Carlos Frederico March (Freddy)
Eu disse no post anterior que prazo de validade se tornou um imenso e lucrativo negócio. Sim, nada acontece no mundo dos negócios que apregoe vantagens para clientes e consumidores sem que, no fundo, seja do interesse do empresariado em geral.
Para estimular debates e saindo um pouco da linha mestra, opinarei que capacete e cinto de segurança só são obrigatórios (no Brasil) porque diminuem a chance de você vir a fazer uso dos seguros que pagou, ou dos serviços médicos oficiais, ou dos planos de saúde privados. A meta é que você pague e que não use. Ou acha que estão pensando em sua saúde, apenas?
Antigamente, todos nós usávamos produtos os mais diversos guiando-nos apenas por suas aparências. Não havia prazo de validade impresso em embalagens, talvez apenas em algumas. A gente olhava o jeitão da coisa, cheirava, observava o aspecto e, se fosse de nosso agrado, a gente “mandava ver”. Vez por outra alguém se dava mal, uma infecção aqui, uma internação ali, mas caso geral o povo sobrevivia e bem.
Até com remédios isso acontecia. Nossas “farmácias caseiras” estavam repletas de pomadas, elixires, comprimidos e pós que só eram jogados fora quando começavam a perder a consistência, esfarelar, ficar com aspecto esquisito ou mesmo cheirar mal. Quantos anos durava aquele potinho de Minancora? O vidrinho de Vick VapoRub? A caixinha de bicarbonato de sódio? O onipresente vidro azul de leite de magnésia que quando ficava meio seco ganhava um extra de água filtrada para voltar à consistência? E a gente sobreviveu.
Eis que entra em ação o “prazo de validade”. Com que objetivo? => “Preservar nossa saúde”. É vero? Em alguns casos sim, mas não em todos!
Decerto laticínios, embutidos, congelados, apresentam risco se consumidos além de um tempo previsto pelo produtor. Eu não tomaria um iogurte, nem faria uso de um patê, não comeria uma salsicha, que estivesse com o prazo vencido... Congelados também devem ser alvo de atenção redobrada, dado que ultrapassam em muito o tempo em que estariam saudáveis caso não fossem mantidos em baixíssima (e controlada) temperatura.
No entanto, permitam-me começar a polemizar. Alguém acha que um fabricante colocaria na embalagem de seu produto um prazo que fosse rígido, bem no limite do esperado? Eu sou engenheiro, conheço uma coisa chamada “margem de segurança”. Se eu acho que meu iogurte vai durar 10 dias, eu coloco 7 por via das dúvidas. Se minha cerveja vai durar 18 meses eu coloco 12. Se meu remédio dura... => sobre isso, mais à frente um pouco.
Não bastasse a margem de segurança, que protege o fabricante contra eventual assédio da lei, existe a expectativa de dinheiro fácil. Mesmo que meu produto tenha uma validade esperada de 10 anos, eu coloco 2 ou 3 na embalagem. Nada mais lucrativo que forçar o cliente a jogar o velho fora (mesmo que em perfeitas condições) e comprar um novo, só porque venceu o prazo. Isso hoje está valendo para uma gama cada vez maior de produtos.
Testemunho pessoal: eu estou cansado de beber cervejas com 1 ou 2 meses a mais que o limite e, dado que as conservo em lugar adequado, estão ainda muito boas. Claro que fresquinhas são melhores, mas a degradação é muito lenta. Cara, seja sensato: se o vencimento é no dia 20/03/2012, digamos 12 meses depois de fabricada, você REALMENTE acha que no dia 21/03/2012 ela estará imprópria para o consumo? Jura? Tenho pena de você...
Com remédios a barra pesa um pouco mais, porque ficamos com medo. No entanto, posso lhes assegurar que, do mesmo jeito que uma cerveja boa no dia 20 não estará imprópria no dia 21, um remédio que tenha 3 anos de validade no dia seguinte, ou um mês depois de vencido, ainda estará bom. Principalmente pomadas e cremes. Nenhum fabricante seria louco o suficiente para estipular um prazo para seu remédio sem uma grande margem de segurança. Poderia vir a ser processado, caso fosse provado que o remédio havia perdido o efeito antes do prazo limite.
