30 de novembro de 2017

Os limites da fé

Antes de coisa alguma devo corrigir o equivocado título. A fé tem sempre que ser ilimitada. Caso contrário não seria fé.

O que tem limite é o resultado esperado. Não se pode, mesmo com fé cega e forte, esperar mais do que seja contrário à natureza.

Sejam suas preces endereçadas a um santo católico, ou a um orixá, aos Devas, a Jeová, a Buda  ou ao próprio Deus diretamente, não há como esperar ser atendido em qualquer hipótese.

E já me apreço em explicar. Podemos pedir a cura de uma pneumonia e, tomando as medicações e seguindo as demais prescrições médicas, confiar na cura.

Mas não podemos, por exemplo, pedir que nos livremos da morte eminente em face de uma metástase avançada.

Ainda trago na memória a visita do principezinho à região dos asteroides de números 325 a 330. Num deles havia um rei, sem súditos. Logo, a chegada do príncipe deixou o rei muito orgulhoso eis que significava que passaria a ter um súdito.

O planeta era minúsculo. O rei era absolutista e não tolerava desobediência. Arrostava seu poder e direito de em tudo mandar.

Estabelecido o diálogo entre eles, o principezinho, com toda reverência e humildade, pergunta: - Majestade eu vos peço perdão por ousar interrogar-vos, mas sobre quem reinas? O rei responde simplesmente que reinava sobre tudo.

O príncipe quer confirmação: - Sobre tudo mesmo? E o rei reafirma: - Sobre tudo isso. - As estrelas vos obedecem? - Sim, não tolero indisciplina.

Não, não vou ficar aqui narrando parte do livro que era leitura obrigatória das misses no Brasil. Darei um salto para chegar ao ponto que pretendo.

Se o rei era atendido em tudo, governava sobre tudo, poderia atender um pedido do principezinho que queria ver um pôr de sol.  - Ordenai ao sol que se ponha, pediu.

E o rei: - Se eu ordenasse a um general que voasse de flor em flor como borboleta ou se transformasse em uma gaivota, quem estaria errado, eu o ele?
- Seria vossa majestade. - Pois então; só se pode exigir de cada um o que cada um pode dar. Eu tenho direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis.

A conversa entre eles prossegue e o rei explica que o principezinho terá o por de sol que desejava, no horário adequado e de praxe, por volta das sete e quarenta.

Falando de mim, assim é que enxergo meu santo protetor, a quem peço que me proteja do mal e não me deixe cair em tentação, como contido na oração do Pai Nosso.

Ele me ajudara em tudo que seja razoável. E ainda assim se eu esgotar o que me caberia fazer também. Desistir da luta, e "entregar para Deus", como fazem alguns não é a melhor solução.

Pedir para não morrer seria absurdo. A imortalidade da matéria, do corpo, não é da natureza humana. Logo, imagino, não é falta  de fé não pedir o absurdo, o irrazoável.

Devo me contentar com a imortalidade da alma, se como suspeito, sem convicção mas com grande respeito, o espírito é imortal.

Mas não enveredarei por esse caminho. Não hoje; este tema ficará para uma próxima oportunidade. 

28 de novembro de 2017

Prima distante

Márcia Regina, prima, porque filha de primo, mora distante. Por isso o título. 

Informo aos menos atentos, mas antigos e fieis seguidores, que não se trata de postagem repetida. Com efeito em 2011 tratei de assunto semelhante. Está em : https://jorgecarrano.blogspot.com.br/search?q=primo+distante

Nas relações de parentesco,  nem somos tão distantes. A distância que nos separa, agora, é geográfica, é física.

A Márcia está vivendo, ora vejam, na cidade/distrito onde nasceu minha avó Ana, que é a bisavó materna dela Márcia. Onde tudo começou.

A frase intercalada acima, com conotação de surpresa (ora vejam) tem sua razão de ser. Pela vontade desta antepassada comum, quem deveria ter viajado até Viseu e lá, eventualmente, adotado providências, seria eu.

