3 de dezembro de 2016

Apupos para o Internacional, aplausos para o Atlético Nacional


Que coisa vergonhosa foi protagonizada por dirigentes e jogadores do Internacional de Porto Alegre. Oportunistas, com risco de queda para a série “B” por causa da pífia campanha na fase final da competição nacional, estão alegando falta de condições emocionais para complementar a disputa da competição.

Covardia pura. Simples assim. Atitude indigna que provoca repulsa geral.

Na direção contrária, numa atitude revestida da maior dignidade, da maior solidariedade, ouvimos jogadores e dirigentes do Atlético Nacional de Medellín  propondo que o título da Copa Sul-Americana seja conferido a Chapecoense.

Isto sem falar da manifestação espontânea do povo da cidade colombiana, e das autoridades locais, que em curto espaço de tempo organizaram uma solenidade tocante, emocionante.

Ao tempo em que enalteço a atitude do Atlético Nacional repudio a tentativa de golpe, de uso do tapetão, por parte  do Internacional, para se manter, sem dignidade diga-se, na primeira divisão do campeonato brasileiro.

Um trabalhador comum, regido pela CLT, se perde um descendente ou ascendente a lei lhe confere três dias de nojo. Ou seja, ele pode faltar  justificadamente, por três dias consecutivos.

Ora o CBF adiou a rodada, que será realizada 10 (dez) dias após o trágico acidente. Os jogadores do Internacional são profissionais, vivem do futebol, jogar é o trabalho deles. Logo, devem cumprir com suas obrigações profissionais.

Não precisam estrar rindo em campo, demonstrando felicidade, apenas cumprindo o dever de jogar, que é o trabalho dos atletas.

Qualquer tentativa que não atenda ao cumprimento de uma obrigação  repito, dez dias após, é golpismo, ato covarde e injustificável.

Salve o   Atlético Nacional de Medellín e o povo colombiano.

Tomara que o Fluminense cumpra seu dever, agora mais valorizado,  de dar uma lição ao Internacional.

Nota do autor: leiam em
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/11/adversario-pede-que-chapecoense-seja-campea-da-copa-sul-americana.html

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Ouvi e vi na TV as falas do dirigente, ex-presidente do clube; e vi e ouvi uma entrevista com o jogador Alex, que falava em nome de um grupo de jogadores.
Um, o dirigente, foi direto e absolutamente infeliz, comparando a tragédia com a Chapecoense, com o rebaixamento bem provável do Internacional. Tragédias que não se comparam, nem na semântica.
O jogador fez alusão à falta de clima, falta de condições emocionais para que eles disputem a última partida.
Na fala do jogador, se foi ato espontâneo, não incentivado pela direção do clube, não notei emoção. E se havia, cá para nós, ainda faltavam oito dias para a data ada realização da partida.
Cada um é cada um, mas tempo suficiente para colocar o emocional no lugar porque a vida continua para outros clubes, patrocinadores, emissoras de radio e TV, torcidas e demais pessoas envolvidas na competição.

Continuo achando oportunismo, falta de dignidade, falta de honra, insinuar a esta altura que a competição deverá ser encerrada sem a realização da última rodada. Salvando a pele do Internacional.
Isto sim é golpe.

Jorge Carrano disse...

Não se entendem:

http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/internacional/noticia/2016/12/polemicas-e-versoes-distintas-expoem-ruido-entre-grupo-e-direcao-do-inter.html

Jorge Carrano disse...

Já havia acontecido no dia seguinte ao acidente em vários estádios pelo mundo. Homenagens com silêncio e depois palmas.
Na rodada de hoje, na Europa, na Ásia, na África, em vários países, os mais improváveis, muitas homenagens antes das partidas programadas.
Equipes entrando em campo com a camisa da Chapecoense. Faixas nas arquibancadas, Em suma: muitas homenagens.
Mas o que assistimos, mesmo da parte de jogadores brasileiros que jogam nestas equipes estrangeiras, foi que embora consternados, depois das homenagens cumpriram seu dever de jogar futebol.
Aqui, os espertalhões do Internacional de Porto Alegre pretendem aproveitar este momento de dor para evitar um possível rebaixamento sugerindo o término da competição sem disputa da última rodada.
Uma atitude menor, indigna, de uma equipe que já nos deu, a todos, a alegria de conquistar um título mundial.

Jorge Carrano disse...

Estão colhendo o que plantaram.
A frase "clube grande e dirigentes pequenos" é perfeita.

http://globoesporte.globo.com/rs/futebol/times/internacional/noticia/2016/12/direcao-do-inter-busca-cautela-apos-semana-com-imagem-arranhada.html