Se me não trai a já saturada memória, foi o advogado e locutor esportivo radicado em São Paulo - Walter Abrahão - quem, lamentando jogo com resultado 0 x 0, disse ao microfone que não era resultado do jogo, mas sim a nota a ser atribuída as equipes.
Parafraseando o locutor diria que o resultado do jogo Flamengo X Vasco deveria ter sido 10 X 10, como notas as duas equipes.
Com efeito foi um bom jogo, intenso, com momentos de pura arte quando tocavam na bola principalmente o uruguaio Arrascaeta e o francês Payet.
Este último parágrafo é provocativo. Os brasileiros envolvidos jogaram bem. Os dois "gringos", visivelmente fora de forma, sequer terminaram a partida em campo.
Por problemas físicos. O francês ainda acima do peso o que se percebe no olhar, sem necessidade de balança; e o uruguaio porque vem de contusão e está ainda em transição física.
Voltando aos estrangeiros, principalmente sul-americanos, que invadiram nosso futebol, diria que estão contribuindo para melhoria do padrão das partidas, de um modo geral.
Para dar apenas mais um exemplo, notem a importância do colombiano Jhon Arias para o Fluminense.
O papel deles se assemelha ao ocorrido na Premier League com a chegada, em larga escala, de africanos e latinos.
A liga inglesa é hoje uma vitrine para o futebol.
O nosso campeonato nacional, a julgar pela melhoria dos elencos, a presença de público nos estádios, mais atenção aos gramados, e um calendário mais racional, poderá vir a ser exportador e não somente importador de futebol.
A presença de grandes talentos, de várias e diferentes origens, em todas as ligas, está oxigenando o mais popular e apaixonante esporte do planeta.
Querem exemplo? O egípcio Salah, ora no Liverpool, da Inglaterra.
O maior exemplo da importância de bons elencos, no momento, é a transmissão do campeonato saudita. Tem cabimento a Arábia Saudita ter seu futebol exportado para o mundo, graças as presenças de Cristiano Ronaldo, Neymar e outros, e o nosso não estar nas grades das emissoras de TV mundo afora?
Acho que chegaremos lá, abandonando a rançosa xenofobia. O que inclui, claro, investimentos estrangeiros. As sociedades anônimas vieram para ficar.
Etnia, religião e ideologia política não podem ser varáveis seletivas, no universo do futebol.
Vinicius Jr é um bom exemplo.
3 comentários:
Observem durante a execução do Hino Nacional, antes das partidas, quantos argentinos, uruguaios, colombianos, chilenos, equatorianos e de outros países ficam calados.
De um amigo, via e-mail:
"Carrano, uma leve discordância: não acho que tenhamos virado um importador de talentos. Com raríssimas exceções (Cano, Arrascarreta, Arias), entendo que pouquíssimos estrangeiros que vieram parar aqui sejam realmente talentos. E, olha que são muitos. A não ser o Cano, goleador há vários anos no Brasil, mas nem convocado para a seleção do seu país foi. O Arrascaeta foi convocado para a seleção do Uruguai, mas ficou esquentando o banco no jogo com o Brasil. A grande maioria dos outros "estrangeiros" ou são jogadores em final de carreira (Suárez, p.ex.) ou pouco conhecidos internacionalmente. Enquanto isso, os europeus vêm aqui e levam promessas do futebol brasileiro que vão crescer e amadurecer lá fora, "aprendendo" o futebol que "eles" jogam. Uns vingam, outros caem no esquecimento. Por isso, a seleção brasileira é um poço de mediocridades.
Só não consigo entender a invasão de técnicos portugueses, como se fossem sumidades, originários de um país sem grande história ou tradição no futebol mundial. Dos jogadores, lembro apenas do do Eusébio e do Cristiano Ronaldo. Quem mais, por favor me ajude. Dos treinadores, não me lembro de nenhum.
Até o Oto Glória, que fez algum sucesso por lá, era brasileiro.
Um abraço"
Concordo com seu amigo .....
Mas o Arrascaeta caiu muito de produção
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