Chororô da Dilma e parlapatice do Cunha

Ri muito com meus botões ao ouvir no noticiário radiofônico e ler na imprensa que Eduardo Cunha vai recorrer da decisão do STF, que o afastou da presidência da câmara dos deputados e suspendeu seu mandato.

É uma atitude no mínimo ridícula. A quem ele quer enganar?

Gente do céu! Ele perdeu de 11x0, ou seja, placar pior do que os 7x1 que a Alemanha nos impôs, e diz que vai recorrer. Inda que mal pergunte recorrer para quem ou para onde?

Nas sábias palavras de Rui Barbosa, o Supremo Tribunal Federal tem o direito de errar por último. Mais alta corte do país, guardião da Constituição,  o STF, através de seu colegiado composto de 11 ministros tem a última palavra em matéria legal.

Se em decisão plenária ele foi afastado por 11 votos a zero, como espera reverter esta decisão? Está delirando, ou comeu feijoada à noite, ou está jogando para a arquibancada. Péssima atuação, aliás.

Se estiver em seu juízo perfeito sabe que está perdido. Não está “perdido e mal pago” porque se aplicou devidamente tudo o que afirmam que recebeu em propinas poderá viver em berço esplêndido até o final de seus dias.

Sem contar que como não perdeu o mandato, ainda, porque este só o plenário da casa parlamentar poderá tirar, e ainda poderá contar com moradia (a casa oficial) e metade do salário.

Já o chororô de Dilma de que está sendo vítima de golpe, além da falta de embasamento legal, também é de uma bizarrice sem tamanho. O impeachment é um remédio prescrito pela Constituição Federal, para casos extremos, para casos de crimes de responsabilidade.

Ela não conseguiu míseros 171 votos, dos 513 disponíveis na câmara dos deputados, para barrar a denúncia de prática  dos crimes apontados na denúncia.

Já não havia conseguido na comissão de impeachment formada na câmara segundo os moldes determinados pelo STF.

Não conseguiu na comissão do senado a rejeição do parecer do relator, perdendo por 15 votos contra 5 .

Como disse o senador/relator, na comissão do senado, replicando o discurso monocórdio do chefe da AGU, que repercute o mantra de Dilma de que ela está sofrendo um golpe, como pode haver golpe num processo com julgamento público, transmitido pela TV ao vivo, e acompanhado passo-a passo pela imprensa nacional e estrangeira, com amplo direito de defesa e contraditório?

E os panelaços e manifestações nas ruas em todo o país, de iniciativa de gente de todos os níveis sociais?

Os que se manifestam contra o impeachment, gente do povo, estes sempre foram minoria, mesmo remunerados. É sabido, e provado, que cada manifestante tinha direito a ônibus, um sanduíche e ainda R$ 30,00. Além, claro, do kit passeata, composto de boné e  bandeira do MST, e da CUT.

Golpe deu o PT, de Lula e seus asseclas. Vítimas fomos nós. Principalmente os 11 milhões de desempregados, os 200 mil micro e pequenos empresários que fecharam suas firmas, e a nossa maior empresa, outrora orgulho nacional, assaltada pela quadrilha escudada pela sigla partidária que se propunha a ser dos trabalhadores.