19 de novembro de 2022

Já foi somente jaboticaba

 

Bons tempos em que eram poucas as coisas exóticas exclusivas do Brasil.

Agora revelamos ao mundo duas outras aberrações que nenhum outro país ousaria perpetrar e o povo digerir: orçamento secreto e empréstimo consignado com base em bolsa auxílio.

Alguma cabeça oca, onde germina o delírio, concebeu a seguinte excrecência: emprestar dinheiro as pessoas que se encontram abaixo da linha da pobreza, com a garantia de que pagarão com base em desconto que será efetivado nos benefícios sociais que lhes garantem um mínimo de possibilidade alimentar.

Estes pobres brasileiros ganham R$ 600,00 por mês e terão que pagar através de desconto bancário automático, efetuado na fonte que libera o benefício, a juros de mercado.

Quanto será que sobra dos R$ 600,00? 

Mas o pior é que não há garantia de que receberão o benefício no futuro, o que levará a um endividamento nesta classe, de miseráveis economicamente, de proporções monumentais.

O absurdo é que os idiotas, sem responsabilidade social, escrotos desqualificados, não colocaram no orçamento a garantia de pagamento dos R$ 600,00 em 2023.

Se não for feita agora uma engenharia, um malabarismo legislativo, que garanta no próximo ano a preservação do bolsa auxílio, o valor cairá para R$ 400,00, que é o que se contém no orçamento enviado ao Congresso e aprovado.

O empréstimo consignado concebido como moeda eleitoreira vai explodir se não houver ação do Judiciário e do Congresso.

Ação do judiciário porque o executivo não tem comando, está a deriva, e o legislativo está comprado com a outra aberração a que aludi anteriormente: o orçamento secreto.

Como entender, aceitar e respeitar uma montanha de dinheiro público, porque fruto de impostos que pagamos, ser empregada e destinada secretamente?

E ninguém será processado, julgado e condenado?

Bem, como não foi decretado sigilo de cem anos (recurso deste governo), pode ser que no futuro, pelo menos a história julgará os malditos mentores e os beneficiários diretos da "festa do arromba". Para o próximo exercício estão previstos 19,4 bilhões. 

Espero que o STF, mais uma vez ele, regulamente a surubada para qual não somos convidados, nem eu e nem você.

Millôr diria: ou se restaura a moralidade ou locupletemo-nos todos.

Um comentário:

Jorge Carrano disse...


Torço para que o Brasil volte a ser conhecido e respeitado pelos demais povos do planeta e não só por suas conquistas no futebol (Pelé ainda é referência mundial).

Senão também por eliminar a fome e a miséria de seu povo; respeitar o meio ambiente; ter uma democracia sólida, consolidada; ser aceito e integrado aos organismos internacionais.

Não será um homem, no caso o Lula, que nos conduzirá à retomada deste estágio. É preciso que os perdedores, os negacionistas, despertem de seus sonos que provocaram sonhos delirantes, totalitários.

Os militares precisam se limitar à caserna onde desempenham papel importantíssimo definido constitucionalmente.

Aos que não têm ambições pessoais de cunho material desmedidas, e representam a essência das instituições milenares, como a militar, meus respeitos e admiração.

Disciplina e hierarquia são pilares que não podem ser abalados por cantos de sereia entoados por delirante que deveria estar internado para tratamento mental, que perdeu suas funções cognitivas, se é que um dia as teve hígidas.

Os que rotulamos de fisiologistas, que se deixaram seduzir por um tenente, depois de jubilado por indisciplina elevado a capitão, que usou com eles a mesma tática que usou para comprar o Congresso (ou parte dele), terão suas fardas tisnadas pela desonra, e o desprezo de seus pares.

A cumulação de vencimentos de origem militar e atividades civis é (foi) o único fator que moveu certos militares ao engajamento político/ideológico.

Pazuello, aquele que "obedece quem manda", irrestritamente, como ministro da saúde equivale ao orçamento secreto e ao empréstimo consignado com lastro em benefício social. São coisas que me deixam envergonhado de minha nacionalidade.