16 de outubro de 2018

#PTNÃO




Faltam duas semanas para o segundo turno das eleições.

Lembro de uma conversa entreouvida quando trabalhava no Grupo Matarazzo. A sede da empresa têxtil – S.A  Indústrias Matarazzo do Paraná - que estava localizada em Ribeirão Preto – SP, acabara de retornar para a  capital, e foi instalada no bairro do Belenzinho.

O diretor da empresa, recém-contratado, era um sujeito culto, de gosto refinado, poliglota e elevado senso de humor.

Quando a secretária anunciou uma ligação para ele, autorizou que ela passasse.

A conversa iniciou como sói acontecer com velhos amigos que há muito não se falam, mas se admiram e respeitam. Vou direto ao ponto para que percamos o fio da meada.

Pela a resposta que ele deu ao amigo, suponho que a pergunta teria sido onde ficava o seu local de trabalho. Eis o que ele respondeu: “Estou no Belenzinho, que fica aqui entre o deprimente e o degradante”.

O tal bairro, lá para as bandas da zona leste (sudeste?), perto da Mooca, ocupado pela colônia italiana, era (ainda é?) classe média baixa, de casas populares e comércio simples. Pouco conhecido e muito menos frequentado pelo pessoal que morava nos Jardins ou Morumbi ou Itaim Bibi. Caso deste amigo e seu interlocutor certamente.

Parafraseando este ex-chefe*, que considerava amigo, pela maneira com que me distinguia, diria que diante das tristes opções oferecidas na eleição presidencial, estou entre escolher o insuportável ou o abominável.

Não morro de amores por Bolsonaro, mas votar no PT violentaria todos os meus valores morais, éticos, políticos e econômicos.

Eles visam apenas o poder como fim sem si mesmo. E não pretendem apenas alcança-lo, senão principalmente perpetua-lo submetido à sigla.

Não têm escrúpulos, são capazes de tudo, como alardeou o ex-presidente (“Eles não sabem do que somos capazes”). E segundo antigo dirigente da legenda, o execrável, farsante, chefe de quadrilha Zé Dirceu, afirmou em entrevista ao jornal El País, na Espanha, que será questão de pouco tempo para que retomem o PODER, via urnas ou não. Segundo ele: "Aí nos vamos tomar o poder que é diferente de ganhar uma eleição".
(https://veja.abril.com.br/politica/e-questao-de-tempo-para-tomar-o-poder-afirma-dirceu-a-jornal-espanhol/)

Por isso, por exclusão, voto no Bolsonaro porque suas bandeiras se aproximam mito mais do que desejo para meu país. E do que rejeito sem vacilações.

* Marcos Telles de Almeida Santos

Um comentário:

Jorge Carrano disse...




Lembrete de um amigo:

"Haddad foi considerado um dos piores prefeitos que São Paulo (Capital) já teve, tanto que, candidatando-se à reeleição perdeu até para os votos brancos e nulos."