Ana Maria Carrano
CORPO ARDENTE
Em meio a noite, uma angústia me desperta.
Todo o meu corpo numa ânsia louca.
A roupa me incomoda e me aperta,
Mesmo estando folgada e sendo pouca.
Vejo ao meu lado um corpo em repouso,
E logo aumenta o ardor que me invade.
Quero tocá-lo, hesito e não ouso
Revelar essa minha ansiedade.
Mas o meu corpo fica mais sensível,
Sinto na pele um fogo, uma aflição,
A um ponto tal que me é impossível,
Não partilhar com alguém a sensação.
Acordo meu amor e com emoção,
Me insinuo e pergunto : - Qual a causa
Do incontrolável ardor, será tesão?
E ele, adormecido diz: - É menopausa.
Em meio a noite, uma angústia me desperta.
Todo o meu corpo numa ânsia louca.
A roupa me incomoda e me aperta,
Mesmo estando folgada e sendo pouca.
Vejo ao meu lado um corpo em repouso,
E logo aumenta o ardor que me invade.
Quero tocá-lo, hesito e não ouso
Revelar essa minha ansiedade.
Mas o meu corpo fica mais sensível,
Sinto na pele um fogo, uma aflição,
A um ponto tal que me é impossível,
Não partilhar com alguém a sensação.
Acordo meu amor e com emoção,
Me insinuo e pergunto : - Qual a causa
Do incontrolável ardor, será tesão?
E ele, adormecido diz: - É menopausa.
(02/90 – amc)
7 comentários:
A Autora relutou, mas diante de minha insistência, aquiesceu e liberou a publicação deste poema, escrito há 22 anos.
Ana Maria é a mais antiga poeta da família e poderia reunir num volume algumas de suas obras literárias sem fazer feio.
Beijo mana.
Big Jorge: Vou me juntar a vc nessa insistencia para que a prima Ana nao so' continue a publicar outras poesias no blog como tb publica-las em um livro. Veja meu exemplo : como e' que eu ai saber que que Ana tem este dom se vc nao tivesse publicado. Parabens a prima. Feilz 7 de Setembro a todos!(costume yankee)
Irmão coruja, pai coruja, avô coruja, o blog deveria ter por título "O Corujão".
Mas provavelmente este nome já foi apropriado e devidamente registrado.
Quanto ao poema, acho que captei a mensagem e gostei.
Abraço para a poeta e para seu mano.
Confesso uma certa ignorância para com poesia. Por outro lado, tenho uma enorme tendência a apreciar finais felizes.
Mas valeu. Interessante.
Abraços
Freddy
Poema no cânon tradicional parnasiano.Mas bem construído, em tom confessional, com o corte bem-humorado no final(que soa como piada},um anticlima.
Aviso aos generosos amigos que comentaram:
A autora está em Maricá, onde foi passar com as sobrinhas o feriadão.
No bairro onde fica a casa o acesso à rede mundial de computadores é muito difícil.
Daí que, provavelmente, não leu, ainda, os comentários.
Por enquanto ficam meus agradecimentos em nome do blog.
Abraços
Agradeço muitíssimo os amáveis elogios (tb temos primo-coruja, viu Gusmão) e as gentis omissões. Prometo não repetir a dose em nome do bom senso. Grata a todos.
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