Há
anos, fazendo city tour pela cidade do Porto, em Portugal, ao entrarmos na
avenida que margeia o Rio Douro, que tem um calçadão próprio para caminhadas, ouvi
da guia que nos acompanhava: “se calhar, tivermos sorte, veremos a Rosa Mota
treinando”.
Mais
recentemente, fazendo city tour em Montevidéo, no Uruguai, ao entrarmos na
rambla que margeia o Rio da Prata, e tem um calçadão paralelo próprio para
caminhadas, ouvi da guia que nos acompanhava: “prestem atenção porque daqui a
pouco passaremos diante da casa do Lugano, famoso futebolista que agora está
jugando no Brasil”.
Para
quem não sabe, Rosa Mota era maratonista, e participou de várias provas
internacionais, inclusive em Olimpíada. Venceu algumas vezes a corrida de São
Silvestre, em São Paulo, sendo que seis
vezes consecutivas, de 1981 a 1986.
Lugano
é um jogador uruguaio, eleito o melhor da Copa de 2010, na África do Sul,
embora esta premiação seja discutível. Atualmente joga no Internacional, de
Porto Alegre - RS.
O
ponto a destacar, aqui e agora, é a
importância que os concidadãos conferem aos seus destaques esportivos.
Aqui
no Rio de Janeiro, se não tivéssemos Copacabana, Pão de Açúcar, Corcovado,
Vista Chinesa e uma enorme quantidade de outras belezas naturais ou construídas
pelo homem, talvez o guia turístico parasse diante do edifício onde o Roberto
Carlos tem apartamento, e informaria: “aqui neste prédio mora o Roberto Carlos.
Se dermos sorte ele aparecerá na sacada e acenará para nós”.
Não
mencionei Pelé porque ele é cidadão do mundo. Está sempre em viagem em algum
lugar do planeta.
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O Uruguai é um pais sem grandes elevações, quase plano, mas em Pirápolis existem os cerros San Antônio e Pan de Azúcar |
Você
pode ir para Punta del Leste e gastar muitos pesos para desfrutar daquele
balneário, mas pode gastar bem menos, em outro bem próximo (26 Km), chamado
Piriápolis, com estilo provinciano.
Com
belas praias, bons hotéis e restaurantes, Piriápolis (que já foi o mais importante) é um balneário indicado
para quem, por exemplo, e mal comparando, não pode manter casa em Búzios, então
vai para São Pedro da Aldeia.
Hotel Argentino, em Piriápolis, construído em 1930, já foi o maior da América do Sul |
Lá embaixo, a Rambla de los Argentinos, e a praia marítima, com areias claras e finas |
A erva
cannabis sativa está liberado no
Uruguai. Mas há outra erva, há muito liberada, e largamente consumida no país.
Trata-se da erva-mate, ou llex paraguariensis,
ou chimarrão.
Já
tinha visto como o chimarrão é apreciado e consumido no sul do Brasil, mas o
que vi em Montevidéo supera tudo o imaginável. Todo mundo anda com sua garrafa
térmica embaixo do sovaco e sua cuia na mão. Impressionante. E esta erva eles
não cultivam, importam do Brasil.
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Ver
um rio com mais de 200 quilômetros de largura é coisa que impressiona, mesmo a
quem já viu rios amazônicos.
Ao fundo um mar de água doce (na verdade salobra). O Rio se perde na linha do horizonte |
O Rio
da Prata, quando margeia Montevidéo (18 Km de praias), tem uma largura que o
faz assemelhar-se a um oceano. Mira-se do calçadão (rambla), e verifica-se que
ele se perde na linha do horizonte, fazendo ao final a curvatura natural do
planeta. Lindo!
Um trecho da rambla, em Montevidéo |
Punta
del Este tem um defeito encontrável em Búzios e Camboriú. Esta lotada de
argentinos.
Os
uruguaios aparentemente não gostam deles, mas como o turismo é a segunda maior
fonte de receitas do país, eles são tolerados.
Inclusive
o peso argentino é moeda corrente, tal e qual o real.
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A
suprema humilhação é ter que ver e ouvir as gozações quando se passa diante do
Maracanazo, monumento comemorativo da conquista deles em 1950. Está no conjunto
formado pelo Estádio Centenário, onde foi disputada a primeira copa, em 1930.
Já que entrei no assunto futebol, comento que em pesquisa pessoal, com taxistas, garçons e atendentes em lojas, verifiquei que o Peñarol e o Nacional dividem as preferências dos torcedores. Ora um, ora outro fica com leve supremacia, segundo ouvi.
