O gostar episódico, circunstancial, efêmero, é diferente do
gostar sedimentado, cristalizado, resistente.
Exemplos do primeiro gostar, seriam, no
meu caso, um filme argentino, uma canção dos Beatles, um vinho chileno,
um jogo do Arsenal.
No segundo caso colocaria um livro do José Saramago, um filme
do Woody Allen, uma canção interpretada pelo Ray Charles, uma partida do Messi,
ou um vinho da Borgonha.
Claro que os Beatles produziram mais de uma bela canção, se assim não fosse a geração atual, de meus
netos, não saberia dizer de quem estaríamos falando.
E é claro que Woody Allen fez filmes comerciais e que o Ray
Charles foi infeliz em algumas gravações como, por exemplo, “Yesterday”, para
não ficar distante dos cabeludos de Liverpool.
Todo este introito era necessário para poder falar de uma
personagem que para mim não passava de um corpo atraente. E agora, depois de uma entrevista que assisti
ocasionalmente, passei a admirar pela cabeça pensante.
Falo de Luana Piovani, que para mim passou a ser mais cabeça
do que um corpo desejável. Não que aos 40 anos de idade já não desperte tesão, eis que me falta outra palavra mais coloquial.
Luana saiu do nicho gostar eventualmente, condicionalmente, para o nicho
gostar com mais respeito e admiração.
E não somente porque na aludida entrevista ela se posicionou
amplamente favorável ao projeto de lei anticorrupção, e a atuação do juiz
Sergio Moro. Também por isso.
Mas pesou mais o fato dela ter consciência que crianças precisam
ter limites. Não mencionou responsabilidade fator que creio igualmente essencial.
Mas ter dado ênfase aos limites, e pelos exemplos que
mencionou, ganhou meu respeito.
É uma mulher combativa? É uma mulher voluntariosa? É uma mulher corajosa? É tudo isto e muito
mais, é uma mulher que tem esperança no futuro, que acredita num Brasil mais
justo lá na frente, se levarmos adiante esta mobilização social pela política
ética, decente, pela cadeia para corruptos e ladrões do erário.
Quando ela mencionou que as crianças precisam, desde de cedo,
aprender a respeitar os idosos e quando mais velhos precisam respeitar as
crianças mexeu com valores que também preso muito.
E seu desprendimento, ousadia, ao assumir romper com boa
parte da classe artística, a qual ela pertence, porque são pessoas que têm ideais
políticos e adotam ideologias com as quais ela não concorda, deu uma lição aqueles
que não agem conforme suas convicções e se deixam levar por correntes e
modismos de núcleos do quadro social, como artistas, intelectuais e sindicalistas,
que se colocam a serviço da chamada esquerda, que fazem da contestação uma
maneira de ganhar sua subsistência, ganhar a vida.
Luana, parabéns por sua cabecinha, da qual você parece
cuidar, com análise, da mesma maneira que cuida do corpo. E, com todo o respeito,
que corpo.
Imagens colhidas no Google.
10 comentários:
Depois da presidenta, porque não uma ídala?
Não seria IDOLA?
Ela está mais para barraqueira do que para militante, segundo leio uma vez ou outra.
Vi a entrevista, como também vi a da Cora Rónai.
Luana é aquele ponto fora da curva, de que sou rotulado também - inclusive em estudos de comportamento por empresas especializadas.
Fala o que sente, tem valores sólidos compactuados com os nossos, e peca pelo exibicionismo, pelo qual dizem que peco também.
Já vi atitudes dela pessoalmente, perto de mim, de puro exibicionismo infantil ou sei lá o que. Amadureceu. E eu ainda não sei o que vou ser quando crescer ....
Alguém tem dúvida de que nosso futuro reside no que fazemos com nossas crianças ? Pelé falou isso em 69, no jogo contra o Vasco, depois do Andrada quase impedir o sonho do gol 1000 naquele dia.
Sorry, não acredito em reversão.
Só vejo maldade à minha volta, corrupção em todos os escalões e esferas. Um BRASIL BANDIDO, talvez irreversível em 1.200 anos.
Tenho mais é que me recolher, me proteger e à minha família, amigos que puder, montar meu escudo protetor, um bunker material e espiritual, e grokar, grokar muito.
