20 de setembro de 2014

Decisão acertada no Reino Unido

Quem conheceu o Reino Unido,  há mais de 50 anos, tendo visitado ou morado num dos países integrantes da coroa britânica, deve lembrar que a moeda oficial era a libra esterlina (Pound Sterling), que valia 20 shillings, que por sua vez, cada um, valia 12 pences.


Ora, matematicamente era fácil, pois então uma libra (1 pound), correspondia a 240 pence. O singular de pence é penny.
Na década de 1970, quando adotaram o sistema decimal a coisa facilitou um pouco. A libra passou a valer 100 pence.

Fui apresentado as moedas em curso na Inglaterra depois da adoção do sistema decimal, mas nem por isso tive facilidade em lidar com aquele monte de moedinhas que recebia como troco. Ou seja, 1p, 2p, 5p, 10, 20, e 50 p e 1£, 2£, 5£. Com as cédulas era mais fácil lidar, pois eram apenas as de 5£, 10£, 20£ e 50£.










Ao comprar pequenas coisas era complicado para mim. Pedir o que queria, saber quanto custava, pagar (lidando com a mão cheia de moedas) e ainda receber troco (acontecia), era cômico. E com o inglês nível Yazigi...

A sorte, sorte mesmo, é que a grande maioria dos moradores de Londres era honesta. Então eu metia  mão no bolso, pegava aquele monte de moedinhas, estendida a mão aberta e pedia: could you help me, please?

E o sales clerk ou teller pedia licença e pegava as moedas necessárias para pagar o que eu devia. Eu agradecia e pronto!

Mais fácil de entender era a diferença entre Reino Unido, Grã-Bretanha, Inglaterra, Ilhas Britânicas, Ilhas do Canal e Commonwealth.

Olha só a gafe que muita gente comete. Na Grã-Bretanha estão localizados apenas 3 dos 4 países que integram o Reino Unido. Isto porque a Irlanda do Norte, que faz parte do chamado United Kingdom, fica localizada em outra ilha do arquipélago. Onde também está localizada a Irlanda independente, conhecida como República da Irlanda (em irlandês Éire).

Este arquipélago, conhecido como Ilhas Britânicas, compreende algumas ilhas que não fazem parte do Reino Unido, tais como Ilha de Man, Jersey e Guernsey, que estão localizadas no canal.

A Inglaterra é a capital do Reino Unido. E a Commonwealth é uma organização integrada por 53 países, tão díspares como Canadá, Austrália, Camarões, África do Sul, Índia, Nova Zelância e... chega (quem quiser conhecer a lista complete vá à Wikipédia).

Esta comunidade é chefiada pela Rainha Elizabeth II. 

O recente plebiscito levado a cabo na Escócia, e que resultou na decisão de manter o pais como parte do Reino Unido, desprezando a independência postulada, há muitos anos, por um grupo de separatistas, evitará muitas questões que surgiriam. Uma de simples solução, outras nem tanto.

Entre estas últimas eu colocaria a possibilidade, bastante concreta, do País de Gales e da Irlanda do Norte pretenderem, também e justificadamente, proclamarem suas independências. Seria questão de tempo, ou não?

O chamado Reino Unido ficaria reduzido a um único país: Inglaterra.

Outra coisa seria a necessária modificação da bandeira do Reino Unido, eis que nela o azul representa as cores da Escócia. Observem que a bandeira do UK na verdade é uma sobreposição das bandeiras da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda, que compõem o Reino Unido.




Na contramão dos escoceses, eu gostaria muito que o Brasil fizesse parte do Reino Unido, porque não obstante os últimos primeiros-ministros tangenciarem a mediocridade, casos de Tony Blair, Gordon Brown e David Cameron, ainda assim, comparados a Lula e Dilma, eles até parecem Churchill e Thatcher, dois estadistas que muito admiro por diferentes motivos.

10 comentários:

Jorge Carrano disse...

O premie escocês renunciou. Mas a ele não sairá inteiramente derrotado. A Inglaterra prometeu algumas concessões, que terá que cumprir. Os escoceses passarão a ter algumas prerrogativas.
Matéria em:
http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2014/09/19/premie-escoces-anuncia-renuncia-apos-perder-em-referendo.htm

Freddy disse...

A comunidade britânica me lembra de que ultimamente eu me vejo ansiando pela volta da monarquia no Brasil. Só teríamos de sustentar uma família, ao passo que hoje sustentamos milhões delas nos bolsas disso e daquilo...
8-/
Freddy

Jorge Carrano disse...