E na opinião deles, embora louvem o Luiz Soares e o Cavani, a Alemanha ou a Argentina conquistam o título mundial este ano.
Já que entrei no assunto futebol, comento que em pesquisa pessoal, com taxistas, garçons e atendentes em lojas, verifiquei que o Peñarol e o Nacional dividem as preferências dos torcedores. Ora um, ora outro fica com leve supremacia, segundo ouvi.
E na opinião deles, embora louvem o Luiz Soares e o Cavani, a Alemanha ou a Argentina conquistam o título mundial este ano.
Imagens do acervo pessoal do blogueiro
Muitas outras imagens de Piriápolis são encontráveis no Google, em
http://www.bing.com/images/search?q=piriapolis&qpvt=piriapolis&FORM=IGRE
ERRATA: Ao contrário do publicado no texto, o jogador laureado como melhor da Copa de 2010 e que joga no Internacional de Porto Alegre, é o Diego Forlán, e não o Lugano. Correção feita em comentários por amigo/seguidor.
17 comentários:
Carrano,
como é o deslocamento dos turistas em Piriápolis? Tem muita coisa pra ver em volta, ou a pé a gente desfruta do básico?
8-)
Freddy
Sobre futebol, também acho que os favoritos serão Alemanha e Argentina. Bom mesmo seria se a final fosse entre os dois, no Maracanã.
Sobre extensão de horizonte, não pude deixar de me lembrar de constatação similar na Praia de Torres/RS, sobre aquela "torre" que é a maior delas (são 3), onde até ônibus sobe. Você olha lá de cima para a praia em direção ao sul e ela desaparece no horizonte... Aí você vira para o norte e a praia também some no horizonte! É algo verdadeiramente impressionante - visualmente, pois a água é uma pedra de gelo!
=8-)
Freddy
Caro Freddy,
Piriápolis será objeto de outro post a ser publicado brevemente. Já anotei.
Nele entrarei em mais detalhes sobre o balneário que já foi mais chic do que Punta. Falando assim parece que ele está decadente, mas não é o caso.
Bem, há uma certa divergência, não grande, em relação a distância que separa um balneário do outro. Eu falei 26 mas há quem afirme que são 35 quilômetros. Seja como for, Punta del Este fica pertinho. Então é possível desfrutar também da cidade mais badalada no departamento de Maldonado.
Obrigado pelo interesse no post.
Pois é, Freddy, conheço também a praia fluvial do Guaíba, em Porto Alegre. Mas acredite, não há comparação, se estamos falando de extensão da largura e mesmo do cumprimento da orla do Rio da Prata, isso somente na capital. A rambla em Montevidéo, com as diferentes praias, tem 20 Km.
Bem, do outro lado a mais de 200 quilômetros fica Buenos Aires e a travessia pode ser feita em aerobarcos (ferry boat).
Esta travessia é mais curta, se feita de Buenos Aires para Colonia del Sacramento, no Uruguai. São cerca de 35 quilômetros.
Eu quase fiz essa travessia como passeio extra numa das vezes em que estive em Buenos Aires. Parece que ia até Sacramento e daí o passeio seguiria para Punta.
Hoje em dia acho que vou preferir ir a Punta ou Piriápolis direto. Não sou muito fã de passeios de um só dia, gosto de pelo menos dois pernoites num local.
Aguardaremos mais informações sobre a área.
Abraço
Freddy
Confesso que nem sabia da existência de Piriápolis. Aguardo o post para conhecer mais, de quem realmente esteve lá, para sabaer mais detalhes sobre passeios, restaurantes, compras.
Vc alugou carro para conhecer o local e arredores ?
Lugano : estava no Malaga e se transferiu em 2013 para o West Bromwich. Nunca vestiu a vermelha do Inter. Por aqui jogou apenas no São Paulo (que eu saiba).
#PentaFLU2014
Caro Riva,
Ainda bem que você veio em meu socorro. A trapalhada (confusão) foi minha, que confundi o Lugano com o Diego Forlán.
Achei que iria esclarecer para quem não conhece, e acabei errando feio.
Atenção leitores, vale o que está esclarecido no comentário acima, feito pelo Riva, que é um querido colaborador do blog, seja comentando, seja com posts oportunos e interessantes.
Mas a casa citada pela guia turística era mesmo do Lugano.
E o Forlan foi mesmo eleito o melhor da Copa.Eu discordo, mas não tenho direito a voto.
Atualmente não vale um balaio de maxixe (como dizia meu tio João, avô do Rick Carrano).