Claro está que existem exceções, principalmente para líquidos e voláteis, ainda mais se tiverem validade muito curta. No entanto, a menos que a embalagem seja violada ou que ela seja armazenada em local impróprio, úmido, quente, com incidência de raios solares ou luz fluorescente, ninguém me convencerá que uma aspirina perde seu poder de cura com 5 ou 10 anos de guarda.
Com cosméticos então eu “arrepio” de vez. Ou acham que jogo fora shampoos, cremes de barbear, sabonetes, só porque venceram o prazo dado? Se o cheiro estiver agradável ainda, se fizer espuma e cumprir sua função, continuo usando. Um de meus cremes de barbear não-espumógeno venceu em 2008 e ainda continua a aparar minha barba perfeitamente.
Eu tenho um exemplo extremo. Quando na Alemanha, no ano de 1977, comprei um talco para pés do Dr. Scholl (Scholl Fuβ Puder). Não havia prazo de validade impresso. Ainda tenho o tubo amarelo com letras azuis. O pó está perfeitamente soltinho, sem grumos, e o principal: com o poder de cura inalterado. Sim, pode ter perdido o cheirinho gostoso de quando novo, mas cura frieiras até hoje! 35 anos de uso!
No site brasileiro do Dr. Scholl’s ele não é mais vendido como talco, achei apenas o modelo em spray que, por conta do processo de aplicação, facilmente perde a validade, obrigando o consumidor a comprá-lo regularmente. Já no site internacional da Dr. Scholl's ele existe tanto como talco (foot powder) como em spray. Estranho, não?!
É, repito, um imenso e lucrativo negócio. Isso porque não é sério principalmente no Brasil. Assim como produtos existem que realmente degradam com o tempo, outros existem que não. Contudo, no oba-oba da onda de preservação de direitos do consumidor, muitos fabricantes/produtores se aproveitam. Colocam um prazo curto e o consumidor joga fora o produto ainda bom com medo de ficar doente, confiando cegamente na informação de validade. Essa conta acaba fechando com maior lucro para o fabricante/produtor, que vende mais que o necessário e ainda garante uma longa continuidade no ciclo de produção.
Para terminar, eu sou a favor do bom senso. Continuarei a consumir e/ou fazer uso de itens com prazo de validade vencido se julgar que a margem de segurança é grande, ou que o produto está com prazo reduzido por questões mercadológicas. Só me faltava jogar fora o estepe do meu carro a cada 5 anos mesmo que ele nunca tenha rodado, como é sugerido hoje em dia...
40 comentários:
Caro Freddy,
Você falou de bom senso. Pois bem, enquanto o produto for seu estepe ou seu pincel de barbear, vá lá que você decida. Mas em se tratando de medicamento ou gênero alimentício acho uma temeridade desrespeitar o prazo fixado.
Poderia apontar algumas incongruências em sua tese, mas para começo de conversa comentarei apenas duas coisas:
Um creme dental com fluor, por exemplo, enquanto a massa está na batedeira do laboratório, em elaboração, e este sal é acrescentado, a quantidade respeita fielmente o número de ppm que o produto final deve conter para resultar em certa eficácia quando de seu uso.
Naquele momento, feita análise laboratorial, a quantidade de fluôr estará no limite recomendado (que por sua vêz é fruto de pesquisa). Duas horas depois, o produto já na embalagem individual, colhido aleatoriamente no estoque e levado a exame apresentará uma proporção do princípio ativo já um pouco baixo do encontrado no momento da fabricação. Parece que é uma questão de estabilidade, de controle relativamente difícil. Ora, pode-se imaginar que em dois anos o creme dental nem esteja deteriorado, mas o efeito desejado jamais será alcançado, por perda de eficácia. Com vitaminas é a mesma coisa.
As condições de manuseio e guarda estão fora do controle dos fabricantes. As pessoas não respeitam as recomendações de temperatura e luminosidade, por exemplo.
