29 de janeiro de 2014

Merkel, Thatcher e Rousseff

Angela Merkel:

"Deutschland, ein gutes Beispiel!"

Esta semana a chanceler da Alemanha, Angela Merkel a governante mais poderosa da Europa e uma das líderes mais influentes do mundo fechou um acordo para que seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU) e seu partido irmão União Social-Cristã (CSU), do Estado da Baviera, governasse em coligação com os tradicionais adversários do Partido Social-Democrata (SPD).

Merkel terá uma maioria esmagadora: num Parlamento de 631 deputados, como o Bundestag alemão, terá uma bancada de 503.

E sabem como se procedeu a aliança com os social-democratas?

Merkel NÃO aparelhou o governo com os sindicalistas aliados do SPD para agradar os novos aliados.

Merkel NÃO loteou cargos de confiança no governo entre os partidos dacoligação.

Merkel NÃO prometeu destinar emendas parlamentares para que os deputados da coligação distribuam verbas em fontes luminosas e ginásios de esportes em suas regiões de origem.

Merkel NÃO decidiu rechear as seríssimas e rigorosas agências reguladoras do governoalemão em áreas como telecomunicações, transportes terrestres, aviação e energia  com cupinchas dos aliados, nomeados (como ocorre no Brasil) por sua ideologia ou militância, e não por sua competência.


Merkel NÃO resolveu aumentar os atuais 14 Ministérios existentes para abrigar políticos.

Merkel, é claro, NÃO acertou qualquer mensalão para atrair deputados para a base de apoio de seu governo.

Merkel, em suma NÃO FEZ NADA do que se costuma fazer no Brasil do lulopetismo, em nome desse monstro invisível chamado governabilidade, que justifica todo tipo de atropelo ao bom senso, à meritocracia e à moralidade pública.

O que fez a firme chanceler alemã, há oito anos e três eleições no poder, para fechar uma coligação que vai permitir que governe tranquilamente por todo seu mandato de quatro anos?
Merkel fez o que se faz nos governos decentes de países sérios e, como escreveu há algum tempo a revista britânica The Economist, a chanceler vem conduzindo um governo sério, num país sério onde a palavra sério quer dizer exatamente isto: discutiu, durante um mês, em que medidas para o bem da Alemanha democratas-cristão e social-democratas que divergem em inúmeros pontos e concordam em outros.

Os pontos sobre os quais ambos concordam foram a ponte para o acerto político. Mas, em se tratando de um país sério, esses pontos foram esmiuçados em um sólido documento de 170 páginas contendo o programa que o governo de coalizão entre dois grupos adversários executará.

As 170 páginas preveem, com detalhes, como se darão as melhoras no sistema de previdência social, em quais projetos serão aplicados os investimentos adicionais na área de educação e pesquisa científica, o que deve ser feito para aperfeiçoar e ampliar os sistemas de transportes (rodovias, as já fabulosas autobahns, e ferrovias), o estabelecimento por lei, a partir de 2015, de um salário mínimo (8,5 euros ou  27 reais  por hora, o que significa algo como 4.320 reais mensais).

Não existe salário mínimo legal na Alemanha, só os valores estabelecidos em acordos entre sindicatos de patrões e de trabalhadores e até os requisitos exigidos para que aos cidadãos alemães seja possibilitado algo até agora inexistente, a dupla cidadania.


Detalhe importante: o documento inclui o compromisso férreo de não se aumentar impostos durante os próximos 4 anos.

Enquanto isso, num grande país (melhor dizer 'país grande') do Hemisfério Sul, que tem 39 ministros e 20 mil cargos de confiança loteados entre cupinchas dos partidos do governo a corrupção corre solta e sua frágil democracia vislumbra dias próximos de autoritarismo socialista ou quebradeira que dá no mesmo.

MARGARETH THATCHER:

"O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros".

 
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade".


"Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber".

"O governo não pode dar para alguém aquilo que tira de outro alguém".

"Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação".


Dilma Rousseff:

"Poste" de Lula, por sua vez um apedeuta metido a estadista.


Notas do blogueiro: 
1) O comentário sobre as alianças na Alemanha recebi por e-mail; as frases de Thatecher estão na internet. O comentário sobre Dilma é meu mesmo.

2)  Deutschland, ein gutes Beispiel! "A Alemanha é um bom exemplo!" Seria esta a tradução? Peço socorro ao Freddy, nosso amigo e colaborador, que morou na Alemanha.


13 comentários:

Freddy disse...

O texto sobre a chanceler Angela Merkel rolou no Facebook, não vou atestar sua veracidade mas creio que deve ser isso mesmo, pois conheço a seriedade alemã. Sim, a Alemanha é um bom exemplo (obrigado, Google).

