Aqui no Brasil, quando um técnico de futebol fica mais de uma
temporada no mesmo clube o fato é reputado como extraordinário. Enquanto isso, no futebol inglês, o técnico José Mourinho
renovou seu contrato com o Chelsea por mais quatro anos. Arsène Wenger (francês) está no Arsenal há 19 anos. E Alex Ferguson (escocês) ficou 26 anos do Manchester United.
O planejamento e a organização são fundamentais também no
futebol. Os clubes ingleses têm altas receitas porque oferecem um campeonato
bem planejado, com jogadores de alto nível, de todas as partes do planeta.
E as ligas trabalham em defesa do futebol. Do negócio futebol.
Por falar em receitas, sabem quanto recebe o último colocado na
Premier League, ao final da temporada? O equivalente em libras a trezentos e
oitenta milhões de reais. Diz um clube aqui do Brasil que tenha esta receita
anual. Acho que nenhum tem. Lá o critério de distribuição da renda decorrente da
TV é mais equânime.
E as receitas de bilheteria são fantásticas. A média de
público nos estádios é de 37.000 torcedores por jogo. Isto porque muitos clubes
têm estádios antigos, com capacidade menor de público. Perdem apenas para a
Alemanha, onde a média de torcedores é de 43.000 por jogo.
No Brasil, quando um jogo tem público de mais de 30.000
torcedores, vira manchete na imprensa. Claro, tem exceções. Algumas partidas
mobilizam mais por uma ou outra razão. Mas mesmo Flamengo e Corinthians, para
citar torcidas maiores, jogam para público de
menos de 15.000 torcedores.
O futebol inglês criou condições para ser uma vitrine
mundial. Os gramados, como regra geral, parecem de veludo. A grama é cortada
curtinha e é molhada antes das partidas.
Estas medidas dão velocidade ao jogo.
Sem contar que meros contatos físicos não são marcados como
faltosos. O jogo flui mais, fica mais emocionante, mais agradável de ver. Não
tem futebol burocrático.
No sábado dia 8, no início da primeira rodada da temporada
2015/2016, jogando em casa, o time do Chelsea apenas empatou com o considerado
modesto Swansea, da cidade de mesmo nome, no País de Gales.
Este clube galês tem uma história fantástica. É preciso
entender como funciona a Football League, para compreender como e porque uma
equipe fora da Inglaterra pode disputar
o campeonato inglês. A escalada foi da quarta até atingir a primeira divisão,
onde vem se mantendo dignamente.
O pior aconteceu com o Arsenal, no domingo, que perdeu em
casa, no magnífico Emirates Stadium, para o também londrino West Ham, por 2x0.
Resultado absolutamente imprevisível, se considerada a pré-temporada dos Gunners
e a qualidade do elenco. Sem contar os fatores campo e torcida.
Os Red Devils (Manchester United) venceram os Spurs
(Tottenham), no jogo de abertura, logo pela manhã de sábado. Assim como o Liverpool
também venceu sua primeira partida.
Salvo um destes
acontecimentos que só o futebol, dentre os esportes coletivos, pode oferecer,
são candidatos ao título desta temporada: Chelsea, Liverpool, Arsenal e os dois
Manchester (United e City).
Mas não acontecerá o que ocorreu na temporada
2014/2015, quando o Chelsea conquistou o título com 8 pontos a frente do segundo
colocado. Haverá, penso eu, mais equilíbrio este ano.
No campeonato inglês, tradicionalmente, as partidas são
disputadas nos finais de semana, em diferentes horários, de sorte que os
aficionados por futebol podem acompanhar várias partidas, nos estádios ou via
transmissão televisiva.
Ah! E tem jogo toda segunda-feira, à noite, porque quem
trabalha sábado e domingo também é filho de Deus e tem direito a futebol nos
estádios. Todos os times jogam uma partida nas segundas-feiras ao longo do
campeonato.
Na abertura do campeonato francês, o PSG venceu o Lille, na
casa do adversário e mesmo jogando com apenas 10 desde o primeiro tempo (houve
jogador expulso). A superioridade do PSG é enorme. Desde a chegada do capital
de um grupo do Qatar, o PSG passou a ter elenco não para disputar a liga
francesa, mas sim a Champions League.
Enfim gente, se querem assistir futebol, liguem seus televisores
nos canais FOX Sports ou ESPN.
Aqui, neste país devastado econômica e moralmente, o Vasco me
envergonha e entristece. Neste último final de semana a única alegria, desde
que o Arsenal perdeu e o Vasco empatou, foi a derrota do Flamengo para um time
com a camisa do Vasco (KKKKK).
15 comentários:
Foi um fim de semana trágico para os times do RJ, em todas as séries. Nenhum conseguiu marcar 1 gol sequer !
A jogada mais bizarra da rodada foi sem dúvida a tentativa de gol contra do zagueiro do Vasco, perante seus 40.000 torcedores no Maraca. Não conseguiu fazer o gol, e por isso, sobreviveu ... rsrsrsrs !
Meu FLU não entrou em campo. Um bando, mal escalado, e com o tal do Ronaldinho Gaucho nitidamente fora de forma, sem tempo de bola. Já perderam o respeito por ele em campo.
Eu não tenho dúvida de que na 4ª feira o FLU vai ressuscitar o Inter, que levou uma chinelada vergonhosa de 5x0 para o seu maior rival. Lamentável.
