15 de fevereiro de 2023

DEMOCRACIA SEM JUDICIÁRIO?

 

O que têm em comum Benjamim  Netanyahu, Viktor Orbán, Nicolás Maduro e o nosso repudiado (por mim) Capitão Cloroquina?

Estamos falando de dirigentes de países localizados no Oriente Médio, na Europa, e na América do Sul.

Trata-se, portanto, de uma pandemia. Grassando mundo afora.

Todos os citados repudiam o poder judiciário. Todos querem colocar suas cortes supremas como puxadinhos do executivo.

Autonomia e interdependência entre poderes não interessa aos autocratas.

Nunca ouviram falar de Clístenes, com absoluta certeza, pelo menos o ex-presidente foragido (fugiu do pais), candidato a ser julgado como genocida.

Amigo de Trump, baba ovo de Putin, a quem foi emprestar solidariedade a pretexto de comprar fertilizantes para o nós.

Ter Trump como espelho e Putin com ídolo, são reveladores.

Essa aparente dicotomia, na verdade evidencia o quanto o capitão (do  Exército, tsk,tsk,tsk, que vergonha), não tem ideologia, posição política ou corrente filosófica, tem apenas paixão pelo autoritarismo.

Mas voltemos aos fertilizantes; sim, compramos fertilizantes da Rússia, é verdade, mas estamos longe de tê-los como únicos fornecedores.

Vejamos que além da Rússia, há outros países que se destacam na exportação de NPK, vejam o ranking completo:

Rússia: US$ 12,5 bilhões (15,1% do total de fertilizantes exportados)

China: US$ 10,9 bilhões (13,3%)

Canadá: US$ 6,6 bilhões (8%)

Marrocos: US$ 5,7 bilhões (6,9%)

Estados Unidos: US$ 4,1 bilhões (4,9%)

Arábia Saudita: US$ 3,6 bilhões (4,4%)

Holanda: US$ 2,9 bilhões (3,5%)

Bélgica: US$ 2,63 bilhões (3,2%)

Omã: US$ 2,6 bilhões (3,1%)

Catar: US$ 2,2 bilhões (2,6%)

Em resumo, em 2021 importamos em fertilizantes o total de:

Rússia: 2,2 bilhões

Canadá: 1,1 bilhões

China: 706 milhões

Marrocos: 687 milhões

Estados Unidos: 666 milhões

Belarus: 587 milhões

Israel: 420 milhões

Arábia Saudita: 374 milhões

Alemanha: 373 milhões

Catar: 314 milhões

Sabem o efeito disto, que agradou a Putin? Estamos financiando a invasão do território da Ucrânia. Ou contribuindo com US$ 2,2 bilhões em compras.

Qualquer coisa que significasse democracia plena desagradava ao estagiário de títere da direita radical.

Antigamente, de forma mais civilizada, incorporava-se uma área territorial ... comprando.

Compramos o Acre da Bolívia, e os USA compraram o Alaska do Império Russo.

Formas mais amigáveis.


"Questões de alcance permanente não se resolvem por considerações momentâneas."

(Rui Barbosa)



Notas:

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/10/intervencao-no-judiciario-e-acao-tipica-de-autoritarios-veja-exemplos-pelo-mundo.shtml

https://www.jota.info/stf/do-supremo/proposta-de-bolsonaro-para-o-stf-imita-paises-autocraticos-como-venezuela-e-hungria-26102022

https://www.brasildefato.com.br/2022/04/27/venezuela-conclui-reforma-no-supremo-com-escolha-de-novos-magistrados

https://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/01/internacional/1451682457_350312.html


3 comentários:

Jorge Carrano disse...


Nem vou tentar recordar as guerras por conquista territorial do passado remoto. Foram uma constante.

Vou mencionar, apenas, aquelas que acompanhamos, até hoje, com recaídas momentâneas, pela TV. Fui ao Google e Wikipédia:

Os territórios ocupados por Israel são áreas que foram capturadas à Jordânia e à Síria durante a Guerra dos Seis Dias. Territórios palestinos: são a Cisjordânia, que inclui Jerusalém Oriental, e a Faixa de Gaza; Território sírio: Colinas de Golã Território libanês: Fazendas de Shebaa.

Taiwan é uma ilha a cerca de 160 quilômetros da costa sudeste da China, cuja capital é Taipei. A ilha foi controlada pela China pela primeira vez no século XVII, sendo que em 1895 ela foi entregue ao Japão, depois da derrota chinesa na primeira guerra sino-japonesa.
A China e Taiwan estão envolvidos há varias décadas numa batalha de reconhecimento de soberania – uma guerra civil inacabada. E por causa da sua história, cada dia é um jogo de inquietações sobre questões não resolvidas do passado, pelo que é importante manter um equilíbrio delicado para garantir a paz.

As Ilhas Malvinas (também chamadas de Falkland) são um arquipélago remoto do Atlântico Sul. Com terreno irregular e costas repletas de penhascos, suas centenas de ilhas e ilhotas abrigam fazendas de ovelhas e uma grande variedade de pássaros. A capital, Stanley, fica localizada na Malvina Oriental, a maior ilha. Na cidade, o Museu das Ilhas Falkland tem galerias temáticas dedicadas à exploração marítima, à história natural, à Guerra das Malvinas, que ocorreu em 1982, e a outros temas.
A Argentina recorda que as ilhas, herdadas da coroa espanhola depois da independência, foram ocupadas por tropas do Reino Unido em 1833. O governador e os moradores argentinos foram expulsos para o continente.

O Brasil tem por lema o respeito à soberania, mas conveniências oportunistas, podem mudar esta filosofia.

Jorge Carrano disse...


Bem, já saímos na porrada por disputa territorial.

Parte do Estado de Mato Grosso foi assegurado numa guerra contra o Paraguai.

Houve uma disputa de território entre os dois países (a disputa era por um pedaço de terra que hoje corresponde ao Mato Grosso do Sul).

Agora, em represália, eles nos inundam com produtos contrabandeados e regularizam automóveis roubados no Brasil, dando propriedade a cidadãos paraguaios.

Jorge Carrano disse...


O post que está no link abaixo, foi o campeão, disparado, de acessos este ano:

https://draft.blogger.com/blog/statspost/week/1700309095653144445/4354037322707740555