Explico. Informada que eu havia ingressado na Faculdade de Direito, da UFF, vovó Ana, a par da alegria de ter um neto advogado (outros tinham outras ocupações, tão ou mais nobres), em sua inocência achava que eu poderia voltar a sua terra natal e lá adjudicar seus direitos sobre os castanheiros que pertenciam aos seus pais.

Ora, eram passados muitos anos desde que ela deixou Viseu vindo para o Brasil já com duas filhas nascidas lá em Portugal, sendo uma delas exatamente a avó da Márcia Regina, a prima distante do título.

Disse-me vovó, ao cumprimentar-me pelo acesso à faculdade: “Ainda hás de ir ter até Viseu para reclamar meus castanheiros”.

Se não era exatamente assim a fala de minha avó, foi algo próximo a isso. Mas o  cerne era exatamente este.

Conheço um pouco de Portugal, mas não tenho explicação lógica para não ter estendido viagem até Lamego ou Viseu. Deveria tê-lo feito.

Limitei-me a Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Viana do Castelo, Bragança e Aveiro. Ou seja, estive relativamente bem próximo é lá não fui.

Este post está inspirado num outro, publicado em 2011, quando graças aos milagres virtuais da grande rede mundial de computadores, aproximei-me de um primo distante,  tanto quanto a Márcia, eis que também ele filho de um primo em primeiro grau.

Ironias do destino, ou opções equivocadas em nosso livre arbítrio? 

Foi preciso que estes primos distantes, de ramos distintos da minha família (paterna e materna) deixassem o país para que nos aproximássemos.

O Rick está em Greenville (South Carolina) e a Márcia em Viseu (Portugal). Ambos felizes e contentes.


Enquanto isso, aqui vivemos neste circo de horrores em que se transformou o Estado do Rio de Janeiro. A cada noticiário televiso ou cada acesso aos diferentes portais de notícias  na internet, ânsia de vômito.

Nota do autor: minha expectativa é que a Márcia Regina venha em meu socorro corrigindo eventuais erros de informação que tenha cometido e enviando imagens  da terra onde nasceu e foi criada a matriarca da família, mãe de sete filhos, viúva de dois casamentos.

21 de novembro de 2017

Foi bom para quem?

Noutro dia impliquei com a Proclamação da República, festejada até hoje, em nome da preservação da história e culto a heróis. 

Foi uma das empulhações, tidas e havidas como benéficas e necessárias para o país, em nome da melhoria das condições de vida da população. Como mais recentemente, por exemplo, uma assembleia constituinte, para alterar o texto constitucional.

Às folhas tantas  a Constituição de 1946 acabou por se transformar na vilã dos problemas nacionais. O pais estava emperrado porque as normas fundamentais estavam superadas. Aí aprovaram um texto tabelando os juros, juro! Alguém se deu conta da bizarrice a na revisão, mais tarde, suprimiram a insensatez.

Ressalto que a Proclamação da República foi obra de uma revolução militar, que nem o PT, PSTU e PSOL ousam questionar.

Assim como os oportunistas da época, os que tiraram vantagens pessoais, também não o fizeram. Deram um xeque-mate, e os militares, embora não fossem exatamente as vacas fardadas a que aludiu o Gal. Mourão Filho (em 31 de março de 1964),  não souberam conduzir os peões.

Hoje colocarei na berlinda Cabral e Anchieta.

Quem lucrou com a descoberta deste pedaço de continente, quase virgem, onde seus habitantes viviam bem, com liberdade, água com fartura, sol durante todo o ano, com um solo rico e produtivo, onde se plantando tudo dá?

Gozavam de boa assistência médica, eis que pajés experientes, observadores e inspirados, conheciam todas as propriedades terapêuticas contidas nas florestas. Atualmente são necessários milhares de pesquisadores, graduados em química, farmácia, biologia, etc., para identificar e desenvolver medicamentos para diferentes doenças, a partir dos mesmos princípios ativos da mata.

Alguém irá dizer que algumas tribos guerreavam entre si. E dai? Abel matou Caim lá atrás.

E hoje, nos morros e favelas, facções criminosas se matam pelo controle do tráfico, causa muito menos nobre, convenhamos.

No título indaguei para quem foi bom a descoberta (?) da enorme área de terra banhada pelo oceano, habitada por povos indígenas, considerados selvagens.

