Por
Claudia Carrano
Florianópolis - SC
Mães...
Quando a tia Ana me pediu que escrevesse algo para o Dia das Mães para o blog do tio Jorge, me pareceu uma tarefa fácil... a princípio...Essa coisa de escrever de encomenda é complicado.
A última vez foi no mestrado e eu pelo menos conhecia a banca; agora eu estou no escuro, não sei quem é meu admirável público!
Depois, refletindo sobre o assunto, decidi que falaria sobre a minha mãe, de quem eu sinto uma imensa saudade. Não, muito melancólico!
Então, só me restou falar da minha experiência como mãe. “Ser mãe é padecer no paraíso”. Até a parte do padecer eu já entendi. O mais perto que eu cheguei até agora do paraíso vem numa caixinha com tarja preta que eu compro com um receituário azul. Ressalto que o receituário que é azul e não o comprimido...
É que meu filho e eu estamos numa fase complicada, estamos na adolescência. Sabe jogo de videogame: cada fase mais difícil que a anterior?
E sem direito a manual nem ajuda dos universitários.
Aos que pensam que seu filho adolescente pode ser irritante, se achar o dono da verdade e querer ter sempre a última palavra, experimente ter um filho virginiano...
A sorte dele é que eu sou uma ótima contadora. Quando penso em tudo que eu investi para que ele ficasse com aqueles maravilhosos dentes brancos e perfeitamente enfileirados eu me controlo.
Mas, Deus em sua infinita sabedoria, nos enche de uma coisa que só quem é mãe conhece em sua plenitude; que é um amor tão profundo, tão grande, tão incondicional; que faz com eles sejam a nossa razão de viver. Produzem as nossas risadas mais gostosas, enchem o nosso peito do maior orgulho por pequenos feitos, nos fazem chorar como crianças ao menor sinal de amor ou gratidão pelo que damos sem esperar absolutamente nada em troca.
E se, realmente algum dia, num bate papo celestial, eu tiver que justificar a minha passagem por aqui, eu direi que o meu maior feito foi o meu filho.
Feliz dias das mães a todas.
Notas do Editor:
1) Não existe nos arquivos do blogueiro foto atual da autora do texto. Esta, editada, é da época em que ela era filha da mãe. Agora é mãe.
2) Se você pensou que estavamos diante de um caso de nepotismo explícito, antes de ler o post, certamente está convencido de que a Claudia tem talento. Seu delicioso texto tem muita irreverência e ironia, só para ficar na letra "i". Mas a ironia é fina, delicada, sutil e a irreverência bem light.
3) Os tios Ana Maria e Jorge, citados no primeiro parágrafo, são minha irmã, figura assídua do blog, como comentarista e colaboradora com posts publicados. O Jorge é o editor/blogueiro.
4) Outro post criativo, bem-humorado, da Claudia, poderá ser lido em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2010/01/viagens.html
4) Outro post criativo, bem-humorado, da Claudia, poderá ser lido em http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2010/01/viagens.html
11 comentários:
Hmmm, Florianópolis... Preciso conhecer melhor, minha experiência foi lá para o lado de Jurerê, não cheguei a sentir o pulsar da cidade.
Tive filha de Virgem, nem de longe me embranqueceu os cabelos como a de Touro... Já minha falecida mãe era virginiana e esquentou a cabeça de uma família inteira!
Tá certo, sou pai e a experiência plena de ser mãe não me é permitida, só de longe, observando. Constato que, de fato, minha esposa é capaz de se anular (e a mim) quando se trata de ajudar nossas filhas já crescidas e casadas, de sorte que ser mãe deve ser uma experiência realmente sublime.
Grande abraço a todas as mães.
Freddy
Claudia,
Achei um barato!
Beijinho da tia.
Claudia,
Wanda não é uma Carrano de origem, é agregada. Mas nem por isso deixa de ama-la, e as suas irmãs, como sobrinhas de sangue.
Nos comentários "em off" aqui em casa, ela achou muito divertido (está igual a pinto no lixo com seu tablet).
De minha parte reitero os agradecimentos pela colaboração com o blog.
Beijo
Também gostei, pela demonstração de amor saudoso com a mãe e o amor como mãe.
Além disso bem-humorado. Parabéns!
Helga
Como sempre, brilhante. Bem humorado e verdadeiro.
“Ser mãe é padecer no paraíso”. Até a parte do padecer eu já entendi. O mais perto que eu cheguei até agora do paraíso vem numa caixinha com tarja preta que eu compro com um receituário azul."
Destaco este trecho que achei criativo, com fino humor.
O blog precisa dar mais espaço para a autora do post.
Abraços
Ha Ha Ha Ha Ha!
Adorei, Claudinha!
Beijo da prima emprestada (que te quer como de sangue) e parabéns pelo seu dia.
Claudinha,
Muito divertido, adorei a parte do "video game". Gostei do estilo, humor fino e inteligente. Parabéns pelo Dia das Mães e pelo texto! Bjs Jr.
Modéstia a parte, é minha sobrinha. hahaha
Atrasado, deixo um bj no coração de todas as mamães que acessam o blog, extensivo às suas famílias.
À Cláudia, com toda tranquilidade e certeza, afirmo que daqui a 20 anos vc vai estar falando exatamente a mesma coisa, só que a respeito de um homem de trinta e poucos anos ....e daqui a 40, do seu neto também.rsrs.
Comemorando o Dia das Mães, registro o belo show que assistimos ontem de madrugada do Erasmo Carlos, no Bar do Meio. Casa cheia de cabelos brancos, velhas e eternas canções, muita emoção, uma noite especial, com pessoas especiais. Valeu demais !
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