Esta é a razão social da agência ficcional de publicidade, também, obviamente, o
nome dos sócios fundadores. Esta agência ambienta a série americana Mad Men,
ainda no ar pelo canal HBO, na TV por assinatura, e que estreou nos USA em
julho de 2007. Está, portanto, em sua 5ª temporada, tendo conquistado vários
Emmy Awards e Golden Globes, como melhor série dramatica.
Alguns dos personagens |
Assisti
com muito interesse os 52 episódios, referentes as 4 primeiras temporadas e já
disponíveis nas principais locadoras. Em Niterói na Cahú Vídeos.
Trata-se de uma série que
mistura amor, paixão, ambição, traição, lealdade, amizade, sexo, bebida, droga, política e poder econômico, nos Estados Unidos dos anos 1960, tendo como cenário principal
uma agência de publicidade localizada na sofisticada Madison Avenue, em Nova
Yorque.
O personagem principal,
inicialmente era apenas um talentoso profissional da área de criação, com
emprego garantido em outras agências se pretendesse mudar. As circunstâncias
abreviaram o que seria inevitável,
fazendo-o sócio da agência.
Este caminho trilhado pelos
profissionais da área de criação é normal, inclusive no Brasil, sendo o caso
mais celebrado o do Washington Olivetto.
Conheci alguns profissionais
de propaganda na década de 1970, em São Paulo, quando lá residi, por conta de
dois amigos que atuavam na área. Por isso sei
o quanto eram reverenciados os bons diretores de criação, como eram
paparicados, imitados, excêntricos em sua maioria, e muito bem remunerados,
como por exemplo Neil Ferreira, um dos mais badalados então. A criatividade ,
as ideias, são os valores que definem o
perfil da agência. E atraem clientes e geram receita.
Pois bem, em Mad Men o
personagem central – Don Draper – interpretado pelo ator Jon Hamm , é
coordenador de criação e como já antecipei se transforma em diretor e sócio,
com seu nome na porta e na denominação da firma.
Em abril de 2010, publiquei aqui um post sobre um
escritório de advocacia, locação principal de uma série intitulada Boston
Legal, exibida no Brasil com o nome de “Justiça sem Limite”.
Daria para fazer um paralelo
entre as duas séries, sob o ponto de vista das relações entre os sócios, das
divergências, das invejas, das disputas por espaço, do assédio as mulheres. Leiam, querendo, o comentário sobre Boston Legal aqui: http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2010/04/denny-crane-e-alan-shore.html
Os ambientes, nos dois casos,
são sofisticados, tendo como cenários secundários bons hotéis, restaurantes e
clubes. E carrões, aquelas imensas banheiras bebedoras insaciáveis de gasolina,
mas que propiciavam enorme conforto e muito status.
Há relação de amizade, com
demonstrações de lealdade entre sócios e funcionários, da mesma sorte que há muita bebedeira, muito sexo e,
principalmente, muita fumaça de cigarro.
Não fora a principal cliente,
conta mais importante da agência, com verba de milhões de dólares, uma empresa
tabagista - Lucky Strike.
Na passagem do tempo a série vai assimilando e
incluindo no roteiro os fatos históricos, com imagens reais, tais como eleição
de Kennedy, o famoso discurso de Martin Luther King, o cerco da Baia dos Porcos, e fala sobre e exibe muitas campanhas de produtos de
consumo que existiam e dos veículos de comunicação mais importantes, tal como a
Reader’s Digest.
Notas do autor: 1) Se, como diz Pessoa, apud Ricardo dos Anjos, o poeta é um
fingidor, as firmas de advocacia e de publicidade são fingidoras extremadas.
2) Peguei carona no tema "séries de televisão", que vem sendo desenvolvido pelo Gusmão, apenas para remeter, fazendo paralelo, ao que escrevi em 2010. Devolvo a ele a bola do jogo.
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