Só para os portugueses, claro, que saquearam boa parte de nossas riquezas minerais, ouro e pedras preciosas, e transformaram o país que criaram numa “casa de mãe joana”, abrindo os portos às nações amigas. Até hoje continuam abertas para venezuelanos famintos e maltrapilhos porque deram ouvidos aos bolivarianos que arrasaram com a economia do país deles. Bem feito!

E a monocultura petrolífera ainda não mostrou sua face mais perversa, posto que os dias do petróleo, substância oleosa e inflamável,  como fonte de geração de energia estão contados. Os caras pensam que a produção, em escala mundial, de candidatas a miss, era uma forma de diversificação da economia.

Acho que devemos vender nossos campos de petróleo, em especial as reservas do pré-sal (não deveria ser pós-sal?) para os primeiros otários que aparecerem. De minha parte já vendi minhas poucas ações da Petrobrás na época do boom (em 1971) da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que, por sinal, já virou pó, desapareceu em 2002.

Tudo agora pertence a Bovespa Holding.

Voltando ao tema e a nossa terra (deixando para trás  Venezuela), outra figura que questiono pelas intenções e benefícios oferecidos aos índios, é o jesuíta espanhol José de Anchieta, que se homenageou dando seu nome a cidade que fundou no Espirito Santo.

Notem que espanhóis e portuguesas dividem entre si a Península Ibérica, assim como dividiram, através do Tratado de Tordesilhas, a vasta extensão de terras que acabou remembrada sob a denominação de Brasil.


Catequese? O que na verdade significava isso? Ser emprenhado pelos ouvidos na existência de um único Deus, mais poderoso do que o sol e a lua, que eles veneravam, sabiamente?

Os índios conheciam a importância do sol e da lua, para suas vidas e para a existência e preservação dos rios e florestas que habitavam.

Aprender a usar garfo e faca? Bobagem, os japoneses não aprenderam até hoje e ninguém pensou em catequiza-los.

Os silvícolas pintavam seus corpos e enfiavam pedaços de madeira e ossos nas narinas e orelhas? E daí? 

O que fazem os jovens de hoje em dia? Cobrem seus corpos com tatuagens, enfiam piercings, nas orelhas, narizes e até nas sobrancelhas e língua.

Santo deus! Que regressão, quanta involução.

O idioma que nos impuseram também está sendo aviltado. É um tal de tb ou vc, ou mt, que nos deixa sem entender o que querem dizer ou escrever. De todas as abreviações tão utilizadas, a única que me permito  usar  é PQP, em geral para maldizer os Twitter e Facebook da vida moderna.

Já o tupi-guarani, embora vilipendiado, e em desuso como o latim dos romanos, ainda se impõe aqui em minha cidade: Icaraí, Itacoatiara, Imbuí, Itaipu, Piratininga, e outros nomes do nosso dia-a-dia, aqui e no resto do país. Menos catamarã, caro leitor, que tem origem na polinésia.

Cabral e Anchieta, seu cúmplice, acabaram com o paraíso na terra.

Vejam vocês que as índias andavam com as suas vergonhas (no dizer das portuguesas) a mostra, sem timidez, o que não era, para os invasores da terra, de bom tom.

Hoje, passados tantos anos, as mulheres se despem por tudo e por nada, promovem marchas e concentrações de topless e todos os homens ficam só apreciando, e imaginando coisas, conjecturando fantasias.

Se as mulheres quisessem mesmo protestar, e não exibir suas mamas, usariam  burca. Isso sim seria um protesto que nos levaria a pensar nas causas delas. 

As últimas manifestações (com nudez) que lembro foram contra a Copa do Mundo e contra o machismo.



Antes tivesse surtido algum efeito o protesto contra a copa de futebol. Teríamos sido poupados do vexame dos 7X1. Vexame que acaba de ter uma versão italiana, eliminada na fase de classificação, jogando em casa. Eles chamaram de apocalipse!

E olha que algumas destas que hoje, desinibidas, exibidas, oferecidas, se despem a todo o instante, sob alegação de protesto, têm as mamas tão caídas quanto a de algumas índias velhas, retratadas em gravuras e aquarelas, sendo as mais conhecidas as do francês Jean-Baptiste Debret e do alemão Johann Moritz Rugendas.








