12 de janeiro de 2014

O tempo passa...

Parece  que foi ontem, um funcionário da Associação dos Moradores de São José  de Imbassai, no município de Marica, chegando de bicicleta tocou o sino de nosso portão, que fazia as vezes de campainha da casa, trazendo um recado telefônico de que nascera minha neta.

Corremos, eu e Wanda, para a garagem e saímos voando (força de expressão) pelas ruas de terra batida e esburacadas do distrito, para vencer o mais rapidamente possível a distância que separava nossa casa da sede da Associação.

Queríamos mais notícias. Em que maternidade estaria nossa nora? Correra tudo bem com ambas, mãe e filha?

Naquela época ainda não havia uma central telefônica em São José, e a única linha instalada ficava na Associação, para atender a comunidade. Também a correspondência era toda recebida lá, e um funcionário fazia a entrega, casa a casa, para os associados. Quem não era associado tinha que passar lá regularmente para saber se havia correspondência.

A telefonia móvel, no Brasil,  ainda era incipiente e insipiente. O monopólio estatal é um atraso. O Freddy certamente dirá o oposto, ele que foi graduado e competente engenheiro daquela estatal. Mas foi com a privatização das telecomunicações que consegui, junto com a manicure da Wanda  e o Porteiro do prédio onde agora resido, ter meu celular.

Pois é, hoje aquela neta completou 17 anos de vida. Acabamos  de chegar do almoço com ela.

Na foto ao lado, de julho do ano passado, ela aparece numa pose no Lubbock Campus, da Texas Tech University, no estado norte-americano do Texas.

Um comentário:

Freddy disse...

Quando a Embratel foi criada, com o fito de integrar as telecomunicações no Brasil, havia um Fundo Nacional das Telecomunicações, uma fatia da conta paga pelo usuário, que era recolhida para dar justamente sustentação ao programa.

A fatia virou bolo, que cresceu e junto com ele o OLHO do governo. Não me pergunte qual, não vou correr atrás do detalhe, mas num deles o Fundo foi transformado em Imposto. Qual o objetivo? Foi para o caixa único, para ser redistribuído de acordo com as prioridades e interesses.

O resto eu e você sabemos: nada mais foi investido em telecomunicações e só com a privatização é que tivemos a real disseminação. Com ela, os desmandos e maus serviços, foco no lucro e não na qualidade. Até gari tem celular, mas eu não consigo falar aqui no meu novo apartamento.

Abraço
Freddy