronista, ao registar que brasileiro vaia até o minuto de silêncio.

https://blogs.diariodepernambuco.com.br/esportes/2012/08/23/no-maracana-se-vaia-ate-minuto-de-silencio-menos-nelson/

Se o fato do título da postagem ocorreu durante uma partida de futebol, é preciso consignar que o adversário do anfitrião era o Arsenal.

O time dos gunners nesta temporada parece querer voltar aos seus tempos de glórias, como por exemplo um título invicto na Premier League, em 2004. Único clube até hoje a conseguir tal feito na história desta competição, desde 1992.

Na temporada passada, 2021, na estreia na mesma citada competição, o Arsenal perdeu de 2X0 para os "The Bees", nickname dos torcedores do Brentford, londrino como o Arsenal. Mas nesta temporada de 2022, neste jogo aqui comentado, o Arsenal devolveu com juros e ganhou de  3X0.

Você pode achar que o Arsenal não fez mais do que sua obrigação, mas não é bem assim, posto que este mesmo time pouco conhecido ganhou do Manchester United por 4X0.

https://www.espn.com.br/futebol/premier-league/artigo/_/id/10766142/com-cristiano-ronaldo-de-titular-united-leva-4-no-primeiro-tempo-e-humilhado-pelo-brentford-e-dorme-na-lanterna-da-premier-league

Quando ocorrem estas homenagens aos heróis nacionais, as datas importantes da história britânica, de respeito e admiração a família real, fico com baita inveja: civilidade, é um estágio a ser alcançado. 

Contagem regressiva

Faltam pouquíssimos dias para as eleições.

Faltam poucos dias para início da Copa do Mundo da FIFA.

Faltam poucos meses para o NATAL. 

Faltam poucos dias e meses para o ANO NOVO e posse do presidente eleito. 

A pergunta que não quer calar é: haverá posse?

Cartas para a redação. Quem viver verá!

16 de setembro de 2022

Engulho insopitável

 

                                                     LULA X BOLSONARO

Como os demais candidatos não passam de figurantes, fico submetido ao constrangimento de optar por um ou outro.

Aliás que "optar" não seria exatamente a palavra e nem, claro, alternativas de escolha:

São farinha do mesmo saco. Iguais como gêmeos univitelinos e siameses.

              FLAMENGO X CORINTHIANS 

O Flamengo colocado  na frente por ter se classificado primeiro.

Mas estamos diante de um exemplo típico de que a ordem dos fatores não altera o produto.

Mudam as cores e o CNPJ, mas no mais são iguaizinhas as torcidas.

Já pensaram as duas torcidas num mesmo ambiente? É ou não é o retrato de turba ignara?

Que vença o pior!!!

                  HUCK X FAUSTÃO

Vá ao teatro; vá ao  cinema; leia um livro, leia gibi; ouça uma música, ouça música sertaneja; tome um vinho, tome um whisky ou uma cachaça; vá namorar, vai dar umazinha rápida, básica; vai fazer palavras cruzadas ...

São algumas sugestões de coisas melhores a fazer. Preserve sua inteligência, sua capacidade de raciocinar, de discernir, dê ao seu tempo um valor maior do que assistir a estes dois, digamos, animadores de auditórios.

Chacrinha era melhor. Pelo menos a plateia ganhava bacalhau.

                      GLOBONEWS X CNN

E você acredita em imprensa livre e isenta? Pobre  ingênuo, tolinho.

Enquanto houver patrocinador, anunciante, não haverá isenção, liberdade.

As duas emissoras noticiaristas, fizeram, claramente, suas escolhas. Patrocinada$ ou por ideologia arraigada, impregnada nos apresentadores, comentaristas políticos e diretores de jornalismo.

Sugiro assistir, por exemplo, um dos canais abaixo:



14 de setembro de 2022

Rezadeiras, parteiras, rábulas, ...

Sou do tempo em que muitos nascimentos ocorriam pelas mãos de experientes mulheres, conhecidas como parteiras.

Eu, por acaso,  vim ao mundo pelas mãos de uma delas, no caso minha avó materna, portuguesa de Trás-os-Montes, nascida no Distrito de Viseu, na cidade de Lamego.

Ela mesma mãe de 7 filhos, experiência não lhe faltava no assistir um ato de parir.

Atualmente até bombeiros militares são treinados para emergências. 

Mas as mulheres, ao que parece, agora preferem fazer uma cirurgia, com dia e hora marcados.

E as parturientes já sabem (se quiserem) o sexo do nascituro. Pelo menos no momento da vinda à luz. Mais tarde este gênero pode mudar oficialmente a vontade do freguês. Ou da freguesa.

Além das parteiras existiam as rezadeiras. De novo tive experiência quando acometido de impingem, uma infecção fúngica; fui  curado por uma delas, nossa vizinha que morava no Morro da Penha.

