4 de abril de 2012

Relações homoafetivas

Em recente conversa com um tabelião, em Niterói, ouvi que nos últimos dois anos aumentou bastante o número de contratos (escrituras) de reconhecimento de relação familiar estável entre gays.
Estabelecem direitos e obrigações, em especial de natureza patrimonial. Tem sido grande, também, a aquisição de imóveis no regime de co-propriedade (condomínio).  Embora mais comuns entre gays, há bastante casos entre lésbicas.
Segundo seu comentário, como regra geral formam-se casais de muito bom poder econômico, pois ambos têm trabalho bem remunerado, como profissionais liberais.
Nos USA, as palavras “mãe” e “pai” serão removidas dos novos passaportes e substituídas por “filiação 1” e “filiação 2”.
De acordo com o Departamento do Estado, as mudanças serão feitas para reconhecer os diferentes tipos de famílias. Grupos de direitos dos gays aplaudiram, claro,  a decisão.
“Substituir os termos ‘mãe’ e ‘pai’ para ‘filiação’ permite que muitos tipos de famílias sejam capazes de requerer um passaporte para seus filhos sem discriminação. Mais de 646 mil famílias são lideradas por casais homossexuais.
No Brasil, no Rio de Janeiro, as atrizes - mais conhecidas no teatro - Laura Castro, de 30 anos de idade e Marta Nóbrega, com 33 anos, namoram há 12 anos, sendo que na metade deste tempo moram juntas.
Já têm uma filha com quase dois anos, gerada no útero de Marta, fruto de inseminação artificial, com doador anônimo e óvulo dela.
Agora ‘esperam” um menino, com papeis invertidos. Está sendo gerado por Laura, com seu próprio óvulo e doador anônimo, e fertilização in vitro.
Marta relatou, em matéria que li recentemente, que a agenda da creche onde está matriculada a menina filha do casal, trazia escrito “mãe” e “pai” e que ela riscou a palavra “pai” e repetiu “mãe”. No mês seguinte a agenda de todas as crianças da creche mudou e passou a vir escrito “responsável 1” e “responsável 2”.
O que mais me chamou a atenção na matéria foi a visão peculiar de Laura Castro, que ao invés de se preocupar com os problemas eventuais que a filha poderia ter por não haver um pai, raciocina que a criança não vai conseguir imaginar o que é não ter duas mães.

21 comentários:

Ricardo dos Anjos disse...

Sem comentários!
Ou melhor, CEM comentários certamente surgirão de várias partes,de parte a parte, reações eivadas de disparates, e até de bom senso também, sobre esse literalmente "delicadíssimo",
"saltitante" e palpitante tema, embora eu não tema dizer que, na minha época de antanho, "homem com homem dá lobisomem" e "mulher com mulher dá jacaré". Enfim, uma zona,um Zoo para as crianças identificarem ou imaginarem com que bichos elas vão ter de conviver em casa.
POLÊMICA ABERTA, CARRANO!

Jorge Carrano disse...

Acho improvável, Ricardo.
A maioria das spessoas não se coloca pública e abertamente diante de questões polêmicas.
O tal do comportamento politicamente correto, de respeito as desigualdades e minorias, inibe ou acovarda.
Abraço

Freddy disse...

Acho que ninguém tem nada a ver com o que se faz entre 4 paredes afetivamente. O desdobramento desse fato sobre a prole, realmente, é que preocupa. No entanto, a modernização dos costumes acabará seguindo o curso que a sociedade indicar. Achei muito inteligente trocar pai/mãe por filiação ou responsável 1/2.
Abraços
Carlos

Ricardo dos Anjos disse...

Entao, como se dizia na radio, "passemos a outro programa!"

Ah, parabens aos vascaínos pela vitória no Peru. Chupou Lima numa boa!

Gusmão disse...

Tenho curiosidade de saber quem é que, na casa do casal citado no post, abre os vidros de azeitonas e palmito?
Quem levará o filho ao campo de futebol e fará a cabeça dele para tocer por este ou aquele clube?
E a orientação sexual? O menino que está para nascer vai ser induzido a dar para todos os coleguinhas da escola, porque é normal, ou, por outro lado, será orientado no sentido de que tem mais é que papar todas as menininhas, porque a natureza sabiamente desenvolveu dois sexos diferentes, para procriar e fazer saliência também.
Qualquer que seja o caminho, caberá a pergunta: "Ué mãe (pai) e porque você não praticou este ensinamento?"
Abraços

Jorge Carrano disse...

Ricardo, que susto!
Ainda bem que você falou em chupar a capital, se fosse o país...

Gusmão disse...

Carrano:
Assim não vale, você pegou a piada pronta.(rs)
Abraços para os autores: você e o Ricardo.

Ricardo dos Anjos disse...

Ja congratulei meu filho pela vitoria cruzmaltina. Como voce ve, tem vida inteligente na familia dos Anjos: tricolores e bacalhaus.

Anônimo disse...