E que aparecem em danças ritualísticas do Globo Repórter.

Não terminei, voltarei ao tema. Fico a apensar num país sem Câmara e Senado, sem STF, sem Joesleys e Cunhas.

E sem Cabral, o ladrão safado, sem caráter, resultante da aventura e da incompetência  do outro Cabral. Aquele que não conseguiu, com pouco vento, chegar às Índias.


Rugendas

19 de novembro de 2017

De volta ao passado ... na propaganda

Alguns comerciais realmente marcaram época. Estão incluídos na história da propaganda com todo mérito.

Com menos recursos tecnológicos, principalmente os digitais, mas com muito mais criatividade, alguns "reclames" ou anúncios são inesquecíveis. Com o detalhe que continuam sendo associados aos produtos, o que é fundamental na propaganda.

Muitos deles tiveram seus bordões ou frases  explicativas incorporados no nosso cotidiano nas conversas  e sendo utilizados em vários contextos.

Por exemplo: "o primeiro soutien (sutiã) a gente não esquece". Ou "não é nenhuma Brastemp".

Fico pasmo como a Coca-Cola piorou seu nível de marketing, mexendo com coisas desnecessárias, seja na embalagem, seja na mensagem comercial.

Cá para nós, colocar frases nas latinhas, algumas tão inócuas, pobres e vazias  quanto a cabeça de seus criador, é para vaiar de pé.

O último destes no vídeo abaixo, é o antológico da Valisère.


Nesse outro bloco a seguir, um bom anúncio da Coca-Cola. Agradável de assistir, com uma mensagem clara e objetiva.


Finalmente observem a sutileza e o nonsense no anúncio dos fogões Wallig.


Até na propaganda o Brasil está mal.

17 de novembro de 2017

Volta ao passado em prosa e verso

Ando um tanto o quanto preguiçoso. Por isso tenho utilizado vídeos que recebo para manter em operação este blog.

O vídeo de hoje é uma retrospectiva de programas de TV, de rádio, de anunciantes, produtos e marcas mais conhecidas nas décadas de 40, 50 e 60.

Usos e costumes, bordões, frases de propaganda, artistas famosos de cinema e TV. 

Quem tem mais de 60 anos entenderá melhor e consequentemente aproveitará mais.

Boas lembranças sem dúvida.


Agora tem o seguinte, se você conheceu todos os produtos, participou da maioria das brincadeiras infantis, usou os materiais didáticos e escolares e assistiu aos filmes e seriados que aparecem no vídeo abaixo, você é idoso e já tem prioridade nas filas.




15 de novembro de 2017

ISSO SIM FOI GOLPE

História do Brasil não é o meu forte (o que seria? Podem perguntar!). Durante as aulas da professora Molca, et pour cause, achava natural que os políticos, parte da imprensa e uma pequena parcela do povo clamassem pela proclamação da República, em substituição ao regime monárquico, então desgastado.

Já éramos um país independente e era chegada a hora de dar o tal salto para a modernidade, representado pelo regime republicano.


Aceitei, na inocência dos meus quinze primeiros anos de vida, e naquela época, décadas de 40 e 50, sem internet, e meios precários de comunicação, aos 15 anos éramos muito inocentes mesmo, que o golpe dos chefes militares foi bom para o país.

Em 1964, vivenciei a revolução comandada por civis e chefes militares. Conhecia, e até aplaudia, já então com 24 anos de idade, as motivações que os levaram a tirar Jango do poder.

Hoje,  vendo a data da proclamação sendo comemorada, e fazendo um paralelo entre uma data e outra, ou seja, 15 de novembro de 1889 e 31 de março de 1964,  acho que a ação militar do século XIX, aquela sim foi um golpe.


E foi um golpe triplo. Ações semelhantes, em alguns casos, as empreendidas em 1964, foram engolidas e digeridas sem revolta popular. Ou gritaria da esquerda.

Por que houve um golpe triplo?

Um dos líderes do movimento era um militar da mais alta patente – marechal.

