29 de outubro de 2022

Teremos terceiro turno?

 A ONU acha que sim, por que eu não temeria?

Estava eu entretido com a história de amor, temperada com política, traição e inveja, entre Francisco José, imperador da Áustria e Elizabeth da Baviera, conhecida como Sisi, quando em dado momento o irmão de Francisco, de nome Maximiliano, que ambicionava o poder e tramava contra seu irmão, que pretendia prender e depor, para ocupar seu lugar.

Maximiliano
Além de cobiçar e assediar a cunhada, Elizabeth, mulher de Francisco José.

O ponto que me chamou a atenção e me levou à comparação com o momento que vivemos, foi a cena em que Maximiliano, em reunião com conspiradores, para reforçar sua liderança e confiança quanto ao resultado do plano de assumir o poder como imperador disse textualmente poder contar com o Exército e a Igreja.

Com a ressalva de que a Igreja Católica não apoia Bolsonaro, mas o Exército, por extensão as Forças Armadas, estão do lado do capitão abandonando seu papel constitucional de defesa das instituições, a interdependência entre os poderes e a harmonia com que estes devem agir.

Sim, temo pelo golpe. As ações, pronunciamentos, boataria, factoides criados são indícios claros do que está por vir, na hipótese de Bolsonaro não se reeleger. E as chances são enormes.


E amanhã? Bem não sei o que farei. Ou melhor, uma certeza tenho: no capitão jamais em minha vida voltarei a votar. 

Alternativas, tenho. Uma é não comparecer posto que estou desobrigado. Ir às urnas para votar em branco ou anular o voto seria uma idiotice.

A outra me arrepia só em admitir: votar no Lula.

A motivação? Evitar um mal maior. Foi esta que assumi quando em 2018 votei neste energúmeno que nos (des)governa.

Na verdade a sociedade se encontra diante de um quadro dantesco: escolher entre o ruim e o péssimo; entre o deprimente e o degradante, entre um apedeuta e um negacionista.

Sem fazer juízo de valor relato abaixo uma teoria que ouvi, faz anos, quando meu interlocutor (pequeno empresário) argumentou sobre os riscos de ter empregado burro ou  ladrão.

Antecipo que ele preferia correr o risco de contratar um desonesto (ladrão) do que um com dificuldade de aprendizado, burro congênito.

Dizia ele: o desonesto (ladrão)  pula a cerca de sua horta, colhe uns poucos pés de couve ou alface, pula a cerca de volta e vai embora. Prejuízo de pouca monta.

Já o burro derruba a cerca para entrar, e enquanto come as verduras vai pisoteando outros pés ao redor, estragando-os.

E o pior, para sair derruba outro trecho da cerca, posto que é burro.

Prejuízo muito maior.

E você pergunta sobre o conceito de honestidade, dá para transigir?

Eu respondo, você é honesto? Se descumpre as leis quando não observado não é.

8 comentários:

Jorge Carrano disse...


Compra de vendedor ambulante, poque paga mais barato, em detrimento dos impostos que são sonegados?

Nem se preocupa que sejam produtos contrabandeados?

Nunca transitou pelo acostamento para fugir de engarrafamentos, violando leis do trânsito?

Nunca pagou propina na vistoria anual por causa de seu pneu careca ou falta de extintor?

Nunca comprou cigarros e bebidas contrabandeadas?

Delitos, pequenos ou grandes, roubos pequenos ou grandes são a mesma coisa. Não há mediada de avaliação do tamanho do crime, crime é crime.

Não estou absolvendo o PT. Como não absolvi Collor, como não absolverei Bolsonaro, tão logo os seus malfeitos, fora da proteção da Aras, vieram a público e julgamento.

Chega de hipocrisia, nunca repeti a frase "rouba mas faz". Mas conhecendo o princípio penal do "estado de necessidade" acho legítimo votar no Lula.

Quem nunca errou, quem nunca delinquiu, quem nunca tentou "levar vantagem em tudo", atire a primeira pedra.

Jorge Carrano disse...


E o debate de ontem? Tive ânsia de êmese, temi ficar desidratado, de tanto vomitar.

Lembro meus tempos de moleque, botando lenha nas brigas entre colegas. Ele xingou sua mãe.

E o outro respondia não bota minha mãe no meio que eu boto no meio da sua. Cheio de duplo sentido.

Dois seres repugnantes, abomináveis, que Dante colocaria no inferno sem dó nem piedade, pretendendo nos governar.

E dizem que Deus é brasileiro. Ele está nos punindo por sermos tão idiotas, a ponto de elegermos Pazuello, como deputado federal.

O povo tem o governo que merece, já definiu o Conde Joseph-Marie de Maistre, escritor, filósofo, diplomata e magistrado.

Jorge Carrano disse...


Lula ganhou o sitio de Atibaia? Ganhou o triplex no Guarujá?

Mas que eu saiba, não comprou mansão de 6 milhões, em Brasília, na parte nobre da cidade.

A prática da rachadinha foi disseminada no clã Bolsonaro.

E esses generais (lembram meus soldadinhos de chumbo da infância), mancham sua fardas e denigrem suas insígnias por um militar de parente menor, inexpressivo, indisciplinado, que encerrou sua carreira medíocre como tenente.

Jorge Carrano disse...


Sugestão para o golpe:

Em condições normais de temperatura e pressão, Bolsonaro ganha no Sudeste e no Sul onde a apuração é mais rápida.

Logo ele sai na frente. No meio da tarde é um bom momento para melar o jogo, antes que termine a apuração no Nordeste onde Lula ultrapassa o capitão.

O meio empregado pera melar o resultado fica por conta da assessoria do repugnante Jair.

Jorge Carrano disse...


DOMINGO, 30 de outubro de 2022. 9:25 h.

Já fomos e já votamos, graças a prioridade rsrsrs.

Jorge Carrano disse...


Imagino que pela última vez exerci meu direito.

Jorge Carrano disse...


Última vez por opção, claro.

RIVA disse...

Impressionante o desfecho do post.

Para justificar o injustificável (seu aparente conflito de consciência), o meu caro BM nos iguala ao ladrão da sua fábula ( alguns poucos pés de couve e alface ..... rsrsrs).