6 de setembro de 2012

A Gabriela da vez

Por 
GUSMÃO
(rodneygusmao@yahoo.com)

Quem não estiver assistindo a novela (ou minissérie) Gabriela, levada ao  ar na TV Globo, certamente não vai entender o que passo a comentar.

A obra televisiva é uma livre, e bota livre nisso, adaptação do romance homônimo de Jorge Amado, cujo centenário se comemora este ano.

A Gabriela da vez (porque já teve outra), é a atriz Juliana Paes, que o titular deste blog já teve ou tem como uma das musas. Ainda tem, Carrano?

Bem, disto isto, vamos aos fatos:

O que é aquilo nos seios da Gabriela? Os bicos, deus do céu, são exageradamente grandes. Não digo largos; digo grandes em comprimento. Estão parecendo bicos de funil.

E cá para nós os bustos estão caidaços.

Além dos peitos, chama a atenção a bunda. Deus do céu (de novo) que ancas hein?! A Gabriela está com uma bunda de dar inveja a tanajuras. Nada contra, mas vamos combinar a seguinte: se a mulher não tem nada, sendo como uma tábua, fica muito feia por trás. Em compensação, se tem muita protuberância também fica comprometida sob análise estética (puramente estética).

Acho que altera o centro de gravidade e pode causar problemas na lombar.

É bem verdade que uma mulher do sertão baiano, humilde ao nível da miséria, não poderia ser uma moreninha sarada, malhada nas academias. Por outro lado, acho que o Jorge Amado tinha em mente uma outra mulher com cheiro de cravo e cor de canela.

Sonia Braga, como Gabriela


Nesta linha de raciocínio, a Sonia Braga esteve mais adequada ao perfil da personagem.







                                                            

A Gabriela interpretada pela Juliana Paes está muito próxima da ilustração do Di Cavalcanti que se especializou em esculachar mulatas, retratando-as (muitas) com corpos exagerados.





Embora exibida no horário das 23 horas, a novela apresenta cenas não só de nudez explícita, excetuadas as genitálias, como também repetidas simulações de prática de sexo (cópula), o que pode ferir pessoas mais rigorosas quanto à decência (ou indecência).

A rapaziada assiste, vai ao banheiro, se alivia e vai para a cama entregando-se aquela lassidão decorrente. A locação de filmes eróticos deve ter diminuído.

7 comentários:

Freddy disse...

Caro Gusmão, nesse ótimo texto você abriu várias frentes para comentários, mas deixarei is parágrafos finais para outros!

De saída, vou confessar que nem Sonia Braga nem Juliana Paes fazem meu tipo preferido, que quem me acompanha por aqui sabe que são as nórdicas, brancas como a neve e com pelos dourados no corpo inteiro. Decerto um quê de mulata ajuda, dado que uma bela lordose e uma discretíssima barriguinha tem seu lugar para dar um acabamento às curvas glúteas. Nada disso funciona sem coxas adequadas, pode acreditar, mas seios exagerados com toda a certeza estragariam minha musa mental, prefiro o jeitão mais angelical.

Toda essa fantasia para opinar que há enormes diferenças entre o que sonhamos quando se está a ler um belo livro e sua representação em cinema ou TV, quando alguém resolve dar forma, tamanho e movimento àquelas belezuras que tínhamos em mente ao ler as estórias.

Não me lembro de exemplos bem sucedidos. Lolita teve duas versões, uma em P&B por Stanley Kubrick (1962) e outra por Adrian Lyne (1997), e duvido que tenham batido com o que cada um que leu o livro antes imaginou da adolescente. Serge e Anne Golon, autores da série Angélica a Marquesa dos Anjos, descreveram tal deusa, de corpo diabólico, alma de adolescente e perícia de heroína, que duvido exista alguém parecido na vida real.
Eu li a saga de Duna (ficção científica, por Frank Herbet). Há duas versões, uma em filme de cinema (livro 1) e outra em seriado de TV (livros 1 a 3). Nenhuma delas bateu em cenários, personagens ou mesmo em ritmo de narrativa com nenhuma das imagens mentais fomentadas pela leitura.

Vai daí, na minha opinião não existe a Gabriela criada por Jorge Amado na vida real. Ainda mais que ainda não disponibilizaram filmes com cheiro nos cinemas nem na TV (está próximo!).
Abraços
Freddy

Gusmão disse...

Obrigado Carlos Frederico. Gabriela ficou no imaginário do autor. Materializar numa atriz seria muita coincidência.
Abraço

Jorge Carrano disse...

Meus caros Freddy e Gusmão,
Acho a Gabriela da Juliana Paes tão suculenta quanto um prato de vatapá.
Abs.

Anônimo disse...

Cadê aquele rubro-negro pra gente zoar com ele?
Já adianto que meu time também não vai lá das pernas, mas caminha pra disputa do título mundial contra o Barça.
:D Fernandez

Jorge Carrano disse...

Esqueci, Gusmão, de responder sobre a musa. Com efeito a Juliana era a musa do blog na categoria "Torcedores do Vasco"

Vale registro a trilha sonora da novela.

Abraço

Ricardo disse...

Aqui fala o rubro-negro... Nao estou (por motivos obvios) a fim de comnetar sobre futebol, embora eu ja' tenha demonstrado em post recente que reconheco as inumeras defciencias do CRF.
Mas falando de Gabriela, posso lhes dizer que branca, morena, negra, japa... nao importa, mas provavelmente os gabrielistas vao tambem concordar que seria impossivel imaginar uma daquelas modelos tipo Olivia palito neste papel e/ou nas nossas fantasias. E' so voce fazer um teste: vai num lugar que tem um monte de magrelas que a primeira rechonchuda, cochuda ou bunduda que chegar vai arrebatar os olhares babantes dos homens e a raiva das magrelas. Quem gosta de esqueleto e' Prada, Vogue, Saint Lauren etc... A Juliana Paes e a melhor representante e foi merecidamente agraciada com este papel. Em tempo, ela e' Vasco. Um abracao , Ricardo W Carrano que nao viu ontem water under the black bridge...

Incógnita disse...

Já existem salas de cinema em 4D. Cheiros, respingos de água e fumaça, além de cadeiras que se mexem. No Brasil temos uma em Sampa e outra em Salvador.