8 de novembro de 2022

Precisamos de um ídolo, urgente!

 

Não, não falo de política, refiro-me ao Clube de Regatas Vasco da Gama.

Que nossa torcida é apaixonada, laureada, ninguém tem dúvida. Está aí o título conquistado de patrimônio imaterial e cultural conferido pela Assembleia Legislativa Carioca.

Mas o fato, acho que  também inconteste, é que ela envelheceu. O fenômeno ficou mais claro desde segunda-feira, dia seguinte ao do retorno à séria "A" do futebol brasileiro.

Aliás os  quatro rebaixamentos, nos últimos anos,  e a falta de um ídolo de verdade, daqueles  que a garotada quer vestir a camisa e exibi-las no playground,  são fatores que inibem a renovação e crescimento, levando ao quadro que observo de envelhecimento.

Passeando no calçadão, hábito que conservo, verifiquei vários torcedores caminhando, envergando a camisa do Gigante da Colina ... todos coroas ou balzaquianas.

A própria palavra que escolhi para qualificar as mulheres que torcem pelo Vasco, demonstra o quanto são antigas: balzaquianas.

Esta palavra saiu da moda e costume de linguagem há um bom tempo. Desde quando o famoso escritor e político Honoré Balzac faleceu, no século XIX 😊😊😊.

Não vi nenhum menino ou menina vestindo a camisa do clube. Claro que pode ser, em pequena escala, por vergonha em face das últimas temporadas do time, a falta de títulos, que é um fator que agrega.

Mas pesa mais, na minha visão, não  termos um ídolo que vende camisas e consequentemente   leva  à divulgação e promove a propaganda do clube, o que engrossa a torcida.

Cadê um Romário? Um Roberto? Um Edmundo (Animal)? Indo mais para trás,  um Ademir, um Vavá, e outros. O último, que me lembre, foi o Juninho Pernambucano. E faz tempo.

Uma das soluções é não vender os direitos federativos das jovens revelações, para fazer  caixa; e com a manutenção deles no clube, amadurecendo e brilhando, velos se transformar em ídolos.

Temos agora, quem sabe, o Figueiredo, o Andrey Santos, o Eguinaldo?

Tenho saudade do tempo em que dividíamos o Maracanã, com o Flamengo (fifty-fifty), e com o Ramalho convocando a manifestação de nossa torcida com seu toque executado no talo de mamão, e a Dulce Rosalina puxando o casaca.

8 comentários:

Jorge Carrano disse...


Somos uma torcida de veteranos.

Meu filho caçula já é cinquentão, está com 52.

Jorge Carrano disse...


Pelo que estou vendo, a meta para 2023, do Vasco, é permanecer na primeira divisão.

Uma classificação para disputar a Libertadores já será um ganho significativo.

Jorge Carrano disse...


Alguém soprou que Nenê poderia ser considerado ídolo.

Vou contar uma piada melhor que li no "Imperialista".

Um grande grupo apoia o silêncio de Bolsonaro, após apuração. Mais ainda, querem eleições a cada dois anos para que ele fique calado por muito mais tempo. Ha ha ha ha

Jorge Carrano disse...


Vejam como o Vasco teve mais relevância no futebol brasileiro.

Na Copa de 1950, o Vasco cedeu 8 jogadores para a seleção, o que é um recorde. Nem mesmo o Santos de Pelé, Coutinho, Pepe, Dorval e Mengálvio cedeu tantos jogadores para a seleção numa mesma Copa. Foram 7 em 1962.

Historicamente o Vasco era, até a presente convocação, o terceiro clube que mais forneceu jogadores para as seleções nacionais, foram 35, atrás apenas de Botafogo e São Paulo.

Com dois jogadores convocados para a Copa deste ano, o Flamengo se igualou ao Gigante da Colina em número total de convocados, ou seja, os mesmos 35.

EWm 1990, 5 jogadores vascaínos foram convocados. Ou seja há 32 anos.

Nesta agora nenhum jogador do Vasco está na seleção.

RIVA disse...

Meus ídolos estão morrendo.

Muito difícil a formação de ídolos no futebol, 100% regado a grana no bolso de dirigentes corruptos, empresários e jogadores.

Esquece o tema, amigo ... embora o conceito de ídolo também tenha mudado. No meu caso não mudou.

Os meus já se foram. Não tenho nenhum.

Tenho na verdade o que chamo no meu grupo de WhatsApp Tricolor, um "quase ídolo" : GUM, pelo que se dedicou à profissão, ao Fluminense e pela pessoa que sei que é - um dos meus filhos conviveu um bom tempo com ele, quando trabalhava no FLU.

Pergunte a um jovem de 15, 20, 30 ou até 40 anos, o que é ídolo para ele ?

PS: hoje tem estresse no Maraca - último jogo aki.

Jorge Carrano disse...


Gosto de ver o Fluminense jogar, pelo menos tem um estilo, um padrão.

Assim como no passado teve um igualmente combatido mas eficiente, a "marcação por zona" do Zezé Mooreira.

Jorge Carrano disse...


Festa como a que o Flamengo vai promover, para comemorar a conquista de títulos, ajudam muito a aumentar a torcida.

A molecada que assiste, gosta.

Jorge Carrano disse...


Meu pedido para Papai Noel, é que tenhamos uma transição tranquila, uma passagem de bastão, de faixa, civilizada.

Que possamos deixar de lado pensamentos e desejos revanchistas e uma oposição radical extremista destrutiva, em detrimento dos interesses do país.