30 de outubro de 2023

Meu pânico compartilhado

Os primeiros rumores já haviam tirado minha tranquilidade. Agora, diante de fatos concretos, opiniões (e preocupações) confiáveis, e experiências bem-sucedidas, estou apavorado.

O motivo, claro, é a Inteligência Artificial.

Curioso é que até os 7 ou 8 anos de idade, Flash Gordon sequer atraia meu interesse. Passei batido pela ficção científica de minha infância. Considerada a obra clássica do gênero - "Dr. Frankenstein" - não me provocaria interesse, se dela tivesse tido  conhecimento.

Crescidinho, estudando administração, cheguei a um dos nomes mais festejados no campo: Peter Drucker.

Duas de suas célebres frases guardo até hoje, porque  comprovadas e por isso repetidas ad nauseam.

Uma é: tudo que está numa prancheta já está  superado. A outra, irretocável: a melhor maneira de prever o futuro é cria-lo.

O pessoal que lida com tecnologia levou ao pé da letra esta última afirmativa. E aí está a IA (Inteligência Artificial).

Para registro do momento em que comecei a pensar com preocupação com a ousadia do homem, foi vendo a ciência fazer papel de Deus; e como  exemplo cito a clonagem da ovelha Dolly.

Em outro campo importante da vida em sociedade fui impactado com a obra "1984" que de visionária nada tinha. A ficção só estava na minha cabeça.


Lá no início mencionei experiências bem-sucedidas.  Pois bem, um amigo dos mais cultos e de QI fora da curva com o qual tenho o privilégio de conviver fez uma pergunta, séria, ao ChatGPT.


A resposta obtida é absolutamente surpreendente, impressionante, pela clareza e profundidade.

Não posso declinar o santo, apenas o milagre, porque envolve direitos autorais.

Faça um teste, mas com assunto sério, não consultando como seria a atriz "Fulana de Tal" atraente e atualmente em evidência, inteiramente nua.

Estou menos assustado com a IA, e o que vem por aí, posto que suspeito que todos devemos estar assustados e preocupados com a falta de limites ao seu uso.

Martha Medeiros, cronista, melhor do que eu poderia tentar dizer (e olha que bem mais nova do que eu), assim se expressou em sua página dominical:

"Por exemplo idosos 80+ se irritam ao realizar operações bancárias através de aplicativos. ""Chega não quero mais brincar"". Eu, uma jovem senhora (ah! os eufemismos) também ando exausta da obrigação de ter que me atualizar a cada novidade tecnológica.  Achei que lidar com uma Smart TV serai meu auge, mas veio esta Inteligência Artificial para atazana. Olha, ainda quero brincar, mas sem fanatismo".

A crônica segue e sugiro a leitura. Aplacou meu medo, já que estamos todos apavorados.

4 comentários:

Jorge Carrano disse...


Estou pensando em deixar por conta da IA dara continuidade ao blog.

Com os dados já coletados a meu respeito, estou seguro que o ChatGPT será capaz de produzir postagens obedientes ao meu estilo, minhas crenças e dúvidas e certezas.

Se não se pode com o inimigo, melhor juntar-se a ele.

Jorge Carrano disse...


A menção que fiz, meramente jocosa, foi realidade na ação de estudantes que forjaram , com uso da IA, a nudez de colegas.

Leiam em:

https://www.metropoles.com/brasil/estudantes-sao-denunciados-por-usar-ia-para-forjar-nudes-de-colegas

RIVA disse...

Estou mesmo é preocupado com as eleições de 2024 e 2026.

Na verdade nem devia estar, porque nada mais posso ou devo tentar fazer, apenas assistir.

Enquanto isso o Molusco dando tiro no Haddad, preocupado por ele ser (na sua visão) seu adversário mais forte para atrapalhar sua tentativa de reeleição .... Molusco só esqueceu de olhar pro lado .... dormindo com o inimigo !! rsrsrsrs

Jorge Carrano disse...


Até que enfim concordamos num ponto, na política.

Lula quer fritar o Haddad.