Salada mista

Hoje vamos abordar assuntos diferentes, numa verdadeira salada. Até novela terá vez. Isto porque, como escrevi alhures que tinha curiosidade e estava querendo ver São Jorge, meu protetor, como personagem, preciso arrematar o assunto. 

NOVELA

“Salve Jorge!” é um novelão no melhor estilo do gênero, para o bem e para o mal. Irritam-me a tal ponto algumas coisas absurdas, que tornaria impossível acompanhar mesmo que cheio de boa vontade e despido de qualquer preconceito.

Coisas mais esdrúxulas que não engulo:

1)   personagem falando sozinho em voz alta. Poderiam (autor e diretor) arranjar solução, como autores de histórias em quadrinhos encontraram para explicitar “pensamento” de personagem. Na pior das hipóteses deveriam deixar o personagem de boca fechada e, em off, o mesmo ator ou atriz, gravaria em alta voz o “pensamento”.

2)   Ir a casa das pessoas sem telefonar antes, quando hoje todo mundo tem telefone convencional e celular. E quando esta ida é apenas para fazer uma pergunta?

3)   As coincidências de encontros em bares e restaurantes, em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.

4)   Quem telefona dizer “alô”, para nos passar a ideia de que alguém atendeu a ligação. Que pobreza de espírito do diretor.

5)   O excesso de merchandising.

TECNOLOGIA DO FUTURO

No outro dia, comentando um post, o Riva (seguidor e colaborador bissexto do blog), propos que fizéssemos um exercício de futurologia e listássemos algumas revoluções tecnológicas que mudarão por completo nossas vidas daqui a cem anos.

Eu passei, pois não tenho tanta imaginação assim. Ele mesmo fez algumas previsões tais como “a total erradicação do papel em nossas vidas, a morte da escrita tradicional, a comunicação total em tempo real (0% de defasagem), algumas coisas loucas que vimos em MATRIX aplicadas dentro de casa, novas tecnologias na aviação comercial que reduzirão drasticamente os tempos de vôos, um novo mercado de trabalho totalmente focado no home office (para tirar os cidadãos das ruas), e tantas outras viagens na maionese !”

Agora leio em VEJA uma notinha sobre uma previsão de Ray Kurzweil, futurólogo americano que espera um dia poder transferir sua mente para um computador.

Digo eu: será que depois de transferir para o computar será possível salvar o arquivo em um pen drive a levar no bolso a nossa mente?

VASCO

Um clube com sua história, glórias e tradições pode ser comandado por um pateta, despreparado intelectual e culturalmente? Se é porque foi artilheiro, sou capaz de alinhar duas dezenas de nomes de goleadores que teriam melhor aparato intelectual.

Começaria por um que sempre foi muito criativo e espirituoso o que, por si só, o credenciaria melhor para a função de dirigente: Dadá Maravilha.

Autor da frase que entrou para o anedotário e folclore futebolístico: “tragam a problemática que o Dadá terá a solucionática”.

E o que o Vasco mais precisa é de solucionática. Para os problemas salariais de jogadores e funcionários; pagamento de dívidas com as concessionárias de água e energia.

Compra de coisas básicas como gelo e isotônico e por aí vai.

Esta história de perder a oportunidade de ter o estádio de São Januário reformado e modernizado para abrigar as competições de rugby nas Olimpíadas de 2016 está muito mal contada.

Quando foi que o palermão errou e mentiu? Agora ao não dar importância ao fato do estádio ser preterido, ou no passado quando foi assinado compromisso para tal fim?

E por último, perder seis partidas consecutivas é coisa do Ibis.

Aquele sorriso pendurado na boca sempre me remete ao estereótipo do palerma. Ele está no limite do debilóide.

MENSALÃO

Pode não dar em nada. Somos um povo pacífico e ordeiro... demais da conta.

J.R. Guzzo, articulista de VEJA, escreveu que “A justiça pode funcionar muito mal no Brasil, mas é o único meio que se conhece para resolver quem tem razão-...”

Até tu, Guzzo? Culto, inteligente, vivido, respeitado.

Desde quando a justiça resolve quem tem razão? Não é por outra razão que vivemos num país de injustiçados.

Para não entrar no terreno movediço, sujeito a controvérsias, das decisões parciais, tendenciosas, fico na morosidade, na lentidão da Justiça. E justiça morosa não é justiça.

Escreveria uma antologia de casos que levaram tanto tempo tramitando até que fosse dada razão a quem a tinha. Que tinha o direito, consubstanciado nas leis e jurisprudência a seu favor, na prova irrefutável, e esperou tantos meses, anos, que quando finalmente saiu a decisão os prejuízos eram incalculáveis e irremediáveis.

FINAL DO ANO

As cigarras já cantam anunciando os dias mais quentes. Papai Noel já está nos comerciais de TV e rádio e nas vitrines das lojas. E o 13º sendo depositado.

Não demora começarão as comemorações nas empresas e repartições, e teremos os indefectíveis almoços, jantares e festinhas de confraternização.

Já estamos planejando e comprando os pacotes de viagem. O ano vai acabar logo. Mas o mundo, não obstante a sabedoria dos maias, continuará como está. Mesmo depois de 21 de dezembro.