5 de novembro de 2013

Virá o fim do Facebook?


Em post de abril deste ano, publicado em seu blog e republicado aqui sob licença, meu filho Jorge decretou o fim do Facebook.

Diz ele que será uma morte natural, por fatiga do material e não por disputas comerciais entre as gigantes Apple e Google.

Não ouço e nem  leio que já existam sinais claros do fim da citada rede social.

O que sei é que venho relutando, fazendo deste blog minha trincheira virtual, resistindo às investidas frequentes, via e-mail, na linha “Fulano convida para ser seu amigo no”.

Quando mencionei para minha irmã que não conhecia a mecânica de funcionamento e nem tinha visto a “cara” do Facebook, ela me ofereceu sua senha para dar uma olhadinha.

Juro que continuo não tendo tesão para redes sociais. Ainda fico com "meus discos,  meus livros, e nada mais" como diz a canção popular. Não é verdade porque mantenho este blog, que é um espaço virtual frequentado por amigos. Mas isto me basta.

Fica sempre aquela impressão que sou um excluído social como os sem-teto, os sem-terra e os sem-tudo.

Aí o que acontece? Lendo a coluna da Martha Medeiros tomei ciência de que ela não está no Facebook, admitindo que o cerco está apertando e está difícil não aderir, para não passar por  mumificada.

Disse que os e-mails, antes abundantes, estão rareando, e que todos os amigos dela  estão debandando. Exatamente como me queixei aqui em relação a amigos que sumiram, como numa revoada orquestrada: o Ricardo (dos Anjos), o Gusmão,  a Ana Maria (virou bissexta), minha neta Juliana, o Luvanor, a Esther e outros que frequentaram menos vezes.

Não sei se o Jorge em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2013/04/o-fim-do-facebook.html  está com a razão.

Não sei se resistirei ainda por muito tempo. Lembro, a propósito, minhas resistências a novidades no passado. Por exemplo; custei a comprar televisão em cores. As primeiras do mercado (vasavam cor) eram borradas de azul, com pouca definição.

Com telefone celular foi a mesma coisa. Relutei porque não tinha curso de contorcionista, e via a dificuldade das pessoas se abaixando e contorcendo para pegar um melhor sinal. Minha sobrinha tinha que sair de casa, o que significa dizer que não recebia ligação, apenas ligava.

E era caríssimo. Lembro que o Jorge, meu filho, das primeiras pessoas de minhas relações que comprou pagou uma nota preta. Era um tempo em que quem recebia a ligação pagava a tarifa. Lembram? Então era uma fria informar o número do telefone para qualquer um. A Conta ficava alta.

Com os discos CDs fabricados  e ditados no Brasil, deu-se o mesmo. As gravações eram ruins, as músicas saltavam na mesma faixa ou pulavam de faixa durante a execução.

Bem, o tempo passou, a tecnologia evoluiu e então aderi à TV em cores, ao celular e aos CDs.

Quem sabe irei parar  no Facebook, onde não estou por deficiência tecnológica, mas pela promiscuidade,  pela popularidade, pela unanimidade burra a que se referia o Nelson Rodrigues.

12 comentários:

Freddy disse...

Facebook... Minha filha diz que eu não tenho perfil para usá-lo. Só porque bloqueei todas as suas funções antes de voltar a ele. Sim, minha primeira incursão durou apenas uma hora! Fiquei apavorado com a exposição excessiva! Entrei e saí!
Agora ele está totalmente engessado, mal se move (basta perder um tempo, umas 2 a 4 horas, e bloquear TODAS as funções e configurações). Depois de pará-lo totalmente, soltei apenas o que desejava. Mesmo assim ainda me aborreço com ele de vez em quando.
<:o)
Freddy

Freddy disse...

Uma curiosidade. Para bloquear uma função, você programa para "somente eu". Assim, você evita que ele mostre a outros, mesmo que sejam seus "amigos". Podem achar estranho, mas é assim que eu faço em várias funções.

Só que um dia ele não me permitiu. O mínimo que eu poderia restringi-lo seria "apenas familiares".
Ora, para que eu preciso ter uma seleção de familiares? Que coisa ridícula. Se são familiares, eu sei, ninguém mais precisa saber!
Então ZEREI o campo família! E direcionei a tal função para "somente família" . Pronto! Ele abre a informação para ninguém!

É assim que eu uso Facebook!
Abraços
Freddy

Freddy disse...

Confesso, no entanto, minha impotência para frear o Google (e por conseguinte GMail, YouTube).
Até para postar comentários nesse blog o Google exige que eu esteja logado! Não raro eu me logo, posto o comentário e saio do Google!
O cara me segue como um Big Brother, isso me irrita!
=8-/
Freddy

Jorge Carrano disse...

Como disse dei uma espiada com a senha emprestada. Fiquei apavorado.
Agradeci a gentileza de minha irmã. Não me interessei mesmo.
Comparo com aquele povaréu que vai a praia no 31 de dezembro, quando você vê de tudo.

Freddy disse...

Na verdade o Facebook é um Big Brother (programa da Globo). A intenção declarada do Mark Zuckerberg é que TUDO o que você faça seja mostrado a seus "amigos". Ah, mas você é quem escolhe seus amigos, é a desculpa oficial.