E seguir aquela máxima do CALVIN, já mencionada aki no Pub da Berê.
James, mais um por favor.
Um PS, que coloquei há pouco no Facebook da Matriarca Vascaína, para não perder o viés futebolístico dominical .....
Vim aki falar antes do jogo FLU x Internacional.
Não gosto desse papo de vingança devido a fatos passados.
O que sei é que nosso time é fraco, e o deles também é, pela situação que está, para lutar para não cair para a Série B.
E também quero registrar, como amante do futebol e suas tradições, que uma Série A sem o INTER não tem o mesmo valor, a mesma graça.
Numa boa, não quero ver o Internacional na Série B. Seria o empobrecimento do futebol brasileiro, pela estrutura e investimento que esse clube faz no futebol.
Julguem-me ....
A série "B", sem um clube de expressão, como o Internacional, líder brasileiro de número de associados (ainda é?), campeão mundial, ficará sem graça em 2017.
Explico porque torci pela queda do Internacional.
Uma administração desastrosa, que entre outras barbaridades dispensou o Falcão, um dos maiores ídolos de sua história, com apenas cinco partidas no comando técnico do time.
Mas o que mais me decepcionou foi a tentativa de se livrar no tapetão. Recorreu ao tribunal de justiça desportiva, praticando, segundo noticiado um ato criminoso, ignóbil, que foi o de adulterar documento para sustentar sua tese. Vergonha.
Aliás vergonha dentro de campo, onde não soube reverter a situação de risco anunciada há muito tempo. E vergonha fora das quatro linhas com utilização de recursos infundados e utilização de fraude.
Tomara que o MP ofereça denúncia contra os responsáveis pela adulteração de documento e ainda respondam criminalmente na justiça comum.
E o Fluminense facilitou. Aquele baixinho, Marco Junior, perdeu um gol que até minha vó faria.
E o cara que cobrou o penalty atrasou para o goleiro, avisando o canto onde chutaria.
O Vasco foi rebaixado 3 vezes e nunca apelou para tribunal. Nem trapaceou.
Foi triste para a torcida, mas a dignidade foi mantida.
Certos clubes por aí usaram tapetão. E a Portuguesa teve o castigo que mereceu. Faliu e até o estádio está penhorado.
Sou contra as regras de rebaixamento no Brasileiro.
Para mim deveria ser como na Argentina, ou parecido, onde faz-se a média de pontos dos 3 últimos campeonatos. Aí sim, rebaixa-se um clube merecidamente, e não por uma campanha ruim em um único campeonato. Ainda mais num campeonato como esse BR16, onde prevaleceu a mediocridade em termos técnicos e táticos.
Quanto ao tapetão, acho incrível como abafaram o caso da Lusa salvando Aquele Time do Mal, descaradamente. Ficou por isso mesmo, e ainda jogaram merda em cima do meu FLU.
Sumiu o cara da Lusa, e sumiu a Lusa, mas Aquele Time do Mal, mancomunado com a PRESS, está aí como se nada tivesse acontecido .... só mesmo o cheirinho do hepta kkkkkkkkk.
Na Alemanha não tem tribunal nenhum. Tem regras, bem estabelecidas e punições. Aplica-se e pronto, sem necessidade de julgar ninguém. Mas aqui tem o tribunal, para haver a possibilidade de negociatas e vcs sabem mais o que.
Meu FLU foi uma vergonha em 2016. Está há 10 jogos sem vencer, sem patrocinador master, com 120 ações trabalhistas, sem CT (não ficou e não sei se ficará pronto), sem estádio (aquilo em Mesquita não é um estádio para um clube como o Fluminense, e pior, ficando sem torcida.
Sim, porque os adultos estão se afastando, as crianças desapareceram das Laranjeiras, porque lá inexistem ídolos, e inexistem vitórias e boas campanhas.
O rebaixamento do Internacional foi importante para demonstrar que todos estão sujeitos às intempéries e aos momentos negativos. Incomodava-me ver o Vasco eventualmente descendo e lutando para voltar e existir um seleto grupo que se jactava de ser imune a essa desventura.
Sem contar que é menos um clube de expressão a ser enfrentado em 2017 pelo Vasco em sua luta para não cair de novo.
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