4 de setembro de 2014

Minhas predileções e repulsas, no cinema

Embora conste do título, não tenho um gênero de filme predileto. Mas tenho alguns tipos de filmes dos quais fujo, entre eles, acho que em primeiríssimo lugar, os que têm violência pela violência, gratuita.

É um pouco difícil explicar, mas vou tentar. A trilogia “O Poderoso Chefão” (The Godfather) tem algumas cenas bem violentas, até chocantes, mas são filmes que assisti atento e com prazer. O primeiro e o terceiro, a meu juízo, melhores do que o segundo.


Já os “Duro de Matar”, são duros de assistir. Os “Dirty Harry” inobstante o personagem Harry Callahan ser interpretado pelo Clint Eastwood, ator e principalmente diretor que fez belos filmes, também não agradam.

Para de novo tentar explicar a questão da violência que abomino, mas tolero quando inserida num contexto, dou como exemplo um filme do Clint Eastwoody que tem bastante violência mas do qual gostei muito. Eu e a Academia Cinematográfica que o premiou com Oscar. Falo de “Os imperdoáveis” (Uforgiven), bang-bang da melhor estirpe.



Em matéria de filme romântico, ainda fico com “Tarde demais para esquecer” (An affair to remember); “Suplicio de uma saudade” (Love is a many-splendored thing) e “Férias de amor” (Pick nick).

A propósito, as canções dos dois primeiros, interpretadas por Nat "King" Cole, são excelentes para, num ambiente com pouca luz, namorar um pouquinho. Mesmo que, e principalmente, a própria esposa.





Neste ultimo filme citado, por sinal, a Kim Novak está simplesmente maravilhosa e a cena em que ela caminha batendo palma ao som de “Moonglow” é de arrepiar. Para quem gosta da Novak e da música.

Mais ou tão bela, só a Grace Kelly de “Janela indiscreta” (Rear Window) ou “Alta sociedade” (High Society). Este último um interessante musical, disfarçado de comédia romântica,  com participações de Frank Sinatra, Bing Crosby e Louis Armstrong.



Musicais não me atraem muito, mas não sou insano a ponto de não admirar a arte de Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers, Cyd Charisse, June Allyson, Jane Powell e outros que protagonizaram filmes de sucesso.





No terreno das comédias, gosto muito de “O pecado mora ao lado” (The seven year Itch); “Quando mais quente melhor” (Some like it hot) e “Se meu apartamento falasse” (The apartment).



Como já citei alhures, em comentário, gosto de filmes em que não há o clássico final feliz, selado com um apaixonado beijo antes do The End. Lógico que com enredo bem construído, bem costurado, para fazer sentido a separação de pessoas que se amam.”

Entre outras coisas é por isso que gosto muito de “Casablanca” e de “Os brutos também amam” (Shane). As Pontes de Madison” (The Bridges of Madison County) também entraria nesta lista.



Um caso a parte é o Woody Allen, o mais das vezes excelente, seja como ator, roteirista ou diretor. Alguns de seus inúmeros e muito bons filmes, na média, que destaco: “Noivo neurótico, noiva nervosa”(Annie Hall); “A Rosa púrpura do Cairo” (The purple rose of Cairo); “Ponto final – match point” (Match point) e “Dirigindo no escuro” (Hollywood Ending).

Neste “Dirigindo no escuro” ele dá uma sacaneada nos filmes de arte, em especial dos franceses.

É claro que a menção destes quatro filmes do Allen,  não esgota a lista de filmes bons do grande cineasta.


São imperdíveis os filmes estrelados pelas divas: Ava Gardner, Anita Ekberg, Sofia Loren, Claudia Cardinale, Catherine Deneuve, Marilyn Monroe, além das já citadas Kim Novak e Grace Kelly.


Claudia
Anita



















Catherine
Marilyn


















Orson Welles, Charles Chaplin e Woody Allen, para mim, que não sou cinéfilo e, portanto, conheço muito pouco sobre a arte, são geniais.


Godard, Fellini, Truffaut, Antonioni, Bergman e outros festejados e por vezes pouco entendidos diretores de cinema, ficaram para trás, desde meus tempos de Liceu Nilo Peçanha.


Bergman

Imagens colhidas no Google/Wikipédia

13 comentários:

Ana Maria disse...

Tirando duas ou três produções dos anos 90, os filmes citados foram exibidos quando eu era adolescente.
É claro que lembro de todos.Até hoje cantarolo "Love is a many splendore thing", e recordo a linda cena com Willian Holden e Jeniffer Jones na colina, mas depois deles,novos romances foram mostrados na telona.
Vc já assistiu os filmes citados nos posts e nos comentários?

Jorge Carrano disse...

Ana Maria,
Não assisti 95%, aproximadamente, dos filmes citados até agora nos posts e comentários.

Jorge Carrano disse...

Muitos deles nem tinha ouvido falar ou lido a respeito.

Riva disse...

Carrano, se a Profª Rachel ou Raquel estivesse por aqui, será que o repreenderia por não crasear "a parte" ?

As pontes de Madison : caraca, aquela última cena dela na pick up com o marido e a mão na maçaneta da porta .... vai ou não vai .... e abre mão da sua felicidade .....

Freddy disse...

Quando eu era adolescente, meados da década de 60, havia grandes transformações sociais, políticas e musicais em andamento. Qualquer pequena diferença de idade nos separava em grupos. Que dirá os cerca de 10 anos entre mim e o Carrano. Quando eu tinha 14 e começava a vivenciar a jovem guarda e a revolução dos Beatles, ele deveria ter uns 24, já formado e pensando em trabalho. Em contrapartida, quando ele tinha 14 eu tinha 4 e nem me lembro de nada. Ou quase nada.