E, para encerrar, porque senão vira um post com tese contrária, se de um lado, como você alega, produtores e comerciantes teriam interesse em prazos curtos de validade para vender mais, lembre-se que as perdas que eles têm são consideráveis porque devem recolher das prateleiras e descartar (incinerando ou destruindo de alguma forma) os produtos de prazo vencido. Nessa linha, quanto maior fosse o prazo de validade, menor seria o prejuízo de retirada do comércio.
E pense no seguinte: se você tem um problema qualquer tendo consumido produto com prazo vencido, irá responsabilizar a quem? Apenas ao seu comportamento inconveniente.
E, veja, se comerciantes irresponsáveis e desonestos por vezes colocam etiqueta sobreposta ampliando o prazo de validade e nós denunciamos, porque vamos nós mesmos violentar a norma que existe para proteger o consumidor?
Continue utilizando seu estepe fabricado há dez anos, ou quinze, ou vinte, se lhe parece em boas condições (embora borracha também degrade por ressecamento), mas não assuma riscos com a saúde.
Na sua linha de argumentação perdemos muito mais com as quantidades contidas nas embalagens do que com o prazo de validade estabelecido.
E, acredite, tanto o FDA (Food and Drug Administration), nos USA, quanto a Vigilância Sanitária no Brasil atuam no interesse da sociedade, do consumidor. E estes órgão homologam os prazos de validade.
Abraço (e cuidado!)
Easpero que o Freddy me perdoe, mas além de concordar com o Carrano, acho que a cerveja também não é um bom exemplo. Ela deve ser consumida jovem (como alguns vinhos).
Para mim mais vale a data de fabricação do que o prazo de validade.
Abraços
Deixa eu explicar o negócio da quantidade do produtos na embalagem.
Não quer dizer que perdemos porque a quantidade de produto na embalagem é menor do que a informada no rótulo. Não, a questão é outra. Até tentaram corrigir com a possibilidade de venda fracionada.
A fato é que o mais das vezes o médico prescreve, por exemplo, três compridos so dia, durante cinco dias. E a embalagem do produto contém 20 comprimidos em dois blísteres de 10. Ora, se você seguir a posologia recomendada, cinco compridos ou irão para o lixo, ou, o que a meu juízo é pior, ficarão na "farmácia caseira", até vencer o prazo de valiadade ou até a futura automedicação, também condenável.
Abraço, Freddy.
Hmmmm ...... acho que esse Freddy escreve da prisão !!
A última foto entregou ...... rssss
sds TRIcolores
Eu não entrei na seara dos comerciantes irresponsáveis. Nem se eles têm de jogar fora estoque fora da validade. Eu me restringi a fabricantes e produtores.
Na minha análise pessoal, dado que eu armazeno os produtos em condições padrão, posso ter maior confiança nos prazos. E (repetindo) por ser engenheiro e conhecer a questão de margem de segurança, reafirmo que uso, sim, produtos e alguns medicamentos vencidos sem medo nem trauma. Principalmente cervejas!
Abraços
Freddy
Já que se tocou em comerciantes, gostaria que alguém me explicasse porque existe uma prática comum entre eles. O cara coloca o produto com preço elevado. O tempo passa, ele não vende boa parte do estoque. Joga o excedente vencido fora, numa boa.
Não seria mais interessante vender mais barato um pouco de modo a atender a um número maior de fregueses, ter o mesmo lucro e não jogar nada fora?
Por algum motivo que desconheço, a maior parte deles faz isso. O cara prefere vender 5 ganhando 40 em cada do que 10 ganhando 20, o que daria o mesmo lucro mas geraria mais emprego e atenderia a mais clientes.
Por essas e muitas outras eu tenho grande ojeriza à prática do comércio...
Abraço
Freddy
Refire-me, também, aos fabricantes, produtores, Freddy.
Não quero polemizar, apenas externar meu ponto de vista que, a propósito, tem um razoável apoio na experiência de oito anos como Diretor de um laboratório farmacêutico e de produtos cosméticos.
Abraço
Uma pergunta: e se o remédio ainda estiver lacrado, na embalagem,sem violação alguma e no local à temperatura estipulada, embora já tenha decorrido, por exemplo, um ano do prazo de validade?
