21 de maio de 2014

Orelhas do blog

Livros têm orelhas. De capa e de contracapa. Por que o blog não poderia ter?

Nas orelhas, em geral, aparecem dados sobre o autor e sua obra.

Aqui não será diferente. O autor é alguém de bem com a vida. Não diria que sou feliz, porque não existe felicidade plena e duradoura.

Tive, entretanto, momentos inesquecíveis e de felicidade inenarráveis. Coisa íntima, impossível de traduzir e explicar com palavras. E ainda tenho, sob a proteção de São Jorge, ótimos momentos na vida.

Mulher e filhos são a origem dos melhores momentos de alegria e felicidade. Mas os reconhecimentos por bons resultados profissionais, nas empresas onde trabalhei e com clientes do exercício da advocacia também propiciaram momentos de imensa satisfação. Um “parabéns e obrigado”  equivalem aos holofotes, aplausos e câmeras, dedicados aos vitoriosos.

Minha mulher não é a mais bela, a mais culta, a mais inteligente ou a mais prendada. Mas no conjunto é superior a quaisquer outras que eu pudesse ter escolhido. E agradeço sempre a oportunidade que o destino me propiciou.

Dos filhos não gostou muito de falar por causa da inveja. E a inveja prejudica sim. Esta é outra crença que tenho: existem energias negativas. Saravá! Axé!

Aos olhos dos pais os filhos são sempre adoráveis, responsáveis, de bom coração e caráter irrepreensível. Prefiro me orgulhar dos meus em silêncio, saboreando cada faceta da formação deles. 

Por outro lado, se não sou motivo de orgulho para a família, certamente também não sou de desonra, decepção  e vergonha. Assim espero.

Minha obra, meu rastro, minhas pegadas, minha história, meu curriculum, minhas digitais estão por aí. Não há o que maquiar, ocultar ou camuflar,  assim como não há nada a proclamar aos ventos, com chamamento de clarins.

Tenho poucas folhas em branco para terminar minha biografia. Espero conseguir faze-lo em grande estilo. Com um grand finale. Ou no estilo low profile. Ou como tiver que ser, porque "Whatever will be, will be"

9 comentários:

Freddy disse...

Difícil pra mim interpretar a intenção deste texto... Emoções contraditórias me assaltaram.
Vou começar comentando a felicidade.

A gente pode ESTAR feliz, já que é algo bem raro SER feliz. Como bem disse, é um estado passageiro e não necessariamente perene.
Gosto muito de uma frase, pinçada de Seleções do Reader's Digest de muitas décadas passadas (baixei o nível...): "A felicidade não é uma estação onde se chega, e sim uma maneira de viajar".

Estranhei também a alusão a São Jorge, a energias negativas, tipo olho grande. Para um ateu convicto, é surpreendente. Sou obrigado a admitir que é a pura verdade, mas eu NÃO sou ateu (rs rs).

A fila anda... Vai chegando uma hora em que começamos a perceber que pouco nos resta. Felizes daqueles que podem manter o ritmo até o final. Um grande exemplo pra mim foi Jacques Cousteau, que viveu seu sonho intensamente até os 87 anos!

Procuro internalizar que a gente sempre pode começar algo. Quantas pessoas famosas, em geral na área das artes e literatura, começaram a desenvolver seus dotes depois dos 60? É o que me mantém esperançoso, já que o que eu fazia... bem, deixa pra lá.

Abraço
Freddy

Jorge Carrano disse...

Ateu convicto, Freddy?
I challenge you! Se você encontrar uma só referência neste blog, ou qualquer outro espaço onde se escreva, de que me intitulo "ateu convicto" você ganha uma assinatura anual do blog, inteiramente grátis.
Sempre disse, e repito, que sou ateu não praticante.
E São Jorge é quase sócio aqui do blog, tantas são as referências que faço.

Ana Maria disse...

Fique tranquilo, meu irmão. Você tem poucos deslizes que possam desabonar sua entrada no Reino dos Céus. Dos pecados capitais, só é reincidente nas ocasiões em que fala da Rede Globo.rs
Entendo este balanço parcial de vida. Eu o faço com certa regularidade, visto que estou na prorrogação.
Por este motivo, uma das minhas músicas preferidas é My Way, interpretada magistralmente por Sinatra. Este, inclusive, manteve-se produtivo (cantando) até seus 79 anos.
Relembre, se quiser : http://youtu.be/oSRk39B6QqQ

Jorge Carrano disse...

Obrigado Ana Maria.
Mas o "Reino dos Céus" é tudo que você tem a me desejar?
Beijo

Ana Maria disse...

Claro que não. Enquanto nesta dimensão eu "nos" desejo a síntese dos votos: "tudo de bom". Muita saúde, paz, felicidade, dinheiro e tempo para gastá-lo (como diz o provérbio espanhol).
.

Freddy disse...

Ateu não praticante... Sim, já ouvi de você isso algumas vezes, admito! E sua devoção a São Jorge já foi mais que alardeada. Está bem, toquemos pra frente!

Sou adepto do heavy metal, mas como já tive oportunidade de revelar, ao piano sou bem romântico. My Way é uma das peças que toco e me faz bem executá-la nos diversos registros de meus pianos eletrônicos (sintetizados, para desgosto de alguns puristas).

Quanto ao que nos espera depois do desfecho inevitável, lembro de palavras de Lazarus Long, personagem principal do romance Amor sem Limites, tema de recente post:

"Não há nenhuma prova conclusiva de vida após a morte. Mas não há nenhuma prova de qualquer tipo contra ela. Muito em breve, você saberá! Assim, por que se preocupar com isso?"

Abraços
Freddy

Jorge Carrano disse...

Melhorou muito Ana Maria.
E, Freddy, agora você fez justiça.

Riva disse...

Vascaínos com certeza vão para o Céu ! Como sofrem, coitados ..... rsrsrs. Nem pitstop no Purgatório fazem !

Esse post está estranho .... eu prefiro deixar os meus escritos sem orelha mesmo !

Sds ...hoje tem estresse, e muito !

Jorge Carrano disse...

O sofrimento é passaporte para o Céu?
Então o povo brasileiro vai invadir o Reino do Céu (rsrsrs)