Tinha combinado com meus botões não intervir mais com palpites neste blog.
Mas o comentário do Sr. Carlos Frederico, de que ninguém tem nada com o que os outros façam AFETIVAMENTE, entre 4 paredes leva-me a quebrar o compromisso comigo mesmo.
Isto porque são inenarráveis as traquinagens que faço com minha PARCEIRA entre 4 paredes.
Mas a tv aberta, em seu horário mais importante, de maior exposição, colocar um personagem como o tal de Crô é um absurdo. Aquilo é apologia a viadagem junto as crianças inocentes. Pior é que tem outros casos mais ou menos explícitos.
Vamos confinar essas relações homoafetivas às 4 paredes e pelo amor de deus, deixemos as crianças fora disso até que tenham consciência da realidade e possam discernir.
:D Fernandez

Riva52 disse...

Concordo com Anônimo, mas o problema nosso é ... como deixar as crianças de fora, com a exposição, visibilidade existente hoje ?
Não estamos com elas na escola, não estamos 100% ao lado policiando a internet delas, não estamos, não podemos, e talvez não devêssemos.
Não sei o que está por vir .....
Abs

PS : interessante o tema "entre 4 paredes" ....já até fiz um rock sobre isso, na década de 80 rsrsrs

Jorge Carrano disse...

Riva52,
Dalva de Oliveira imortalizou os versos da canção abaixo:
"O peixe é pro fundo das redes,
Segredo é pra quatro paredes,
Primeiro é preciso julgar,
Pra depois condenar."
Abraço

Ora viva, Fernandez (com Z), bem-vindo de volta.

Freddy disse...

Voltando às 4 paredes, hoje em dia de vidro como um BBB, a sociedade vai dar um jeito de acolher essas crianças. Assim como acolheu os filhos de pais separados, os de mães solteiras, ou os bastardos (gerados em adultério). Pra quem não lembra, era uma tremenda barra a que eles se expunham há alguns anos atrás (30, 40, sei lá). Hoje quase ninguém mais se espanta. O mesmo acontecerá com a prole de famílias homossexuais.
Abraço
Carlos

Freddy disse...

Hmmm... Lenha na fogueira?
Tem gente que discrimina muito... Termos como viadagem foram usados nesse blog. Eu considero que ensinar filhos a papar as menininhas é uma afronta, machismo explícito. E não precisa ser macho para ensinar futebol nem levar filho ao estádio.

Vou retirar minhas 4 paredes!
Ninguém tem nada a ver com a opção sexual de ninguém. Em privado ou em público! Pronto!

Abraços
Carlos

Luvanor Belga, MS disse...

Uma loucura essa discussão que não tem fim e não se vai chegar a conclusão nenhuma, tão diversas são as opiniões e os respectivos comportamentos hetero, bi, trans e homossexual. Aqui em Corumbá temos dois casos e mais um de homem gay e uma mulher bi,casados, com dois filhos gerados naturalmente por eles. Gente de sociedade, profissionais liberais. Mas eu prefiro falar de futebol, do Corumbaense daqui e do Vasco, do Tricolor carioca e do Bangu por quem tenho admiração e disse isso outro dia neste blog que aceitou minha intrusão.

Ricardo dos Anjos disse...

Carlos Frederico, muito cuidado: se retirar as 4 paredes o prédio da privacidade pode desabar.rsrs

Jorge Carrano disse...

Há muitos anos, desde os tempos do Zizinho, vizinho meu e do Ricardo dos Anjos, em Niterói, que eu não torcia para o Bangu. Acabei me decepcionando no jogo contra o Flamengo.
Volte sempre, Luvanor.

Jorge Carrano disse...

Olá pessoal,
Acho que não há nada melhor para encerrar os debates, do que uma visita a este endereço a seguir:
http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2012/04/galinha-choca-ninhada-de-patinhos-acidentalmente-no-reino-unido.html

Trata-se da adoção de patinhos feita por uma galinha.
Abraços

Freddy disse...

Carrano, coisa parecida já deu até uma fábula: O Patinho Feio!

Voltando ao tema, se um debate sobre homossexualismo já dá uma pendenga dessas numa sociedade mais ou menos liberal como a nossa, imagino o que seria num cenário religioso radical, como evangélicos ou extremistas islâmicos!

Realmente, a Natureza quando desenvolveu a reprodução sexuada não imaginou o homossexualismo, até porque ele não se presta à continuidade da vida. O "boom" do homossexualismo é um subproduto do desenvolvimento, do progresso, do estágio atual da humanidade. Já se admite abertamente a relação sexual para puro prazer, sem conotação alguma de perpetuação da espécie. Vai daí, que diferença faz ser entre sexos diferentes ou iguais?

Abraço
Carlos

Freddy disse...

Dando continuidade, chegamos a uma encruzilhada. O homossexualismo é admitido como possibilidade em uma sociedade que aceita o sexo apenas para prazer. No entanto, o desenvolvimento de prole está atrelado ao programa inicial da Natureza, que preconiza sexos diferentes para geração de vida.
O momento que vivemos é de adaptação para convívio desses dois cenários antagônicos.
Debate para anos!
abraço
Carlos

Riva52 disse...

Olha, vamos parar por aqui rsrsrsrsrs
Caso contrário PUBLICAREI a tese de um grupo NEODESCARALHISTA da década de 80, bastante interessante, sobre Adão e Eva, e todos nós aqui hoje ....
Abrs e Boa Páscoa

Freddy disse...

Adão e Eva não vale. Eles e seus descendentes diretos praticaram incesto em todas as suas formas!
<:o) Carlos