Pergunto ao Anonimous:
E se este mesmo medicamento estivesse em sua embalagem original, sem violação e conservado em condições adequadas de temperatura e umidade e você o estivesse adquirindo?
Ao notar na embalagem o prazo de validade vencido você o levaria? Compraria ainda assim?
Você mesmo responde a sua pergunta.
Pra mim é simples :
Acho que é crime um produto na prateleira, com prazo de validade vencido.
Em casa, tendo o produto, é sua obrigação e responsabilidade mante-lo nas condições exigidas/recomendadas, e controlar seu vencimento, e não consumi-lo.
Acho impressionante o Freddy (encarcerado), inteligente e culto, consumir produtos vencidos.
Lá em casa, é prática minha e da minha esposa, checagem mais ou menos trimestral nos remédios todos. Em Friburgo, porque vamos pouco, o rigor é maior ainda.
Simpliciter .....
Agnus Dei, qui tolis pecata mundi, misereri nobis .....
Parabens Riva!
Espero que Mary tenha mais bom senso (rs).
Abraços para ambos.
Respondo ao Anônimo que fez piada em comentário que censurei e deletei, que Mary é a esposa do Freddy.
Que eu saiba não existe mais nada à venda com prazo de validade vencido. É contra a lei. O Braun & Braun chegou um dia a fazer promoção de cervejas fora do prazo (eles também sabem que não tem nada a ver) mas teve de suspender a promoção, provavelmente instado pela fiscalização. Eu cheguei a participar e as que tomei estavam boas.
Nos EUA, existe um treco chamado "rotation date", que é o prazo limite de venda do produto. É anterior ao vencimento e permite que o adquirente consiga usá-lo na dosagem indicada antes que o prazo se esgote. Lá é país sério.
Mary usa algumas pomadas vencidas, porque recebeu informação de médico dizendo que com pomadas o vencimento não é tão rigoroso assim...
Eu uso o que acho que devo usar. Não jogo o remédio fora no dia seguinte ao limite, ainda "estico" mais uns dias (ou meses, dependendo).
Abraços
Freddy
Um exemplo "estranho": eu uso uma pomada homeopática do Dr. Vinícius, habitualmente comprada na Farmácia Hannemann. A validade dela era de 2 anos.
Um dia, desavisadamente, comprei mais 2 tubos, um pra Niterói e outro pra Friburgo.
De repente, por mero acaso, fui checar e... a validade havia sido reduzida para 3 meses! Tem de me explicar direitinho porque valia 24 meses e passou para 3. Pra mim, é desonestidade.
Antes que me perguntem, sim, uso-a até hoje e nem sei mais quanto tempo tem de fabricada, pois funciona.
Abraços
Freddy
Referi-me ao medicamento já comprado e guardado pelo adquirente. Pedi uma resposta e não outra pergunta como resposta.
Anonimous,
Você me parece pessoa inteligente. Socrates respondia aos discípulos com perguntas, lembra? É o método da maiêutica (rs). Feita a pretensiosa observação, pergunto, à guisa de resposta a sua insistente pergunta:
Prazo do mesmo medicamento, na mesma embalagem (mesma mesmo)vale para o produto estando no farmácia, no depósito do laboratório ou em sua residência. Você entende que o prazo que está expresso na embalagem vale para venda na farmácia, mas não vale se o produto já foi adquirido? Em outras palavras, saindo da farmácia produto ganha uma sobrevida, tem seu prazo de validade prorrogado?
Abraço com prazo indeterminado.
Freddy,
Tinha escrito que não entraria em polêmica, mas por amor ao debate, aduzo em face de seus últimos comentários: "Que eu saiba não existe mais nada à venda com prazo de validade vencido. É contra a lei", foi o que você disse (escreveu). Ora, nunca foi possível tal prática, exatamente pelo que está em sua afirmativa - é contra a lei. Se alguém adotou esta prática violentou a lei.
