Este Barbosa do titulo, é o ex-ministro do STF, Joaquim
Barbosa, que se notabilizou por ser o primeiro negro (acho que ele preferiria
afrodescendente) a assumir uma das 11 cadeiras da mais alta corte de justiça do
país e, mais ainda, por ter conduzido com pulso firme, até o final, o
julgamento da ação penal 470, ou processo do mensalão se fica mis fácil
identificar do que estamos falando.
Para atingir o fim a que se dispôs cometeu até mesmo,
admitamos, alguns excessos. Exagerou em algumas doses de autoritarismo e
intolerância. Mas os “adversários” mereciam, cá entre nós.
Os adversário, no caso, eram os ministros Lewandowski e Dias
Toffoli, que embora pares na corte, comportavam-se, aos nossos olhos, como
advogados de defesa dos acusados.
Bem, o doutor Barbosa se aposentou e abriu uma vaga. Outra
que o PT de Dilma poderá preencher com um dos simpatizantes da ideologia
partidária, ou, como prefiro dizer, leais, reconhecidos e agradecidos ministros nomeados. Melhor do
que dizer, o que não ficaria bem, “paus mandados”.
Imagino o tamanho da fila de pretendentes e o assédio de
intermediários tentando fazer indicação de nome. Acreditem: vale tudo nesta disputa.
A sabatina a que o indicado está sujeito no senado é
formalidade de pedras marcadas. A maioria da base governista naquela casa do
congresso, garante a aprovação do nome mesmo que fosse de alguém sem as qualificações
mínimas exigidas. Já aconteceu... ou não?
Perdi muito de meu respeito pelo Judiciário, que durante
muitos anos coloquei num nicho diferente
daquele onde estavam o legislativo e o executivo. Hoje não consigo enxergar
diferenças entre os três podres poderes da república. A corrupção, o nepotismo,
o apadrinhamento e outros comportamentos
inaceitáveis fizeram-me perder a confiança. Descrença e desconfiança são
sentimentos que guardo do Judiciário. E digo-o com imensa tristeza.
Para arrematar este post abordo o ponto que foi o motivador
de escrever sobre o STF: os ministros da corte enviaram ao congresso proposta de aumento dos
próprios salários, em bases percentuais muito acima dos concedidos ao demais mortais.
Entendam: a aproposta eleva de R$ 29.462,25 para R$ 35.919,00
os vencimentos dos ministros.
Pelas regras vigentes de reajuste de vencimentos, o valor
deveria ser elevado (Lei 12.771, de 28 de dezembro de 2012), em janeiro de
2015, para R$ 30.935,36.
Os 16,11% acima, são considerados como recomposição
inflacionária, ou seja, perdas que teriam ocorrido de 2009 para cá.
Este aumento refletirá em todas as folhas remuneratórias de
todos os tribunais de justiça do país eis que os vencimentos dos magistrados
são atrelados aos dos ministros do STF guardando entre eles uma relação. Um aumento bilhardário.
Os pobres aposentados que ganham acima de um salário-mínimo
não podem ter esta recomposição porque isto levaria o país à falência.
Vamos nos matar de rir, já que nossa morte é desejada por
doença, desnutrição e inanição.
Ler em: http://www.folhapolitica.org/2014/08/ministros-do-stf-aumentam-o-proprio.html
6 comentários:
Não há necessidade de comentar: faço minhas as suas palavras na conclusão sobre aposentados.
=8-( Freddy
Parece que voltou à moda o seriado de TV "Havaí 5-0"...
Argh...
<:o( Freddy
Seu comentário, Freddy, está alguns posts atrasado.
Deveria tê-lo feito em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2014/08/legiao-estrangeira.html
É o pais das praias, das bundas, das cervejas, do futebol...
De novo : é o BRASIL BANDIDO, de hoje e do amanhã para as novas gerações.
Um Brasil injusto, de desordem social e urbana, um Brasil perigoso para se viver. Um Brasil que namora a banalidade da morte ....
Depois de uma série de divergências com o Brasil sobre a administração da Usina Hidrelétrica de Itaipu, pertencente aos dois países, o Paraguai decidiu mover uma ação judicial para garantir aqueles que, a seu ver, eram direitos que vinham sendo ignorados.
Quem foi o advogado da parte paraguaia no processo contra brasileiros? Ele mesmo: Luiz Édson Fachin, agora indicado pela presidente Dilma para o lugar do ministro Joaquim Barboza no Supremo Tribunal Federal.
Fachin ganhou a ação contra o Governo brasileiro. Viva o Paraguai!
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