15 de novembro de 2020

Nada do que foi será ...

 



 

Disse o poeta popular, complementando seus versos com “de novo do jeito que já foi um dia.”

Com relação ao futebol também é absolutamente verdadeiro. Esporte das massas, com regras simples, com prática acessível a todas as camadas sociais e movido por paixão, ganhou o mundo sendo praticado em todos continentes.

A FIFA, entidade internacional que disciplina e controla o futebol, tem mais países filiados do que tem a ONU, organismo político.

As regras eram, e são ainda, simples. Ao todo 17. Veja quais são acessando o link a seguir.

http://melhoresdafifa.50webs.com/regras%20do%20futebol.htm

O que tem modificado, nos últimos anos, são as chamadas “recomendações” da supramenciona entidade mundial. Modificações, diga-se, tanto para o bem quanto para o mal.

Senão vejamos. Colocar disponíveis 7 bolas para utilização durante as partidas foi uma ótima ideia, visando dar mais dinâmica aos jogos, com menos perda de tempo.

Ou seja, a máxima “bola p’ro mato que o jogo é de campeonato”, já não faz mais sentido. O mesmo se diga, e com o mesmo objetivo, com bolas atrasadas para os goleiros que não podem intervir com as mãos, senão quando atrasadas com cabeceio ou peitada, por exemplo.

Outra prática mais recente e a meu juízo muito oportuna foi a altura do corte da grama, que claramente, mais curta, dá mais velocidade ao jogos, mister se for irrigado, molhado, como feito agora, antes e no intervalo das partidas.

Foi-se o tempo em que um bom center-half, tipo Danilo, recebia a bola, amortecia-a no peito, colocando-a escravizada, submissa, no gramado, levantava cabeça e lançava a 30 ou 40 metros para seu companheiro bem colocado no ataque, que na época contava com 5 jogadores.

Nesta época a velocidade do jogo era outra, os jogadores corriam alguns pouquíssimos quilômetros durante a partida. Didi, um talentoso e elegante jogador de meio-campo, até consagrou uma frase: “quem tem que correr é bola”.

Os jogos eram disputados num ritmo mais lento e, cá para nós, não poderia ser diferente. Lembro que os jogos do Campeonato Carioca, o mais charmoso e acompanhado - pelo rádio – em todo o país era o do Rio de Janeiro, então capital da República.

Esta era, talvez, a razão pela qual os jogos do “carioca” eram os mais prestigiados. A transmissão para todo o país, em ondas curtas. Afinal era o campeonato do Distrito Federal.

Tal fato permitiu que os clubes cariocas, em especial os seis chamados grandes (na época) conquistassem torcedores em todas as regiões, especialmente no Norte e Nordeste.

Mas eu aludia ao ritmo mais lento do futebol e acabei divagando. A lentidão permitia que os jogos, no Rio de Janeiro, fossem disputados aa 15:15 h. Horário , hoje, impensável.

Às 13:00 horas tinha a preliminar de aspirantes. Mas a sequência disto só amanhã, ou depois, quando voltarei ao tema.

6 comentários:

Jorge Carrano disse...


Para nossa alegria o amigo Carlos Lopes vai compartilhar esta série reminiscente, escrevendo sobre suas memórias futebolísticas.

Vamos tentar avançar no tempo até os humilhantes 7X1 ou até a introdução do famigerado VAR.

Riva indo para a Z4 disse...

... famigerado ou FLAmigerado ?

Jorge Carrano disse...


Nós falaremos, Riva, de Pinheiro, do pó-de-arroz, de Zezé Moreira e da marcação por zona.

De Castilho e Veludo a seleção ao mesmo tempo.

Seu tricolor também tem história.

RIVA rumo ao Z4 disse...

Acompanho desde 1958, quando lembro do último jogo da final da Copa. Aí escolhi meu time em 1959, o FLU.

Hoje, analisando friamente a "evolução", posso tranquilamente pontuar coisas boas e ruins na minha humilde opinião :

BOAS
- a mudança da cor da bola, se não me engano na década de 70. Ficou 100% mais visível.
- a introdução dos cartões amarelo e vermelho.

RUINS
- a mudança do layout dos estádios : acabaram com os geraldinos, com a bunda no cimento quente, com a bandinha, bandeiras, até o formato das redes nas balizas.
- VAR
- 3 pontos por vitória
- critério na utilização dos uniformes nos jogos, descaracterizando os tradicionais.Nunca confundiram ninguém, nem na TV.
- excesso de competições continentais - calendário absurdo.

AINDA SONHO COM O FIM DA ABSURDA REGRA DO IMPEDIMENTO.


Jorge Carrano disse...


Hamilton conquista o heptacampeonato. Ele é fera mesmo. Embora tenha o melhor carro no momento.

Jorge Carrano disse...


O que foi aquele jogo Brasil 1 X 0 Venezuela?

E o VAR procurando pelo em ovo? Acho que o juiz do VAR ficou empolgado e
quis aparecer. Só faltou interferir em bola pela linha lateral.

Será que não há uma pessoa sensata pensando em rever o uso desta tecnologia na forma atual? Ou abolir de vez?

O chip na bola, como na Inglaterra, já resolve o fundamental que é o gol.