Finalmente, neste terreno, a palavra do médico não é a definitiva. Pelo menos não de qualquer médico.Você já reparou quantos propagandistas/vendedores de laboratórios frequentam os consultórios médicos? Pois bem, eles levam amostras de medicamentos e literatura a respeito do fármaco. Acredite, os médicos são emprenhados pelos ouvidos com a aplicação terapêutica e eficácia daqueles produtos. E muitas vezes prescrevem com base nas folhetos dos laboratórios e informações verbais dos propagandistas.
Experimente, só de sacanagem, perguntar ao eu médico a composição do medicamento que ele receitou. Aposto que nem o nome do principio ativo ele saberá responder.
Quando da discussão sobre genéricos este assunto foi ventilado, a norma seria o médico indicar, no receituário, o princípio ativo e não o nome de marca comercial do produto, a fim de que o paciente não ficasse escravo da marca e pudesse comprar o genérico, em tese mais barato.
Exemplo: ao invés de receitar "Novalgina", produto de marca registrada, ele deveria prescrever
"dipirona sódica". Mas este até você sabia. Quero ver se ele saberia indicar "butilbrometo de escopolamina", ao invés de receitar simplesmente "Buscopan" que é marca registrada de fábrica.
Cuidado com os médicos! Não todos, mas a maioria não sabe nada sobre o produto que receita.
A não ser "ácido acetilsalicílico" que até meu neto (9 anos) já sabe que está presente nos analgésicos mais conhecidos, as aspirinas da vida.
Abraço
Respondendo ao Anônimo com minha visão da coisa, não generalizo. Analiso caso a caso. Com 1 ano de vencido, sendo remédio em drágea, cápsula, líquido, eu provavelmente não o usaria. Sendo uma pomada, e se estivesse no sufoco, abriria o tubo e usaria. Dependendo do resultado compraria uma nova - ou não - para continuar o tratamento.
Já dei de cara com produtos ruins dentro da validade, raras exceções mas houve. Por isso sou adepto de analisar caso a caso.
Abraços
Freddy
Interessante.
Estava em duvida se deveria usar uma pomada que tenho pra frieira que ja venceu a uns 4 meses. Continuei usando e lendo o artigo agora percebi que nao fiz mal em continuar a usar, afinal estou sentindo que mesmo vencida esta fazendo efeito e a consistencia da pomada esta igual quando usava antes. Pensei, porque iria comprar outra se ainda tenho bastante dessa? Claro se fosse um ano de vencimento ai ja nao usaria mais acredito que em 4 meses nao vai me prejudicar. Interessante o ponto de vista de Fredy. Claro que devemos ter bom senso e analisar o tipo de produto vencido. Valeu!!!!!
Faça-o por sua conta e risco, Anônimo, não porque o Freddy entende que não há inconveniente.
Obrigado pela visita e comentário.
Jorge Carraro, como vc e chato...nao aprovou a opinião do Frederico... Fica na sua, cada cidadão tem atitudes livre., acho...que todos somos livres, e quanto aos comentários da minancora, vick e leite de magnésia lembro- me muito bem, to com vc Frederico
Caro Anônimo, Passou tanto tempo desde seu comentário anterior que eu pensei no pior: vai ver que o (a) cara morreu por ingerir produto com prazo vencido. Ainda bem que não, Anônimo.
Encontrável em website de fabricante de biscoito:
"O prazo de validade dos produtos que fabricamos é calculado com base em diversos testes laboratoriais e sensoriais, de maneira que, sob condições ideais de armazenamento, o alimento mantenha seu sabor, odor e textura, por um lado, e seu valor nutritivo e segurança microbiológica, por outro. Desse modo, recomendamos que seja seguido o prazo de validade porque poderá haver alteração nas características naturais do produto após a data."
Muito honesto e bem colocado o assunto.
Riva que comentário... creio que trata-se de um ser estulto ao fazer alusão que o Sr Fred encontra-se numa prisão...? onde fica no limite do seu conhecimento esta prisão, com tão linda paisagem que mais parece a de um resort...! RSRSRSRSRSRSRSRSR
Faça bom uso do seu tempo Riva tens por certo o direito de não concordares , tudo bem... mas contra argumente fazendo uso de um comentário com conteúdo.