Lembro, se me não falha a já atribulada memória, que ela murmurava uma prece ao tempo em fazia com o polegar  direito o sinal da cruz por cima da infecção cutânea.

Nós morávamos nas fraldas do Morro da Penha, no qual residiam pessoas de bem, que eram humildes mas honestas. E trabalhadeiras, como nossa lavadeira, que tinha um filho, de nome Afonso, que cursava o primário comigo no Colégio Plínio Leite, particular, e com mensalidade bancada pela mãe.

Os rábulas eram pessoas letradas, sem formação universitária, que advogavam principalmente em cidades do interior (citados em obras de Jorge Amado, por exemplo), provisionados por autoridade ou órgão competente, que desfrutavam de respeito e tinham atuação efetiva.

Hoje a palavra tem conotação pejorativa, e serve para qualificar o advogado pilantra, desqualificado embora diplomado.

Hoje não existem rábulas "profissionais", mas existem os espertalhões, indignos de confiança, oportunistas, também chamados de "advogado de porta de cadeia"

Utilizada por verdureiros
Algumas atividades profissionais,  ambulantes,  de minha infância também desapareceram, tipo amolador de facas e tesouras, soldador de panelas, verdureiro que carregando uma cesta  de vime vendia alface, couve, cenoura e ovos, por exemplo), de porta em porta.

Havia, até, um fabricante de canecas, utilizando as latas do leite "Moça". Descartando o rótulo de papel, e polindo e desbastando a rebarba, colocavam alça e ela  se  transformava em peça útil, pincipalmente para o café de trabalhadores em obras de construção.

Se não em casa, em algum lugar tomei café em lata de leite "Moça", transformada em caneca.

Quem é jovem há mais tempo que eu, há de lembrar de donos de farmácias que nos faziam curativos e aplicavam injeções. Nós os chamávamos de farmacêuticos, mas atualmente nem os diplomados podem exercer estas atividades livremente nas farmácias.

E os médicos de família, que clinicavam em geral nos fundos das farmácias, e atendiam os avós, pais e netinhos, com o uso exclusivo de um estetoscópio e as pontas os dedos. Quem lembra?

No bairro onde passei a infância tinha duas farmácias, na Rua Silva Jardim, nas quais éramos atendidos por médicos (clínicos gerais) e tomávamos as injeções.

Em breve escreverei sobre os folguedos infantis e juvenis. É uma ameaça ...

12 de setembro de 2022

Conflitos de consciência

 



 

Graças a uma parceria com meu caçula, já estou no terceiro – e último - volume da trilogia escrita por Robert Harris, sobre  Marco Tulio Cicero (Marcus Tullius Cicero), cônsul, escritor, filósofo, advogado e maior orador de sua época, depois de um intervalo aguardando a edição deste terceiro volume no Brasil.

Harris apoia seus relatos numa verossímil narrativa, em forma de biografia, escrita por  Marco Tulio Tiro, (Marcus Tullius Tiro) que durante 36 anos foi um leal e astuto secretário particular de Cícero, convivendo com o jurista em seus momentos de glória e também nos de desprestígio e sofrimento, como no exílio de seu antigo senhor.

Não pretendo contar aqui a história do autor das “Catilinárias”, senão apenas falar do momento de sua dúvida, então no exílio, quando poderia aceitar um aceno de Pompeu e retornar a Roma e à vida pública ao preço de renunciar a alguns de seus princípios, e humilhar-se frente a Cesar.

Cicero combateu e denunciou os poderosos Cesar, Pompeu e Crasso, do histórico triunvirato,  quando descobriu seus planos de implantar uma ditadura.

O preço de apego aos seus princípios democráticos tinha lhe custado o exílio, a pobreza e o sofrimento.

Eis o conflito de pensamentos nas palavras de Cícero, reproduzidas por Tiro, quando recebeu de um mensageiro a proposta de Pompeu:

“Que utilidade tenho para minha família ou para meus princípios preso nesta pocilga para o resto de minha vida? Ah, sem dúvida um dia eu poderia me tornar uma espécie de exemplo notável a ser ensinado a alunos entediados: o homem que se recusou a comprometer sua consciência.

Talvez, depois que eu estiver morto possam até erigir uma estátua minha na parte de trás  da rostra. Mas eu não quero ser um monumento. Minha habilidade é a arte de governar, e isso requer que eu esteja vivo e em Roma.”

De sua parte Pompeu o perdoaria e redimiria, mas Cícero, ele próprio, precisava convencer Cesar.

No texto acima as reflexões antes de escrever a Cesar acenando um pedido de paz.

 

Notas:

1.  rostra significa tribuna. Na Roma antiga era uma plataforma alta, em madeira, utilizada para discursos e pronunciamentos.

