16 de setembro de 2013

Canário-da-terra

Imagem Google
Estava no ônibus, chegando ao terminal rodoviário, quando vi no canteiro central que separa as pistas, pousado no gramado e bicando algum tipo de alimento, um canário-da-terra.



Na minha infância, nos anos 1940, quando não havia preocupação com preservação de espécies animais ou vegetais, tive um canário-da-terra em gaiola. Cantava bastante, mas um pouco menos do que o coleiro-do-brejo do vizinho.

Imagem Google
Não via um canário há muitos anos. A última vez foi na casa de minha sobrinha Andrea, em Maricá. Não preso em gaiola, mas sim em liberdade na natureza. Pousado no muro da casa, imponente, com seu amarelo bem característico, buscava algum alimento num dos pés de arvores do quintal.

Quando me manifestei apontando o canário que já me parecia extinto, alguém me disse que lá, em Maricá,  ainda existem (ou existiam na época) muitos indivíduos da espécie e que é comum avistarem-se alguns pequenos bandos.

Pequeno bando de canário-da-terra (imagem Google)
Mas desde aquela época há, sei lá, cinco ou seis anos, não via um exemplar do nosso canário nacional. E fiquei muito feliz por tornar a ver um deles em pleno centro da cidade, num local imensamente poluído, pois  numa rua de intenso tráfego. Muito ruído e gás carbônico.

Acho que nos primórdios deste blog contei que meu pai tinha canários roller, que são híbridos. Não éramos  exatamente criadores, embora tivessemos  conseguido reprodução de alguns tipos muito valorizados, como os vermelhos, os rosados e os ágatas.

Que bom que o canário está se adaptando à vida urbana, como os bem-te-vis, e os sanhaços já o fizeram. E tomara que o que avistei não seja um caso isolado.

3 comentários:

Freddy disse...

A cada dia, com menos árvores, é cada vez mais difícil ver pássaros nas ruas da cidade. Por aqui ainda vejo bem-te-vis e andorinhas (como são resistentes!).
Quem mora no Jardim Icaraí há de lembrar frondosa árvore num estacionamento da R. Domingues de Sá, entre Rua Nóbrega e R. João Pessoa. Eis que o terreno foi vendido e nele hoje se encontra um moderno prédio.
Por que o texto me lembra essa árvore? Porque ela era MUITO grande e todo dia à tarde, ouvia-se o chilrear de incontáveis pássaros que ali nidificavam. Quando ela foi derrubada, durante alguns dias os mais atentos perceberam inúmeros pássaros (não saberia identificá-los) vagando sem rumo nas redondezas, até desaparecerem.
Foi um desastre ambiental.
Ninguém liga...
=8-/
Freddy

Riva disse...

1ª vez na minha vida que leio o verbo NIDIFICAR !!

Generalidades Especializadas é incrível mesmo !!

Acho que já escrevi sobre o assunto, em comentários, mas posso novamente colocar que quase não existem mais pardais em Icaraí, e isso é incrível, tendo em vista que a Lopes Trovão, todos os dias às 17h, era uma loucura com o chilrear dos pardais em todas as árvores .... não sei se estavam nidificando .... rsrsrs

Jorge Carrano disse...

Pardais, agora, só os eletrônicos que nos impõem multas (rsrsrs)