17 de novembro de 2013

Vêm aí nossas próximas atrações


 

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Vem ai VERÃO, já anunciado pelo canto das cigarras desde os últimos dias de outubro, pelo menos as da mangueira da casa vizinha ao prédio onde moramos.

Vem aí NATAL, um pouco diferente dos anteriores (foro íntimo), mas como entre nós, salvo minha falecida mãe e minha irmã espiritualizada, o que vale é a bacalhoada e uma justificativa para tomar (degustar que nada) vinho, comer castanhas (tipo europeias, importadas de Portugal) e umas duas rabanadas, comidas enquanto bem quentes, recém-tiradas da frigideira, então vamos em frente.

Não demora a mensagem de Natal da TV Globo entra no ar, informando que “hoje é um novo dia de um novo tempo...”

Papai Noel  está contratado pelas agências de publicidade, para estrelar os comerciais que poluirão nossas  casas. São vários que concluíram os cursos hoje existentes, porque a demanda aumentou. Além das famílias mais abastadas, que contratam um especial para chegar à meia-noite e enganar as crianças, muitas lojas contratam o seu e os shoppings outros pra as áreas comuns.

Aqui em casa eu já paguei este mico e, tendo imaginado que enganei minha neta (3/4 anos), feliz por minha performance, ouço-a pedir: “vovô faz de novo”. Gargalhada geral. Não posso publicar o vídeo (está gravado) por razão de direitos de imagem...

Wanda assume, eventualmente,  o bizarro papel, pelo menos entre nós dois só.

 
 O blog já publicou posts alusivos a data. Vejam alguns abaixo:
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2012/12/primeiro-de-janeiro.html


No capítulo presentes o que tenho a dizer é que durante anos, antes de adotar suspensórios, ganhava cintos double face, daqueles cuja fivela é removível e é marrom de um lado e preto do outro; ou azul, numa face e branco na outra.

Ganhei muita sunga de praia (na época éramos praieiros). Meias e lenços fiquei cerca de 30 anos sem comprar, mas ainda tenho caixa fechada.

Ganhava todos os anos a nova fita cassete do Martinho da Vila e depois o CD anual. Wanda ganhava (primeiro a fita e depois o CD) o lançamento anual do Roberto Carlos.

Há muitos anos, filhos e sobrinhas ainda pequenos, nossa árvore natalina ficava cheia de presentes. Todo mundo presenteava todo mundo.

As vacas ficaram magras e passamos s adotar o indefectível “amigo oculto”. As coisas pioraram e a norma passou a ser a de presentes só para os netos.

Com a aposentadoria diminuindo a cada ano, os sinais de Natal aqui em casa serão o cartão que o casal João e a Telma nos envia todos os anos, e o livro (agora é uma urna) dos empregados do Condomínio, onde devo pingar um agrado para eles.

 

5 comentários:

Freddy disse...

Gostei da ideia de urna para os empregados do condomínio. Esse negócio de disputar quem dá a maior contribuição já estava ficando enjoado...
Realmente no passado as vacas eram mais gordas. Só que eu sempre entrei em desvantagem porque meu aniversário, sendo em 1º de janeiro, ensejava o "presente melhorzinho" valendo pelo Natal e aniversário...
No entanto devo admitir que meus pais, sempre que puderam, me deram excelentes presentes. Telescópio (1964) e guitarra elétrica (1967) foram marcantes em minha vida.
<:o)
Freddy

Jorge Carrano disse...

A letra de Jingle Bells está nos comentários ao post do Riva, no primeiro dos 4 links.
Foi colocado pelo Gusmão, caso raro de desaparecimento sem pistas, quando já estava perfeitamente integrado ao grupo aqui deste cantinho virtual.
Vocês poderão dizer que o mesmo se deu com o Luvanor Belga, que torce pelo Corumbaense, lá do Pantanal.
Mas o Luvanor não postou, limitando-se a alguns comentários.
Aproveito para desejar a ambos um Feliz Natal.

Riva disse...

Prezados, entrei nos links para reler.

Acho que o Freddy nos deve um belo texto sobre Papai Noel.

Sds

Jorge Carrano disse...

É verdade Riva.
Ele só promoveu o aniversário. Fez marketing do natalício no dia 1º do ano.
Mas sobre o Natal mesmo, não acrescentou muito. Ganhou um telescópio e um teclado. É só o que sabemos.
E no papel de pai da Flavia e da Renata? Fez Papai Noel? Teve inveja de seu Banco Imobiliário? (rsrsrs)
Conta alguma coisa para nós Freddy.

Freddy disse...

Nos meus 20 anos fui noivo de uma moça que era dirigente de grupo jovem católico. Nesse grupo eu aprendi a essência da missa tendo a oportunidade de participar de uma rezada dentro de casa em volta de uma mesa. Também aprendi o significado de Natal. Nada a ver com presentes, uma convenção social e um motor da economia de mercado.

Como já disse, cheguei a ganhar belos presentes dos meus pais, que seguiam a tradição vigente. Só que eu sou da geração que chegou à adolescência nos anos 60 e contestei tudo que pude (menos do que devia, confesso). Aproveitando uma inata ojeriza à prática comercial, passei a rejeitar o hábito de dar presentes em datas que os comerciantes desejam e a mídia alardeia.

Não tenho mais dado presentes de dia dos pais, das mães, dos avós, dos namorados, de Páscoa, de Natal. Nem pra esposa nem pra filhas. Dou, sim, presentes em datas "nossas": aniversário, namoro, casamento e também presentes fora de hora, espontâneos. Muitos, por sinal.

Sobre Natal, é quando a Igreja Católica comemora o nascimento de Jesus. Condiz com os ensinamentos de Cristo fazer visita a asilos, orfanatos, nessa época... Eu não vou, não me sinto bem vivenciando a realidade crua, mas procuro contribuir com os grupos o fazem, que atuam em prol dos necessitados. Neste ano em particular minha cota de doações por acaso foi recorde pelas circunstâncias de momento.

Sobre Papai Noel, sobre a ceia com nozes, castanhas e doces cristalizados, carnes defumadas e vinhos e licores, lembra-me de recente rejeição a festas "estrangeiras", em particular o Halloween, alvo preferido de hipócritas de plantão. Como então explicar a aceitação do Bom Velhinho em seu trenó puxado por renas, árvores cobertas de algodão imitando neve, a referida ceia cheia de produtos relacionados ao rigoroso inverno europeu?

Se quiserem, posso me estender sobre meu assunto preferido, que é a rejeição de raiz a qualquer prática comercial, uma das coisas mais vis que conheço. Quer me ver irritado fale da lei da oferta e da procura. Ou disserte sobre práticas de marketing, sobre como atrair a atenção de incautos consumidores. Raríssimos são os comerciantes que agem de maneira lisa e honesta, com planilha de custos e lucro (sim, admito que o cara precisa viver) dentro de limites aceitáveis e sem se valer da necessidade alheia por aquele item que ele repassa sem tê-lo produzido.

Pronto, falei, mas paro por aqui. Provavelmente vou angariar inimigos sem ganhar nada em troca.
Boa semana a todos.
Freddy