Acho que não está jogando nada, só com o nome. Mas ai já é outro assunto, para outro post.
Respondendo sua pergunta, Riva, sobre locação de automóvel, diria que nem em Niterói dirijo, há mais de três anos.
Não respondi antes porque queria localizar o post em que comentei o fato. Está em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2010/08/vendi-o-automovel.html
Ando a pé, de ônibus ou de taxi, se necessário.
Mesmo em passeios. No exterior há a boa alternativa de contratar passeio com guias locais. Há quem não goste. Eu prefiro, inclusive porque gosto de explicações sobre igrejas, castelos, monumentos em geral. Gosto de saber o porque dos nomes e das datas. Só para dar um exemplo: Em São Paulo tem a Av. 9 de julho, em Buenos Aires também. E em Montevideo a principal avenida comercial, no centro, se chama 18 de julio.
A de São Paulo tem este nome em homenagem a Revolução Constitucionalista, que teve início nesta data, em 1932. A de Buenos Aires é uma homenagem a declaração de independência em 1816, e a 18 de julho de Montevideo, comemora o juramento da constituição do país, aprovada em 1830.
Nos próximos dias 11, 13 e 15, publicarei novos posts sobre viagens.
O comentário do Sr. Riva, que não havia ouvido falar de Piriápolis, me leva a pensar no meu primeiro comentário nesse blog, quando mencionei os roteiros conhecidos e fui mal interpretada.
Vocês estavam falando sempre dos mesmo lugares e todos muito badalados. Era exatamente sobre isso que pretendi falar. Quando fico rastreando na internet, sites e blogs sobre passeios e viagens os que me atraem são os que apresentam lugares e roteiros sem muita propaganda.
Piriápolis, que também não conheço, fica numa rota famosa e a proximidade de Punta del Este não deve ajudar muito. Não sei, estou conjeturando.
Helga
Carrano, acho que o Lugano se chama Diego também ... rsrsrs
Cara Helga ... naquele 3-10-2011 você não foi mal interpretada ... fique tranquila. Lembro como hoje, e fui buscar o assunto - uma súbita vg minha à Paris.
É que você, sem saber, entrou no meio de um furacão que existe entre eu e meu irmão, Freddy ! rsrsrsrsrs ... E ele, por algum motivo, se achou "discriminado" em relação aos posts dele de viagens.
Não procure compreender. Apenas isso ... rsrs.
Riva,
Como sempre faço, se o post já foi lido e até comentado, mantive o equívoco mas acrescentei a errata ao final.
Valeu! Abraço.
O "por algum motivo" é que caíram de pau nas minhas descrições de viagens pelo Brasil e América do Sul e aceitam com simpatia postagens sobre Paris e New York, para citar apenas duas.
O blog tem cerca de 365 textos por ano, não vejo motivo para críticas a um ou outro tipo de assunto. Tem espaço pra tudo! Quem não gostar, que passe por cima e aguarde o próximo!
No entanto, paradoxalmente, fico mais feliz em manter um áspero debate na área de comentários do que receber um "pneu" - é como se diz quando há 0 (zero) comentários. Depois de um tempo pesquisando e editando tudo aquilo, é meio frustrante...
Abraços
Freddy
Caro Freddy,
Se você se der ao trabalho de pesquisar no blog, irá verificar que já tomei muito pneu. Muitos, na verdade.
Admito que o comentário, o contraditório, a participação dos leitores é gratificante, é estimulante. Mas nunca levei para o lado pessoal.
Muitas vezes o assunto, por alguma razão, não enseja participação.
Dou como exemplo o último post que publiquei (hoje), sobre a Casapueblo.
Não houve, até o momento, um só comentário. O que está lá é meu mesmo.
Eu gostei do resultado: linquei canção infantl (Vinicius), acidente aéreo, ilhas gregas (casas branquinhas) e um artista plástico de renome. Falei do elevado número de turistas no local, e que é magnífico. Em suma, podem não ser relevantes, mas tem informações culturais e curiosidades.
Podem não comentar, mas algum proveito, para alguém, pode ter tido.
É assim que funciona para mim.
O "pneu" em comentário não significa que o post não tenha sido lido nem apreciado. Conheço pessoas de meu círculo que leem habitualmente os posts e nunca puseram um comentário sequer.
A frustração pelo "pneu" é mais teórica que prática.
abraço
Freddy
É isso aí, Freddy!
O importante é que seja prazeroso, para nós que aqui escrevemos, nos desnudando, assumindo posições, e nos divertindo.
Abraço.
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