Deposto Pedro II, os militares resolveram, entre eles, assumir o poder.

Eleito pela via indireta, pelo Congresso, um deles assumiu a presidência da República. Seu nome Deodoro da Fonseca.

Que tendo entrado em choque com o Congresso, muito pouco tempo depois, resolveu fecha-lo. Estão vendo quantas semelhanças?

Os militares eram - como são - muito apegados à disciplina e ao respeito hierárquico. Coisas que os congressista não eram, como não são. Político desde sempre faz arranjos, concessões, negociatas.

O terceiro golpe praticado pelos militares deu-se quando da renúncia de Deodoro. Floriano Peixoto, outro  marechal, instalou-se no poder na mão grande, violando a norma constitucional.

Explico. Prescrevia a Lei Maior que na hipótese de morte ou renúncia do residente antes de cumprir metade de seu mandato – que era de 4 anos – deveriam ser convocadas novas eleições. E Deodoro renunciou um ano depois de assumir a presidência.

Que fez Floriano? Na força, alegando que fora eleito para ser vice-presidente por 4 anos, caberia a ale assumir a presidência na vacância e cumprir por inteiro o mandato para o qual foi eleito.

E que fizeram os poderes Legislativo e Judiciário? Botaram o galho dentro, como os garotos dizíamos na minha época pré-adolescente, quando nos referíamos a um covarde.

E Floriano, na força e na raça assumiu o cargo. Vale ressaltar que Floriano nem era o vice da chapa de Deodoro. Ele era candidato a vice da chapa concorrente, encabeçada por Prudente de Morais, na eleição indireta no Congresso. Na chapa do Deodoro o vice era um almirante. A eleição era separada para presidente e para vice.

Não vou desenvolver tese de que Pedro II foi um monarca que merecia muitos encômios. Não há registro de que tenha sido corrupto, tenha se apropriado de bens do estado, desviado recursos do erário em benefício pessoal.

Até mesmo as viagens que empreendia mundo afora, e foram muitas, custeava de seu bolso. É o que consta.

Pedro II era um homem culto, poliglota. Em suas viagens internacionais sempre esteve ligado nas novidades, nos avanços tecnológicos.

E trouxe muitos deles para o país, como por exemplo a telefonia.

Perto do que Jango e sua camarilha que pretendiam implantar no Brasil uma república sindicalista, o imperador era um cara do bem. 

Foi embora do país sem qualquer  tipo de ajuda financeira.


Bem diferente de ex-presidentes republicanos que ficam mamando nas tetas do governo até a morte.

14 de novembro de 2017

Pior é que tudo é verdade

Você pode até rir, afinal trata-se de texto humorístico.

Mas deveríamos nos  indignar. Afinal, o tema é o Judiciário.  Que está cada vez mais desacreditado, ridicularizado, achincalhado.

E ninguém faz coisa alguma. Nem o Conselho Nacional de Justiça, nem as corregedorias e nem o Congresso Nacional, que deveria aprovar normas rígidas no respeitante a matéria. Normas que tornem mais difícil estabelecer truques para burla-las.

Mas acontece que no Brasil os poderes não são autônomos e interdependentes, como preconiza a Constituição. Eles estão mancomunados, são cúmplices, farinha do mesmo saco.

Divirta-se rindo de sua desgraça. Juro que é engraçado, embora trágico.


Não sei de quem se trata. Mas disse algumas verdades. Assistam:



11 de novembro de 2017

Chewbacca


Por que será que os portugueses deram este apelido ao Lula?

Seria por aparência física? Só pode ser, porque o Molusco poderia até ter sido bom mecânico, uma das qualidades do copiloto da nave Millennium Falcon, do seriado Stars Wars, mas certamente não é um sábio.

O ex-presidente poderia ser, quando muito, reputado como sabido. O que é diferente de ser sábio. Assim como saber é diferente de sabedoria.

Estes atributos do personagem (vide foto) da premiada série Guerra nas Estrelas, pincei na Wikipédia.

Mas ser o apelido do “chefe de organização criminosa” segundo conceituação da PGR (https://jornalggn.com.br/noticia/como-janot-colocou-lula-como-chefe-da-organizacao-criminosa),fiquei sabendo pela leitura da coluna do Ancelmo Gois  (05.11.17).