2. Tiro foi escravo de Cicero, mas foi libertado por este mais tarde.

9 de setembro de 2022

Charles III - o Absorvente

 

Muitos monarcas tiveram epítetos, ou cognominações.

Abaixo dois exemplos:



Mas ainda houve muito mais, como  na França, por exemplo:
Carlos V - o Sábio
Carlos VI - o Louco
João de Valois – o Magnífico


Já o Charles III, da Inglaterra, acima, coitado  será Carlos III – o Absorvente.

Com todo o respeito majestade. Mas fostes vós mesmo quem o disseste.


7 de setembro de 2022

Montagens reveladoras

Estou quase seguro que já contei neste espaço virtual a história de um amigo, que foi meu chefe no Grupo Matarazzo.

Além de culto, inteligente e poliglota, tinha raciocínio muito rápido.

Ele havia sido contratado fazia cerca de um mês e eu estava em sua sala conversando sobre aspectos gerais. Ele diretor geral e eu gerente administrativo da divisão têxtil do  Grupo.

Olga, sua secretária de muitos anos, levada por ele, anunciou que estava na linha um velho amigo dele. 

Depois das cordialidades de praxe, pela resposta imediata que ele deu a uma pergunta do interlocutor, logo deduzi qual teria sido a pegunta.

Disse ele em resposta: "fica entre o deprimente e o degradante".

A sede da divisão têxtil ficava no bairro do Belenzinho, na capital paulista.

Analisando as montagens feitas com fotos, consoante abaixo, lembrei das palavras do Marcos Telles (esse era o nome do diretor/amigo).

São adequadas ou não são? Aplicam-se ou não, as figuras retratadas? Como escolher?




Nota do blogueiro: poderia ser outra a opinião do Marcos em relação ao Belenzinho?

Ele morava nos Jardins, como ele dizia "a duas confortáveis quadras do Pinheiros", onde tinha quadra de tênis reservada três dias na semana, pela manhã, para jogar com convidados.

Colecionador, tinha uma pinacoteca na cobertura onde morava.

Gradil, guarda-corpo?

 Não sei no linguajar de engenharia como denominar corretamente o guarda-corpo colocado no calçadão, desde a subida da Boa Viagem até o término da Praia das Flechas e início da Praia de Icaraí, quando a  faixa de areia mais larga já não expõe a risco os transeuntes.

As fotos revelam sobre o que estou escrevendo.

Trago este assunto em face do deplorável estado em que se encontra o gradil ou que nome tenha.

Encontrei na rede mundial que a matéria é disciplinada pela ABNT NBR 14718, mas já seria exigir demais  que eu leia. 


Observem acima que a barra horizontal está solta, pois a ferrugem comeu a ferragem.



Nesta outra imagem acima, vê-se que as sapatas de fixação, em concreto, estão quebradas e já não seguram, a grade. 




A oxidação é visível em todo o trecho do guarda-corpo.




Não encosto de forma alguma, para apreciar a paisagem, pois tenho receio de cair junto com as laminas redondas.

O que acham os engenheiros que bisbilhotam este blog? Minha apreensão tem fundamento?




4 de setembro de 2022

Outras histórias de Niterói

 

As fotos abaixo são da Estação Ferroviária General Dutra, na Av. Feliciano Sodré, onde muitas vezes embarquei com destino a Cachoeiro de Itapemirim para namorar em finais de semana ou durante as férias, num período  4 anos, até que a namorada, em seguida noiva, em dezembro e 1964 tornou-se minha mulher, companheira de fé até os dias de hoje.




A imagem abaixo é da Sociedade Portuguesa de Beneficência, mais conhecido como Hospital Santa Cruz.

O prédio hospitalar está ao alto, na foto, na elevação.


Em maio de 1958, um acidente marítimo acabou dando nome a um trecho da Praia de Itaipu, no praião: Camboinhas.

Um cargueiro com este nome vinha da Argentina e na altura de Mangaratiba apresentou problema, tendo  que ser rebocado.

Só que o reboque não  deu conta do  recado  e o  cargueiro, à deriva, veio dar com os costados aqui em Itaipu.

A Marinha pensou que resolveria o encalhe do Camboinhas com uma corveta, de nome Angustura. Mas qual o quê, o que conseguiram foi encalhar também a corveta,  atirada para a areia pelas ondas.

Agora eram duas as embarcações encalhadas.

Um mês depois enviaram 3 rebocadores de alto mar, (Tristão, Triunfo e Tridente) e mais duas corvetas (Imperial Marinho e Solimões) e na maré baixa retiraram a Angustura.

Mas o Camboinhas teimava em não desencalhar. Resultado: foi desmontado ali mesmo.

Hoje Camboinhas, a praia, e não o cargueiro, é uma das mais requisitadas da cidade.

Abaixo momentos da empreitada.