A nota triste ficou por conta da belíssima torcida do Atlético Paranaense, nas arquibancadas, porque lá fora as organizadas brigaram feio entre si, e um rapaz de 21 anos está entre a vida e a morte no hospital.
Por isso tudo, Viva o futebol inglês, sua organização e civilidade (atuais), mas que mesmo com técnicos estáveis em seus cargos, não ganham Copas do Mundo, nem conseguem fazer bonito em nenhuma delas.
#VaiDilma
#VemPatricia
#FicaCristovao
Caro Riva,
Não misture alhos com bugalhos. O que tenho elogiado é o futebol jogado na Inglaterra. Neste mesmo post falo de jogadores de todas as partes do mundo integrando as equipes da Premier League. E quase todos jogam nas seleções nacionais de seus países.
Outra coisa é a seleção inglesa, que não pode contar com os jogadores que participam do campeonato nacional. Na equipe titular do Arsenal, por exemplo, tem um único e miserável jogador inglês (Alex Oxlade-Chamberlain). Houve um momento na temporada 2013/2014 que em alguns jogos nem os sete do banco de reservas eram ingleses.
Assim como os técnicos vencedores não são ingleses:
Confira todos os técnicos campeões desde 1992/93
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 1992/93
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 1993/94
Kenny Dalglish (escocês) - Blackburn Rovers - 1994/95
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 1995/96
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 1996/97
Arsène Wenger (francês) - Arsenal - 1997-98
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 1998/99
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 1999/2000
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2000/01
Arsène Wenger (francês) - Arsenal - 2001/02
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2002/03
Arsène Wenger (francês) - Arsenal - 2003/04
José Mourinho (português) - Chelsea - 2004/05
José Mourinho (português) - Chelsea - 2005/06
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2006/07
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2007/08
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2008/09
Carlo Ancelotti (italiano) - Chelsea - 2009/10
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2010/11
Roberto Mancini (italiano) - Manchester City - 2011/12
Alex Ferguson (escocês) - Manchester United - 2012/13
No ano passado foi o português José Mourinho, de novo.
Bem ou mal (assim como nossa conquista em 1962 (com fatores extracampo) a Inglaterra ganhou a Copa.
Esqueci de mencionar 1966.
Explica pra gente um pouco desse campeonato inglês, que mistura Gales, mas não tem Escócia. Como é isso, Carrano ?
Olhem esse link :
http://espn.uol.com.br/noticia/534688_ingleses-sao-responsaveis-por-menos-de-25-dos-gols-na-premier-league?utm_content=bufferd3958&utm_medium=social&utm_source=twitter.com&utm_campaign=buffer
E nem Irlanda, Riva.
Que têm competições nacionais organizadas. Os clubes galeses, que não são bobos nem nada, preferem estar filiados a Football League. Atualmente existe um único clube galês na Premier League inglesa, que é o Swansea, mas já houve temporada em que teve dois participantes, porque o Cardiff conseguiu sua subida para a primeira divisão. Mas eles tiveram que ingressar na quarta divisão e ir ascendendo.
No Arsenal joga um galês bom de boal que é o Ramsey. Mas o melhor galês em atividade joga no Real Madrid, que o é Bale.
A explicação pedida por você é um pouco longa. No sitio a seguir tem umas informações preliminares que acho serão suficientes.
http://espn.uol.com.br/post/323501_premier-league-tera-classico-gales-entenda-por-que-eles-jogam-na-inglaterra
Sobre a porcentagem de gols feitos por ingleses, diria que no Brasil esta marca será alcançada não demora (vergonha), pois nossos artilheiros são Guerrero, Pratto, e outros gringos que pululam por aqui.
Convenhamos que numa liga nacional "apenas" 25 % dos gols serem marcados por nativos é muito pouco. Nós chegaremos lá, às avessas.
Popularidade de jogadores na Inglaterra:
http://espn.uol.com.br/noticia/543654_sabe-quais-sao-os-jogadores-mais-odiados-e-mais-amados-do-futebol-ingles
Real Madrid:
http://espn.uol.com.br/noticia/544255_real-anuncia-faturamento-quase-igual-a-dos-20-times-mais-ricos-do-brasil-juntos
Os preços no Emirates causam polêmica:
http://espnfc.espn.uol.com.br/arsenal/arsenalismos/6426-ninguem-aguenta-os-precos-do-emirates
Muito bem colocado.
http://espnfc.espn.uol.com.br/arsenal/arsenalismos/6535-tamanho-de-clube-nao-e-documento
Não existe mais futebol inglês:
http://espn.uol.com.br/noticia/557104_del-bosque-critica-predominancia-estrangeira-na-premier-league-nao-ha-mais-futebol-ingles
Bom exemplo. Será que no Brasil daria certo? Ou iria virar festival de funk?
http://espn.uol.com.br/noticia/566525_clube-alemao-bate-recorde-de-publico-em-festa-natalina-no-estadio
No Campeonato Brasileiro a média de público é baixíssima. Enquanto isso, na Inglaterra, em divisões inferiores a presença de torcedores é muio boa:
http://espn.uol.com.br/noticia/602286_finais-das-2-3-4-e-5-divisoes-na-inglaterra-levam-quase-200-mil-pessoas-ao-wembley
Vejam o tamanho dos investimentos na Europa:
http://extra.globo.com/esporte/estudo-aponta-manchester-united-como-clube-que-mais-gastou-com-elenco-confira-ranking-20223272.html
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