Na mesma linha de opinião:
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2014/04/erros-historicos.html

Riva disse...

Poderíamos lançar um referendum aqui, podendo começar pelo próprio blog. Eu sugeriria as seguintes questões, a serem respondidas com SIM ou NÃO :

1) Criação de uma monarquia constitucional, englobando os estados do RS, SC, PR, SP, RJ, MG e ES.

2) Terceirização dos serviços judiciários para crimes hediondos, com o Irã e a China.

3) Extinção dos campeonatos estaduais de futebol e respectivas federações, e implementação de um Campeonato do Rei, com séries A e B.

4) Extinção do voto obrigatório para o parlamento.

5) 100% do orçamento federal destinado à Educação e Saúde Públicas.

Jorge Carrano disse...

Meu cardápio difere um pouco, Riva:
1) Pena de morte para crimes hediondos;
2) Privatização dos presídios;
2) Fim do voto obrigatório para todos os cargos eletivos;
3) Criação de uma Liga de futebol, dirigida pelos próprios clubes;
4) Criação de uma ONG ou Associação independente, de juízes para o futebol.
5) Ditadura, com sustentação militar, pelo próximos 20 anos.

Explicações:
Sempre fui favorável a pena de morte: é castigo, é exemplo e é, acima de tudo, melhoria da paz e do bem estar social. É como tirar as laranjas podres do balaio.
Presídio só recupera socialmente em filmes americanos, e ainda assim em nem todos.
Os crimes de menor potencial ofensivo, estes sim, seriam penalizados com prisão, sem direito a benefícios. No presídio particular, o Estado pagaria por detento um valor que permitisse dar condições um mínimo de dignidade aos presidiários. Ficaria mais barato, com certeza, e haveria menos corrupção e facilitação de fugas. Outros países adotam. E as famílias com recursos deveriam pagar ao sistema uma bolsa durante o período da pena.
Uma ditadura, sem torturas, mas intolerante com os desvios de conduta, por um período de tempo que permitisse, via melhoria do ensino e da educação lato senso, melhorar o nível da sociedade para poder viver em democracia. Nossa sociedade não tem educação e cultura para o regime democrático. A população que reclama quando o camelô tem a mercadoria apreendida e é detido, não sabe o que é cidadania e cumprimento das leis.
E a polícia que apreende contrabando e recoloca no mercado, também precisa ser severamente punida, com perda da função e restituição aos cofres públicos dos valores auferidos desonestamente.
Acho que formar um pais, monárquico ou não, no nosso cone sul, seria um elitismo condenável. Se não por outros motivos, vejamos o pragmático: ter como vizinho um pais falido social, moral e economicamente seria um enorme problema para controle de fronteira. Só se os americanos comprassem o resto. Ou os ingleses (KKKKK). Mas aí eu preferiria viver no novo pais satélite americano, como colonizado mesmo (KKKKKK).
Tem quem se ufane deste pais, eu me envergonho.
Bem, as ligas de futebol são bem sucedidas no mundo todo onde o futebol é negócio sério e depende de organização e planejamento.

Riva disse...

Amigo, juntando seu comentário com o meu, tenho certeza que morreremos sonhando com um país assim para nossas próximas gerações .....

Sem mais, atenciosamente,

Riva

Jorge Carrano disse...

Movimentos separatistas esfriaram em outras regiões do planeta. Interessante como os olhos do mundo estavam voltados para a escócia. Muitos destes líederes dos movimentos de emancipação, independência ou autonomia foram para a Escócia imaginando comemorar o fortalecimento de seus movimentos.
Outras regiões que lutam, mais abertamente ou mais moderadamente seriam:
Catalunha, País Basco (Espanha), Flandres (Bélgica), Donetsk (Ucrânia) e Vêneto (Italia).

Freddy disse...

E eu aqui sonhando com a emancipação do Norte/Nordeste, para me ver livre da maioria dos eleitores da Dilma...
<:o)

Jorge Carrano disse...

E tê-los como vizinhos, Freddy?
Já basta o Paraguai (rsrsrs).

Jorge Carrano disse...


Estou voltando aqui para apresentar escusas pelos inúmeros erros de grafia e concordância, seja no texto, seja nos comentários.

É que no correr da pena, e sem revisão, as bobagens vão se perpetrando.