Sendo breve e objetiva concordo com o Sr Fred, uma vez que o Sr Caetano pode tbm está apenas defendendo interesses próprios; pois como o mesmo citou fôra Diretor por 8 anos de um Laboratório de produtos farmacêuticos e de produtos cosméticos.
Há pouco li o seguinte artigo" Um dos maiores estudos a respeito e que defende o não uso dos medicamentos de datas vencidas foi realizado há 15 anos atrás e gerou mais de um bilhão de dólares às indústrias após a destruição dessas drogas que foram descartadas pelos consumidores. O terrorismo foi disseminado após esse "espetáculo" visto por muitos americanos que, aterrorizados, caçaram todos os remédios vencidos e os jogaram fora.
Um dos participantes desse programa, Francis Flaherty, anos depois desse estudo, afirmou que a data de vencimento não significa,nem mesmo sugere, que o medicamento perca sua potência de ação ou faça mal se usado. "Os fabricantes colocam datas de expiração apenas por razões de marketing ao invés de interesses científicos", afirmou Flaherty, farmacêutico do FDA até aposentar-se, em 1.999.Segundo ele, não é lucrativo para a indústria farmacêutica manter produtos em prateleiras por 10 anos, por exemplo.Se o povo for convencido do que eles falam,o próprio povo terá medo de consumir os remédios.
Como já nos referimos em outras ocasiões, somos verdadeiros reféns daqueles que fabricam as substancias que são usadas,conforme se propaga, para salvar vidas ou,pelo menos, melhorar sintomas.Dessa forma,eles sempre saem ganhando no convencimento e nos lucros."
Sinto pena por haver jogado no lixo tantos produtos ainda próprios para serem utilizados, com cheiro e aparência textura identicas aos recém fabricados.
Acho que na verdade o que impera com relação a eficiência do medicamento ou cosmético é a verdade a forma com estão sendo conservados. A exemplo disso cito um fato que aconteceu comigo; há muito tmpo comprei um tablete de iogurt para mina fila com extenso prazo de validade...nossa nem gosto de lembrar , minha filha fôra acometida por uma terrível inflamação intestinal. Logo após o consumo do produto este fõra fomitado e por algum tempo chás , água , medicamento nada ... aos poucos a mãe natureza de Deus agiu.Conclusão:Há pessoas inconsequentes, que desitem de pródutos lacticínios no momento de pagar e não têm a mínima consciência de devolver para o ambiente ideal, refrigerado para a sua o conservação ficando assim horas numa temperatura imprópria.
Amei seu blog Sr Fred.
Obrigado pelo comentário, Sr. Anônimo.
Tenho algumas atualizações quanto a experiências minhas com produtos vencidos. Ontem mesmo joguei finalmente fora um frasco de molho Barbecue da Hunt's que estava marcado no selo brasileiro como "validade = abril/2010". Eu tenho o hábito de retirar o selo brasileiro e ver o que está escrito em inglês, acostumado que estou com a má-fé que grassa em nosso meio comercial. Lá estava "Best before Apr/07/2010".
Ora, meus amigos, "best before" significa "melhor antes de" e não "não consuma depois de" ou "jogue fora depois de".
Simples assim. O que acontecia é que o referido molho estava já bastante espesso, tendo evaporado boa parte do líquido pelo tempo de uso. No entanto,o sabor e a qualidade se mantinham bem razoáveis. Portanto, estendi seu prazo e não me arrependo.
Mais uma vez, relembro que não sou contra, apenas olho cada caso com o bom senso que ele merece.
Abraço
Freddy
Freddy,
Se bem entendi, da leitura deduz-se que se trata de uma "Anônima".
Pode acontecer, mercadoria dentro do prazo de validade, mas pode ter sido mal armazenada, fora dos limites de temperatura e umidade estabelecidas etc, que torna um risco para saúde, talvez, em certos casos, pior que que o prazo de validade.
