Apertei o tecla shuffle porque não tenho a menor intenção de hierarquizar
as inúmeras atrações do calçadão de Icaraí. Será aleatória a sequência de comentários.
Se começo pelas mulheres serei tachado de machista ou porco
chauvinista, ou coisa pior.
Então, já que tenho que iniciar, começo bela deslumbrante paisagem que se avista nas manhãs de outono, com céu azul
num dia claro, sem nevoeiro a encobrir o Cristo ou o Pão de Açúcar, faltariam-me as palavras poéticas necessárias para descrição precisa do cenário.
O mesmo se fosse sobre o deslumbrante por de sol.
Na sequência falo da solitária garça que há cerca de três
anos faz ponto na Pedra do Índio, pousada numa das menores pedras que circundam
aquela que já foi a referência da cidade, antes da inauguração do Museu de Arte
Contemporânea, a garça parece adormecida, com seu pescoço encolhido, mas de
repente, não mais do que de repente, ela dá uma bicada na água e pronto,
refeição garantida, fico na dúvida se continuo mencionando as outras aves,
ou se mudo o foco para as tartarugas que estão ali ao lado, na Pedra de
Itapuca.
Casal de sanhaços |
Continuarei nas aves porque pouca gente percebe ou dá valor à
sinfonia de bem-te-vis, sanhaços e sabiás, que moram e procriam nas amendoeiras
existentes entre as ruas Otávio Carneiro e Osvaldo Cruz, passando pela
Belisário Augusto e Trav. Antônio Pedro.
Para ver outras aves igualmente encantadoras, vale observar,
estando sentado apreciando as tartarugas, os precisos mergulhos – alguns abortados
– das gaivotas que não têm canto melodioso, são “metaleiras” com gritos estridentes
quando em bando logo cedo.
As tartarugas tão mencionadas aqui no blog, colocam para fora
da linha d’água suas cabeças, a intervalos pequenos e algumas vezes também
parte do dorso, do casco.
Elas são frequentes na altura da Pedra de Itapuca. Ali onde o
calçadão alarga e tem alguns bancos onde costumo sentar para tomar um pouco de
sol, para obter de seus raios ultravioletas a vitamina “D”, tão absolutamente necessária para absorção do cálcio que fortalece os ossos. Lá onde termina a Praia das Flexas (sic)
e a de Icaraí.
Aos domingos, quem gosta de futebol, pode assistir a uma
partida entre veteranos defronte à Rua Otávio Carneiro. As duas equipes, sempre
uniformizadas, dão-se as mãos formando um círculo e rezam um Pai Nosso antes do
início do jogo, quase sempre apitado pelo mesmo juiz, um moreno forte que
parece ter muita ascendência sobre todos os jogadores.
Se não temos mais as carrocinhas da Kibon, temos os quiosques
com venda de água de cocô, geladinha. O cocô ainda está a R$ 5,00, mas tenho certeza
de que no verão já estará custando, no mínimo, R$ 6,00.
Mencionei muito rapidamente o MAC, o museu projetado por
Niemeyr, que se assemelha a uma nave espacial pousada no mirante da Boa Viagem, ou o que foi no passado o mirante onde casais acompanhavam corridas de submarino (quem não está no radar do Grande Rio pode ter dificuldade para entender, procure se informar).
Esta imagem já corre o mundo há muito tempo e identifica Niterói, por conta das inúmeras fotos tiradas por turistas do Brasil e do exterior que visitam as instalações do MAC, assim o como a imagem da Ópera de Syddey identifica aquela cidade australiana.
As amendoeiras plantadas ao longo do praia merecem e tiveram um post a parte. Lindas no outono quando a folhagem varia do amarelo, passando prelo laranja e chegando ao vermelho, quando finalmente despenca sobre o calçadão. E igualmente belas quando carregadas com seus frutos.
E por falar nas amêndoas, aproveito para retificar um equívoco cometido num dos posts sobre esta árvore tão bem adaptada ao solo de Niterói. Ao contrário do mencionado no post cujo link está abaixo, não é a nossa amêndoa que entra na composição do famoso Marrasquino, e sim a amêndoa europeia.
A base deste delicioso licor é a cereja marasca da Croácia.
No mais reitero o que escrevi em:
http://jorgecarrano.blogspot.com.br/search?q=amendoeiras
4 comentários:
Mandei um comentário ontem .... será que vc não recebeu ?
O comentário caiu na malha fina da censura, porque o palavreado do CALVIN por vezes é incompatível com o decoro do ambiente (rsrsrs).
Poderiam ser usadas palavras mais, como direi, consentâneas com o meio ambiente, para dizer as mesmas coisas.
Tenho que respeitar os olhos e ouvidos mais sensíveis, as pudicas que nos honram com suas preferência.
Está sub judice.
me manda de volta para uma edição geral rsrsrs
PS: soube que trocaram o poste hoje na praia. Vou confirmar na volta daki a pouco.
Enviei por e-mail, caro Riva.
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