Ultimamente tenho recebido muitas mensagens que veiculam criticas ao governo. Certamente por conta de cartas que eu mesmo escrevo e envio para redação de jornais. Esta chegou por e-mail, e contém uma sugestão que já me passou pela cabeça e provavelmente pela de alguns dos leitores.
"A Folha de SP, hoje, publica carta minha, onde ironizo os “baluartes” dos direitos humanos. Agora, com o morticínio de presos no Maranhão, jornalistas e intelectuais “engajados” escrevem e opinam copiosamente sobre a questão carcerária e os direitos fundamentais. São como urubus, não podem ver uma carniça.
Quando eu era juiz da infância e juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.
Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à corregedoria de justiça e até à ONU. Eu retruquei para não irem tão longe, tinha solução. Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz.
Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não me denunciaram a entidade alguma, não ficaram com os menores, não me “honraram” mais com suas visitas e ... os menores ficaram presos.
É assim que funciona a “esquerda caviar”.
Abs.
xxxxxxx"
Folha de São Paulo, 10 de janeiro de 2014, Painel do Leitor
“Direitos humanos
“Tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Janio de Freitas, à ministra Maria do Rosário e a outros tantos admiráveis defensores dos direitos humanos no Brasil. Criemos o programa social "Adote um Preso". Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda.
“ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador (Belo Horizonte, MG)”.
“Tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Janio de Freitas, à ministra Maria do Rosário e a outros tantos admiráveis defensores dos direitos humanos no Brasil. Criemos o programa social "Adote um Preso". Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda.
“ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA, desembargador (Belo Horizonte, MG)”.
3 comentários:
Estou cansado de direitos humanos que valem só para ladrões e menores infratores. Os menores matam e vão ser "socializados" numa instituição, sendo soltos quando maiores de 18. Se você encosta num deles, é preso por desrespeitar o Estatuto da Criança e do Adolescente. Ele pode portar um 38 e espalhar o terror, já você nem pense em apontar um mero 22 pra essa criatura! Será encarcerado no ato! Contudo, a quase totalidade reincide, o que demonstra que poderiam ter sido "ripados" bem antes.
Tenho inveja da Inglaterra, onde menores infratores podem pegar até prisão perpétua, como relato em meu post "We are the Others" (http://www.jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/09/we-are-others.html)
Já que aqui não é a Inglaterra, a sugestão de criação do programa "Adote um preso" seria excepcional! Que as pessoas que defendem os direitos dessa corja os levassem pra casa para socializá-los, em vez de ficar nos aborrecendo com hipocrisia!
=8-( Freddy
Muito bom o post ,,,,, gostei da sugestão do programa social do último parágrafo.
Vou divulgar esse parágrafo para os hipócritas no Facebook.
Abs,
A sugestão é do desembargador mineiro, aposentado, Rogério Garcia.
Foi publicada no jornal "Folha de São Paulo", em 10 de janeiro.
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