Pelo que eu entendo, o prazo de validade garante a mercadoria dentro das normas de armazenamento, fora disto podemos por segurança reduzir drasticamente estes prazos. Abraços
Prazos de validade podem se reduzir se a mercadoria for armazenada fora dos padrões. Se você compra em estabelecimento confiável, sem problemas. Há supermercados que desligam os refrigeradores à noite, outros já foram pegos adulterando a etiqueta do prazo, etc.
Em contrapartida, armazenar alguns produtos em freezer (nem todos) pode estender bastante o prazo de validade. Exemplifico com pão, cujo prazo costuma ser de 5 a 7 dias e pode durar meses congelado. Comi outro dia doces de uma festa (que naturalmente já têm uma durabilidade boa) com mais de ano e meio de guardados em freezer e não morri, estavam tão deliciosos como no dia em que foram feitos.
Sou criterioso com embutidos, peixes, carnes em geral - principalmente suína. Com certos laticínios também, mas queijos duram muito mais do que o previsto nas embalagens - se bem acondicionados e armazenados, admito.
Como já disse em comentário anterior, cada caso é um caso e eu estudo um a um antes de considerar (ou não) o prazo de validade exposto.
Abraços
Freddy
Ah, sim, este mês meu talco Dr. Scholl comprado em Munique completará 37 (eu escrevi trinta e sete) anos de bons serviços!
<:O)
Freddy
Concordo com o Freddy. Já li que a própria FDA, atendendo a solicitação de um pedido do exército dos EUA, que gastava milhões de dólares descartando medicamentos, informou que muitos produtos podem ser utilizados por 15 anos. Mas a validade serve pra garantir que por pior que seja transportado e armazenado, mesmo assim, dentro de um margem de segurança, o produto tem uma garantia x. É isso mesmo, podemos usar por vários anos. Tem exceções como a e antibióticos líquidos.
Caro anônimo,
O anonimato faz parte do modelo do blog, tanto que tem a opção para envio desta forma.
Ocorre que, dada a natureza e responsabilidade envolvida no tema, seria melhor você se identificar e até, se o caso, qualificar, para dar uma opinião tão segura.
Você é farmacêutico? É pesquisador? Químico?
Ou apenas um consumidor irresponsável com você mesmo?
Freddy é meu amigo, mas não concordo com a opinião dele. Existem exageros? Sim, com certeza. Mas pelo sim pelo não é sempre melhor aceitar os prazos de validade.
Incrível, é a primeira vez que deparo com post's de comentários, se tornarem bate bola entre personagens. Penso que o autor da pagina, deveria disponibilizar um "chat", para os chatos "baterem bola", sem incomodar aqueles que querem ler os reais comentários. Por outro lado (como foi o meu caso), presumo que todos os que aqui estão, é porque ten em casa produto(s) vencido(s), e queriam encontrar alguma formulação magica e ou, palavras de incentivo a usarem. Acabou de ocorrer comigo neste instante. Fui buscar um produto, e encontrei um, com embalagem lacrada, novinho em folha. Ao abrir, verifiquei na aba - puta merda, vencido a um ano. Putz, fui ver se encontrava alguma referencia a isso mas, or receio não o usei. Compro outro amanhã, isto se o sintoma não regredir.
quanta idiotice por partes dos consumidores - será mesmo que os consumidores acham que se um produto vencer - os comerciantes jogam fora? duvido - eles trocam as etiquetas e vendem novamente, e, todo mundo compra bebe e nunca sabem que foi trocadas principalmente no caso de cervejas - ja trabalhei em supermercados e tomavamos iogutes vencido com 3 4 dias e nunca morremos por causa disto, - vcs realmente acham que agua embalada tem validade? arroz tem validade? me poupem, o proprio medico da minha mae disse que podia tomar remedio vendico ha dois anos, somente observar se o remedio nao esta com cheiro ruim ou 'babento' - somente no brasil existe isso e, é somente para ganhar mais dinheiro
Obrigado pela visita e pelo comentário, Bartololeu.
Entretanto, embora não seja biólogo, farmacêutico ou químico, e não tenha formação em medicina, acho temerário não respeitar os prazos de validade de medicamentos.