Só que tem coisas muito particulares na navegação em Internet que a gente não quer mostrar a ninguém. Coisas nossas, ora. Todo mundo tem direito a um momento de privacidade. Estando logado no Facebook (e principalmente no Google) isso é IMPOSSÍVEL.

A maior dificuldade é garantir que você está "deslogado" de ambos antes de navegar. E eles são mais espertos que nós, sempre há uma brecha que você esqueceu, um furo qualquer de segurança. E aí...

Se meus "amigos" mais íntimos me avisassem que (mero exemplo) um site pornô que eu tenha visitado caiu na boca do povo, seria mais fácil endurecer as restrições, mas parece que as pessoas se divertem justamente "espiando" nossa intimidade... Amigos ursos, ou amigos da onça, como se dizia antigamente...

Estou considerando cair fora do Facebook, mas domo já disse em comentário anterior, meu maior inimigo hoje é o GOOGLE e seus subprodutos GMail e YouTube. São 10 vezes mais danosos que o Face.

Abraços
Freddy

Anônimo disse...

Querem privacidade, sigilo, segurança? Nem em ilha deserta. No século XVIII, Robinson Crusoe conseguiu isolamento e privacidade.
Hoje seria diferente.

Jorge Carrano disse...

Caro Anônimo,
Por acaso seu nome de família se escreve com “Z”? Sua ascendência é galega? Da Galicia mesmo? Você é corintiano?
Se suas repostas são afirmativas, então estou quase apostando que você já andou por aqui neste cantinho virtual dando palpites.
Se não, perdão.

Ana Maria disse...

Eu uso o facebook com regularidade. Adotei algumas medidas restritivas para preservar um pouco a privacidade e só. Como citou o anônimo, ninguém passa despercebido hoje em dia.A operadora de celular, o banco,e até Obama, sabem o que andamos fazendo.
Por outro lado, no face, reencontrei colegas e amigos com os quais me comunico on line. Isso me diverte e me permite manter amizades.

Riva disse...

Também acho impossível ter privacidade na web. Se vc quer isso, não use. Não temos capacidade de bloquear, não somos experts.

Gosto muito do Facebook. Muito legal a nova forma de comunicação, reencontrar pessoas distantes, e o ideal é mesclar isso tudo com encontros presenciais, jamais abandoná-los.

E também ser paciente com o excessivo número de postagens de cães, gatos, corujas, assuntos religiosos, alertas "fakes" ..... tudo isso infelizmente faz parte do Face.

Um ponto importante é vc NUNCA colocar na web dados seus que vc considere relevantes, para vc e/ou para outros. Policiar sempre isso. Um exemplo : eu não uso a web para nada referente a bancos. Apenas um exemplo.

O Facebook vai acabar ?

Se não procurar se reinventar eternamente, sim, vai acabar, como qualquer outra coisa que não se atualiza ou se inova para atender à cada vez mais exigente classe consumidora.

Riva disse...

Olhem esse link super interessante ...
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/11/romanos-usavam-redes-sociais-ha-dois-mil-anos-diz-livro.html

Jorge Carrano disse...

Como muitos casais modernos, o motoboy Anderson Cerqueira e a auxiliar de escritório Janete dos Santos se conheceram por uma rede social. Os dois casaram-se e tiveram um bebê lindo, que nasceu saudável no último sábado. O conto de fadas contemporâneo tinha tudo para ficar no anonimato não fosse por um detalhe: os dois batizaram o bebê com o nome de Facebookson, em homenagem à rede na qual se encontraram pela primeira vez. Anderson contou que teve que ir a dois cartórios antes de conseguir registrar a criança.(só dois??!! Era pra tá rodando ainda atrás de um...) "Eu queria chamar de Facebook, mas eles disseram que não pode dar nome estrangeiro, então eu coloquei Facebookson, porque eu sou Anderson", explicou ele.(Ah tá. Quer dizer que o fato de ter o "son" no final do nome, o tornou de origem nacional! Cadê o bom-senso dos cartórios nessas horas??)

A história ganhou o mundo depois que o jornal americano Daily Bulletin (na foto, o pai com o exemplar), de Los Angeles, publicou o caso.

Nas redes sociais, o casal foi alvo de críticas. Para muitos, o episódio reforça a popularização do Facebook no Brasil.(Esqueceram de destacar a enorme "curtura" do povo brasileiro). A matéria, publicada na editoria de economia, usou o caso como exemplo de como a rede de Zuckerberg está avançando inclusive no Brasil, onde o domínio do Orkut era absoluto.
Alheio a toda a polêmica, o pequeno Facebookson dormia tranquilo no colo da mãe. Resta saber se até ele ficar adulto, o Facebookainda terá o prestígio que tem hoje.

(Recebi via e-mail)

Riva disse...

Vejam isso, que se se realizar, impactará imensamente a web por aqui .... Como seria a viabilização de um Facebook por aqui ?

http://www.valor.com.br/brasil/3337408/ft-brasil-esta-indo-longe-demais-na-seguranca-da-internet