Por
Ana Maria Carrano
Nos anos 80, um jovem
cantor/compositor brasileiro gravou uma música de protesto que por muito tempo
foi atribuída a Raul Seixas.
O jovem era Silvio
Brito, frequentador dos programas do SBT e com aparência copiada do John
Lennon.
A letra simples e a
música linear tinham uma mensagem clara. É frustrante a sensação de impotência
que nos acomete ao ver prosperar as nulidades (como disse Rui Barbosa).
Pare O
Mundo Que Eu Quero Descer
É o que estou sentindo
agora. São denúncias sobre denúncias sobre atos de incompetência ou negligência
nas áreas essenciais ao funcionamento da sociedade. A saúde, a educação e a
segurança estão sucateadas pelo descaso dos governos e desinteresse dos
profissionais envolvidos.
As Instituições
falidas. Não acreditamos mais em Deus, o que dirá da família e dos poderes da
República.
Como dormir em paz num
mundo em guerra?
Como relaxar num
encontro com amigos, sabendo que o Ministro Joaquim Barbosa foi substituído
pelo Ministro Levandovski e dois mensaleiros
já estão em casa?
Como aturar tanto
“cambalache”?
Se fosse mais jovem,
sairia do país. Ainda que procurasse pousada em lugar com tantas mazelas quanto
minha pátria, pelo menos teria o consolo de não compactuar com tanto
desgoverno.
Portanto, só me resta
cantarolar que parem o mundo que quero descer , e desabafar ao som de
Cambalache, com Raul Seixas.
13 comentários:
Meus amigos,
Para Ana Maria admitir, mesmo que como licença poética, que deixaria o país, se pudesse, é porque a coisa está muito ruim mesmo. Entretanto, digo eu, nada está ou é tão ruim que não possa piorar. Querem um exemplo? Reelejam Dilma.
Também penso e sinto exatamente o mesmo, Ana Maria.
Poderia vender o que tenho e me mandar, para desfrutar dos últimos momentos no Planeta Terra num lugar mais justo, com qualidade de vida - e não faltam lugares assim.
Mas isso significa sair de perto dos meus filhos (de 2 dos 3), do seu dia a dia, significa abrir mão de muitas coisas que não estamos a fim de abrir.
É uma questão de escolha.Nossa vida é norteada pelas nossas escolhas. Ganhar alguma coisa significa perder outra .... é sempre assim.
Vamos ficar.
Riva,
Não sei se intencionalmente, mas você abraçou a tese do Eduardo Campos: "Não vamos desistir do Brasil, o Brasil tem jeito."
Amigo Carrano, não vou morder a isca ..... pelo menos hoje ... rsrsrsrs
A frase atribuída ao Eduardo Campos possivelmente foi criada por algum marqueteiro, o que não desmerece a mensagem. Porém, o candidato está fora da disputa e seu partido já indicou a senadora Marina, por quem não tenho admiração, apesar de considerar elogiável sua trajetória de vida.
A candidata tem fixação na criação de seu próprio partido, o que me parece pura vaidade e está aliada a grupos que apoiaram o PT.
Estive ledo que sua saída do governo se deu apenas porque queria ser indicada para o senado.
Parece que ela não fica mais do que 1,5 anos em um partido.
Ah! Nós do RJ estamos sem nenhuma opção para governador. Me assusta um governo liderado por qualquer um dos candidatos.
A propósito, quem são os candidatos mesmo?
Garotinho, Pezão, Líder estudantil boa pinta e sobrinho do pastor chefe da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Ah! Tem também 3 professores de História, indicados por partidos de esquerda (PSTU - PSOL e PCB)
Como diria o Riva, vou fugir para a montanha.
.... bem alta !
PS : FLUdeu ..... 0x2
Eu já estou na montanha. Fujo para onde???
Fique aí, Ana Maria. Estamos chegando ..... rsrsrs
Putz, logo agora que decidi descer de vez da montanha e morar ao nível do mar...
<;o)
Postar um comentário