Ainda bem que não houve consequências no caso do parecer do médico de sua mãe. Se houvesse certamente você iria responsabilizá-lo civil e criminalmente. E com toda razão.
Já cansei de tomar cerveja com quase um ano vencida e nunca tive nada nem meus convidados (tomaram sem saber). Minha mulher toma algum remédio de pressão vencido e a pressão continua ótima. Sou transplantado e uma vez meu médico, chefe da equipe (transplanta também nos EUA), ME DISSE QUE É TRANQUILO TOMAR MEDICAMENTO COM ATÉ UM MES DE VENCIDO. Bem, é lógico que nenhum fabricante quer correr o risco de colocar a data de validade sem a margem de segurança, pois se algo acontecer, será seu onus provar que o remédio não foi o culpado pela lesão. Por menor que seja sua culpa, será condenado a indenizar, em razão da RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FABRICANTE. Não descarto certa razão ao artigo.
Na minha opinião, o PT já passou do prazo de validade desde 2010...
Há quem ache que ele nunca teve validade, é uma opinião a considerar!
Acabei de me lembrar de um tema complementar ao do prazo de validade do produto embalado. Hoje virou moda dar prazos ridículos para produtos depois de abertos.
Geleias que devem ser consumidas em 30 dias, ketchup que só dura 15 dias, e por aí vai. Façam-me o favor...
Tem um pacote de 1kg de damascos secos (cujo processo de fabricação naturalmente estende muito sua validade) que deve ser consumido em 5 dias depois de aberto!
Os mesmos damascos são vendidos a granel (e portanto desembalados) com validade bem maior! Sacanagem...
Contudo percebo, relendo com calma tudo de novo (post e comentários) que a posição do blog manager, advogado que é, será sempre seguir cegamente a lei. Faz parte de sua natureza, assim como a minha é contestar todas as normas antes de aplicá-las.
E com certeza o blog manager vai dizer que me arrisco a ser processado, no que está certo dentro de sua conduta rígida e estritamente profissional.
<:o)
Conforme política estabelecida há algum tempo, o blog não publica mais comentários de anônimos.
Entretanto antes de descartar o manager costuma analisar comentários, mesmo anônimos, a fim de verificar se o conteúdo é ou não interessante, importante ou esclarecedor.
Um destes comentários, que não será publicado seguindo a regra, continha um link que trata da matéria nos EEUU. Está em:
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/validade-dos-medicamentos-isso-significa-alguma-coisa
A validade da minancora é só isso que quero saber , tem validade ,???? Onde está impresso , é por tempo indeterminado ??? Porque não tem nada impresso no potinho da minancora , só a validade em poucas palavras , só a validade me interessa , não enrrolem ,
Caro “desconhecido”
Como expressamos no comentário acima, não estamos respondendo a internautas sem identificação.
Entretanto, excepcionalmente, até por curiosidade pessoal, vou abrir exceção.
Aqui não somos especializados em medicamentos e nem em prazos de validade. As opiniões emitidas são pessoais, de consumidores. Sem referência científica.
Mas sua consulta trouxe à luz fato curioso. O fabricante da aludida pomada não informa, mesmo, seu prazo de validade.
Pesquisando na rede (coisa que provavelmente você já fez), encontrei um sitio, aparentemente de profissionais da área (link ao final), que aborda tudo sobre a Minancora, menos o prazo de validade.
Curioso é que tem um subtítulo que parecia que finalmente iria informar, e nada, veja:
“Em qual local, como e por qual período a pomada Minancora pode ser guardada?
A pomada Minancora sempre deve ser guardada na sua embalagem original em um local com temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), que esteja seco e também protegido da incidência dos raios solares. A pomada jamais deve ser usada se estiver com o prazo de validade vencido.
Antes do uso, a consistência da pomada também deve ser analisada. Se houver qualquer dúvida sobre a consistência da pomada, é recomendado que a pessoa converse com um farmacêutico para confirmar se a pomada realmente pode ser usada. “
Veja que tergiversam e não informam.
Selecione o link e cole na barra de seu navegador (o famoso copy and past).
https://www.cliquefarma.com.br/blog/medicamentos/pomada-minancora/
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