Esta reputação do Lula deve ter chegado aos ouvidos de certo José Sócrates, ex-primeiro-ministro português, que assim como certo “coitadinho de Garanhuns” (https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2017/04/25/interna_politica,864747/querem-massacrar-o-coitadinho-de-garanhuns-diz-lula-em-seminario-do.shtml), era chegado a descolar uns cascalhos, promovendo colóquios sobre “qualquer coisa”, assim como o Molusco o fazia com suas palestras, que lhe renderam milhões.

Se você leitor tem algo a contestar escreva para o Ancelmo, em "O Globo".

Jornal que, a propósito, tem a Beija-Flôr, como escola preferida.

Se existe lógica, vejamos: a Globo privilegia a Beija-Flor e Lula vai começar por lá seu périplo na Baixada Fluminense, logo, Globo e Lula são aliados.

O elo que uniu Globo/Beija-Flôr, foi o ex-"todopoderoso” da emissora de TV, que atende pelo carinhoso apelido de Boni.

Leiam, acessando o link, outros globais amigos do bicheiro.

8 de novembro de 2017

Serpente com índole bolchevique

Era só fazer teste de DNA para comprovar, a serpente tinha traços bolcheviques em seu sangue.



Analisem comigo. Havia uma norma, não escrita, mas clara e objetiva, sem margem para hermenêutica. Na época o direito era consuetudinário, embora tendo como origem o totalitarismo do Criador.

E o que estava estabelecido era que não era possível, era proibido, comer o fruto de uma determinada árvore.

Quando o Criador resolveu dar uma companheira para Adão, não sei  se pela escassez de barro, criou Eva a partir de uma costela de Adão. Provavelmente estabeleceu as premissas para futuros estudos da utilização de células-tronco embrionárias  para fins científicos.



Adão,  não só transmitiu para Eva a regra imposta em relação ao tal fruto daquela árvore, bem como – segundo alguns autores – esta ainda agravou a lei acrescentando que não era permitido sequer tocar no dito fruto. As mulheres sempre conseguem piorar o que estava ruim.

O que resultou da transgressão alimentada pela serpente marxista/leninista é sabido. Expulsão do paraíso.



Gostaria de analisar certos aspectos desta proibição, a partir da seguinte constatação: por que foi estabelecida a regra? O Criador - onisciente -  sabia de antemão que os pobres mortais poderiam ser tentados (isso é uma afirmação minha). Ou não era onisciente em relação ao futuro?

Então resolveu criar a regra, embora já soubesse que seria transgredida.

O Criador não partiu da suposição de que Adão e/ou Eva poderiam desobedecer: Ele sabia que iriam desacatar a norma.

Seria mais justo, para um todo poderoso, e amante de suas criaturas, não criar a maçã ou silenciar a serpente. Foi premeditado, o que torna o ato doloso. 

Cá para nós, considerando ser a primeira falta do casal, eis que não há registro de antecedentes criminais, não poderia ser punida apenas com advertência? E a misericórdia divina?

Quem sabe um cartão amarelo ao invés da expulsão?

Gilmar Mendes concederia um habeas corpus, claro, depois de bater boca com o Criador.

E a cobra? Com sua formação bolchevique  induziu o jovem casal a desobediência, sob discurso de que era um absurdo serem dominados, o povo trabalhador é que deveria estabelecer a vocação e os rumos a serem dados ao local.

Incitou uma revolução, tipo o povo no poder.

Esse exemplo foi seguido alguns bilhões de anos após (?) pelos soviéticos, exatamente há cem anos. 

Também não deu certo.

Quanto pior melhor é doutrina de cascavéis e outros ofídios, para assumir o controle da situação com discurso tentador.

Notas:
1) Confirmar onde devemos situar Adão e Eva na história da humanidade. Dois e meio milhões de anos? Não sei, aceito ajuda.
2) Analise dos primeiros momentos do governo bolchevique, feita pelo prof Leôncio Martins Rodrigues pode ser lida acessando o link a seguir. Para quem nunca leu, ouviu, pesquisou ou estudou vale a pena
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451988000200005

Imagens: via Google

7 de novembro de 2017

Desapego

Algumas pessoas que conheço, agora já são três, cultivam o elogiável (para mim) hábito de doar livros que já leu e que por falta de motivação de ordem afetiva muito especial, podem doar para pessoas que gostam de ler, e por essa ou por aquela não têm acesso aos livros.

