Por
RIVA
No início da 1ª Guerra Mundial (mais precisamente 1914),
poucos anos depois do famoso e traumático naufrágio do Titanic, o navio civil Empress
Alexandra explode e naufraga no Atlântico, deixando os poucos sobreviventes
à deriva em seus barcos salva-vidas. Era também a viagem dos sonhos de quase
todos a bordo, rumo à America.
A história é focada em um desses botes, superlotado com 40
sobreviventes, mas cuja capacidade máxima não deveria exceder os 30
passageiros. São homens, mulheres e crianças, pessoas de várias idades,
diferentes nacionalidades européias, de diferentes camadas sociais.
Parece um pouco com As
Aventuras de Pi ( li o livro e não vi o filme ), ou seja, uma incrível
história de sobrevivência em alto mar, onde misturam-se elementos de
conhecimento de navegação e localização, alimentação essencial, limites do
nosso corpo, balanceamento de pesos a bordo, mas, principalmente, das forças a
bordo, do jogo emocional dos sobreviventes.
Chega-se a um terrível ponto do episódio em que, devido às
más condições do bote (com entrada de água do mar), decide-se que .... tem que
aliviar o peso a bordo !
Meus caros, daí em diante é uma guerra a bordo pela
sobrevivência, dramática, envolvente, e passa a ser bem mais parecido com As Aventuras de Pi ; só que ao invés de
tigres, hienas e zebras a bordo, temos realmente seres humanos transformados em
bestas .... é o Apocalipse mesmo !!
É um daqueles livros que carregamos para o chuveiro na hora
do banho. Personagens interessantes, carismáticos (sempre tem ), em situações
inimagináveis para todos nós.
Não vou contar mais detalhes, pois alguns de vocês podem
adquiri-lo. Está publicado no Brasil com o título No Coração do Mar .... o link é :
Existe um outro livro, espetacular também, com tema muito parecido
com esse (porém real), mas atenção : com o mesmo título aqui no Brasil. Não
confundam ... o link é :
Já li os dois, e recomendo ambos ...sensacionais !
Outro ponto que me motiva a escrever esse post ( apesar de ainda estar muito
desmotivado e em estado de depressão com o meu Fluminense, que joga sua sorte
daqui a pouco no Maraca contra o Galo – quando vcs lerem esse post, já saberão
o resultado do jogo ) é a analogia que imediatamente faço com diversas
situações no meu dia a dia. Exemplos ?
- reuniões na minha empresa, geralmente envolvendo pessoas
do Rio e de São Paulo, quase sempre divergentes em vários pontos, até
culturais. Vejo exatamente o bote salva-vidas do Empress Alexandra dentro da sala de reuniões ! Cenários bizarros,
às vezes.
- idem com os ônibus que pego diariamente entre a Praça XV e
Botafogo, onde sempre vou em pé (pois quando entro o ônibus já está lotado
vindo do subúrbio), apertado entre trocentos passageiros, e sou sempre um dos
primeiros a saltar ....ou seja, tenho que atravessar o corredor inteiro do
ônibus, pedindo licença, me esfregando e sendo esfregado, até a salvação, que é
a porta de saída .....
- assembléias gerais no meu condomínio ...... muito parecido
mesmo.
Dá para desenvolver vários case studies, para treinamentos de equipes.
Tudo isso, pessoal,
me faz cada vez mais ....... andar
devagar, porque já tive muita pressa !
9 comentários:
Vejam vocês que o Riva, autor do post, não contava que eu estivesse conectado, às voltas com escolha de uma assunto para escrever a respeito.
Por isso falou que quando estivessem lendo o texto já saberiam o resultado do jogo do Fluminense, que joga suas fichas contra o Atlético Mineiro.
Mas fui ágil, recebi o post, editei e publiquei antes do jogo. Bem antes por sinal.
Sorte ao Fluminense. Torço muito para que os dois cariocas (Vasco e Flu) escapem. Mas se um deles tiver que cair que seja o tricolor (rs).
Abraço, Riva, e obrigado pelo texto.
O problema, agora, é que o Bahia pode precisar muito dos 3 pontos para escapar. Depende do resultado amanhã. Ficou difícil, mas não impossível. Hoje, pelo menos, houve garra, intensidade, raça.
Amanhã é minha vez de sofrer. Espero que o time brigue com disposição. Se o Vasco ganhar a última rodada será eletrizante.
Fluminense x Bahia, no próximo fim de semana, será um ótimo estudo de caso, análogo ao livro que acabei de ler.
Abrs
Para o Fluminense tem salva-vidas?
Caro Riva,
Vamos ao livro que você enaltece.
Não tinha qualquer referência à obra, até que você a indicasse, aqui e agora, como boa leitura.
Também a autora - Charlotte - me é desconhecida. Se é graduada por Princeton, não é uma qualquer.
Fui a Wikipedia, para conhecer um pouco (sumário) da aventura/desventura de Grace Winter.
Parece interessante.
Bom domingo.
E os cariocas morrerão abraçados (KKKKK).
Com alguns reforços dá para disputar a segundona e ficar entre os 4 melhores e subir em 2015. (KKKKK)
Anônimo,
Se você tivesse ideia do comentário feito pelo Riva, que eu endossaria mas tive que deletar me desculpando com ele, não por você, mas pelas senhoras que frequentam este espaço, e os pudicos em geral, você rasgaria com os dois dedos, se é que me entende.
Surpreendentemente sobrou até para o meu Colorado, quem diria?
O riso é pequenino,mas ha risco. Eu pensava que estávamos livres.
Obrigado pela consideração nos poupando de palavras de baixo calão e obsenidades.
Helga
Cara Helga,
Segundo os matemáticos, a possibilidade de queda do Internacional é de apenas 0,5% (meio por cento).
Portanto esqueça. Não a matemática, mas a possibilidade de queda de seu Colorado.
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