25 de junho de 2014

Quem diria?

Luiz Gustavo
Quem diria?  Os jornalistas esportivos  que criticavam o Scolari e sua teimosia em jogar com volante pegador, e achavam que o Luiz Gustavo era uma espécie de pitbull, agora se rendem à eficácia do jogador do Wolfsburg, na Alemanha.

Foi muito bem avaliado depois das partidas, com desempenho melhor do que o dos badalados Marcelo e Daniel Alves.

Antigamente, na minha infância, o garoto cuja família podia, tinha mais po$$e$, tinha a bola de futebol  fabricada pela Superball, só que a nº 3, que era de diâmetro menor, própria para a garotada.

Na rua São Diogo, onde morei a maior parte da infância, uma vez fizemos uma vaquinha para poder comprar a tal bola, que tinha, como a oficial do campeonato carioca, uma câmara de ar para ser enchida com bomba (de pneu de bicicleta) e um bico especial.

Se bem me lembro contribuí com uma moeda de um mil réis, que ganhara de minha madrinha.

Afonsinho
Houve um jogador do Botafogo, de nome Afonsinho, que violentou os costumes da época e deixou a barba crescer. Foi o maior fuzuê no clube e na imprensa. Ele, que era a apenas razoável, ganhou notoriedade. Saiu do Botafogo brigado e teve que recorrer à justiça para obter liberação de seu “passe”. Salvo engano, depois formou-se em medicina. E o costume da barba grande não pegou.

Atualmente muitos dos jogadores que atuam em diferentes seleções que estão disputando a Copa de 2014, aqui no Brasil, têm barbas grandes. Não me refiro a barba “por fazer”, e, sim, a barba comprida mesmo. Ou ridículos cavanhaques.

Um pouco antes e um pouco depois de nosso primeiro título mundial, além de amistosos e da competição continental (Sul-Americana), o Brasil disputava taças*, em anos alternados, com alguns dos vizinhos. Assim, havia a Taça Oswaldo Cruz, que disputávamos como Paraguai; a Taça O’Higgins, disputada contra o Chile, e a Copa Rocca era disputada com a Argentina. Tinha uma com o Uruguai cujo nome não lembro.

Pois muito bem, neste período, é só pesquisar, tirante Argentina e Uruguai, adversários poderosos e respeitáveis, todas as outras seleções sul-americanas eram mamão com açúcar.

Os resultados eram do tipo Brasil 9 X 0 Colombia; Brasil 7 X 1 Equador. Em 1959, ganhamos do Chile por sete  a zero, pela tal Taça O’Higgins.

Agora vamos enfrenta-los pela Copa do Mundo versão 2014 e estamos com receio. Fundado receio. O Chile tem uma equipe bem treinada, com jogadores habilidosos e um ótimo jogador, que atua pelo Barcelona, que  é o Alexis Sanchez.

Perguntei para minha mulher, antes do jogo: o que você prefere, a muzzarela** de búfala (italiana) ou o doce de leite (uruguaio). Prontamente ela respondeu muzzarela. E efetivamente torceu para a Italia. Mas deu Uruguai, apesar do Luiz Suárez, bom jogador mas destrambelhado.

Mordida ele já deu quando jogava na Holanda, e na temporada passada jogando na Inglaterra, quando pegou dez jogos de suspensão, prejudicando muito o Liverpool que ainda assim ficou com o vice-campeonato inglês.

Agora vamos aguardar o que fará (fará?) o comitê disciplinar da FIFA.



** Muçarela, mozzarella, mussarela, pouco importa a grafia, é aquele queijo tipo napolitano delicioso quando feito com leite de búfala.
  

4 comentários:

Anônimo disse...

Copa Rio Branco - entre Brasil e Uruguai.
Foi disputada entre 1931 e 1976.
Brasil ganhou 7 vezes e Uruguai 4 vezes. Teve um ano em que os dois foram declarados campeões porque empataram 3 vezes.
De nada!

Jorge Carrano disse...

Obrigado!(rsrsrs)
Com sua lembrança fui ao Google e encontrei um post excelente em:
http://impedimento.org/diario-de-1950-vencendo-o-uruguai-na-copa-errada/

Apareça sempre, Anônimo.

Riva disse...

Apesar de fanático por futebol, nunca acompanhei muito ou torcia pelo Brasil nesses torneios citados.

Mas lembro que minha mãe, que gostava muito de futebol, quando se tratava de Brasil, falava que esses jogos entre Brasil, Uruguai e Argentina, eram verdadeiras batalhas campais, com poucas testemunhas. Era pra macho mesmo, segundo ela. E sem TV para registrar.

E eu também vivenciei, como registrou o Carrano, goleadas homéricas do Brasil nessas seleçõezinhas todas da América do Sul. Nem altitude incomodava. 5x0 era normal.

Ontem tivemos um mini debate no Twitter sobre a célebre afirmativa atual : "Não tem mais bôbo em futebol". É a tal mentira falada 1000 vezes, que se transforma numa verdade.

Tem bôbo sim ... somos nós !

Essa frase é usada para mascarar a incompetência dos nossos dirigentes e treinadores em montar uma seleção brasileira com as nossas características ; não com as européias que difundiram pelo planeta, com a tal globalização que atingiu também o mercado do futebol.

Podemos (e devemos) repensar tudo isso.
Dá tranquilamente para montar outra seleção brasileira, com jogadores que ainda não foram atingidos pelas técnicas e estratégias européias, e dar um banho nos gringos com o verdadeiro futebol brasileiro. Além de cooptar a verdadeira torcida pela amarela, não essa aí, sem geraldinos e arquibaldos verdadeiros, que como eu, não enxergam nesses mercenários nenhuma representatividade do nosso futebol.

Mas reconheço que tudo isso é uma utopia.
O cara que tentar uma reviravolta dessa não sobrevive nesse mercado corrupto do futebol. Não sobrevive do verbo sobreviver mesmo.

Ana Maria disse...

Não acompanhava os campeonatos citados no post por que nunca fui fanática por futebol, mas me lembro da Copa Roca e das inúmeras partidas do Brasil com países sul americanos que terminavam em pancadaria.
Gosto dos esportes bem disputados e com saudável competitividade e me assusta ter que enfrentar um time aqui do continente nas próximas rodadas. Eles despertam toda a agressividade de nossos atletas.