30 de setembro de 2014

O melhor negócio do mundo



“O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada. O segundo melhor é essa mesma empresa mal administrada.”

John Paul Getty (1892- 1976)



Ele nasceu no final do século XIX e no meio petrolífero, pois seu pai  se dedicava a esta atividade econômica. Em 1916 já havia acumulado uma fortuna de 1 milhão de dólares, aos 24 anos de idade.

Hoje, ele certamente reconsideraria sua opinião. Não há melhor negócio do que uma Igreja, de qualquer ramo de exploração do negócio de salvação de almas. Sejam católicas ou sejam evangélicas, sendo que estas últimas estão em alta no mercado.

A Igreja católica já viveu épocas melhores. Ganhou e acumulou muitas riquezas. As intermináveis obras das grandes basílicas e catedrais eram fontes excelentes de arrecadação. Mas este apelo saiu de moda, ficou desgastado e virou até referência (irônica) para obras que jamais acabam, na esfera pública e na área privada também.

Presentemente as Igrejas evangélicas arrecadam mais, o marketing tem sido mais eficiente.

Uma das maiores sacadas que acompanhei foi quando da passagem da sacola para arrecadar donativos, o pastor, ou bispo, não sei, ao microfone conclamava os fieis para que dessem sua contribuição e arrematava que os que fossem contribuir com mais de R$ 50,00 (cinquenta pratas) poderiam fazê-lo lá no palco onde ele se encontrava.

É lógico que a vaidade humana era colocada acima das posses e uma grande parte queria se exibir diante de todos na plateia.

Eu, da calçada, diante de uma antiga loja comercial, agora transformada em templo evangélico, ouvia a preleção do pastor e sua capacidade de seduzir as pessoas presentes.

E uma imagem recorrente que tenho na memória é a dos sacos enormes, cheios de donativos,  sendo levados nos ombros e costas pelos auxiliares do bispo, num ato realizado no Maracanã, há muitos anos.

Mas nenhum destes meios de gerar dinheiro, se compara à atividade cartorária. Os cartórios, todos, são umas verdadeiras minas de ouro.

Negócio sem risco, com os pagamentos sendo feitos à vista, em alguns casos, como nos registros de imóveis, antecipadamente.

Num país burocratizado como o nosso, mesmo no varejo, com reconhecimento de firmas e autenticações de cópias, o negócio é extremamente lucrativo.

Nos negócios maiores, como escrituras e registros ganham fortunas.

Pode ser que existam negócios mais lucrativos, mas no que me diz respeito, se eu pudesse optar gostaria de ser tabelião ou oficial de registro de imóveis, ou bispo de igreja evangélica.


Bem, uma participação acionária na Exxon Mobil também não é de se desprezar, porque ainda por muitos anos o petróleo será essencial para a vida do homem.

3 comentários:

Riva disse...

Com certeza !!

Jorge Carrano disse...

Em sua edição de 31 de março de 2013, o jornal O Globo publicou, com manchete em primeira página a matéria 'Cartórios Privados omitem faturamento bilionário".
Trata das fraudes, preços abusivos e serviços deficientes.
E na página interna uma sugestiva manchete secundária: fraude com firma reconhecida.

Continua "tudo como dantes no quartel d'abrantes".

Jorge Carrano disse...

Audio completo do depoimento de Paulo Roberto Costa
Parte 1: https://t.co/7xt27Xa7wv
Parte 2: https://t.co/qR00rMLL7y
Parte 3: https://t.co/aqCmsxnLYa