30 de abril de 2010

Reencarnação

Não sei se acredito em reencarnação. Das coisas do espírito já vi e ouvi tanto, que acabo por não duvidar de nada. Então ficamos assim: não acredito, mas também não duvido.

Posição coerente de quem é ímpio, como declarado no perfil, mas que tem fé em São Jorge. Vai entender?

Aproveito para deixar claro que me qualifico como ímpio no sentido (está no Aurélio) de quem não tem fé, é incrédulo.

Pelo sim e pelo não, admitindo que haja reencarnação, eu passo. Me exclua desta quem decide. Tou fora!

Uma só vida neste mundo já é mais do que suficiente.

Imagina voltar à Terra e conviver, de novo, com mochilas e motocicletas. E seria inevitável. Hoje em dia todo mundo usa mochila. Homens e mulheres, jovens e velhos, gordos e magros, altos e baixos, educados e deseducados.

Se você tem a infelicidade de estar num elevador e entra alguém gordo, com uma enorme mochila nas costas, prepare-se para ser atingido por uma mochilada. O sujeito entre e ao se virar para se ajeitar, ficar de frente para a porta, leva de roldão o que estiver a sua volta, no caso, outros ocupantes.

Se o fulano é alto e gordo, e gordo todo mundo é hoje em dia, o elevador com capacidade para 8 pessoas, fica lotado com 3. E a mochila dele vai espremendo seu peito.

Você já viu, é lógico que já, a menos que não tenha viajado de ônibus nestes 3 últimos anos, o cara que entra com sua cangalha, perdão, mochila, e vai dando safanão na cabeça de tantos quantos estejam sentados no banco junto ao corredor?

E quando ele vai sentar? Tem que tirar a mochila das costas, e neste ato, a mochila vira uma arma mortal. Se acerta você é nocaute na certa.

E as mochilas estão cada vez mais cheias. A sensação que se tem é de que o mochileiro carrega, tal qual o caramujo, sua casa inteira nas costas. No caso das mulheres, o guarda-roupa completo, incluindo uns 10 pares de sapatos.

Faltará espaço para falar, mal, das motocicletas. Perdão, melhor dizendo, dos motociclistas. Melhor ainda, da maioria deles. Para eles eu desejo o fogo do inferno, pelo risco a que me expõe no trânsito, pela barulheira infernal, pelo atravancamento das calçadas onde estacionam, por serem o tipo de pessoa que são, irresponsáveis. Sem contar que atualmente, montado numa moto, pode estar um assaltante ou assassino de aluguel.

Lembro que já ouvi, só não me recordo de quem, que gostaria de ser reencarnado num cachorro. Eu, nem em cachorro. Imagina você voltar ao mundo na China.

2 comentários:

economia: crise-ou-fraude? disse...

Beleza! Plena lucidez.

Abraços.

Jorge Carrano disse...

Obrigado, caro visitante.