"Esquecem" nos bancos dos transportes públicos, nos bancos de praças, ou fazem doação direta para ONGs ou escolas públicas.

Entregar aos comerciantes de livros usados, cujos estabelecimentos são conhecidos como "sebos", não deixa de ser uma forma de facilitar a aquisição por parte de quem tem pouco recurso e tem muita vontade de ler. Vendidos nos sebos a R$ 1,00 ou R$ 2,00 reais, custam menos do que um pastel.

E poucas atividades culturais ou de entretenimento enriquecem mais do que uma boa leitura.

Alguns deixam estes livros com o cuidado de fazer uma dedicatória tranquilizadora para aquele que encontra o livro "esquecido" ou "abandonado". Tipo assim: "Este livro era meu; agora é seu. Espero que leia e goste, como gostei." 

Não gosto do formato e-book. Acho o livro impresso muito mais tudo. Tudo! Do contato físico ao cheiro, passando pelos riscos e rabiscos e notas marginais que nos permitimos.

Com discos e CDs é um pouco mais difícil de operacionalizar o desapego. E, ademais, tudo está no YouTube, Spotify e no Vimeo (https://vimeo.com/join).

Mas vou recicla-los no seio da família. Estou seguro que meus filhos aceitarão, de bom grado, meus discos de vinil e CDs de jazz/blues/spirituals.

Mas isto não é coisa para já. Ainda curto colocar o LP no prato do toca-disco e posicionar a agulha no ponto certo do início da faixa.

5 de novembro de 2017

Revolução russa de 1917

BolcheviqueBolchevique (russo: большевик; transliteração francesa: "bolchevik"; transliteração inglesa: "bolshevik") é uma palavra da língua russa, e significa "maioritário". Assim foram chamados os integrantes da facção do Partido Operário Social-Democrata Russo liderada por Lenin.

Esta definição está na rede. Foi lá que pincei.

Alguns veículos de imprensa estão dando destaque aos  cem anos da revolução russa.

Aqui neste espaço, visceralmente contra o regime comunista, ou qualquer outro que não assegure a liberdade de expressão, a livre iniciativa, o direito à propriedade (inclusive intelectual), não destaque e valorize o mérito individual, não preconize a economia de mercado, este tema passaria em branco, in albis como costumava usar em minhas petições. Mas li que ainda existem bolcheviques saudosistas.

Não deveria me admirar porque aqui no Brasil ainda existem Lulistas. Ou seriam Luleiros?

Dá para acreditar que pesquisas de intenção de votos para as eleições presidenciais do próximo ano, revelam Lula como o nome de maior percentual?

Pior! Um certo Bolsonaro, menos conhecido do que o tal Luciano Huck, está colocado em segundo lugar, seguido do apresentador de programa de TV.

Pesquisas sociais efetuadas junto a população buscam identificar quais são os problemas que mais nos  afligem. Claro que faltam programas de educação, de assistência à saúde e de segurança pública.

A mim o que mais preocupa é a falta de um nome, um mísero nome de brasileiro que possa me motivar a ir espontaneamente às urnas (já que estou legalmente isento).

Caramba! Como esperar solução se não temos nomes confiáveis para implantar os programas necessários, voltados principalmente para assistência à saúde, à educação e à segurança interna nas metrópoles?

Pior do que não contarmos com segurança, com assistência médico- hospitalar e ensino de bom nível, é não termos um nome, unzinho, não mais do que isso, para dirigir o país.

Que perspectivas se nos apresentam? Cadê o horizonte de paz, tranquilidade e progresso que almejamos?

Já nem falo por mim, bem próximo dos 80 anos, ou mesmo meus filhos, mas para as próximas gerações.

Algumas instituições públicas e privadas, formadoras de opinião, são dominadas pelo pensamento de esquerda, ou orientação comunista, bolchevique. Exemplos? Universidades e redações de jornais.