Minha opinião atual sobre o Brasil é que estamos num perigoso rumo... Há quem o associe ao desabrochar do nazismo. A democracia pura está sendo uma arma contra o país. Como a maioria é desinformada e manipulável, é bem fácil para o poder estabelecido se perpetuar através de distribuição de benesses e de captação dos respectivos votos.

Não conheço política mas imagino que se o povo apenas elegesse (democraticamente) representantes municipais ou regionais, e esses representantes é que teriam a incumbência de eleger os cargos mais elevados, teríamos melhores chances de blindar a ignorância.

Complicado...
Abraço
Freddy

Jorge Carrano disse...

Freddy, parece um moto perpetuo ( perpetuum mobile)como o de Paganini, ou de Mendelssohn, mas o princípio de tudo está na educação.
Sem educação não há regime que sirva.

Freddy disse...

Os recentes governos (não é privilégio do PT, vem de bem antes) sucatearam propositalmente a educação. Planejamento estratégico de médio prazo para facilitar o controle da massa. Só que o efeito colateral é o depauperamento da nação, mas... até lá os arquitetos dessa bandalha já estarão longe, em seus paraísos fiscais.
=8-(
Freddy

Freddy disse...

Não gosto muito de falar no “engenheiro”, mas o finado Brizola cantou essa bola muito, mas muito antes! Ele insistia na tecla , e de prático executou ideia de Darcy Ribeiro - os CIEPs. Dizia sempre que a única saída para o Brasil era a educação. Lembro de uma fala dele em que afirmava que a classe política atual (da época) era podre (sem se excluir) mas que com foco na educação podia ser que em cerca de 20 anos o povo pudesse escolher corretamente seus representantes. 20 anos DEPOIS de educados!
Imagina então nossa situação atual e do futuro próximo... Socorro!
=8-(
Freddy

Jorge Carrano disse...

A saída, meu caro Freddy, já apontada por alguns, há anos, é o aeroporto (no nosso caso o Tom Jobim).
Todavia, é preciso tomar cuidado com o destino porque o mundo anda de cabeça para baixo. Parece que os nórdicos ainda estão em situação menos ruim. Eu ainda fico com a Inglaterra.

Freddy disse...

A Inglaterra parece um bom local para descansar ossos. A língua não é difícil de entender, há educação e respeito. Tem a Escócia e Irlanda logo ali, o resto da Europa à distância de algumas braçadas (rs rs). O clima não é lá essas coisas, mas o resto compensa.
<:o)
Freddy

Riva disse...

Eu acho mais saudável pegar uma Ponte Aérea e sair por São Paulo.

O Tom Jobim está um nojo em todos os sentidos !

No Twitter já se lê várias vezes a palavra nazismo .......

Jorge Carrano disse...

Vejam e ouçam o comentário que está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=BZM52CYBAeA&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DBZM52CYBAeA&app=desktop

(copy and paste) selecione e cole na barra de seu navegador)

É um retrato (3X4) do governo Dilma. Se ampliado fica muito pior.

Freddy disse...

A manifestação da massa PTista em defesa de seus políticos corruptos, arrecadando fundos para que eles quitem suas dívidas com a Justiça, mostra bem a índole, a vocação desse partido. Chega a ser nojenta a tenacidade com que eles defendem seus condenados por corrupção, como se fossem mártires.

É esse o partido que nos governa hoje. É essa a política que podemos esperar do PT. É esse o exemplo que passarão para as gerações futuras. É isso que teremos daqui para a frente, porque estamos numa democracia e essa corja se multiplica como ratos, nas comunidades carentes mantidas com o meu e o seu dinheiro através dos programas assistencialistas.

=8-( Freddy

Jorge Carrano disse...

Caro Freddy,
Estou aplaudindo de pé, igual aquele bonequinho da crítica de cinema no jornal.
Muito bem colocado.
Abraço e bom final de semana.

Jorge Carrano disse...

Leiam trecho de um e-mail que acabo de receber de um médico, destemido ativista contra o (des)governo :
"O Estado brasileiro está tão bem aparelhado que seus funcionários em cargo de confiança, oficialmente 25 mil - na verdade são mais de 50 mil - conseguem transformar vaquinhas em touros bravos em poucas horas. Os mensaleiros estão tendo suas penas pecuniárias pagas com doações compulsórias dos tais funcionários, sob o risco de perderem os cargos, caso não ajudem os "cumpanheiro". "

Freddy disse...

Não sei se adianta rastrear de onde vêm as doações, porque estão tão pulverizadas que não vão conseguir juntar os cacos. A do Delúbio veio de 1668 militantes do PT, provavelmente "estimulados" pelo argumento do comentário acima!
=8-(

Freddy disse...

Aproveitando que o post é sobre política internacional, hoje li a frase do ano, dita pela diplomata americana escalada para liderar o relacionamento com a Europa, Victoria Nuland:
"- Que se f... a UE!"
Angela Merkel já cospe vespas e marimbondos!
<:o))