Escrevo isso para opinar que, tanto em música quanto em cinema - para citar apenas duas áreas de interesse - há um mundo entre nós. O pessoal mais antigo que eu viveu uma adolescência ainda com discos de 78 rpm, ouvia rádio e frequentava o cinema como a maior diversão. Sei disso porque minha mãe conversava demais comigo a respeito do que se fazia nos anos 40 e 50.

Assim como hoje temos um colossal problema entre gerações muito próximas que vivem realidades absolutamente diferentes, essa coisa existiu em nossas juventudes, apenas mais expandida um pouco no tempo. Dá pra ver pelo post que ora comento.

As divas do Carrano eram balzaquianas pra mim. Dessas eu ainda curti um pouco de Catherine Deneuve, pois assisti “Pele de Asno” e “A Bela da Tarde”, mas sem muito entusiasmo. Jamais assisti um filme sequer de Marilyn Monroe, ela já era até falecida quando cogitei frequentar cinema. Diria mesmo que muitos desses filmes só estiveram disponíveis para pessoas de minha idade através de Sessão da Tarde ou Sessão Coruja na TV ou, depois, com as fitas e DVDs.

O contrário não é verdade. As coisas que curto e gosto aconteceram também para elas, só queuma etapa de suas vidas mais avançada. Tipo: quando eu me arrepiava com as guitarras distorcidas de Jimi Hendrix ou Pete Townshend (The Who), eu tinha entre 16 e 19 anos, adolescente piradão. A geração de uma década antes tinha já outra cabeça, mais madura, outros interesses e responsabilidades.

Para que pessoas dessa geração, ou mais antigas ainda, entendam o que aconteceu conosco nos anos 60 e 70 há que ter mentes muito abertas e participativas. Só pra dar um exemplo, minha mãe NÃO tinha - principalmente em música! O que a gente brigou por causa disso nem conto...

Concordo com muita coisa relatada, como a admiração pelos grandes do cinema, sejam atores ou diretores, mas lamento ter assistido muito pouco deles. Não só por não gostar de sentar para assistir um filme (no cinema ou em casa), mas também pelos meus interesses diferentes, já relatados nos meus textos.

No entanto, quero dizer que valeu, Carrano! Que mais pessoas escrevam sobre seus interesses e entreguem a você para publicação. A gente só tem a aprender com a experiência dos outros.
Abraço
Freddy

Jorge Carrano disse...

Caro Riva,
Em meus posts, para encontrar erros de grafia, falta ou excesso de acentuação e/ou pontuação, equívocos de concordância verbal, ou flexão, não é necessário ser a professora Rachel, basta ter feito o MOBRAL.
Com efeito a mais perfunctória análise/leitura de meus textos detecta falhas as mais variadas. Desculpáveis e indesculpáveis.
As vezes fico corado de vergonha, como por exemplo ao compulsar um processo verifico que numa ou outra petição perpetrei alguma barbaridade gramatical/vernacular. Mas é o risco que corro ao assumir escrever, como se dizia, no correr da pena. Desde sempre deixei de fazer revisão nos meus textos pelo simples fato de que ao reler sempre acabava por mudar palavras e construções, pois sempre é possível simplificar, ser mais sucinto, mais claro e mais objetivo, sem rebuscamentos.E nesta linha, com esta preocupação, nunca o texto estará pronto e acabado.
Mas valeu a observação.
Você acaba de me dar uma boa ideia. Que tal contratarmos a professora Rachel para fazer a revisão de nossos posts? Fica aqui o convite à professora, se é que ela ainda frequenta este espaço virtual.
Ela poderá, querendo, e já agora não mais como palpiteira, fazer comentários corrigindo-nos e aconselhando.

Jorge Carrano disse...

Ah! Riva,
O livro, como quase sempre, é melhor do que o filme "As pontes de Madison".
Como você se intitula "devorador de livros" recomendo, se é que ainda não leu.
A propósito, você não se arriscou a escrever sobre os filmes que marcaram e ficaram em sua memória.
Abraço

Wanda disse...

Marilyn Monroe é a artista mais bonita que já apareceu no cinema. No filme O Pecado Mora ao Lado, ela está maravilhosa.
Não importa se era ou não boa atriz e a sua vida particular. Na tela era um arraso.

Freddy disse...

Atrizes bonitas há de monte,mas há uma grande diferença entre beleza e atração. Uma mulher pode ser atraente sem ser uma escultura grega. Tem de ter um click que desperta nossa mente, sem sabermos exatamente por quê.
Se fosse escolher uma que me encantou na tela, citaria assim de chofre Olivia Newton-John como caracterizada no musical Xanadu.
Sim, é sempre bom citar o ator ou atriz junto com o filme, ou o momento em sua vida. Alguém já viu a foto da Brigitte Bardot hoje em dia?
<:o)
Freddy

Riva disse...

Só mencionei a Profª Raquel devido à crase (rsrs). Se fosse outro erro qualquer, com certeza não mencionaria. Sei que todos nós erramos na escrita, super normal.

Sim, já mencionei meus filmes nos comentários do post da Ana Maria.

Abs

Jorge Carrano disse...

Pensei, mas não escrevi, num post, pois em comentários por certo você já opinou.
Abraço

Alessandra Tappes disse...

Só filmes pra lá de especiais aqui.

Tirando os que nos dão vontade de dançar, os demais são assistidos com a caixinha de lenço ao lado.
Pontes de Madison é um deles. Mas sempre paro para ver se está na tela. Muito bom.

Riva disse...

Tem muito filme marcante !
Lendas da paixão
Notting Hill
Perdas e danos
Um sonho de liberdade

é muita coisa