Queria ver estes professores (e jornalistas) de macacão, mãos sujas de graxa, no meio da manada dominada e manipulada  por estes teóricos. Seriam marionetes, exatamente como os que emprenham pelos ouvidos em suas aulas.

Teorias não comprovadas na prática não passam de diarreia mental. 


Nota: professores não contaminados pelo marxismo - e os há - estão focados em suas pesquisas acadêmicas, desenvolvendo projetos de interesse coletivo e empenhados em melhorar o nível de seus alunos.

3 de novembro de 2017

Highclere Castle



Fica em  West Berkshire, na Inglaterra.


O castelo que está há 1.300 anos com a família, pertence atualmente ao 8º Conde de Carnavon.

Milhares de pessoas o conhecem in loco,  e milhões mundo afora por imagens da TV.

O motivo principal de sua procura como destino turístico, é o fato de haver servido de locação para o ótimo seriado "Downton Abbey" (disponível no NetFlix).

Segundo consta 1.500  turistas, ao preço de 27 dólares o ingresso, e mais 14,50 dólares pelo catálogo/guia, diariamente visitam o castelo, que tem um elevado custo de manutenção anual, em torno de 1,5 milhão de dólares.



Tendo em vista este custo de manutenção, a solução foi criar meios de obter receitas. Um das fontes é a locação de espaços da propriedade para gravações de programas de TV (outros que não o Downton Abbey), que podem gerar entre US$ 4,5 e 5,3 mil, por dia, e  para casamentos a US$  22.000.

Lady Fiona, a segunda esposa do conde, jovem e elegante, escreveu livro sobre a história da família do marido (vendeu 157.000 cópias), destacando os mais ilustres membros da monarquia e também profere palestras com custo a partir de US$ 22 mil.

Muitas outras lembranças alusivas ao castelo são vendidas, inclusive o belo livro cujas fotos estão a seguir e que me foi presenteado pela Erika e pelo Ricardo, nora e filho, que lá estiveram no início deste ano.






Também vendem camisas polo, com  estampa do do Highclere Castle, ao preço de 23 dólares.



Cedros centenários

Sugestões: assistam ao seriado; visitem a Inglaterra (da máquina a vapor, de Shakespeare, da Mary Quant, de Charlie Chaplin, de Sir Winston Churchill e, claro, dos Beatles); visitem o Emirates Stadium, e não deixem de comer, até mesmo em quiosques, os tradicionais fish an chips.









http://www.viajenaviagem.com/2015/05/downton-abbey-como-visitar

1 de novembro de 2017

Compliance

Mais uma palavra importada incorporada ao nosso idioma no mundo corporativo. Esta deriva do verbo to comply. Na wikipédia já tem conceito.

Lembram de management? E tantas outras, como controller e merchandising ?

A mais antiga, na minha cabeça, foi foot-ball, que acabou por ser aportuguesada como futebol. O nosso querido cantusca ainda conserva em sua denominação oficial a grafia original. Vejam na wikipédia: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_do_Rio_Foot-Ball_Club

Vamos, enquanto não criam uma palavra de nosso vernáculo, tratar do compliance aqui no blog.

Não ouse defender Lula aqui neste espaço. E nem  falar do Flamengo. Falar bem, claro.

Em nome da moral e bons costumes, evite palavras obscenas, os chamados palavrões cabeludos. Esta norma está no nosso DNA.

Fotos de mulheres desnudas, só se forem realmente obras de arte, como a Paola Oliveira neste ângulo que  a consagrou.



Está em:
https://www.google.com.br/search?q=paola+oliveira+imagens&newwindow=1&tbm=isch&source=iu&pf=m&ictx=1&fir=fwbw6byvUbNj8M%253A%252CT9Ux8nveDxwL5M%252C_&usg=__sqh-QCcM1kZqRr0XrFjf7KsP_-8%3D&sa=X&ved=0ahUKEwjFitjxl4_XAhWMlJAKHV-dA3cQ9QEIKzAB#imgdii=JaVABWOINhkxMM:&imgrc=fwbw6byvUbNj8M: