Engana-se quem pensa que vou escrever sobre mau hálito ou halitose.
Aqui e agora não se trata de mau hálito bucal, que nem sempre tem origem na boca.
O bafo de boca a que me refiro é a mentira, o boato infundado ou, modernamente, a fake news.
Atualmente milícias virtuais atuam na rede mundial de computadores, gerando e difundindo mentiras. Quase sempre.
Na minha juventude os meios de divulgação de boatos, maledicências, e até calúnias, eram outros.
Querem exemplos?
Fiquei muito curioso (e interessado) em conhecer alguém que pudesse confirmar que famosa cantora, popularíssima, mantinha um puteiro em Copacabana.
Todos os rapazes comentavam mas não tinham confirmação.
Tal endereço era valiosíssimo. Mas qual o quê, tudo não passava de "bafo de boca" de um fanfarrão que inventou a história.
Não sei como a poderosa empresa se livrou da pecha, abafou o boato e manteve a marca no mercado ainda por muito tempo.
Outra história que não consegui comprovar junto ao meu círculo de amigos, foi a de em certa agência do Banco Nacional, nas imediações da Av. Rio Branco, algumas funcionárias faziam programa.
Pena que não, porque eram jovens simpáticas e atraentes. Quase abri conta lá. Era (ainda sou) muito crédulo e o apelo do citado banco era o "do que está ao lado".
Em compensação, era pouco difundida, (mas verdadeira) a versão de que moçoilas que serviam cafezinho, com touquinha (lembram?), no balcão de um dos bares no Cento de Niterói, topavam programas por uma coisa à toa ... bastava ter automóvel.
E uma certa manicure de salão de barbeiro também iniciou muitos rapazes, na década de 1950, nos prazeres do sexo.
Não era "bafo de boca" de quem comeu e espalhou.
Nota: imagens colhidas via internet.
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