Na saleta, tenho penduradas fotos antigas de Niterói.
Muitas outras poderiam estar ali, trazendo boas lembranças.
Este bonde servia para os irmãos March, que moravam em Santa Rosa |
Este servia para mim, que morava na Ponta D'Areia |
Centro da cidade, com o prédio dos Correios |
Presente de minha nora, que foi a decoradora (pelas circunstâncias baguncei o projeto), a foto mostra o brasão da família.
Na foto, emoldurado |
Cantinho de trabalho.
Aqui, durante 10 anos, preparei petições, recursos, pareceres. Advoguei para mais de seis dezenas de Condomínios, para cobrar de inadimplentes, para harmonizar conflitos entre condôminos, para exercer direitos junto à construtoras, empreiteiras, prestadores de serviços. Redigi algumas convenções de condomínio e regimentos internos.
Graças às crianças levadas (traquinas, desobedientes), graças a cachorros que latiam muito perturbando o sossego, ou por vezes ferozes pondo em risco a integridade de terceiros, gatos que deixavam cheiro desagradável em apartamentos, festas que excediam o horário e não respeitavam o silêncio, pinga-pinga de aparelho de ar-refrigerado sobre o parapeito da janela do vizinho de baixo, carros arranhados no estacionamento, roubo de bicicletas, intransigência de uns em relação a barulho no apartamento de cima, ou falta de respeito e educação de outros com relação a quem morava embaixo, todo este menu de problemas me ajudou a pagar minhas dívidas.
Ou seja, é preciso que falte bom senso, educação e respeito ao direito alheio para que advogados vivam.
Um brinde aos mal educados, aos que não honram seus compromissos, aos egoístas.
Tim tim!
12 comentários:
Aviso aos clientes:
Estou pensando em escrever um livro sobre os casos mais bizarros, mais estranhos, vergonhosos, absurdos, estapafúrdios e mais pitorescos que assumi e acompanhei.
Se você tem alguma coisa a temer, telefona para mim para negociarmos meu silêncio sobre o seu caso.
Claro que não darei recibo e o pagamento deverá ser em dólar, com cédulas de séries diferentes.
Negocio também a entrega dos documentos que eventualmente estejam em meu poder, mediante o pagamento de um bônus.
Até 31 de dezembro preços promocionais. Black december.
Depois reclamam da imagem de chantagistas e trambiqueiros (he he he he).
Vou acabar ministro. Que acha?
Meus caros frequentadores do Pub da Berê,
Ontem tive um encontro sensacional e emocionante com a minha turma do GINASIAL, do Instituto ABEL de Niterói,comemorando os 50 anos da nossa formatura em 8 de dezembro de 1966.
Muitos episódios relembrados, rimos demais, revimos peças que alguns levaram que usávamos naquela época, falamos sobre a nossa Orquestra Típica de Ritmos, sobre a Banda Marcial da escola, do Orfeão, das sacanagens que aprontávamos, enfim, foi demais.
Mas por que estou escrevendo isso aqui ? Por causa de um parágrafo do post acima :
"Ou seja, é preciso que falte bom senso, educação e respeito ao direito alheio para que advogados vivam."
Éramos quase 30 ontem, e conversas pra lá e pra cá, e duas frases marcaram as análises do cenário atual, para TODOS, em nossas vidas :
- Hoje o certo é o errado, e vice versa.
- Deixaremos para as próximas gerações uma nação devastada em seus valores originais.
Meu Deus!!! Como estou velho. Estou completando 50 anos de formado em Direito.
Só por curiosidade, Riva. Você saberia dizer quantos fizeram a Faculdade de Direito?
Carrano, éramos 2 turmas com aprox. 40 alunos cada uma. O encontro foi o da minha turma.
Que eu me lembre, desses 40 : apenas 1 fez Direito, 1 fez Economia, uns 10 optaram por Medicina, 1 fez Engenharia Química, e o restante fez as outras tradicionais engenharias : civil, elétrica ou mecânica.
Uma coisa que sempre me deixava ansioso (não sei o porque) era o meu número na turma, no início de cada ano. Sempre ficava ou com o 32, ou 33 ou 34. Até hoje sou meio "fissurado" por números.
Não lembro a numeração que me cabia na escola. Deveria ser mais baixa que a sua por causa da ordem alfabética que é a praxe.
No quartel era 1285.
Não cheguei a frequentar eventos desse tipo, nem sei se houve. E se houvesse, provavelmente pouca atenção teria de mim, dado que apenas uma mão cheia de pessoas talvez fosse interessante rever.
As duas vezes em que lembro de número na turma foram no Liceu: num ano foi 13 e no outro 19. Não me pergunte quando, é forçar a barra.
Na PUC fui (e ainda sou) 6913043, melhor entendido como 691.3.043: número 043 da área tecnológica (3) entrado no primeiro semestre de 1969 (691).
Na Embratel, sou 07313-8. Não houve outros números a anotar em minha vida escolar ou profissional.
Meu "escritório pessoal" é caseiro, não ligado a atividades profissionais, as quais não tenho mais. Consta de minhas estantes com livros, CDs e DVDs, minhas pastas de arquivo, meu museu fotográfico, minha escrivaninha e, no mais, piano e sintetizadores. Está sofrendo ligeira readequação para acomodar minha mais recente aquisição, de modo que terei o piano acústico Fritz Dobbert, o piano eletrônico Casio PX-5S, o super-sintetizador Roland D70 e o Roland Juno-DS, uma espécie de workstation de produção musical. Como cabe isso tudo em 10m2? Eis a questão...
Bem-vindo, Freddy!
Tudo caminhando conforme seus (nossos) anseios?
Continuamos na torcida. Calados, mais torcendo muito pela pronta recuperação.
Freddy, me corrija se eu estiver errado, mas a sua mesma formatura do GINASIAL em 1965, por algum motivo que não me lembro fiquei em casa sozinho.
Desabou um temporal impressionante naquela noite, e a água escorria como cachoeira pelos lustres da nossa sala em casa, e eu sozinho !!
Vc lembra disso ? Porque parece que sua formatura foi no Clube Central, se não me engano, e a coisa pegou lá também com a tempestade.
Câmbio !!
Tenho vaga lembrança dessa cerimônia por causa da chuva, mas nenhum outro detalhe foi guardado.
Carrano, a luta continua. Obrigado pela torcida. Há desconfortos e percalços mas sendo por uma boa causa a gente aprende a suportar.
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